quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Introdução ao Livro de Apocalipse

1 - Pano de Fundo

Para compreendermos o livro de Apocalipse faz-se necessário que tenhamos conhecimento de alguns conceitos importantes, tais como: Literatura Apocalíptica, Teorias Milenistas, Teorias Tribulacionistas, Numerologia, Profecia das Setenta Semanas de Daniel, etc.

Assim sendo, abaixo fornecemos as informações básicas sobre esses conceitos que são de importância capital para a compreensão daquele livro das Sagradas Escrituras.

2 - As Teorias Tribulacionistas

Os pré-milenistas têm como certa a parousia, o retorno de Cristo, antes da implantação do Milênio. Ensinam eles também que antes do estabelecimento do Milênio ocorrerá um período de tempo de 7 anos (a septuagésima semana de Daniel), conhecido como a Grande Tribulação, onde Deus tratará com Israel como nação e com o mundo gentio.

O retorno de Cristo à luz da Grande Tribulação é tratado da seguinte maneira:

a) Pré-Tribulacionismo - Entendem os adeptos desse ponto de vista que o Senhor Jesus virá buscar a sua Igreja antes da instalação da Grande Tribulação. Eles dividem a segunda vinda de Cristo em duas fases: a primeira fase refere-se a vinda de Jesus para a Igreja. A segunda fase refere-se a vinda de Jesus com a Igreja, separada uma da outra por um período de sete anos, que é o período da Grande Tribulação ou da septuagésima semana de Daniel.

b) Meso-Tribulacionismo - Essa concepção escatológica advoga que a Igreja será tirada da terra na metade da Grande Tribulação; antes do derramento do juízo de Deus sobre o mundo incrédulo através dos sete selos, das sete trombetas e das sete taças, na segunda metade desse período.

c) Pós-Tribulacionismo - Nessa concepção escatológica, é encontrado que o retorno de Cristo a este mundo dar-se-á no final da Grande Tribulação. A Igreja, nessa concepção, passará pela Grande Tribulação mas será preservada dela, como os israelitas foram preservados das pragas no Egito.

3 - As Teorias Milenistas

No estudo da Escatologia, encontramos três correntes teológicas conhecidas pelos nomes de Amilenismo, Pré-Milenismo e Pós-Milenismo.

a) Amilenismo - Como o nome indica, o conceito amilenista é puramente negativo. Ele nega a existência do milênio como um reino físico de 1.000 anos, onde o Senhor Jesus Cristo reinaria sobre a terra como rei de Israel, da descendência de Davi. Essa teoria favorece a idéia de que à presente dispensação do reino de Deus seguir-se-á imediatamente pelo reino de Deus em sua forma consumada e eterna.

b) Pré-Milenismo - Essa teoria ensina que a parousia (a segunda vinda de Jesus a terra) acontecerá imediatamente antes do estabelecimento de um reino físico, de duração de 1.000 anos, de abrangência mundial; onde o Senhor Jesus Cristo reinará com os seus santos (a Igreja) como rei de Israel, da descendência de Davi.

c) Pós-Milenismo - Essa teoria ensina que a parousia acontecerá no final do Milênio. Entenda-se milênio, nessa teoria, como um período de tempo indeterminado onde, graças a influência poderosa do Espírito Santo, a Igreja experimentará uma idade áurea, sendo revitalizada e reavivada, triunfando assim sobre os poderes do mal. Seguem-se, a essa fase, um breve período de apostasia; um terrível conflito entre as forças do bem e o do mal; o segundo advento de Cristo, a ressurreição geral e o juízo final.

