Creio em Deus Pai, Todo-poderoso, Criador do Céu e da terra. Creio
em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor, o qual foi concebido por obra
do Espírito Santo; nasceu da virgem Maria; padeceu sob o poder de Pôncio
Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado; ressurgiu dos mortos ao terceiro
dia; subiu ao Céu; está sentado à direita de Deus Pai Todo-poderoso, donde há
de vir para julgar os vivos e os mortos. Creio no Espírito Santo; na Santa
Igreja Universal; na comunhão dos santos; na remissão dos pecados; na
ressurreição do corpo; na vida eterna. Amém.
Dando
continuidade ao estudo do Credo Apostólico, neste boletim iremos falar um pouco
sobre Deus como Todo-Poderoso. No estudo da Teontologia (estudo acerca do ser
de Deus) descobrimos que Ele é possuidor de diversos atributos (características
distintivas do ser de Deus) que são conhecidos como atributos naturais ou
incomunicáveis e atributos morais ou comunicáveis. Dentre os atributos naturais
de Deus, aqueles que são exclusivos dele, e que Ele não compartilhou com a sua
criação, encontramos o atributo da Onipotência.
A palavra onipotência é composta de duas
palavras latinas omni (todo) e potentia (poder) e significa todo o poder, toda a autoridade, capacidade de fazer tudo. Esse atributo de Deus
quer dizer que Ele é Todo Poderoso, tem todo o poder, capaz de fazer tudo o que
lhe apraz. As Escrituras nos revelam essa grande verdade, que Deus é Todo
Poderoso, creditando-Lhe a criação de todas as coisas a partir do nada, o que
veremos no próximo boletim.
No livro de Gênesis, quando Deus se revelou
a Abraão Ele o fez como o Deus Onipotente, senão vejamos: “Sendo, pois, Abrão da idade de noventa
e nove anos apareceu o Senhor a Abrão, e disse-lhe: Eu sou o Deus
Todo-Poderoso; anda em minha presença e sê perfeito” Gn
17.1.
Quando Deus afunilou a promessa de conceder uma grande descendência humana a
Abraão sendo ele já idoso e Sara sua mulher, além de ser idosa, era também estéril,
Sara no seu íntimo pontuou algumas impossibilidades, o que fez Deus lhe revelar
algo mais de Sua onipotência: “haveria
coisa alguma difícil para o Senhor?...” (Gn 18.9-14). Em
diversos outros textos bíblicos encontramos, tanto no A.T. como no N.T., esse
precioso ensino sobre a onipotência de Deus (Ex 6.3; Rt 1.20; Jó 5.17; Mt 26.64;
Mc 14.62; Ap 1.8;...).
Ao Senhor Jesus Cristo, como eterno Filho de
Deus, como a segunda pessoa da Santíssima
Trindade, é conferido também esse atributo, pois assim encontramos nas
Escrituras: “E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder
no céu e na terra” Mt 28.18. No livro de
Apocalipse encontramos outra Escritura que fala sobre o assunto: “Eu
sou o alfa e o Ômega, o principio e o fim, diz o Senhor, que é, que era, e que
há de vir, o Todo-Poderoso” Ap 1.8.
Esse atributo de Deus traz para a vida do Seu
povo, a Igreja, diversas implicações, tais como: Deus salva da perdição eterna
através de Jesus os crentes, removendo-lhe a culpa do pecado (Ef 1.7); Deus
ressuscitará os mortos, dando aos crentes em Cristo um corpo glorificado e aos
não crentes corpos especiais para suportarem a eternidade (1 Co 15.51-54; Jo
5.28,29); Deus fez, faz e fará maravilhas em favor de Seu povo (Gl 3.5); Deus
criará no devido tempo novos céus e nova terra (2 Pe 3.12,13); Deus abre caminho onde não há caminho (Ex
14.21); Deus dá a vida e a tira quando achar conveniente (1 Sm 2.6); Deus dará
curso ao Seu programa eterno em todas as suas etapas e ninguém pode impedir que
isso aconteça (Is 34.16); enfim, Deus é capaz de tudo. Assim sendo, curvemo-nos
diante desse Glorioso Deus, confiemos nEle e O sirvamos de todo o coração. Pr. Eudes Lopes Cavalcanti
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