quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Uma panorâmica sobre Apocalipse

O livro de Apocalipse foi escrito pelo apóstolo João quando ele se encontrava preso por causa do Evangelho na ilha de Patmos, isto em 95 d.C. O Apocalipse foi escrito para confortar a Igreja que estava sofrendo perseguição por causa do Evangelho na época de Domiciano, imperador romano, que exigia adoração de seus súditos, algo que a Igreja não aceitava. Devido a sua linguagem altamente simbólica o livro não é de fácil interpretação. Existem pelos menos quatro escolas de interpretação desse livro: A idealista que vê o livro como revelador de princípios que envolvem a luta do bem contra o mal; a Preterista que ensina que os acontecimentos do livro são passados, pendente apenas a segunda vinda do Senhor e a consumação final; a Historicista que ensina que os acontecimentos do livro se cumpriram e estão se cumprindo na história da Igreja; e a escola Futurista que prega que apenas os três primeiros capítulos pertencem à história da Igreja e o restante está para acontecer depois dela. O Apocalipse, como o próprio nome significa, é uma revelação do Senhor Jesus Cristo, destinada às sete igrejas existentes, na época, na Ásia Menor: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia, e para a Igreja em todas as épocas. Apocalipse começa apresentando o Senhor Jesus como o grande Juiz do Universo (1). Depois O livro mostra sete cartas destinadas às igrejas citadas (2,3). Nessas cartas encontramos uma apresentação do Senhor Jesus, tirada da visão do capítulo primeiro; uma análise da vida interna da Igreja revelando pontos positivos e negativos; uma advertência do Senhor a igreja; e uma promessa ao vencedor. Depois o livro revela Deus no seu trono de glória com um livro selado por sete selos (4) e no capitulo seguinte (5) o Cordeiro de Deus é apresentado como aquele que é digno de abrir o livro e desatar os seus sete selos. À medida que os selos são abertos por Jesus um acontecimento importante na história ocorre (6). Depois o livro apresenta o toque de sete trombetas e o derramar de sete taças, todas essas trombetas e taças representam juízo de Deus punindo uma humanidade ímpia e rebelde (7-11). O livro também apresenta os quatro formidáveis inimigos da Igreja, a saber: o dragão (Satanás), a besta que sai do mar (o Anticristo), a besta que sai da terra (o Falso Profeta) e a prostituta (Babilônia = o mundo). Esses inimigos combatem contra a Igreja, mas são vencidos pelo Cordeiro, quando de Sua segunda vinda (12-19). O livro ainda mostra o julgamento desses inimigos e o seu destino eterno, bem como de todos aqueles que não foram lavados no sangue do Cordeiro (20). O livro termina com a apresentação de um cenário paradisíaco, de felicidade eterna, para aqueles que professam a fé em Cristo, que viverão para sempre com o Senhor. O mundo, como o vemos hoje, será destruído pelo fogo, e a Igreja (a Nova Jerusalém) viverá num novo céu e numa nova terra (21,22). A mensagem do Apocalipse em síntese é a seguinte: Vocês (a Igreja) que estão sofrendo, tenham paciência, pois o Senhor virá e punirá os inimigos de vocês e dará a todos um final feliz. Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