4 - A Literatura Apocalíptica

a) Definição

A literatura apocalíptica é aquele tipo de literatura de origem judaico-cristã produzida num período de perseguição e sofrimento do povo de Deus, em que a mensagem é apresentada através do uso de símbolos, visões, revelações e que aponta para uma consumação escatológica da história humana.

b) As Características da Literatura Apocalíptica

A literatura apocalíptica apresenta características peculiares, a saber:

b.1. Significação Histórica - Toda a literatura apocalíptica está associada a uma contexto histórico bem definido. O conhecimento dessa situação facilita a compreensão da mensagem do autor.

b.2. Uso de Pseudônimo - Os autores desses escritos, geralmente, usavam pseudônimos, isto é, nomes de personagens importantes das Sagradas Escrituras e, quase nunca, os seus próprios nomes.

b.3. A Mensagem Apresentada por Meio de Visões - Os escritores desse tipo de literatura geralmente apresentavam a sua mensagem fazendo uso de visões, sendo esse um dos principais métodos para expressar aquilo que se queria dizer.

b.4. Uso do Elemento Preditivo - A literatura apocalíptica trata de acontecimentos futuros ou escatológicos. A predição é feita das coisas principais e se refere mais ao caráter do evento predito do que aos seus detalhes.

b.5. Uso Intensivo de Símbolos - Na literatura apocalíptica, encontramos um elaborado sistema de símbolos secretos e de figuras de linguagem para expressão das idéias espirituais. O uso da simbologia dificulta sensivelmente a interpretação da mensagem, principalmente, para quem não está com ela familiarizado.

b.6. Uso de Figura de Linguagem Dramática - A literatura apocalíptica é caracterizada pelo sentido de um iminente drama. Frequentemente, os símbolos são usados de forma dramática para enfatizar a seriedade da mensagem.

b.7. Defesa Intransigente dos Justos - Toda a literatura apocalíptica traz em seu bojo uma defesa intransigente do grupo de pessoas perseguidas, sempre identificadas como os escolhidos de Deus, no qual o escritor está inserido.

c) Os Principais Livros Apocalípticos

c.1. Apocalípticos Apócrifos (*)

c.1.1. O Livro de Enoque

c.1.2. A Assunção de Moisés

c.1.3. Os Segredos de Enoque

c.1.4. O Livro de Baruque

c.1.5. O II Livro de Esdras

c.2. Apocalípticos Inspirados

c.2.1. Apocalipse de S. João

c.2.2. Ezequiel (partes do livro)

c.2.3. Daniel (segunda parte do livro)

Em alguns outros livros proféticos do Velho Testamento encontramos seções apocalípticas, como por exemplo: Isaías, Jeremias, Amós e Zacarias.

(*) Diz-se da literatura judaico-cristã, produzida no período interbíblico ou depois do período neotestamento, que não têm valor canônico, ou seja, não foram inspirados por Deus.

5 - O Simbolismo Numérico no Livro de Apocalipse

Número

Significado

1

Idéia de unidade, ou de existência independente.

2

Fortaleza, confirmação, coragem e energia redobrada (as duas testemunhas)

3

N.º divino, Trindade

4

O mundo em que os homens vivem, labutam e morrem

5

Perfeição humana física (cinco dedos dos pés e mãos)

6

N.º de homem (falha, queda, derrota)

7

N.º divino, perfeição, inteireza

(sete Espíritos, sete Igrejas, sete anjos, sete castiçais)

3 1/2

Coisa incompleta

10

(5x2)

Completo, poderio humano absoluto (dez reis, dez chifres, dez mandamentos)

12

Religião organizada no mundo (doze tribos, doze apóstolos, doze portas)

24

(12x2)

Espectro abrangente da religião organizada no mundo (24 anciãos)

70

(7x10)

Idéia de ilimitado (setenta discípulos, setenta anciãos, setenta membros do Sinédrio)

144.000

(12x12x10)

N.º representativo da religião perfeita (144.000 selados)

6 - Os Métodos de Interpretação do Livro de Apocalipse

Os estudiosos do livro de Apocalipse se dividem quanto aos métodos de interpretarem a mensagem desse livro.

a) O Método Preterista - Esse método de interpretar o último livro da Bíblia ensina que todo o livro de Apocalipse, exceto a parte que trata do juízo final e do Estado Eterno, se cumpriu nos dias do Império Romano. Ele limita o Apocalipse a uma descrição das perseguições contra o cristianismo movida pelos césares romanos.

