quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Vivendo o que somos

As Sagradas Escrituras nos revelam e a experiência de cada um não contradiz, que quando não conhecíamos a Cristo como Salvador e Senhor, a nossa vida era uma vida de pecado (entenda-se pecado como qualquer falta de conformidade com a Lei de Deus ou a transgressão dessa Lei), distanciada de Deus, e totalmente alienada das coisas dos Céus. “Em que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência. Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também” Ef 2.2,3.

Graciosamente fomos alcançados pela redenção que há em Cristo Jesus e a nossa vida foi transformada em uma nova criatura, fomos regenerados, nascemos de novo. “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” 2 Co 5.17. Fomos galgados da simples posição de criatura de Deus para o honroso título de filhos de Deus por adoção através de Jesus Cristo. “E nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade” Ef 1.5. Diante da grandeza dessa posição, o apóstolo João assim se expressou: “Vede quão grande amor nos tem concedido o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus... Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado o que havemos de ser...” 1 Jo 3.1,2.

Somos agora filhos de Deus, amados, e devemos viver o que somos em Cristo. Espera-se de um filho de Deus que ele seja uma pessoa dedicada ao Seu Senhor. “Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional” Rm 12.1. Espera-se ainda que um filho de Deus seja uma pessoa engajada na obra do Senhor, servindo a Ele com a vida, o tempo e os bens. “... sede fervorosos de espírito, servindo ao Senhor” Rm 12.11. Espera-se também que um filho de Deus seja uma pessoa dedicada a oração, que esteja sempre orando junto com a Igreja. “Orai sem cessar” 1 Ts 5.17. De um filho de Deus é esperado ainda que seja um assíduo freqüentador das reuniões da Igreja, onde ele tem a oportunidade de adorar a Deus junto com os seus irmãos em Cristo. “E era viúva, de quase oitenta e quatro anos, e não se afastava do templo, servindo a Deus em jejuns e orações, de noite e de dia” Lc 2.37. De um filho de Deus espera-se também que ele tenha prazer de contribuir financeiramente com a obra do Senhor. “Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade;...” 2 Co 9.7. Ainda de um filho de Deus espera-se que ele engaje-se na obra de evangelização da Igreja, contribuindo, orando e indo. “E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura” Mc 16.15. Também de um filho de Deus espera-se que viva em santidade. “Somente deveis portar-vos dignamente conforme o evangelho de Cristo,...” Fp 1.27.

E você amado que é um filho de Deus e é servo de Cristo vive assim? Reflita nisso!

Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

“Partiu sem deixar saudades”

Esse é o epílogo da vida de um dos reis de Judá chamado Jeorão, que sucedeu no trono ao seu pai, Josafá.

Josafá fora um piedoso rei de Judá, da dinastia de Davi. Através dele Deus deu muitas vitorias ao Seu povo. Apesar de muito piedoso e dedicado a obra do Senhor, Josafá tinha uma fraqueza patente em sua vida que era de se aliar a quem desprezava a Deus, no caso o rei Acabe, esposo de Jezabel, mulher famosa pela sua impiedade. Essa sua fraqueza, apesar de ter trazido juízo de Deus sobre a sua vida e sobre o seu reino, não pesou tanto em sua biografia.

Jeorão teve a sua biografia escrita por Esdras, no segundo livro das Crônicas (2 Cr 21.1-20). Também no segundo livro dos Reis, Jeremias fez uma referência a esse rei (2 Rs 8.16-24). A primeira maldade que esse homem fez foi exterminar a casa de seu pai. “E, subindo Jeorão ao reino de seu pai, e havendo-se fortificado, matou a todos os seus irmãos à espada, como também a alguns dos príncipes de Israel” 2 Cr 21.4. Depois esse rei totalmente desnorteado na sua vida espiritual se enveredou pelo caminho da idolatria, fazendo a mesma coisa que fizeram os reis de Israel, famosos pelos seus pecados de

idolatria. “E andou no caminho dos reis de Israel, como fazia a casa de Acabe; porque tinha a filha de Acabe por mulher; e fazia o que era mau aos olhos do SENHOR” 2 Cr 21.6. “Ele também fez altos nos montes de Judá; e fez com que se corrompessem os moradores de Jerusalém, e até a Judá impeliu a isso” 2 Cr 21.11.

