segunda-feira, 26 de novembro de 2012

O Estado Eterno


    O último tema a ser tratado na Escatologia Geral é o Estado Eterno, ou seja, a consumação de todas as coisas, quando tudo será definido e continuará permanentemente sem alteração.
   O plano eterno de Deus em relação as suas criaturas morais tem início meio e fim. A execução do plano começou quando da criação dos seres morais (anjos e homens), e continuará até a consumação no futuro, numa época já definida pelo Todo-Poderoso.
   Esse Estado Eterno envolve os seres morais (anjos e homens) e, evidentemente, a santíssima Trindade. Esse período se instalará logo após o Juízo Final, depois que o Senhor julgar os seres humanos e os anjos. A Bíblia Sagrada nos fala deste assunto nestes termos: “Depois virá o fim, quando tiver entregado o reino a Deus, ao Pai, e quando houver aniquilado todo o império, e toda a potestade e força. Porque convém que reine até que haja posto a todos os inimigos debaixo de seus pés. Ora o último inimigo que a de ser aniquilado é a morte. Porque todas as coisas sujeitou debaixo de seus pés. Mas quando diz que todas as coisas lhe estão sujeitas claro está que se excetua aquele que lhe sujeitou todas as coisas. E quando todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então também o mesmo Filho se sujeitará aquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos” 1 Co 15.24-28.
    A Bíblia diz também que quando da consumação de todas as coisas os crentes com seus corpos glorificados estarão para sempre com o Senhor (1 Ts 4.17), gozando plenamente da beatitude eterna, daquelas coisas preparadas por Deus para eles antes da fundação do mundo (1 Co 2.9). Diz ainda a Bíblia Sagrada que os descrentes padecerão eterna perdição, ante a face do Senhor e da glória do seu poder (2 Ts 1.9). Dos anjos caídos diz a Bíblia que após o julgamento final o Diabo e seus anjos serão lançados no inferno quando, junto com os ímpios, e serão atormentados para todo o sempre (Ap 20.10).
     Este mundo, como nós o conhecemos, será destruído (purificado) pelo fogo e Deus reorganizará todas as coisas criando novos céus e nova terra. “Mas o céu e a terra que agora existem pela mesma palavra se reservam como tesouro, e se guardam para o fogo, até o dia do juízo, e da perdição dos homens ímpios... Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra e as obras que nela há, se queimarão... Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra em que habita a justiça” 2 Pe 3.7-13.
     No livro de Apocalipse (21.1-4) nos é revelado sobre o assunto o que se segue: “E vi um novo céu, e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. E eu, João, vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido. E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus. E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem prato, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas”.
   Como tudo acontecerá conforme previsto nas Sagradas Escrituras devemos, irmãos, alimentar essa esperança gloriosa de que viveremos felizes para sempre nos Céus com Jesus.
                                       Pr. Eudes Lopes Cavalcanti
    