b) O Método Histórico - Tal método encerra a mensagem do livro de Apocalipse como um prenúncio da história da Igreja, através dos séculos, a contar da era apostólica até ao retorno de Cristo, seguido do juízo final. Assim sendo, nessa teoria encontramos que: “1) O primeiro selo teve cumprimento no período que vai da morte de Domiciano (96 d.C.) até a subida de Cômodo ao poder (180 d.C.); 2) O segundo selo cumpriu-se depois da morte de Cômodo em diante (193 d.C.); 3) O terceiro selo teve o seu cumprimento a partir de Caracala (211 d.C.); 4) O quarto selo abrangeu o período de Décio até Galiano (243-268 d.C.); 5) O quinto selo refere-se a perseguição movida por Diocleciano (284-304 d.C.); 6) O sexto selo trata da invasão do Império Romano pelos bárbaros em 365 d.C.; 7) A primeira trombeta refere-se a invasão dos godos ((395-410 d.C.); 8) A segunda trombeta relaciona-se com a invasão de Genserico (428-468) d.C.); 9) A terceira trombeta cumpriu-se com a invasão da Europa pelos hunos, sob Átila (433-453 d.C.); 10) A quarta trombeta trata da conquista final do império Romano Ocidental por Odroaco (476-490 d.C.); 11) A quinta trombeta refere-se aos maometanos; 12) A sexta trombeta relaciona-se com os turcos; 13) A última trombeta trata da vitória da verdadeira Igreja; 14) A Besta que saiu do mar refere-se ao poder político que sustentou o papado; 15) A Besta que sai da terra refere-se ao poder eclesiástico do papado; 16) As sete taças são os juízos de Deus derramado sobre o papado, através da Revolução Francesa, captura de Roma pelos franceses, a divisão do papado, etc; 17) A grande prostituta refere-se ao papado; 18) A destruição de Babilônia refere-se a queda do papado,” etc. (3)

c) O Método Idealista - Esse método encara o livro como uma disputa das forças do bem e do mal que estão embutidas nos acontecimentos e não como uma discussão dos próprios acontecimentos. Esse método de interpretação tira do livro todo e qualquer enfoque preditivo, pois reduz a profecia a um quadro simbólico da luta entre as forças das trevas contra as forças da luz.

d) O Método Futurista - Este método vê o livro como que quase totalmente escatológico, tratando dos acontecimentos do fim do mundo. Os intérpretes que aceitam esse método reconhecem que o Apocalipse foi motivado por um contexto histórico no qual a Igreja estava sofrendo perseguições promovidas pelo Império Romano, mas asseguram que o volume maior dele trata da Grande Tribulação, seguido de perto pelo retorno de Cristo, da instalação do Milênio, do Juízo Final e do Estado Eterno.

( Adaptado do livro: Digno é o Cordeiro, de Ray Summers)

7) Resumo das Posições Escatológicas na História da Igreja

a) A Escatologia Antenicena (50-325 d.C.)

Volta iminente do Senhor Jesus, Julgamento Final, Reino de Deus.

b) A Escatologia Posnicena (326-1500) Ticônio (Agostinho - Cidade de Deus) Amilenista, Preterista e Simbolista (O milênio simbolizava um longo período de tempo, porém indeterminado, começado com a 1ª vinda de Jesus e terminado com a sua 2ª vinda, seguido logo do juizo final).

c) A Escatologia da Reforma (1500 - 1600) Amilenista, Histórica

d) A Escatologia Pós-Reforma (1600 - 1998) Pré-Milenista, Pré-Milenista- Dispensacionalista, Pós-Milenista.

