sexta-feira, 23 de agosto de 2019



INTRODUÇÃO

               A elaboração desta apostila tem como objetivo principal fornecer as Igrejas Evangélicas Congregacionais, como também, a outro grupo evangélico que assim desejar, um material sucinto que facilite o trabalho dos professores das classes de catecúmenos e, ao mesmo tempo, proporcionar aos alunos uma melhor compreensão dos assuntos estudados na sua preparação ao batismo.

            Nessa obra de preparação ao batismo, faz-se necessário que as informações básicas sobre a doutrina cristã sejam repassadas aos batizandos de forma tal que os mesmos ao se submeterem ao batismo o façam de maneira consciente.

            Queira o Todo-Poderoso Deus abençoar este trabalho visto que o mesmo é feito com a intenção de facilitar o trabalho da Igreja de nosso Senhor Jesus Cristo, e ao mesmo tempo glorificar o Seu santo Nome.

I - A BÍBLIA SAGRADA


1. Conceito         
            Chama-se Bíblia o conjunto de 66 livros inspirados por Deus, aceitos pela Igreja Evangélica como única regra de fé e prática do cristão.

2. A Divisão da Bíblia          
            A Bíblia Sagrada divide-se em duas grandes partes: O Antigo e o Novo Testamento.
            A Palavra Testamento, relacionada à Bíblia Sagrada, significa Pacto ou Aliança.

3. Classificação dos  livros da Bíblia
            Classificamos os livros da Bíblia Sagrada da seguinte maneira:  
a) Antigo Testamento (39 livros)        
           a) Pentateuco (Os livros da Lei) - Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio.
            b) Os Livros Históricos -  Josué,  Juízes,   Rute,   1 Samuel,  2 Samuel,  1 Reis,  2 Reis,  1 Crônicas, 2 Crônicas, Esdras, Neemias e Ester.
            c) Os Livros Poéticos - Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes e Cantares.
            d) Os Livros Proféticos - Isaías, Jeremias, Lamentações, Ezequiel e Daniel (Profetas Maiores); Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias (Profetas Menores).
            Os títulos Profetas Maiores e Profetas Menores não têm nada haver com a importância do profeta nem com a sua mensagem e sim com a quantidade de capítulos e versículos dos livros, bem como quanto ao tempo de ministério do profeta no meio do povo de Israel.
b) Novo Testamento (27 livros)
  a) os Evangelhos - Mateus, Marcos, Lucas e João (Os três primeiros são chamados de Evangélicos Sinóticos, pois os relatos são semelhantes).
         b) O Livro Histórico - Atos dos Apóstolos.
            c) As Cartas Paulinas - Romanos, 1 Coríntios, 2 Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, 1 Tessalonicenses, 2 Tessalonicenses,        1 Timóteo, 2 Timóteo, Tito e Filemon. (As cartas à Timóteo, Tito e Filemom são chamadas de cartas pastorais).
            d) A Carta aos Hebreus.
            e) As Epístolas Gerais - Tiago, 1 Pedro, 2 Pedro, 1 João, 2 João, 3 João e Judas.
            f) O livro da Revelação - Apocalipse.

4. A Inspiração da Bíblia
            Por inspiração da Bíblia queremos dizer que Deus, na pessoa do Espírito Santo, influenciou de maneira sobrenatural os autores dos livros das Sagradas Escrituras, fazendo assim com que os seus relatos se convertessem em autênticos registros da verdade revelada.
            Assim sendo, toda a Bíblia foi inspirada por Deus Verbal (2 Pe 1.20,21) e Plenariamente (2 Tm 3.16).
            Por Inspiração Verbal, queremos dizer que a influência do Espírito Santo foi além da direção dos pensamentos, chegando até a seleção das palavras usadas para transmitir a mensagem que foi registrada nos escritos originais.
            Por Inspiração Plenária, queremos dizer que todas as palavras da Bíblia, desde a primeira do livro de Gênesis até a última do livro de Apocalipse, foram inspiradas por Deus.

