domingo, 25 de setembro de 2011

Uma pergunta inquietante

Os profetas na Bíblia dividem-se em dois grupos: os profetas escritores ou da escrita, que escreveram os livros canônicos (Isaías, Jeremias, Ezequiel, Daniel... Malaquias) e os profetas da palavra ou não escritores (Elias, Eliseu, Natã, Micaías, etc).

Os profetas entravam em ação na vida do povo de Deus quando a vida espiritual do mesmo se degradava. Quando isso acontecia Deus graciosamente levantava homens cheios do Espírito para falar ao povo em Seu nome. Dentre esses homens se destacou Elias o tisbita, que profetizou no Reino do Norte chamado também de Reino de Israel (10 tribos, capital Samaria), para diferençar do Reino de Judá, chamado de Reino do Sul (02 tribos – Judá e Benjamim).

O Reino do Norte estava sendo governado por Acabe, que tinha por mulher Jezabel, famosa pela sua impiedade e que controlava a vida do marido. Quando o reino de Israel começou a se afundar na idolatria Elias apareceu no cenário para advertir a esse Reino. Deus usou poderosamente Elias na ministração de Sua palavra e em manifestações miraculosas. O grande momento na vida de Elias foi quando ele desafiou os quatrocentos e cinquenta profetas de Baal para uma batalha espiritual e os venceu no monte Carmelo. O desafio de Elias foi que, o Deus que respondesse com fogo sobre o holocausto esse seria o verdadeiro Deus. O Deus dos Céus respondeu com fogo a oração do profeta Elias e consumiu o holocausto enquanto a oração dos profetas de Baal caiu no vazio, pois Baal nunca foi Deus. O povo que presenciara o desafio adorou a Deus proclamando por duas vezes: “Só o Senhor é Deus”. Por ordem de Elias os falsos profetas foram mortos no Ribeiro de Quison, próximo ao Carmelo. (1 Rs 18.22-40).

Jezabel quando soube da derrota dos profetas patrocinados por ela encheu-se de ira e sentenciou o profeta Elias a morte. “E Acabe fez saber a Jezabel tudo quanto Elias havia feito e como totalmente matara todos os profetas à espada. Então, Jezabel mandou um mensageiro a Elias, a dizer-lhe: Assim me façam os deuses e outro tanto, se decerto amanhã a estas horas não puser a tua vida como a de um deles” 1 Rs 19.1,2

Com medo de Jezabel, Elias fugiu e se refugiou numa caverna onde Deus o encontrou, e lhe fez essa inquietante pergunta: “Que fazes aqui, Elias?”

Irmãos como o ser humano é frágil! O grande Elias, poderoso instrumento nas mãos de Deus, que vencera quatrocentos e cinqüenta profetas num desafio público agora estava escondido numa caverna com medo da ameaça de uma mulher. Elias se esquecera com rapidez da gloriosa manifestação de poder de Deus. O medo o fez esquecer que o Deus a quem ele servia era o Deus todo-poderoso, capaz de fazer todas as coisas e mudar qualquer situação adversa. Jezabel, pobre e miserável pecadora, mesmo sendo rainha, jamais seria páreo para o Deus Verdadeiro em cujas mãos estão as vidas e os destinos de todos os seres humanos. Ali na caverna Deus tratou com Elias, fortaleceu-o e lhe deu uma nova tarefa, antes de levá-lo para o Céu.

A você irmão, que vinha tão bem na vida cristã e que por causa de uma situação adversa qualquer se afastou da presença de Deus, e com medo refugiou-se na caverna do desânimo, da letargia, da desesperança como se não houvesse mais solução para o seu problema, Ele está perguntando: “o que fazes aqui?”.

Lembremo-nos de que temos um Deus nos Céus que por nós tudo executa. O Deus dos crentes, o nosso Deus não desistiu de você como não desistiu de Elias. Deus sempre esteve e sempre estará no controle de todas as coisas mui especialmente daquilo que diz respeito aos seus servos, e Deus não quer que você viva escondido com medo de tudo e de todos.