8 – As setenta semanas de Daniel

“Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade, para extinguir a transgressão, e dar fim aos pecados, e expiar a iniqüidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e ungir o Santo dos santos. Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, até ao Messias, o Príncipe, sete semanas e sessenta e duas semanas; as ruas e as tranqueiras se reedificarão, mas em tempos angustiosos. E, depois das sessenta e duas semanas, será tirado o Messias e não será mais; e o povo do príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será com uma inundação; e até ao fim haverá guerra; estão determinadas assolações. E ele firmará um concerto com muitos por uma semana; e, na metade da semana, fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares; e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até à consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador” Dan 9.24-27.

Cada semana corresponde a 07 anos

70 x 7 anos = 490 anos

Início: desde a ordem de Ciro para a reconstrução de Jerusalém até a sua conclusão (07 semanas x 07 anos = 49 anos). Depois se conta as 62 semanas até o tempo de Jesus, sua morte na cruz (62 semanas x 7 anos = 434 anos). Total de tempo desde a ordem para edificar Jerusalém até a morte de Jesus (07 semanas + 62 semanas = 69 semanas x 07 anos = 483 anos). Fica faltando 01 semana de sete anos que corresponde nessa linha de pensamento ao período da grande tribulação.

Para os premilenistas a segunda vinda do Senhor ocorrerá antes, ou durante ou após a última semana de Daniel (07 anos de tribulação).

Se a segunda vinda ocorrer antes da grande tribulação ela é chamada de pretribulacionismo.

Se a segunda vinda ocorrer durante a grande tribulação (3 ½ anos) ela é chamada de mesotribulacionismo ou midtribulacionismo.

Se a segunda vinda ocorrer depois dos 07 anos de tribulação ela é chamada de postribulacionismo.

Para uns teólogos a profecia das setenta semanas de Daniel se cumpriu na época da destruição de Jerusalém no ano 70 da era cristã, por Tito general romano, que consumou a sua conquista entrando no templo com os estandartes romanos e sacrificando animais aos deuses romanos, profanando assim aquele santuário.

Para outro segmento de teólogos isso acontecerá num futuro escatológico. Para isso acontecer pressupõe a reconstrução do templo de Jerusalém e o funcionamento do sistema sacrificial judaico que será cessado com a entrada triunfal do anticristo em Jerusalém, a cessação do culto judaico, e a profanação do santuário pelo anticristo, isso durante o período tribulacional.

É bom lembrar que no lugar onde estava construído o templo de Jerusalém está construída a mesquita de Omar, o segundo santuário mais importante do islamismo depois de Meca.

9 - Análise do Livro de Apocalipse

1) Autoria do Livro

A autoria do livro de Apocalipse é tradicionalmente creditada a João Evangelista. O primeiro questionamento da autoria joanina foi feito por Dionísio, um bispo de Alexandria que viveu em meados do século III. Ele elencou três razões por que discordava da autoria de João, apóstolo do Senhor: 1) O autor do Apocalipse em nenhum momento declara ser apóstolo de Jesus, nem se identificou com o discípulo amado nem tampouco declara ter sido uma testemunha ocular da vida e obra do Senhor; 2) O estilo literário usado no livro é completamente diferente do Evangelho e das epístolas escritas por João; 3) O grego usado no livro de Apocalipse é muito pobre em termos gramaticais em relação ao Evangelho de João e epístolas escritas por ele.

a) Evidências Internas

As evidências internas da autoria joanina é muito limitada. O autor apenas identifica-se pelo nome de João (1:1,4,9; 22:8). Identifica-se também como irmão, um servo e testemunha de Jesus.

b) Evidências Externas

As evidências externas é fortemente favorável à autoria joanina. Um dos pais da Igreja conhecido pelo nome de Justino Martir escreveu antes de 166 d.C., que o apóstolo João profetizou por meio de uma revelação sobre um reinado de Cristo de duração de 1.000 anos. Irineu, em cerca de 185 d.C., escreveu que o Apocalipse fora escrito por João, discípulo do Senhor. Clemente de Alexandria, em cerca de 215 d.C. mencionou que João fora exilado numa ilha conhecida pelo nome de Patmos. Tertuliano, em cerca de 200 d.C., concordou com esses autores anteriores que fora João Evangelista quem escrevera o livro da Revelação. Eusébio, que não concordou com a autoria joanina, escreveu que Origenes, em cerca de 220 - 225 d.C. dissera que João escrevera o livro de Apocalipse. Há outros testemunhos da época patrística sobre a autoria de João, mas de caráter secundário.