5. A Inerrância da Bíblia
           Na Bíblia, em seus autógrafos originais, não se encontram erros, devido ter sido toda ela inspirada por Deus. Deus foi o autor do texto sagrado, os escritores foram inspirados e supervisionados por Ele, para que registrassem as verdades inspiradas pelo próprio Deus. “Buscai no livro do Senhor e lede; nenhuma dessas coisas falhará, nem uma nem outra faltará; porque a sua própria boca o ordenou, e o seu espírito mesmo as ajuntará” Is 34.16. “sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação; porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo” 2 Pe 1.20,21.

5. Autoria e Tempo de Preparo da Bíblia
         A Bíblia foi escrita por mais ou menos 40 escritores de diversos matizes culturais, num período de aproximadamente dezesseis séculos. O mais antigo escritor de livro da Bíblia foi Moisés e o mais recente, o apóstolo João.

6 - As Línguas Originais
         O Velho Testamento foi escrito em quase sua totalidade em hebraico a língua dos judeus, exceto pequenos trechos escritos em aramaico (Ed 4.8-6.18; 7.12-26; Dn 2.4-7.28; Jr 10.11), a língua comercial da época. O Novo Testamento foi escrito em sua totalidade na língua grega (grego koinê = popular).

7 - O Personagem Central da Bíblia
            O Senhor Jesus Cristo é o personagem central da Bíblia. Jesus é identificado nos livros das Sagradas Escrituras através de tipos, de figuras, de símbolos, de instituições, de profecias diretas, de sua biografia e dos escritos dos seus apóstolos.
        Vejamos a identificação de Jesus em cada livro da Bíblia Sagrada:

Gênesis - A Semente da Mulher
Êxodo - O Cordeiro Pascoal
Levítico - O Sacrifício Expiatório
Números - A Rocha
Deuteronômio - O Profeta Prometido
Josué - O Príncipe do Exército do Senhor
Juízes - O Libertador
Rute - O Parente Remidor
1 e 2 Samuel, 1 e 2 Reis e 1 e 2 Crônicas - O Rei de Israel
Esdras e Neemias - O Restaurador
Ester - O Advogado
- O Redentor que Vive
Salmos - Tudo em todos
Provérbios           - A Sabedoria Divina
Eclesiastes          - A Razão Suprema do Viver
Cantares - O Amado
Isaías... Malaquias - O Messias
Os Evangelhos (Mateus... João) - O Cristo
Atos dos Apóstolos - O Espírito
As Epístolas (Romanos... Judas) - A Cabeça da Igreja
Apocalipse          - O Alfa e o Ômega

II - O PECADO


1 - Conceito
      a) “Pecado é qualquer falta de conformidade com a Lei de Deus, ou a transgressão dessa Lei”;
      b) Pecado é tudo aquilo que falamos, pensamos ou praticamos que não esteja de acordo com a vontade de Deus revelada em Sua Palavra.

2 – A Origem do Pecado
       a) No Céu - O pecado teve origem no Céu, entre os anjos de Deus, quando Lúcifer, o querubim ungido, rebelou-se contra o Criador, sendo expulso do Céu juntamente com um terço dos anjos que o seguiu          (Is 14.12-17; Ez 28.11-19; Ap 12.3,4).
      b) Na Terra - O pecado surgiu na terra quando os nossos primeiros pais, Adão e Eva, desobedeceram à ordem dada por Deus e comeram, por instigação do Diabo, do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal (Gn 2.16,17; 3.1-6,17).

