sábado, 29 de junho de 2019

                                               COMENTANDO O SERMÃO DO MONTE


Perseverança na oração (Mt 7.1-12)

Dando continuidade a reflexão nesta seção,  enfocaremos a expressão “Perseverança na oração” (Mt 7.7-12). A oração é um meio da graça que deve ser usado para se comunicar com Deus. A oração deve ser feita ao Pai em nome do Seu Filho Jesus Cristo, isto pelo Espirito Santo. Deus fala ao coração do homem através das circunstâncias, de sonhos, de profecias de curta duração e, especialmente, através de Sua Palavra, mas só há um meio pelo qual nos comunicamos com Deus que é através da oração. Deus graciosamente resolveu ouvir a oração de quem o busca com sinceridade de coração. A oração de um justo, de um crente em Cristo, tem um poder extraordinário. “”... a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos” Tg 5.16. A recomendação do Senhor no Sermão do Monte, nessa área, é que o crente persevere na oração. ”Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á”. Observe os três verbos: pedir, buscar e bater. A ideia aí apresentada é que o crente deve perseverar na oração. A resposta de Deus à oração de uma pessoa é líquida e certa, pois o Senhor Jesus exemplificando esse compromisso de Deus em responder a oração sincera, cita a experiência humana em que um filho se pedir um pão, por acaso, dar-lhe-ia o pai uma pedra ou se pedisse um peixe dar-lhe-ia uma serpente? Complementando o assunto, o Senhor revela que se o homem que é mau dar coisas boas aos seus, quando mais o Pai Celestial dará bens aos que lhe pedirem        

  

                                             COMENTANDO O SERMÃO DO MONTE


As coisas santas não deis aos cães (Mt 7.6)
Dando continuidade a reflexão nesta seção, enfocaremos a expressão “As coisas santas não deis aos cães. O que são as coisas santas? Essas coisas são as coisas de Deus, do Seu reino. Sabemos pelas Bíblia Sagrada que Deus, graciosamente, se revelou a Si mesmo até aonde quis revelar o Ser, o Seu caráter, os Seus atributos e, sobretudo, a Sua vontade. Além disso, Deus revelou o Seu programa redentor o qual fala sobre a queda do homem por causa do pecado e a Sua provisão graciosa, através do Seu Filho Jesus Cristo, para restaurar a comunhão do homem com quem o criou. Todo o conjunto de coisas atreladas a esse programa são as coisas santas, porque provém de um Deus santo e verdadeiro. Quem são os cães a quem essas coisas não devem ser dadas? Deus ordenou que o programa redentor fosse proclamado por todo o mundo e a toda a criatura. Quem crê nesse programa, são os eleitos de Deus. Os réprobos quando à fé, são aquelas pessoas que rejeitam o convite de Cristo e não O aceitam como Salvador e Senhor de suas vidas. O cristão não deve perder tempo com essas pessoas, pois elas rejeitaram a oferta divina para salvá-los. Jesus disse, quando comissionou os discípulos, que aquelas cidades que os rejeitassem, eles lançassem o pó de suas alparcas em testemunho contra elas.
  

                                                COMENTANDO O SERMÃO DO MONTE


O juízo temerário (Mt 7.1-5)
Nessa seção, iremos tratar dos temas de forma individual. Comecemos com a questão do juízo temerário. Fazer juízo sobre a vida de uma pessoa sem conhecer os fatos não é aconselhável pela Palavra de Deus, pois podemos causar danos irreversíveis a essa pessoa. Tiago, o irmão do Senhor nos diz em sua epístola (Tg 4.11,12) que o juízo é uma exclusividade de Deus, o justo Juiz. No entanto, Deus deu a Igreja como comunidade local, autoridade para julgar as falhas de seus membros, observando aquele critério estipulado no A.T. e confirmado no N.T. de que pela boca de duas ou três testemunhas toda a palavra será confirmada. Adverte também o Senhor sobre o falso testemunho, pois quem assim o fizer, aquilo que pensava fazer contra o seu próximo será debitado a ele. Tratando-se do juízo individual, o Senhor adverte no Sermão do Monte que com a medida com que medimos o nosso próximo seremos medidos também. Adverte ainda o Senhor que, mesmo que ousemos fazer juízo de alguém, devemos antes de fazer isso, olharmos para nós mesmos se temos condições morais e espirituais para tanto. Mesmo tendo condições, devemos ser cautelosos para não cairmos no pecado da hipocrisia, ou seja, condenar os outros pelos pecados que nós mesmos cometemos.