2) Data da Produção Literária do Livro

As opiniões dos críticos se dividem quanto à data da escrita desse livro da Bíblia. Uma opinião data o livro como tendo sido escrito em 64 d.C., época em que reinava em Roma o imperador Nero. Essa época é conhecida também pela intensa perseguição movida contra os cristãos. A outra data é de 95 d.C., quando reinava em Roma o imperador Domiciano. Nessa época, foi intensificado, principalmente nas provincias da Ásia Menor, o culto ao imperador, havendo também perseguição contra os cristãos mas não de forma generalizada.

3) Tema do Livro

O tema do livro de Apocalipse é o triunfo do Senhor Jesus Cristo sobre as forças do mal no período escatológico da história da humanidade.

10 - Esboço do Livro de Apocalipse

Introdução (1:1-8)

I - As Mensagens às Sete Igrejas (1:9-3:22)

1. Visão Preparatória (1:9-20)

2. Mensagem a Éfeso (2:1-7)

3. Mensagem a Esmirna (2:8-11)

4. Mensagem a Pérgamo (2:12-17)

5. Mensagem a Tiatira (2:18-29)

6. Mensagem a Sardes (3:1-6)

7. Mensagem a Filadelfia (3:7-13)

8. Mensagem a Laodicéia (3:14-22)

II - Os Sete Selos ( 4:1-8:1)

1. Visão Preparatória (4:1-11)

2. O Rolo Escrito e o Cordeiro (5:1-14)

3. O Primeiro Selo (6:1,2) - Cavalo Branco (surgimento do Anticristo)

4. O Segundo Selo (6:3,4) - Cavalo Vermelho (guerra e mortandade)

5. O Terceiro Selo (6:5,6) - Cavalo Preto (escassez, fome)

6. O Quarto Selo (6:7,8) - Cavalo Amarelo (guerra, fome, mortandade)

7. O Quinto Selo (6:9-11) - Almas dos salvos debaixo do altar.

8. O Sexto Selo (6:12-17) - Ocorrência de um grande terremoto na face

da terra.

9. Cenas Intermediárias (7:1-17)

a) Os 144.000 selados de Israel (7:1-8)

b) A visão dos salvos da Grande Tribulação (7:9-17)

10. Sétimo Selo (8:1) - Silêncio no Céu

III- As Sete Trombetas (8:2-11:18)

1. Visão Preparatória (8:2-6)

2. Primeira Trombeta (8:7) - Queimada a terça parte da terra.

3. Segunda Trombeta (8:8,9) - Destruição da terça parte da criação do

mar.

4. Terceira Trombeta (8:10,11) - Envenenamento da terça parte das

águas potáveis.

5. Quarta Trombeta (8:12,13) - Ferida a terça parte dos astros uminosos.

6. Quinta Trombeta (9:1-12) - Gafanhotos devastadores e tormentadores

enviados para ferirem as pessoas.

7. Sexta Trombeta (9:13-21) - Grande conflito militar envolvendo um

exército

de 200 milhões de soldados (1/3 das pessoas do planeta serão

mortas).

8. Cenas Intermediárias (10:1-11:14)

a) Uma visão de anjos (10:1-7)

b) Uma visão de um livro dado a João (10:8-11)

c) Medição do Santuário de Deus (Templo de Jerusalém ) (11:1,2)

d) As Duas Testemunhas Mártires (11:3-14)

9. Sétima Trombeta (11:15-18) - Declaração de vitória de Cristo. Ações

De graças dos seres angelicais.