3 - As Consequências do Pecado de Adão
            O pecado dos nossos primeiros pais trouxe para eles e para todos os seus descendentes a morte, conforme Deus tinha dito (Gn 2.16,17).
         A morte, que é o salário do pecado (Rm 6.23), tem três dimensões, a saber:
      a) Morte Espiritual - É a destituição no homem da glória de Deus. É a separação do homem de Deus, desde a sua concepção (Rm 3.23; Ef 2.1; Cl 2.13; Jo 5.24).
      b)      Morte Física - É a separação da parte espiritual (alma ou espírito) da parte material (corpo) (Gn 3.19; 35.18; Ec 12.7; Tg 2.26).
     c) Morte Eterna - É a eterna separação do homem e Deus. Ela acontece quando a pessoa morre fisicamente estando morto espiritualmente, isto é, separado de Deus, sem o perdão de seus pecados e sem a salvação de sua alma que só pode ser proporcionada por nosso Senhor Jesus Cristo    (2 Ts 1.9; Dn 12.2; Mt 10.28; 25.41; Lc 16.22; Ap 20.15).

4 – A Abrangência do Pecado
     a) Corrupção Total da Natureza Humana.
            O pecado atingiu o ser humano em sua totalidade - o seu corpo, a sua alma ou o seu espírito (Is 1.4-6; Rm 7.15-20; Mt 15.18-20; Sl 51.5; Ef 2.3).
     b) Propagação Universal
            O pecado propagou-se em todos os seres humanos, através de Adão e Eva. Isso quer dizer que a raça humana é uma raça pecadora; pois o homem traz, desde quando nasce, o germe do pecado em seu coração (Rm 3.9-19,23; 5.12,17,18; Sl 51.5). 

5- A Hediondez do Pecado
         O pecado é hediondo porque provoca as seguintes coisas:
    a) Fere a Santidade de Deus
            Deus é um Ser Puro, Santo, Imaculado e exige de suas criaturas morais (o homem e a mulher) santidade de vida. Qualquer pecado do ser humano fere frontalmente a santidade divina (Lv 19.2;  20.7; 1 Pe 1.15,16; Is 6.3).
    b) Destrói no Homem a Imagem de Deus
            O pecado descaracteriza o homem deformando a imagem de Deus, com a qual foi criado (Gn 1.26,27; Rm 3.23; Ef 4.17-19,22).
   c)  Escraviza o homem
            O homem foi feito por Deus uma criatura livre, mas o pecado se assenhoreou dele e o fez seu escravo (Jo 8.34; Rm 6.16; 7.14; Cl 1.13).
   d) Condena o Homem a Perdição Eterna
            O pecado, por causa de suas consequências, leva o homem à perdição eterna, caso não receba a salvação através de Jesus Cristo. “O salário do pecado é a morte...” Rm 6.23. Veja ainda  Rm 5.12; Ez 18.4,20; Tg 1.15.

III – CRISTO, O REDENTOR


         Para salvar o homem da perdição eterna, Deus enviou o seu Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, a este mundo para morrer na cruz a fim de salvar o pecador da condenação imposta pelo pecado. É de suma importância que o crente conheça o Salvador enviado por Deus, de acordo com aquilo que é revelado pelas Escrituras. Assim sendo, descobrimos que na pessoa do Senhor Jesus Cristo podem ser identificadas duas naturezas distintas: uma humana e a outra divina. Essas naturezas são unidas numa única pessoa, sem a perda de suas propriedades peculiares (união hipostática). Os atos praticados por Cristo foram atos pessoais onde em certas ocasiões a natureza humana era evidenciada, e em outras ocasiões a natureza divina. O Senhor Jesus é ao mesmo tempo Divino-Humano. É o Deus-Homem. A união hipostática aconteceu por ocasião da Sua Encarnação, quando o Verbo se fez carne, conforme revelado no Evangelho de João  1.1,14 e na carta de Paulo aos Filipenses 2.6,7.
                  Louis Berkhof, em seu Manual de Doutrina Cristã, comentando o assunto, disse: “Há somente uma pessoa no Mediador, e essa pessoa é o imutável Filho de Deus. Na encarnação, Ele não se mudou numa pessoa humana, nem adotou uma pessoa humana. Simplesmente assumiu a natureza humana, que não se tornou uma personalidade  independente, mas  se  tornou  pessoal na  pessoa do Filho de Deus. Sendo uma só pessoa divina que possuía a natureza divina desde a eternidade, assumiu uma natureza humana, e agora tem as duas naturezas. Depois de assumir uma natureza humana a pessoa do Mediador não é apenas divina, mas divino-humana; é agora o Deus-homem. É um só indivíduo, mas possui todas as qualidades essenciais tanto da natureza humana como da divina”.