COMENTANDO O SERMÃO DO MONTE

O tesouro no céu – Olho puro – Os dois senhores – Ansiosa solicitude pela vida (Mt 6.19-34)

No primeiro ensinamento dessa seção, o Senhor Jesus critica a visão materialista do homem, que só pensa nas coisas deste mundo, em prosperar materialmente, e lhe apresenta algo infinitamente melhor, com dimensão eterna, que é colocar o coração nas coisas de Deus, dos Céus. Depois o Senhor trata da questão do olhar. Através dos olhos, se não houver vigilância, pode-se deixar o pecado dominar a alma, e a luz do Evangelho pode ser ofuscada; Em seguida, o Senhor enfoca a questão da mordomia cristã, da exclusividade do serviço que o servo deve devotar ao seu Senhor. Um coração dúbio que não entende nem se submete a exclusividade do reino de Deus, não é do agrado de Deus. Finalmente, o Senhor trata nessa seção da preocupação natural do homem pelas coisas básicas para o suprimento de suas necessidades, tais como comer, beber e vestir, e usando alguns exemplos da própria natureza tais como as aves que voam nos céus, que o Pai celeste as sustenta sem trabalharem para isto, bem como os lírios que nascem nos vales e como são revestidos por Deus de uma grande beleza, sem também fazerem esforços para isso, e até diz que nem Salomão com toda a sua glória se vestiu com a glória dada por Deus àquelas plantas, e sutilmente os desafia a confiar em Deus para as provisões para as suas vidas. Na última parte dessa seção, o Senhor Jesus insta com os seus discípulos a darem prioridade ao Reino de Deus e a sua justiça, prometendo Jesus, se essa prioridade for uma realidade na vida deles, com certeza, suprir-lhes as necessidades. Terminando a seção, o Senhor anima os discípulos a não se inquietarem com coisa alguma, pois o futuro a Ele pertence.      


COMENTANDO O BREVE CATECISMO
PERGUNTA 10. Como criou Deus o homem?
R. Deus criou o homem macho e fêmea, conforme a sua própria imagem, em conhecimento, retidão e santidade com domínio sobre as criaturas. Ref. Gn 1.27-28; Cl 3.10; Ef 4.24; Rm 2.14-15; Sl 86-8.
Nosso Comentário. De todas as coisas visíveis que Deus criou o homem é a obra-prima, pois foi o único ser criado à imagem e semelhança de Deus. O homem é a coroa da criação. Deus fez o homem do pó da terra no último dia da criação. O texto sagrado diz como isso foi feito: “E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou em seus narizes o folego da vida; e o homem foi feito alma vivente” Gn 2.7. Pelo texto citado podemos entender que o homem é uma dicotomia, ou seja, foi feito com um corpo mortal e uma alma imortal. O corpo foi confeccionado e a alma soprada por Deus em suas narinas. Primeiro Deus fez o homem (o macho) e dele fez a mulher (a fêmea). O homem, macho e fêmea, foi criado à imagem e semelhança de Deus, ou seja, ele foi criado com alguns atributos peculiares à Deus, mas que foram compartilhados com o ser humano em certa medida. Assim como Deus é, assim é o homem, ou seja, o homem, assim como Deus, tem inteligência, vontade e sentimentos. Só que em Deus essas características são em plenitude, em perfeição, e no homem com limitações. Uma diferenciação básica deve ser notificada é que Deus não tem forma aparente e o homem tem uma forma (corpo), então essa Imago Dei (Imagem de Deus) não se relaciona com forma física, pois Deus é Espírito e um espirito não tem forma aparente, e sim uma imagem moral e espiritual. Deus criou o homem para governar a terra e para isso o capacitou. Numa perspectiva humana, tudo na terra é governado pelo homem.     