PREGAÇÃO PASTOR EUDES, 21/02/16

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Uma panorâmica sobre Judas

O penúltimo livro do Novo Testamento tem o nome de Judas. Esse Judas era filho de José e Maria, portanto meio irmão do Senhor Jesus. Ele se identifica na carta que escreveu como Judas irmão de Tiago, fazendo isso para dar mais credibilidade ao seu escrito, citando como referência Tiago por ser este seu irmão pastor da Igreja de Jerusalém. Essa carta que tem o tema Batalhar pela Fé foi escrita, aproximadamente, entre os anos de 70 e 80 da era cristã para os mesmos destinatários das cartas de Pedro. Judas escreveu essa carta com duas finalidades: 1) Advertir aos crentes sobre a grave ameaça dos falsos mestres e sua influência destruidora nas igrejas da época; 2) Conclamar a todos os crentes genuínos a batalhar pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos. Quanto aos falsos mestres e seus ensinos, Judas escreveu para combatê-los no que se refere à posição deles abertamente antinomiana (ensino que enfatizava que a salvação pela graça permitia ao salvo viver uma vida de pecado sem sofrer a consequências dos mesmos). Esses falsos mestres rejeitavam ainda a revelação divina acerca da pessoa e da natureza do Senhor Jesus. Esses erros doutrinários causaram um estrago nas igrejas da época, dividindo-as quando a questão da fé e da conduta da vida cristã. Judas descreve esses falsos mestres como “ímpios (vs 15) e que “não têm o Espirito” (vs 19). Olhando essa carta de forma panorâmica podemos perceber que logo após a saudação feita, Judas revela que tinha a intenção de escrever sobre a salvação comum, mas que por causa do estrago que as heresias estavam fazendo nas igrejas resolvera abordar esse tema, visando preservar a pureza do Evangelho. Judas acusa os mestres apóstatas de impureza sexual, de serem liberais como Caim, cobiçosos como Balaão, rebeldes como Coré, arrogantes, enganosos, sensuais e causadores de divisões no meio do povo de Deus. Judas ainda afirma que o julgamento divino com certeza cairia sobre eles no devido tempo, ilustrando esse juízo com seis fatos acontecidos na vida desses homens citados no Antigo Testamento (vs 6 a 11). Os juízos divinos que caíram sobre os personagens citados serviriam de exemplo para os que viviam laborando em erros doutrinários. A carta de Judas tem as seguintes características: 1) Contém a mais veemente incriminação do Novo Testamento contra os falsos mestres, chamando a atenção de toda a Igreja sobre o gravíssimo perigo das heresias que combatem a fé cristã; 2) Contém uma descrição tríplice de três julgamentos divinos tirados do Antigo Testamento; uma descrição tríplice dos falsos mestres; e três exemplos de homens ímpios do Antigo Testamento (Caim, Balaão e Coré); 3) Traz informações sobre três escritos, dois canônicos (as Escrituras do A. T. e a carta de 2ª Pedro) e outro sem ser canônico (as tradições judaicas); 4) Revela, como 2ª Pedro, a queda de parte dos anjos e o consequente juízo sobre eles; 4) Contém uma das mais belíssimas bênçãos do N. T. Quanto ao ensino errado no meio da Igreja, esse foi o motivador da escrita de praticamente todos os escritos apostólicos. Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

PREGAÇÃO PASTOR EUDES - 07/02/16 - A IMPORTÂNCIA DA ORAÇÃO NO PROCESSO DE SANTIFICAÇÃO DO CRISTÃO

Uma panorâmica sobre 3ª João

Como já foi dito, no Novo Testamento encontramos cinco livros escritos por João: o Evangelho de João, 1ª, 2ª e 3ª João e Apocalipse. A terceira carta de João é destinada a um irmão em Cristo que pertencia a uma das igrejas da Ásia Menor da época. Naquela época havia muitos obreiros itinerantes que pregavam a Palavra de Deus. Criou-se uma cultura evangélica naquele tempo de hospedar esses obreiros em suas viagens missionárias, sendo Gaio, o destinatário da 3ª carta de João, um deles por quem o apóstolo nutria uma estima especial. Vejamos o que João disse desse irmão: “Porque muito me alegrei quando os irmãos vieram e testificaram da tua verdade, como tu andas na verdade. Não tenho maior gozo do que este: o de ouvir que os meus filhos andam na verdade. Amado, procedes fielmente em tudo o que fazes para com os irmãos e para com os estranhos, que em presença da igreja testificaram da tua caridade, aos quais, se conduzires como é digno para com Deus, bem farás” vs 3-6. No texto acima, João expressa a sua alegria pelo testemunho que muitos davam da integridade de Gaio bem como do seu apoio a essa obra de acolhida aos servos do Senhor que eram missionários e que viviam pregando nas localidades, sem sustento financeiro. Depois, João faz referência ao líder de uma das igrejas da época chamado Diótrefes que era soberbo e que não aceitava a autoridade apostólica de João, difamando o venerável servo do Senhor, e, proibindo a membrezia da Igreja a não receber os missionários itinerantes nem lhe dar acolhida, chegando até a expulsá-los da Igreja. “Tenho escrito à igreja; mas Diótrefes, que procura ter entre eles o primado, não nos recebe. Pelo que, se eu for, trarei à memória as obras que ele faz, proferindo contra nós palavras maliciosas; e, não contente com isto, não recebe os irmãos, e impede os que querem recebê-los, e os lança fora da igreja” vs 9,10. Nessa carta João faz referência a outro servo de Deus chamado Demétrio que, tudo indica, fazia parte da igreja que Diótrefes procurava ter o primado, no qual todos deviam se espelhar, devido a sua integridade e o seu amor pela obra do Senhor. “Todos dão testemunho de Demétrio, até a mesma verdade; e também nós testemunhamos; e vós bem sabeis que o nosso testemunho é verdadeiro” v 12. No término da carta João manifesta a esperança de visitar Gaio para falar-lhe à viva voz, talvez sobre a precária situação da Igreja sob a liderança de um líder autocrático, completamente fora do propósito de Deus. Infelizmente no meio do povo de Deus sempre se encontrou pessoas desprovidas do temor a Deus ocupando cargo de liderança na Igreja do Senhor. Essas pessoas não aceitam pastoreio, acham-se o máximo, autossuficientes, e que estragam a obra do Senhor. No Novo Testamento Paulo se queixou de Himeneu, Fileto, Alexandre (João na carta em apreço queixou-se de Diótrefes), pessoas que seguiram o mesmo padrão de comportamento de Coré, Datã, Abirão, Absalão, lideres do Antigo Testamento, maus exemplos que o povo de Deus não deve se espelhar. Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