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

A Perseverança dos Santos


                                               
    A Teologia Reformada chamada também de Calvinista elencou cinco princípios que norteiam o seu escopo soteriológico, a saber: Depravação Total, Eleição Incondicional, Expiação Limitada, Graça Irresistível e Perseverança dos Santos.
   Por Depravação Total os Reformados ensinam que a culpa do pecado de Adão, cabeça Federal da raça humana, foi imputada aos seus descendentes fazendo com que todos eles sejam considerados pecadores. Sobre o assunto entende ainda a Teologia Reformada que herdamos de Adão a natureza corrompida pelo pecado.
   Por Eleição Incondicional entende a Teologia Reformada que Deus graciosamente escolheu a Igreja para a salvação independente de qualquer ato previsto desses eleitos.
   Por Expiação Limitada a Teologia Reformada advoga que Cristo morreu apenas pelos eleitos, sendo eles o único objeto da obra redentora realizada pelo Salvador na Cruz do Calvário.
   Por Graça Irresistível entende os reformados que os eleitos inexoravelmente atenderão o chamado para a salvação, durante a sua vida, através da mensagem do Evangelho.
   Em relação à Perseverança dos Santos a Teologia Reformada ensina que os salvos perseverarão na fé até ao fim de suas vidas e se, porventura, vieram a cair em pecado retornarão ao convívio do Senhor antes de partirem para a eternidade.
Os homens de nossa Igreja escolheram como tema de suas festividades de aniversário: “Perseverança, a marca do verdadeiro cristão”. Sobre esse tema dissertaremos de forma sucinta:
   Perseverar significa, segundo o Dicionário de Larousse, “Permanecer firme e constante em um sentimento, uma resolução; Persistir; Permanecer, ficar; Resistir, suportar”.
  Do ponto de vista teológico ou doutrinário a Perseverança dos Santos significa que todos aqueles que de fato são convertidos a Cristo perseverarão na fé até o final de suas vidas, uma vez que a poderosa obra da graça de Deus na vida deles foi tal que eles nasceram de novo, foram selados e habitados pelo Espírito Santo, foram constituidos por Deus como filhos por adoção em Jesus Cristo, foram reconciliados com Deus, dentre outras coisas maravilhosas.
  Encontramos nas Escrituras diversos textos que asseguram que todos os verdadeiros crentes perseverarão na fé durante a sua vida, dentre eles citamos: “Porque sete vezes cairá o justo e se levantará; mas os ímpios tropeçarão no mal” Pv 24.16. “Tendo por certo isto mesmo: que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao Dia de Jesus Cristo” Fp 1.6. “Tudo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora” Jo 6.37.
   A Perseverança dos Santos não quer dizer que os mesmos não possam ter os seus momentos de fracassos, mas quer dizer que mesmo em seus fracassos o Senhor os levantará e eles não morrerão afastados do Senhor.
   Também a Perseverança dos Santos não quer dizer que eles podem viver no pecado pensando que Deus os restaurará antes de morrer. Quem pensa assim, talvez, não tenha nascido de novo, pois a alma redimida nao tem prazer no pecado (1 Jo 5.18).
            Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

O Julgamento Final


    Deus ao criar o ser humano o criou a Sua imagem e semelhança e o responsabilizou pelos seus atos morais. A prova disso é que quando o homem desobedeceu a um mandado Seu,Deus o puniu com a morte. “No suor do teu rosto, comerás o teu pão, até que te tornes a terra; porque dela foste tomado, porquanto és pó e em pó te tornarás” Gn 3.19.
    No seu programa eterno Deus determinou julgar todos os seres humanos num dia designado por Ele. E esse julgamento terá ocasião quando da segunda vinda do Senhor Jesus Cristo. “Conjuro-te, pois, diante de Deus e do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu Reino” 2 Tm 4.1. (Veja ainda Sl 96.13; 98.9; At 17.31; Ap 11.15-19;...).
   Esse julgamento final está alicerçado em duas facetas do caráter de Deus, a sua santidade e a sua justiça. Deus é santo, puro e perfeito e não tolera o pecado. O pecado do homem fere a Sua santidade e O insulta. Considerando a Sua justiça, Deus tem em mente que o pecado do homem exige uma reparação e que ele deve ser punido por isso, e a retribuição é de acordo com as obras de cada um. “Ante a face do Senhor, porque vem, porque vem a julgar a terra; julgará o mundo com justiça e os povos, com a sua verdade” Sl 96.13.
   Segundo nos revela a santa Palavra de Deus o Senhor Jesus Cristo será o grande juiz daquele Tribunal. Deus o Pai confiou ao Filho todo o julgamento, tanto dos salvos como dos perdidos, bem como dos anjos caídos. “E também o Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo” Jo 5.22. Isso também é visto em outros textos da Palavra de Deus, tais como o de Atos 17.31: “porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do varão que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dos mortos”.
   Esse grande Julgamento terá três etapas, sendo  a primeira a do julgamento dos crentes em Cristo. “Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal” 2 Co 5.10. (Veja ainda Rm 14.10; 1 Co 3.11-15; Ap 22.12). O julgamento dos crentes não é para condenação tendo em vista que Jesus pagou na cruz o preço da eterna redenção deles. Esse julgamento é para o galardoamento dos servos fiéis. A segunda etapa do julgamento final refere-se aqueles que morreram sem serem salvos da condenação do pecado. Essas pessoas irão ressuscitar dentre os mortos com corpos especiais e comparecerão diante de Deus (Cristo) para serem julgados pelas suas obras. “... E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante do trono, e abriram-se os livros... E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras” Ap 20.11-13. A terceira etapa do julgamento final refere-se ao julgamento dos anjos caidos, inclusive Satanás: “Não sabeis vós que havemos de julgar os anjos? Quanto mais às coisas pertencentes a esta vida?” 1 Co 6.3. (Veja ainda Mt 8.29; 2 Pe 2.4; Ap 20.10).
   Nas duas últimas etapas do Julgamento Final (ímpios e anjos caidos) a igreja estará ao lado de Cristo participando ativamente dele (1 Co 6.2,3).
   Como resultado desse julgamento os anjos caidos e os impios receberão a sua devida condenação.             Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