COMENTANDO O BREVE CATECISMO
PERGUNTA 9. Qual é a obra da criação? R. A obra da criação é aquela pela qual, Deus fez todas as coisas do nada, no espaço de seis dias, e tudo muito bem. Ref. Gn 1; Hb 11.3; Sl 33.9; Gn 1.31. Nosso Comentário: A Bíblia Sagrada revela que Deus criou, através de Cristo, todas as coisas visíveis e as invisíveis. Nada que existe, existe por acaso, mas tudo foi criado pelo Deus vivo e verdadeiro. “porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades; tudo foi criado por ele e para ele. E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele” Cl 1.16,17. A criação material foi criada em seis dias, conforme relato de Gênesis nos capítulos 1 e 2. Deus criou todas as coisas do nada, com a palavra do Seu poder.  “Pela fé, entendemos que os mundos, pela palavra de Deus, foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente” Hb 11.3. Ao terminar a obra da criação material, diz-nos a Bíblia, que tudo o que Deus fez foi bem feito. “E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom; e foi a tarde e a manhã: o dia sexto” Gn 1.31. Os dias em que as coisas foram criadas foram dias de 24 horas como nós o conhecemos, e não eras glaciais como dizem alguns. Observe que o texto sagrado diz que, após a criação de coisas num determinado dia, é usada a expressão que revela isso: “Foi a tarde e a manhã”, o dia primeiro,... o dia segundo..., o dia sexto.
A pergunta e a resposta do Breve Catecismo nos remete a grandiosa obra criadora feita pelo Deus Todo-Poderoso, Sábio, Senhor do universo.


COMENTANDO O BREVE CATECISMO
PERGUNTA 8. Como executa Deus os seus decretos?
R. Deus executa os seus decretos nas obras da criação e da providência.
Ref. Ap 4.11; Dn 4.35; Is 40.26; 14.26-27; 46.9-11; At 4.24.
Nosso Comentário: Nessa questão pergunta-se como Deus executa os seus decretos. A resposta é dada dizendo que Deus faz isso através da criação e de sua providência. Como vimos no boletim anterior, Deus decretou criar todas as coisas, visíveis e invisíveis. Logo no inicio do livro de Genesis nos é dito que Deus criou os céus e a terra. O decreto da criação, pelo menos das coisas visíveis, cumpriu-se após a conclusão da obra da criação. Deus fez todas as coisas visíveis em seis dias, e no sétimo descansou. Tudo o que Deus fez, foi bem feito porque foi feito com sabedoria. Quanto ao reino espiritual, que também foi feito por Deus (os seres celestiais, o céu de Deus morada do Altíssimo, e todas as demais coisas), não temos informação sobre quando isso foi feito, mas, com certeza, podemos afirmar que foi feito antes da criação material. O Deus criador é o Deus mantenedor daquilo que criou. Aí entra a questão da providência de Deus.  Providência são ações tomadas por quem tem condições para tanto, no caso, Deus, para que as coisas aconteçam conforme determinado por Ele. No minidicionário de Aurélio encontra-se, que “Providência é a suprema sabedoria com que Deus conduz todas as coisas; Disposições ou medidas próprias para alcançar um fim”. Assim sendo, nada acontece por acaso e sim por determinação ou permissão de Deus, que faz com que as coisas aconteçam segundo o conselho de Sua vontade, isto vale, principalmente, para a Igreja de Cristo.



COMENTANDO O BREVE CATECISMO
PERGUNTA 7. Que são os decretos de Deus?
R. Os decretos de Deus são o seu eterno propósito, segundo o conselho da sua vontade, pelo qual, para sua própria glória, Ele predestinou tudo o que acontece.
Ref. Rm 11.36; Ef 1.4-6, 11; At 2.23; 17.26; Jo 21.19; Is 44.28; At 13.48; 1Co 2.7; Ef 3.10-11.
Nosso Comentário: Nessa pergunta a inquirição é sobre o que são os decretos de Deus. A resposta nos remete ao estudo da Teontologia. Na Teontologia, os Decretos de Deus são as Suas santas e sábias determinações através das quais Ele governa o universo, dirige a história do mundo e dá curso ao Seu programa redentor. Os pressupostos que fundamentam os decretos de Deus são: a) Atributos de Deus (Onipotência, Onisciência e Onipresença); b) Caráter de Deus (Amor, Bondade, Misericórdia, Justiça e Verdade); c) Vontade Deus (Soberana, Diretiva, Permissiva). Os decretos de Deus são classificados da seguinte maneira: a) Decretos Positivos (Diretivos) – Deus determina o que vai acontecer; b) Decretos Permissivos – Deus permite o que vai acontecer. A abrangência dos decretos: a) Contempla todo o curso geral da história – At 17.26; b) Contempla os acontecimentos particulares – Gn 45.7,8; c) Contempla os atos bons dos homens – Ef 2.10; Jo 15.16; d) Contempla os atos pecaminosos dos homens – Ef 2.23; 4.27,28; Pv 16.4; e)  Contempla os acontecimentos acidentais – Dt 34.20; f) Contempla os meios e os fins –  Gn 27.6-29; 25.19-23. Ainda no corpo doutrinário revelado nas Escrituras, os decretos de Deus têm as seguintes características: a) Fundamentado na sabedoria divina – Ef 1.11; b) É eterno, ou seja, concebido na eternidade e é permanente – Is 46.10; c) É eficaz, ou seja, cumprir-se-á inexoravelmente – Sl 33.11; Pv 19.21; Is 46.10; Jó 42.2; d) É imutável, ou seja, não muda – Jó 23.13,14; Is 46.10; Lc 22.22; At 2.23; e) É incondicional, ou seja, não depende de fatores externos para serem cumpridos -   At 2.23; Ef 2.8,9; 1 Pe 1.2; f) É todo-abrangente, ou seja, abrange os meios e os fins – Ef 2.10; Pv 16.4; At 2.23; 4.27,28; g) Com relação ao pecado é permissivo – Sl 78.29; 105.15; At 14.16; 17.30.


