1º - Não terás outros deuses diante de
mim; 2º - Não farás para ti imagem de escultura; 3º - Não tomarás o nome do
Senhor teu Deus em vão; 4º - Lembra-te do dia do sábado, para o santificar; 5º - Honra
a teu pai e a tua mãe; 6º - Não matarás; 7º - Não adulterarás; 8º - Não
furtarás; 9º - Não dirás falso testemunho; 10º - Não cobiçarás.
No primeiro
mandamento do Decálogo encontramos uma declaração onde nos é revelada a existência de um único Deus verdadeiro, e que esse Deus deve ser, e somente ele,
adorado, servido e glorificado pelas suas criaturas, tendo em vista ser Ele também
o Criador de todas as coisas.
As Sagradas Escrituras nos revelam ainda que
esse Deus verdadeiro é o Espirito
puríssimo, autoexistente, onipotente, onisciente, onipresente, infinito,
imutável em seu ser, e possuidor de outros qualificativos maravilhosos.
Esse Deus Uno, segundo a Escritura, é
também Triúno, ou seja, é único em essência, mas subsiste em três pessoas
distintas uma das outras, Pai, Filho e Espirito Santo, possuidoras dos mesmos
atributos, tanto naturais (auto existência, onipotência, onisciência, onipresença,
...) como morais (amor, verdade, justiça
e santidade).
Ainda as Escrituras nos mostram que esse
Deus revelado é um ser pessoal, tendo inteligência, vontade e emoções.
Ainda segundo a Bíblia Sagrada esse Deus é
revelado através das obras da criação (revelação natural) e especialmente
através das Escrituras (revelação especial). Na primeira classe da revelação é
mostrado a sua deidade e o seu poder e por isso todas as criaturas, tanto de
natureza espiritual como de natureza material, devem reverenciá-lo, adorá-lo e
servi-lo. Através da revelação especial é revelado sobre esse Deus o seu ser,
os seus atributos, o seu caráter e a sua soberana vontade.
Aos
seres humanos é dado, de forma clara e objetiva, o mandamento de que o único
objeto de adoração e devoção é o Deus verdadeiro revelado nas
Escrituras.
Três
religiões no mundo declaram-se monoteístas, que creem num só Deus: o Judaísmo,
o Islamismo e o Cristianismo. As religiões que creem na existência de vários
deuses são chamadas de politeístas.
Das três religiões que professam a crença num único Deus, só o Cristianismo
é que professa a fé num Deus Triúno, único em essência, mas subsistindo na
Trindade Santa: Pai, e Filho e Espírito Santo.
Das duas vertentes do Cristianismo no mundo
ocidental (Evangélica e Católica Romana) só o segmento evangélico está livre do
politeísmo, já que o Catolicismo quando elevou Maria a posição de deusa, que
recebe adoração e veneração por parte dos fiéis, tornou-se politeísta, mesmo
sem reconhecer e declarar isto.
Olhando para o contexto histórico do Decálogo, constatamos que a
revelação da existência de um único Deus verdadeiro e o dever do homem de se
curvar diante desse Deus em adoração, foi porque os israelitas iriam entrar na
terra de Canaã onde habitavam sete nações que adoraram diversos deuses (Baal,
Aserá, Dagom, Moloque, etc), e Deus não
queria que o Seu povo se desviasse da crença num único Deus e se curvasse em
adoração àqueles que não são de fato o Deus dos Céus.
Satanás, o fomentador das falsas religiões, quando tentou o Senhor Jesus
na área mais sensível, apresentou-se a
si mesmo como um deus e ofereceu a Cristo a sugestão de que se ele o adorasse iria
conseguir fama e glória neste mundo. A resposta do Senhor baseada nas
Escrituras, foi: “Então, disse-lhe Jesus:
Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a ele
servirás” Mt 4.10.
Contextualizando o que o primeiro mandamento diz para a vida da Igreja,
o crente deve ter cuidado para não colocar no seu coração nada nem ninguém que
venha ocupar o lugar que só pertence a Deus, como por exemplo: a família
(marido, ou mulher, ou filhos), o dinheiro, a profissão, a posição social,
enfim as coisas deste mundo, pois isso provoca ciúmes em Deus e causa-Lhe desprazer
em relação aos que procedem assim. “Adúlteros
e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus?
Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.
Ou cuidais vós que em vão diz a Escritura: O Espírito que em nós habita tem
ciúmes?” Tg 4.4,5.
Pr. Eudes Lopes Cavalcanti