A Ressurreição Geral


     Já vimos no estudo da Escatologia Geral os temas a Grande Tribulação, a Segunda Vinda do Senhor, o Arrebatamento da Igreja e o Milênio. Neste boletim iremos tratar da Ressurreição Corporal dos mortos que é outro tema encontrado na Escatologia Geral.
   As Sagradas Escrituras falam também de uma ressurreição espiritual que ocorre no momento em que a pessoa nasce de novo pela instrumentalidade do Espirito Santo quando crer na mensagem do Evangelho. “Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora, e agora é, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem viverão”. Jo 5.25. Este texto trata da ressurreição espiritual, que é objeto da Soteriologia (A Doutrina da Salvação) e não da Escatologia, mas no capitulo cinco versiculos 28 e 29 do Evangelho de João o Senhor Jesus trata de outro assunto que é a ressurreição do corpo. “Não vos maravilheis disso, porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal, para a ressurreição da condenação”.
    Considerando que o ser humano é uma dicotomia (alma chamada também de espirito e corpo) no programa redentor está previsto uma benção eterna não só para a alma, mas também para o corpo, ambos atingidos pelo pecado original. Para a alma o Evangelho concede Regeneração, perdão, salvação. Para o corpo o evangelho garante uma restauração que é a ressurreição em glória.
    Paulo escrevendo aos Corintios tratou da ressurreição dos salvos que já  morreram. “Assim também a ressurreição dos mortos. Semeia-se o corpo em corrupção, ressuscitará em incorrupção. Semeia-se em ignomínia, ressuscitará em glória. Semeia-se em fraqueza, ressuscitará com vigor. Semeia-se corpo animal, ressuscitará corpo espiritual” 1 Co 15.42-44.
    A ressurreição dos mortos, tanto de salvos como de perdidos é um assunto tratado tanto no Antigo como no Novo Testamento. O profeta Daniel feriu o assunto desta maneira: “E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna e outros para vergonha e desprezo eterno” Dn 12.2. No Novo Testamento o assunto é tratado mais profundamente pelos seus escritores. Temos registro nos quatros evangelhos, no livro de Atos, em algumas das cartas paulinas, no livro de Hebreus e no livro de Apocalipse.
     Lendo esse assunto nesses livros percebemos que a ressurreição contempla salvos e perdidos. Todos que morreram irão ressuscitar dentre os mortos.  Os salvos com corpos glorificados semelhantes ao corpo de nosso Senhor Jesus Cristo quando ressuscitou dos mortos (Fp 3.1,2) e os nao salvos ressuscitarão com corpos especiais capaz de suportar o juizo eterno de Deus.
     Os teólogos cristãos se dividem quanto à ordem da ressurreição no que se refere aos dois grupos (salvos e perdidos). Uns acham que a ressurreição entre um grupo e outro será  separada por um periodo de mil anos. Outros acham que a ressurreição de salvos e perdidos será ao mesmo tempo, por ocasião da segunda vinda do Senhor, ideia essa mais coerente segundo os textos de Dn 12.2 e Jo 5.28,29.
                                 Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

PREGAÇÃO PASTOR EUDES 04/11/12

Simão, o mágico (At 8.9-13) No relato do texto em apreço, nos é apresentada a figura de um homem famoso na cidade de Samaria, onde De...