segunda-feira, 3 de junho de 2019


Comentando o Breve Catecismo de Westminster
PERGUNTA 6. Quantas pessoas há na Divindade? R. Há três pessoas na Divindade: o Pai, o Filho e o Espírito Santo, e estas três são um Deus, da mesma substância, iguais em poder e glória. Ref. Mt 3.16-17; 28.19; 2Co 13.13; Jo 1.1; 3.18; At 5.3-4; Hb 1.3; Jo 10.30. Nosso Comentário: Nesta pergunta o Breve Catecismo inquire sobre uma das questões mais difíceis da Teontologia, que é sobre a quantidade de pessoas na Deidade. Foi-nos perguntado na questão 5 se existe mais de um Deus. E a resposta é que existe apenas um Deus único, vivo e verdadeiro que é o Deus revelado na Bíblia Sagrada. Essa seção trata da Santíssima Trindade, pois o Deus único revelado na Bíblia subsiste em três pessoas distintas, o Pai, o Filho e o Espirito Santo, da mesma essência e possuidoras dos mesmos atributos. O Pai é Deus, o Filho é Deus, e o Espirito Santo é Deus. Não são três deuses e sim um único Deus, mas que subsiste, como dito, nas pessoas mencionadas. É bom que se esclareça que não se trata de Modalismo, heresia que surgiu no século III d.C., que dizia que havia apenas uma pessoa na Deidade, e que no Antigo Testamento agiu como o Pai, no Novo Testamento, a partir da encarnação do Verbo Divino, como o Filho, e a partir de Pentecostes como o Espírito Santo.  Agostinho, um dos pais da Igreja, no século V da era cristã, dizia: Quereis ver a Trindade, ide ao Jordão. Ele fez referência ao episódio do batismo de Cristo por João Batista no Rio Jordão. Ali observamos o Espirito Santo descendo em forma corpórea sobre o Filho, e o Pai testificando do Filho (Mt 3.3-17), ou seja, as três pessoas da Trindade em ação ao mesmo tempo nesse episódio.   
Pr. Eudes Lopes Cavalcanti


Comentando o Breve Catecismo de Westminster
PERGUNTA 5. Há mais de um Deus?
R. Há só um Deus, o Deus vivo e verdadeiro.
Ref. Dt 6.4; 1Co 8.4; Jr 10.10; Jo 17.3.
Nosso  Comentário: na quinta pergunta do Breve Catecismo nos é inquerido sobre  se existe mais de um Deus.  A resposta obvia é que só existe um Deus verdadeiro, e esse Deus é o Deus vivo.  As Sagradas Escrituras nos revelam a existência de um único Deus vivo e verdadeiro, criador de todas as coisas e senhor absoluto dos céus e da terra. Esse Deus é chamado no Antigo Testamento El, Shadai, Adonai, Yavé e no Novo Testamento de Théo, Pater, Kyrius. Ele é conhecido pelos seus atributos (características distintivas do ser de Deus) naturais e morais. Os atributos naturais mais conhecidos são: Onipotência, Onisciência e Onipresença. No primeiro grupo Ele é conhecido por ser todo-poderoso, possuidor de todo o poder, todo o conhecimento, e também por estar em todos os lugares do seu domínio ao mesmo tempo. Os atributos morais são santidade, justiça, verdade e amor. Nesse grupo Deus é revelado como perfeito em santidade, justo em todos os seus atos, verdadeiro no que revelou, e amoroso no tratamento com a sua criação, especialmente com o homem que foi criado por Ele a sua imagem e semelhança. Infelizmente, apesar da revelação inicial de Deus através da natureza, o ser humano depois do pecado, sem atentar para o propósito dessa revelação, que é revelar que existe um único Deus verdadeiro, todo-poderoso, que deve ser temido e adorado, o homem tem criado outros deuses e diante desses falsos deuses tem se prostrado.   
Pr. Eudes Lopes Cavalcanti