Você tem uma vida pela frente que precisa ser vivida, servindo fielmente ao Senhor. Saia da caverna e assuma com ousadia o papel para o qual você foi alcançado por Deus e viva na força do Senhor que lhe alcançou e jamais abandonará você.

Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Uma decisão inteligente

A vida de Moisés foi uma vida fascinante. Nascido numa época difícil quando havia uma sentença de morte sobre todas as crianças do sexo masculino, imposta pela potência estrangeira que dominava os israelitas, foi preservado graciosamente por Deus. Quando nasceu foi colocado numa cesta de vime que foi calafetada com piche e colocada no rio Nilo próximo do lugar onde a filha de Faraó tomava banho. Ao ouvir o choro da criança o cesto foi trazido à presença da princesa egípcia que se compadeceu da criança e resolveu criá-la. Miriam, irmã da criança, que estava observando o que iria acontecer, aproximou-se da princesa e perguntou se ela queria que uma ama hebréia amamentasse a criança para ela. A princesa concordou com a idéia e inclusive autorizou o pagamento da manutenção dela, que foi entregue a sua própria mãe para cuidar da mesma. Que maravilhosa providência de Deus! A criança que estava condenada a morte fora preservada e inclusive com o seu sustento garantido. Com três meses de vida ela foi entregue a princesa egípcia que lhe deu o nome de Moisés, que significa tirado das águas.

No palácio, Moises foi criado e viveu lá como príncipe até os quarenta anos de idade. Em Atos dos apóstolos nos é dito que ele fora educado em toda a cultura e ciência dos egípcios e era poderoso em palavras e em obras (At 7.22).

No livro de Hebreus, na galeria dos heróis da fé, nos é dito que Moisés pela fé recusou ser chamado filho da filha de Faraó, preferindo viver com o povo de Deus no deserto.

Perguntaria alguém: Onde está a decisão inteligente que Moisés tomara considerando que ele abandonou todas as possibilidades de ser bem sucedido na corte egípcia como príncipe que era? Do ponto de vista humano Moisés fez

uma tremenda besteira ao deixar para trás todas as possibilidades de se projetar na vida como um homem rico, bem sucedido, adulado, respeitado, etc.

A questão irmãos é que por traz da decisão tomada por Moisés houve uma profunda motivação espiritual, que a grande maioria das pessoas não entende. Em Hebreus nos é revelado que Moisés viu o invisível, ou seja, tomou a decisão levando em consideração as coisas de Deus, que têm uma dimensão eterna.

O Senhor Jesus, em certa ocasião, disse que a vida de um homem não consiste na abundância de bens que possui. (Lc 12.15). Paulo disse na sua segunda carta aos Coríntios, que as pessoas devem priorizar as coisas de Deus, pois elas têm dimensão eterna. “não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas” 2 Co 4.18. Na carta aos Colossenses Paulo disse que os crentes devem pensar nas coisas de Deus e buscá-las de coração. “Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima e não nas que são da terra” Cl 3.1,2.

Infelizmente temos observado muitos servos de Deus encharcados com as coisas deste mundo e, consequentemente, desprezando as coisas de Deus. Esses irmãos estão preocupados com tudo menos com o Reino de Deus. Não se interessam em freqüentar assiduamente os cultos da Igreja, não contribuem para a obra do Senhor, não se engajam nos projetos da Igreja local que tem a grande responsabilidade de cumprir um ministério com metas que envolvem a celebração de cultos ao Deus dos Céus, de promover o crescimento espiritual dos crentes, de proclamar o evangelho de Cristo, e de cuidar dos crentes necessitados.

Amados, acordemos! As coisas de Deus têm prioridade sobre todas as outras coisas. O Senhor Jesus disse em certa ocasião que devemos buscar em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça. (Mt 6.33).

Voltando para Moisés, a decisão inteligente que tomou o levou a ser usado poderosamente por Deus como instrumento Seu e a fazer uma obra que ecoará por toda a eternidade.

Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

A Relevância de uma Igreja Local

A Igreja na sua expressão local, organizada segundo o padrão neo-testamentário, é uma instituição divina segundo se extrai de diversos textos do Novo Testamento como, por exemplo, o citado a seguir: “À igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados santos, com todos os que em todo o lugar invocam o nome de nosso SENHOR Jesus Cristo, Senhor deles e nosso” 1 Co 1.2.

Uma Igreja é organizada numa determinada localidade segundo uma direção específica do Espírito Santo. Ela não surge por acaso, ou segundo a vontade de homens, mas, em obediência a um propósito soberano de Deus. “E, logo depois desta visão, procuramos partir para a Macedônia, concluindo que o Senhor nos chamava para lhes anunciarmos o evangelho” At 16.10.

Uma vez estabelecida numa determinada localidade a Igreja passa a exercer o seu ministério que é um ministério abençoado e abençoador e, consequentemente, relevante para todos os que fazem partem dela e para a comunidade onde ela está inserida.

Observando o Novo Testamento podemos constatar que a Igreja foi constituída por Deus para exercer quatro poderosos ministérios, a saber: a) Celebrar cultos ao Deus dos Céus, a aquele que é digno de toda a honra, glória, louvor e adoração. “Vinde, cantemos ao SENHOR; jubilemos à rocha da nossa salvação. Apresentemo-nos ante a sua face com louvores, e celebremo-lo com salmos. Porque o SENHOR é Deus grande, e Rei grande sobre todos os deuses” Sl 95.1-3; b) Promover a edificação espiritual dos seus membros e congregados através do exercício dos dons espirituais distribuídos pelo Espírito Santo, especialmente através do ministério da Palavra. “Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina; No qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para templo santo no Senhor. No qual também vós juntamente sois edificados para morada de Deus em Espírito” Ef 2.20-22; c) Proclamar o Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo para a salvação das almas perdidas. “E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado” Mc 16.15,16; “Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” 1 Pe 2.9; d) Exercer o ministério da misericórdia ou da beneficência, cuidando dos necessitados especialmente dos membros e congregados da Igreja. “Então, enquanto temos tempo, façamos bem a todos, mas principalmente aos domésticos da fé” Gl 6.10; “E não vos esqueçais da beneficência e comunicação, porque com tais sacrifícios Deus se agrada” Hb 13.16. A relevância de uma Igreja local é efetivada na medida em que ela pela graça divina exerce com fidelidade os ministérios citados.

Apesar de ser composta de pessoas limitadas e falhas, a Igreja local tem sobre si a benção de Deus que a faz vitoriosa em todos os embates que venha enfrentar. O Salvador disse que a Igreja seria edificada sobre a rocha (Petra) que é Ele próprio (1 Co 3.11) e que as portas do inferno não prevalecerão contra ela.

Pela vontade soberana de Deus e de acordo com o seu propósito, a Comunidade Evangélica Congregacional Bessamar foi organizada como Igreja autônoma no dia 17/10/2010 para viver para glória de Deus e para exercer com graça os ministérios identificados acima e ser relevante onde foi estabelecida por Ele.

A III Igreja Evangélica Congregacional de João Pessoa, sente-se extremamente honrada em ter sido usada como instrumento por Deus para estabelecer o trabalho que ora inauguramos.

Este signatário que também foi usado por Deus no estabelecimento dessa Igreja sente-se extremamente agradecido ao Senhor por esse privilégio.

Rogamos ao Senhor nosso Deus que pelo Seu Espírito que em nós habita ajude a liderança e membros e congregados da Comunidade Evangélica Congregacional Bessamar a exercer a sua relevância para a qual foi constituída por Deus nesse bairro para glória dele e benção dos que fazem esta Igreja e da comunidade pessoense.

Pr. Eudes Lopes Cavalcanti (Ministro Congregacional da ALIANÇA)

Simão, o mágico (At 8.9-13) No relato do texto em apreço, nos é apresentada a figura de um homem famoso na cidade de Samaria, onde De...