IV - As Cenas Simbólicas (11:19-15:1)

1. Visão Preparatória (11:19)

2. A Mulher (12:1,2)

3. O Dragão (12:3-18)

4. A Besta que sai do mar (13:1-10)

5. A Besta que sai da terra (13:11-18)

6. O Cordeiro e os Seus remidos (144.000) (14:1-5)

7. Seis Anjos Anunciadores (14:6-20:15:1)

a) Primeiro Anjo - Proclamação do Evangelho Eterno (14:6,7)

b) Segundo Anjo - Proclamação da Queda de Babilônia (14:8)

c) Terceiro Anjo - Proclamação da Advertência sobre Juizo para os adoradores da Besta (14:9-12)

d) Quarto Anjo - Proclamação de Bem-aventurança para os mortos no Senhor (14:13)

e) Quinto Anjo - Proclamação da Grande Ceifa que se fará na terra (14:14-16)

f) Sexto Anjo - Proclamação da Vindima que será feita na terra (14:17- 20)

V - As Sete Taças (16:1-21)

1. Visão Preparatória (15:1-8)

2. A Primeira Taça (16:1,2) - Adoradores da Besta feridos com úlceras malignas.

3. A Segunda Taça (16:3) - Morte de todos os seres viventes do mar.

4. A Terceira Taça (16:4-7) - Rios e fontes de água transformadas em sangue.

5. A Quarta Taça (16:8,9) - Superaquecimento da terra devido ao sol.

6. A Quinta Taça (16:10,11) - Trono da Besta ferido com trevas.

7. A Sexta Taça (16:12-16) - Os exércitos do mundo instigados pelo

Diabo saem para a peleja em Armagedom.

8. A Sétima Taça (16:17-21) - Ocorrência de grande terremoto como

nunca houve igual no mundo, acompanhado de grande saraivada de

pedras.

VI - A Visão do Juízo de Deus (17:1-21:1)

1. A Descrição da Grande Meretriz (17:1-18)

2. O Anúncio da Queda de Babilônia (18:1-8)

3. Os Lamentos dos admiradores de Babilônia (18:9-20)

4. A Ruína de Babilônia é completa e definitiva (18:21-24)

5. O Júbilo no Céu (19:1-10)

6. Cristo, o Vencedor da Besta e do Falso Profeta (19:11-21)

7. A Prisão de Satanás por 1.000 anos. A Primeira Ressurreição (20:1-6)

8. Satanás é solto e derrotado (20:7-10)

9. O Juízo Final (20:11-15)

VII- Novo Céu, Nova Terra e a Nova Jerusalém (21:1-22:5)

1. Novo Céu e Nova Terra (21:1)

2. A Descrição da Nova Jerusalém (21:2-22:5)

Epílogo (22:6-21)

1. Fidelidade da profecia (22:6,7)

2. Admoestações e promessas finais (22:8-17)

3. Conclusão do livro (22:18-20)

4. A bênção (22:21)

(Bíblia de Estudio Dios Habla Hoy e Bíblia Edição Revista e Atualizada do Brasil, com adaptações)

11 - Qadro com interpretações do Apocalipse


Apocalipse

1-3

4-19

20-22

Preterista

Igrejas históricas

Símbolos das condições contemporâneas

Símbolo do céu e da vitória

Idealista

Igrejas históricas

Símbolo do conflito do bem e do mal

Vitória do bem

Historicista

Igrejas históricas

literais

Símbolo de acontecimentos históricos: queda de Roma, maometismo, papado, Reforma

Julgamento Final

Milênio (?)

Estado Eterno

Futurista

Sete fases da história da Igreja

Tribulação futura; castigos concentrados sobre uma Igreja apóstata e um Anticristo; vinda de Cristo

Reino milenal, julgamento dos mortos ímpios, Estado Eterno.