Comentando o Breve Catecismo de Westminster
PERGUNTA 4. Quem é Deus?
R. Deus é espírito, infinito, eterno e imutável em seu ser, sabedoria, poder, santidade, justiça, bondade e verdade.
Ref. Jo 4.24; Ex 3.14; Sl 145.3; 90.2; Tg 1.17; Rm 11.33; Gn 17.1; Ap 4.8; Ex 34.6-7.
Nosso Comentário: A quarta pergunta do Breve Catecismo é Quem é Deus. Sucintamente o Breve Catecismo responde identificando alguns dos atributos de Deus (Aquelas características distintivas do Ser de Deus) tanto naturais quanto morais. Os atributos naturais são aquelas características do Ser de Deus exclusivamente suas. Enquanto que os atributos morais são características de Deus, mas que em certa medida as compartilhou com as suas criaturas morais. A resposta à pergunta começa ensinando que Deus em essência é um espirito, ou seja, Ele não tem forma aparente. Depois a resposta fala sobre a Infinitude de Deus, ou seja, Ele é tão imenso e nada o pode conter. Depois nos é dito que Deus é eterno, ou seja, não teve inicio nem terá fim. Depois é informado que Ele é imutável, ou seja, não muda com o passar do tempo. Em seguida o Breve Catecismo lista alguns dos atributos morais, que Ele os possui em plenitude, tais como: sabedoria, poder, santidade justiça, bondade e verdade.  Deus é sábio; Ele é todo-poderoso; santo ou puríssimo; justo tratando a todos com imparcialidade; bondoso tratando o homem com bondade e misericordioso; verdadeiro, ou seja, totalmente confiável no que revelou. Essa definição é evidentemente limitada, pois Deus é muito mais do que isso.
                         Pr. Eudes Lopes Cavalcanti.


    Comentando o Breve Catecismo de Westminster
PERGUNTA 3. Qual é a coisa principal que as Escrituras nos ensinam?
R. A coisa principal que as Escrituras nos ensinam é o que o homem deve crer acerca de Deus, o dever que Deus requer do homem. Ref. Jo 5.39; 20.31; Sl 119.105; Rm 15.4; 1Co 10.11.
Nosso Comentário: Deus graciosamente se revelou ao homem através das Sagradas Escrituras. As Escrituras apresentam o programa redentor. O Filho de Deus encarnou, morreu na cruz e ressuscitou dentre os mortos para nos reconciliar com Deus. O objetivo básico da revelação de Deus através das Escrituras é que devemos crer em Jesus Cristo, o Seu Filho, nosso Redentor. “Na verdade, fez Jesus diante dos discípulos muitos outros sinais que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram registrados para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome”. Jo 20.30,31. Com a crença em Cristo, a pessoa é regenerada tornando-se uma nova criatura (2 Co 5.17). Daí se apresenta diante dela um novo padrão de vida determinado por Deus. É o código de ética ou o código de santidade para a Igreja de Cristo. Paulo escrevendo a Timóteo em sua segunda carta (3.16,17), fala sobre a inspiração das Sagradas Escrituras, e nos diz que essa Escritura foi-nos dada para moldar o nosso caráter a semelhança do caráter de Cristo, pois Cristo é o paradigma, o modelo, o padrão de uma vida que agrada a Deus. As Escrituras se prestam para isso, pois ela é a Palavra de Deus, e ela manifesta a vontade de Deus que é boa, agradável e perfeita (Rm 12.1,2).
                            Pr. Eudes Lopes Cavalcanti