Por causa de sua impiedade Deus o puniu com muita força. Trouxe sobre ele diversos inimigos, e o feriu com uma terrível enfermidade: “E depois de tudo isto o SENHOR o feriu nas suas entranhas com uma enfermidade incurável. E sucedeu que, depois de muito tempo, ao fim de dois anos, saíram-lhe as entranhas por causa da doença; e morreu daquela grave enfermidade;...” 2 Cr 21.18,19. Jeorão foi medido pelo Senhor pelos seus pecados, e pelo povo de Deus pela sua indiferença para com a casa do Senhor e à sua obra.

Contextualizando a mensagem, deploramos os pecados grosseiros de Jeorão e o seu exemplo negativo em desprezar a casa do Senhor e a sua obra, e ao mesmo tempo em que lamentamos que muitas pessoas que professam o nome de Jesus, estão passando pela vida vivendo de uma forma indiferente às coisas do Reino de Deus. Não freqüentam assiduamente a casa do Senhor, não contribuem para a manutenção de Sua obra, não costumam orar com a Igreja, não se engajam na obra do Senhor, enfim vive uma vida apática no que se refere às coisas de Deus, desprezando assim a Igreja do Senhor. Existem ainda aqueles que não fazem nada e vivem a criticar aqueles que estão fazendo alguma coisa para a glória de Deus. Será que no coração da Igreja quando essa pessoa morrer não será dito o que se disse de Jeorão “partiu sem deixar saudades”?

Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

“Para mim o viver é Cristo”

A frase que está servindo para título deste artigo foi dita pelo apóstolo Paulo quando escreveu à Igreja de Filipos, carta essa conhecida como Filipenses.

Olhando para o livro de Atos dos Apóstolos e para as cartas que Paulo escreveu, tanto a igrejas como a pastores, podemos conhecer a biografia daquele grande servo de Deus. Paulo era um fariseu, profundo conhecedor da lei mosaica e fervoroso adepto de sua religião, o judaísmo. Ele era tão zeloso pela sua religião que perseguiu ferozmente a Igreja de Cristo. Vejamos o seu testemunhou sobre o assunto perante o rei Agripa em Cesaréia, quando estava preso por causa do Evangelho: “Bem tinha eu imaginado que contra o nome de Jesus Nazareno devia eu praticar muitos atos;... encerrei muitos dos santos nas prisões; e quando os matavam eu dava o meu voto contra eles. E, castigando-os muitas vezes por todas as sinagogas, os obriguei a blasfemar. E, enfurecido demasiadamente contra eles, até nas cidades estranhas os persegui.” At 26.9-11.

Esse homem, feroz perseguidor da Igreja, teve num determinado dia, uma experiência de conversão a Cristo na estrada de Damasco. A partir daquele momento, a vida de Paulo mudou completamente, tudo se fez novo. O Espírito de Deus gerou nele uma nova vida, com novos propósitos, novo alvo, nova dinâmica, a ponto dele testemunhar que, para ele, tudo se resumia em Cristo. “Para mim o viver é Cristo”. A vida só tinha sentido pleno para Paulo quando vivida em inteira consagração ao seu Senhor, que lhe tirara do lamaçal do pecado. Escrevendo aos Gálatas, Paulo disse o seguinte: “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim.” Gl 2.20.

Meus queridos irmãos, um dia nós fomos também alcançados pela graça salvadora de nosso Senhor Jesus Cristo. Deus através do seu Espírito gerou uma nova vida em nosso ser. Ele ainda graciosamente nos comissionou para fazermos a sua obra, para servi-Lo com intensidade, pois Deus tem um programa a ser executado neste mundo e nós, como servos seus, somos parte integrante e importante desse projeto.

Ser um seguidor de Cristo é coisa muito séria. Espera-se do seguidor de Cristo uma dedicação exclusiva. Só dessa maneira é que agradamos a Deus. “E dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me” Lc 9.23. “E disse a outro: Segue-me. Mas ele respondeu: Senhor, deixa que primeiro eu vá a enterrar meu pai. Mas Jesus lhe observou: Deixa aos mortos o enterrar os seus mortos; porém tu vai e anuncia o reino de Deus” Lc 9.59,60.

Assim sendo amados, consagremos a nossa vida ao Senhor e a sua causa, e vivamos de uma forma dedicada completamente a Ele e para a glória dele.

Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

Simão, o mágico (At 8.9-13) No relato do texto em apreço, nos é apresentada a figura de um homem famoso na cidade de Samaria, onde De...