Pós-Milenal

Igrejas históricas

Histórica de uma maneira geral

Vitória do Cristianismo sobre o mundo

Amilenal

Igrejas históricas

Histórica de uma maneira geral

Julgamento

Vinda de Cristo

Estado Eterno

Pré-Milenal

Igrejas históricas representando eras da Igreja

Futurista de uma maneira geral

Reino milenário literal;

Julgamento do grande trono branco

A Nova Jerusalém

O Novo Testamento - Sua Origem e Análise, MERRIL, C. Tenney

12 - Conteúdo do Livro de Apocalipse (Visão Premilenista)

Prólogo (1:1-20). O livro começa com uma rápida introdução (1:1-3), endereçamento e saudação (1:4-8) e uma visão do Cristo glorificado (1:9-20). (Alguns interpretam essa visão juntamente com os cap.2-3, como uma introdução às cartas às sete Igrejas.)

Mensagens às sete Igrejas (2:1-3:22). João recebe do Cristo ressurreto, ordens para dirigir mensagens à sete Igrejas que havia na província romana da Ásia: Éfeso (2:1-7), Esmirna (2:8-11), Pérgamo (2:12-17), Tiatira (2:18-29), Sardes (3:1-6), Filadélfia (3:7-13) e Laodicéia (3:14-22). Cada carta contém: (1) uma saudação ao “anjo” ou “mensageiro” da Igreja; (2) Uma descrição do Cristo ressurreto tirada da visão de 1.9-20; (3) elogio à Igreja (exceto) na carta a Laodicéia; (4) crítica à Igreja (exceto nas cartas a Esmirna e Filadelfia); (5) uma advertência; (6) uma exortação, que começa com as palavras “quem tem ouvidos...”, e (7) uma promessa.

Uma visão dos céus (4:1-5:14). João é “no Espírito” elevado aos céus, onde vê o Deus soberano assentado sobre o trono e recebendo adoração. A transcendência de Deus descrita nessa visão prepara o cenário para o drama que se desenrola a seguir: João vê nas mãos de Deus um rolo selado, e tão-somente “um Cordeiro como tendo sido morto” é considerado digno de romper os sete selos e abrir o rolo (5:1-14).

Os sete selos (6:1-8:5). João descreve aquilo que vê à medida que cada selo é aberto pelo Cordeiro: vitória (6:1-2), matança (6:3-4), fome (6:5-6), morte (6:7-8), mártires clamando por justiça (6:9-11) e catástrofe da natureza, indicando a “ira do Cordeiro” (6:12-17). Então, antes da descrição do sétimo selo, João tem duas visões, cada uma descrevendo uma multidão de pessoas: 144.000 procedentes das tribos de Israel e que haviam sido selados por Deus (7:1-8) e pessoas em número incontável que “vêm da grande tribulação” (7:9-17). A abertura do sétimo selo provoca silêncio no céu e a introdução das sete trombetas (8:1-5).

As sete trombetas (8:6-11:19). Agora, em sua visão, João observa as calamidades que se abatem sobre a terra à medida que anjos vão tocando cada uma das trombetas: saraiva e fogo provenientes do céu (8:7), uma montanha atirada no mar (8:8-9), uma grande estrela que cai do céu (8:10-11), mudanças nos astros (8:12-13), gafanhotos destruidores (9:1-12) e um imenso exército conquistador (9:13-21). Assim como aconteceu com os selos, João introduz duas visões antes de narrar acontecimentos vinculados à sétima trombeta. João vê um anjo que tem um pequeno rolo, o qual é ordenado a comer (10:1-11), e duas testemunhas, que profetizam, são mortas e em seguida ressuscitadas (11:1-14). A sétima trombeta não traz nenhum acontecimento específico, mas solenemente introduz hinos que louvam a Deus por seu triunfo e juízos (11:15-19).