BREVE CATECISMO DE WESTMINSTER          
Pergunta 2: "Que regra Deus nos deu para nos dirigir na maneira de o glorificar e gozar?" Resposta: "A Palavra de Deus, que se acha nas Escrituras do Velho e do Novo
Testamentos, é a única regra para nos dirigir na maneira de o glorificar e gozar" (Gl 1.8,9;
Lc 16.29,31; II Tm 3.15-17).
Nosso Comentário: Na segunda pergunta do Breve Catecismo nos é inquerido o que se deve fazer para glorificar a Deus e gozá-lo para sempre. A resposta é dada mostrando que o próprio Deus estabeleceu o meio de como podemos fazer isso, que é de acordo com a Sua Palavra.  É sabido que Deus graciosamente se revelou ao homem através da natureza, natureza essa que fala através das obras criadas da existência de Deus e do seu imenso poder. Só que essa revelação não atende as necessidades mais prementes do ser humano, que foi feito a imagem e semelhante de Deus. Então Deus graciosamente se revelou de forma progressiva, através das Sagradas Escrituras (Antigo e Novo Testamento), inspirando homens pelo Seu Espirito que produziram o Cânon Sagrado. Nessa revelação, Deus se revelou até onde quis revelar o seu ser, o seu caráter, os seus atributos, e a sua vontade. Revelou ainda Deus nas Escrituras o seu programa redentor. Assim sendo, na Bíblia Sagrada encontramos a diretriz correta, dada por Deus, de como o homem consegue conhecer a finalidade de sua existência, bem como deve proceder para usufruir das benesses que Ele graciosamente concede aqueles que creem em seu Filho Jesus Cristo. As Escrituras, conforme se encontram nos dois testamentos, é o guia seguro para o homem se relacionar adequadamente com Deus, pois é a verdade de Deus.“... Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus”. Mt 4.4.   Pr. Eudes Lopes Cavalcanti


BREVE CATECISMO DE WESTMINSTER  
Pergunta 01: Qual é o fim principal do homem?Resposta: O fim principal do homem é glorificar a Deus (Rm 11.36; I Co 10.31), e gozá-lo para sempre (Sl 73.24-26; Jo 17.22,24).        
   O Breve Catecismo de Westminster é um dos documentos da fé reformada, juntamente com o Catecismo Maior, a Confissão de Fé e o Diretório do Culto. Esses documentos que nortearam a vida das Igrejas a partir do século XVII são joias preciosíssimas que contém toda a doutrina cristã de forma encadeada, utilizando apenas as Sagradas Escrituras como fonte de sua elaboração. Tratando-se do Breve Catecismo o mesmo foi elaborado visando à instrução básica para os noviços na fé. É nossa intenção publicar o Breve Catecismo fazendo um breve comentário sobre a pergunta elaborada e a resposta dada. Assim sendo, vejamos a primeira pergunta do Breve Catecismo:
Pergunta 01: Qual é o fim principal do homem?
Resposta: O fim principal do homem é glorificar a Deus (Rm 11.36; I Co 10.31), e gozá-lo para sempre (Sl 73.24-26; Jo 17.22,24).
Nosso Comentário: Deus criou o homem à sua imagem e semelhança com duas finalidades precípuas: Uma, para a Sua própria glória; e a outra para que essa criatura pudesse gozar tudo de bom preparado por Deus para ela. “a todos os que são chamados pelo meu nome, e os que criei para minha glória; eu os formei, sim, eu os fiz” Is 43.7. O pecado ao entrar no cenário humano deturpou a Imago Dei no homem, mas em Cristo ela é restaurada. Essa glorificação de Deus é feita pelo homem quando ele crê em Cristo e obedece aos Seus mandamentos. Quanto a gozar a Deus, essa expressão nos remete as bênçãos que Deus graciosamente destinou aqueles que creem no Evangelho. Alguém já disse que no coração do homem há um vazio tão grande que só Deus pode preencher. Pois bem, através do Evangelho de Cristo esse vazio é preenchido, pois o próprio Deus resolveu habitar pelo Seu Espirito no interior do crente, e aí começa esse gozo. “... Jesus pôs-se em pé e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, que venha a mim e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre. E isso disse ele do Espírito, que haviam de receber os que nele cressem;...” Jo 7.37-39. Em Efésios 1.3 nos é dito que Deus já abençoou o Seu povo com toda sorte de bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo.         
                                    Pr. Eudes Lopes Cavalcanti