Uma panorâmica sobre 2ª João

João, apóstolo, escreveu cinco livros que fazem parte do Novo Testamento, que são: Evangelho de João, 1ª, 2ª e 3ª João e Apocalipse. Esse apóstolo foi, juntamente com Tiago seu irmão e Pedro, que mais gozou de privilégios especiais junto ao Senhor Jesus Cristo como, por exemplo, presenciaram a transfiguração do Senhor, a ressurreição da filha de Jairo e a agonia do Salvador no Getsêmani. Os livros escritos por João foram os últimos do Novo Testamento sendo a 2ª carta, como a 1ª, escrita entre os anos 85 a 95 d.C. A segunda carta de João é o menor livro do Novo Testamento e teve como destinatário uma tal senhora eleita e seus filhos que tudo indica tenha sido uma igreja local da época por quem João tinha um grande apreço. Essa carta foi escrita para alertar a igreja a se precaver contra os ensinos dos falsos mestres (mestres, evangelistas e profetas) que pululavam pelas igrejas da época. A Igreja, segundo a orientação de João, não deveria ouvir esses falsos mestres, nem dar-lhes acolhidas nem auxiliá-los para que não se tornarem coniventes com suas ações nefastas. A segunda carta repudia o mesmo erro que a primeira carta de João enfatiza. O tema dessa carta é Andando na Verdade. O tema enfoca a necessidade de se andar de acordo com os ensinamentos das Sagradas Escrituras. Só lembrando o que foi dito na panorâmica sobre 1ª João, o erro disseminado por esses falsos mestres era o erro da teologia gnóstica que negava a humanidade de Cristo e a eficácia da obra redentora realizada pelo Senhor Jesus na cruz do Calvário. Essa carta tem as seguintes características especiais: 1) É o menor livro do Novo Testamento; 2) Esse livro tem semelhança surpreendente com 1ª e 3ª João quanto à mensagem, vocabulário e estilo simples de escrita; 3) Tem uma relação muito forte com a 3ª João quanto a não receber e ajudar obreiros desconhecidos da Igreja. Quanto a essa questão, a carta alerta sobre a necessidade de se ter discernimento espiritual à luz dos ensinamentos de Cristo e dos seus apóstolos. Podemos esboçar essa carta da seguinte maneira: Saudação a Igreja (1-3). Nessa saudação João menciona os destinatários e os elogia por causa da Verdade. João ainda ministra sobre a Igreja uma benção onde são ressaltadas a graça, misericórdia e paz da parte de Deus e do Senhor Jesus Cristo; 1) Elogio e Mandamentos aos fiéis (4-6). Nessa parte, João os elogia por terem mantido a fidelidade há bastante tempo. Quanto aos mandamentos a ênfase é dada ao amor fraternal e a obediência às diretrizes do Senhor; 2) Conselho e Advertência contra os falsos mestres (7-11). Quanto a esse assunto, João orienta a Igreja a reconhecer os falsos mestres e a se afastarem deles. João também orienta aos irmãos que não os recebam em suas casas para não se tornarem cúmplices de suas más obras. Conclusão (12,13). Nessa parte João espera visitar a Igreja para mutuamente usufruírem um do outro e envia saudações da Igreja irmã que pastoreava e termina a carta com a expressão Amém, assim seja. Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

Simão, o mágico (At 8.9-13) No relato do texto em apreço, nos é apresentada a figura de um homem famoso na cidade de Samaria, onde De...