Sete sinais relevantes (12:1-14:20). João interrompe seus septetos numerados para apresentar uma série de visões. Mas o número sete, tão obviamente fundamental em Apocalipse, não é abandonado, visto que os acontecimentos narrados nessas visões são em número de sete: uma mulher que dá à luz um filho (12:1-6); uma guerra nos céus entre Miguel e seus anjos de um lado, e, de outro, um dragão, identificado como Satanás, que é lançado fora dos céus (12:7-12); uma guerra na terra entre Satanás de um lado, e, de outro, a mulher e seu filho (12:13-13:1a.); a adoração mundial de uma besta que emerge do mar (13:1b-10); o domínio mundial de uma besta que emerge da terra (13:11-18); o louvor ao Cordeiro por parte dos 144.000 (14:14-20). Como aconteceu com os dois primeiros septetos (selos e trombetas), ocorreu a inserção de uma visão entre o sexto e o sétimo elemento desta série (veja 14:6-13).

As sete taças (15:1-16:21). Agora João vê “no céu outro sinal grande e admirável: sete anjos tendo os sete últimos flagelos” (15:1). Aqueles que haviam triunfado sobre a besta cantam louvores a Deus (15:2-4), enquanto os anjos saem do templo levando as pragas (15:5-8). Essas pragas são então descritas por meio da linguagem figurada de taças que os anjos derramam sobre a terra (16:1). O derramamento das taças traz sucessivamente: feridas dolorosas “aos homens portadores da marca da besta e adoradores da sua imagem” (16:2); a transformação do mar em sangue (16:3-7); o calor escaldante proveniente do sol (16:8-9); a destruição da região controlada pela besta (16:10-11); a drenagem do rio Eufrates e a vinda de espíritos malignos como preparativos para a “a peleja do grande Dia do Deus Todo-Poderoso” em “Armagedom” (16:12-16); e, como clímax, a expressão “feito está”, indicando a destruição total da terra (16:17-21).

O triunfo do Deus Todo-Poderoso (17:1-20:15). Essas visões descrevem e comemoram o triunfo de Deus no mundo, à medida que sua soberania, vista por João no céu no capítulo 4, agora se manifesta no mundo. João descreve o julgamento dos ímpios e a recompensa dos justos. Sua primeira visão revela a iniqüidade e o destino da “grande meretriz”, a “grande cidade que domina sobre os reis da terra” (17:1-18). Essa grande cidade, chamada de Babilônia para insinuar um destruidor ímpio do povo de Deus, é agora condenada e destruída, enquanto aqueles que lucravam com ela a pranteiam (18:1-19:5). No meio do juízo há, no entanto, salvação, pois João ouve o louvor de uma grande multidão que fora convidada a participar das bodas do Cordeiro (19:6-10). Em seguida, João descreve a vitória sobre as bestas e as nações vencidas pelo que montava um cavalo branco (19:11-21). Segue-se a famosa descrição joanina dos “mil anos” ( de onde surge a palavra “milênio”), durante os quais Satanás acha-se preso, período este que separa a “primeira” ressurreição da segunda (20:1-6). Depois João descreve a rebelião e a derradeira destruição de Satanás (20:7-10) e o julgamento, por Deus, de todos os mortos diante do grande trono (20:11-15).

Um novo céu e uma nova terra (21:1-22:5). O desaparecimento da primeira terra leva à visão que João tem de “novo céu e nova terra”. Aí Deus habita com seu povo (21:2-5), e os justos estão separados dos ímpios (21:6-8). Em sua visão João vê “a noiva”, a esposa do Cordeiro”, na figura de linguagem de uma nova Jerusalém, cujos aspectos e dimensões são descritos em considerável detalhe (21:9-21). Não haverá necessidade de templo, nem de sol, nem de lua nessa cidade, porquanto Deus e o Cordeiro ali estão, e ali não haverá maldade (21:22-22:5).

Epílogo (22:6-11). João recebe a promessa de que a mensagem contida nas visões que teve é “fiel e verdadeira” e de que haverá recompensa para aqueles que forem fiéis e leais. Essa recompensa é trazida pelo próprio Jesus, que vem “sem demora”.

(Introdução ao Novo Testamento, D.A. Carson; Douglas J. Moo, Leon Morris. Edições Vida Nova)


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(Compilado pelo Pr. Eudes Lopes Cavalcanti)

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