Comentando o Sermão do Monte
Esmolas, Oração e Jejum (Mt 6.1-18)
Nessa seção, o Senhor Jesus enfatiza três temas importantes para a vida cristã: O primeiro é a questão da esmola. Esmolar, ou dar alguma coisa aos que necessitam, é algo que a Igreja de Cristo deve praticar. A prática da esmola agrada a Deus. “Ao Senhor empresta o que se compadece do pobre, e ele lhe pagará o seu beneficio” Pv 19.17. No Novo Testamento nos é dito que a beneficência e a comunicação são sacrifícios que agradam a Deus (Hb 13.16). O que o Senhor condenou quando tratou do tema foi a questão da ostentação quando se dá esmolas, ou seja dá esmola para aparecer. O outro tema é a oração que é um recurso que deve ser usado pelo cristão de forma continua e com sinceridade de coração. Aconselhou o Senhor que se pratique a oração particular. Noutra ocasião Ele enfatizou a oração junto com a comunidade. Aproveitando o ensejo, o Senhor ensinou a oração que chamamos de A Oração do Pai nosso (Mt 6.9-13). Nessa oração, o Senhor enfoca a Paternidade de Deus (Pai nosso), o lugar da habitação de Deus (que estás nos céus), a santidade de Deus (santificado seja o teu nome), o reino de Deus (venha a nós o teu reino), a vontade de Deus (seja feita a tua vontade,...), a provisão de Deus (o pão nosso de cada dia, dá-nos hoje), o perdão de Deus (perdoa-nos as nossas dividas...), a proteção e o livramento de Deus (não nos induzas a tentação, mas livrai-nos do mal). Termina o Senhor Jesus enfatizando o reino, a glória e o poderio de Deus. Por último, o Senhor trata do jejum como reforço para a vida espiritual. O jejum deve ser praticado segundo Jesus sem ostentação, como a prática da oração. O jejum deve ser praticado regularmente pela Igreja, principalmente quando se enfrenta problemas difíceis.    Pr. Eudes L. Cavalcanti  


Comentando o Sermão do Monte
O Cumprimento da Lei e dos Profetas (Mt 5.17-48)
Nessa longa seção, o Senhor Jesus fala sobre a Lei Mosaica, na parte atinente à Lei Moral (as outras partes são: a lei civil e a lei cerimonial), e sua validade para o homem em todos os tempos. Ele mesmo declarou que não veio mudar a Lei e sim cumpri-la. Nessa fala, o Senhor Jesus menciona alguns mandamentos do  Decálogo e os reinterpreta dando-lhes a devida dimensão, bem como a outros mandamentos ligados à moralidade e aos bons costumes. O Senhor amplifica o significado de “não matarás” e de “não adulterarás”, dizendo que ambos começam com a intenção no coração do homem, ou seja, só a intenção mesmo sem o ato ser concretizado já é pecado diante de Deus; fala sobre o divórcio e apresenta a única razão que o torna possível, que é a infidelidade conjugal por um dos cônjuges. (Mais tarde o Espirito Santo usando Paulo amplifica essa abertura para aqueles casos que envolvam a fé cristã – 1 Co 7.12-16). Fala ainda o Senhor sobre juramento, da seriedade dele diante de Deus; fala também sobre o ditado olho por olho, dente por dente, desautorizando a sua aplicação num contexto evangélico. Nesse assunto, o Senhor reforça o mandamento de amarmos até os nossos próprios inimigos, citando o mandamento, e a sua ordem para aqueles que amam a Deus: “Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo, e aborrecerás o teu inimigo. Eu porém vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que odeiam e orai pelos vos maltratam e vos perseguem”. Termina o Senhor essa seção falando sobre a perfeição divina, que é o padrão de vida para os seus seguidores. “Sede vós perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus”.
Pr. Eudes Lopes Cavalcanti  


Comentando o Sermão do Monte
Os Discípulos de Cristo - sal da terra e luz do mundo
Mt 5.13-16
Nessa seção, o Senhor Jesus se dirige especificamente aos seus discípulos identificando-os como o sal da terra e a luz do mundo. Quanto a ser comparado ao sal, o Senhor estava ensinando que, assim como o sal serve para dar sabor e para preservar os alimentos, assim também o cristão vivendo exemplarmente neste mundo fá-lo mais palatável, mais agradável de viver nele, e ao mesmo tempo, graças à poderosa influência do Evangelho, o mundo é preservado para não sucumbi à podridão do pecado. Quanto mais a Igreja cresce  em qualquer lugar mais as coisas tendem a melhorar. A comparação do cristão com a luz vai reforçar a questão do seu testemunho neste mundo. O mundo está em trevas, posto no maligno, e Cristo é a luz verdadeira (Eu sou a luz do mundo). A luz do cristão é derivada da luz de Cristo, que habita em seu coração. Na primeira figura, a do sal, Cristo adverte que se o cristão não tiver as propriedades do sal em seu viver, a sua vida não tem utilidade no reino de Deus. As próprias pessoas não vão levar a sério o Evangelho por causa do mau testemunho desse cristão.  Na segunda figura, a da luz, Cristo ordena que o cristão brilhe neste mundo de trevas, posto no maligno. Em ambas as figuras sal e luz, Cristo enfoca o testemunho dos seus discípulos. As pessoas ao verem a boa conduta de um discípulo de Cristo constatam que ele é diferente, e que é uma pessoa transformada, e as pessoas ao verem as boas obras produzidas por esse cristão serão levadas a  glorificar a Deus.          Pr. Eudes L. Cavalcanti  

Comentando o Sermão do Monte
As Bem-aventuranças
O Senhor Jesus Cristo começa o Sermão do Monte falando sobre as bem-aventuranças, nove ao todo, segundo o relato de Mateus. A palavra bem-aventurança significa feliz, muito feliz. Nas bem-aventuranças Jesus identifica os segmentos de pessoas agraciadas por Deus, e em seguida completa a declaração com o resultado, ou consequência da bem-aventurança. Na primeira bem-aventurança, o grupo identificado são os pobres de espirito, e o resultado da bem-aventurança é porque deles é o reino dos céus. Nas bem-aventuranças os grupos identificados, são: os pobres de espirito, os que choram, os mansos, os que têm fome e sede de justiça, os misericordiosos, os limpos de coração, os pacificadores, os que sofrem perseguição por causa da justiça, e os que são injuriados, perseguidos e infamados por causa do nome de Jesus. As bênçãos de dimensão eterna que contemplam esses bem-aventurados são respectivamente: o reino dos céus pertence aos pobres de espirito; o consolo do Espirito é para os que choram; a herança da terra pertence aos mansos; a fartura na alma é para os que têm fome e sede de justiça; a misericórdia dispensada por Deus é para aqueles que tratam os outros com misericórdia; a benção de ver a glória de Deus é para os limpos de coração; a adoção de filhos é para os pacificadores; o reino dos céus é também para os que sofrem perseguição por causa da justiça; e a alegria eterna, o galardão de Deus é para aqueles são perseguidos, injuriados e infamados por causa do nome de Jesus.     Pr. Eudes Lopes Cavalcanti            
Comentando o Sermão do Monte
No seu ministério de ensino, o Senhor Jesus utilizou-se muito de parábolas, que geralmente são mensagens curtas com um profundo significado moral ou espiritual. As mensagens mais extensas em forma de discurso são encontradas, especialmente, no evangelho de João. No entanto, os Sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas) trazem alguns discursos longos, sendo os dois principais o Sermão do Monte e o Sermão Escatológico. No que se refere ao Sermão do Monte, só Mateus e Lucas o registram. O relato de Mateus é bem mais extenso do que o de Lucas. Enquanto o de Lucas é encontrado em um capítulo (6.17-49) o de Mateus é encontrado em três capítulos (5,6 e 7). Pretendemos pela graça de Deus fazer um comentário sucinto de cada seção do Sermão do Monte conforme relato de Mateus, para a edificação espiritual da nossa Igreja e de outras pessoas que tem acesso às redes sociais. Comecemos contextualizando o Sermão do Monte. O sermão foi proferido numa planície ao pé de um monte na Galiléia depois de Jesus ter descido dele onde fora orar ao Pai Celeste, conforme relato introdutório de Lucas (Lc 6.17,18). É-nos dito nesse relato, que viera até Jesus grande multidão do povo, de toda a Judéia e Jerusalém, e do litoral de Tiro e de Sidom, que tinha vindo para ouvi-lo e ser curada das suas doenças, além dos seus discípulos.    
Pr. Eudes Lopes Cavalcanti     

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