A Natureza Humana do Redentor
       Jesus era verdadeiramente homem, com todas as limitações humanas, mas sem pecado – “O qual, nos dias da sua carne, oferecendo, com grande clamor e lágrimas, orações e súplicas ao que o podia livrar da morte, foi ouvido quanto ao que temia. Ainda que fosse Filho, aprendeu a obediência, por aquilo que padeceu” Hb 5.7,8.

A prova da natureza humana de Jesus é evidenciada:

1)  Pelos nomes humanos dados a Jesus:
a)          Jesus (Joshua, Josué), que significa salvador era um nome comum encontrado em Israel – “E dará à luz um filho e chamarás o seu nome JESUS; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados”. Mt 1.21 (Veja ainda Mt 1.25; Lc 1.31; 2.21).
b)           Filho do Homem – Expressão comum usada no livro do profeta Ezequiel. Esse foi um dos nomes mais usado por Jesus e fala da sua humanidade perfeita. Fala também do personagem escatológico que veria implantar o reino de Deus no coração dos homens. “Digo-vos que depressa lhes fará justiça. Quando, porém, vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?” Lc 18.8 (Veja ainda Sl 8.4; Lc 19.10; Jo 1.50,51);
c)            Nazareno - natural da cidade de Nazaré. Jesus nasceu em Belém da Judéia, mas foi criado na cidade de Nazaré, na Galiléia. – “E chegou, e habitou numa cidade chamada Nazaré, para que se cumprisse o que fora dito pelos profetas: Ele será chamado Nazareno” Mt 2.23 (Veja ainda Mt 21.11; Jo 1.45; At 2.22; 10.38);
d)          Profeta - a atividade profética era uma atividade peculiares a  homens escolhidos por Deus – “E a multidão dizia: Este é Jesus, o profeta de Nazaré da Galiléia” Mt 21.11 (Veja ainda Mc 6.4; Lc 7.16; Jo 4.19; 6.14);
e)           Filho do Carpinteiro, Carpinteiro - profissão que Jesus exercia em Nazaré – “Não é este o filho do carpinteiro? e não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos Tiago, e José, e Simão, e Judas?” Mt 13.55 (Veja ainda Mc 6.3);
f)           Cristo Jesus, homem - nome esse referenciado por Paulo, o apóstolo – “Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem” 1 Tm 2.5.

2)  Pela sua ascendência, desenvolvimento, forma e composição humanos:
a)            Nascido da Virgem Maria – Jesus teve uma ascendência humana, natural só por parte de Maria, sua mãe. Em relação a José marido de Maria a sua ascendência é legal e não natural, pois Jesus foi gerado no ventre de Maria pelo Espírito Santo, não havendo a intervenção de José. “Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei” Gl 4.4 (Veja ainda  Gn 3.15; Is 7.14; Mt 1.18; Lc 1.30-32).
b)               Descendente da casa real de Davi – Davi, o homem segundo o coração de Deus, deu origem a uma dinastia da qual nasceria o Messias, o Cristo. “Acerca de seu Filho, que nasceu da descendência de Davi segundo a carne” Rm 1.3 (Veja ainda Mt 1.6,16; Lc 1.32; 2.4; 3.23,31,32; At 13.22,23).
c)                 Crescimento e desenvolvimento naturais – Após a sua concepção que foi sobrenatural, a gestação e o crescimento do Senhor Jesus foram naturais. “E o menino crescia, e se fortalecia em espírito, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele” Lc 2.40 (Veja ainda Is 53.2; Lc 2.46,52).
d)               Forma corporal humana  Jesus era um homem na acepção da palavra, com um corpo físico bem definido e uma alma imortal. Não era nenhum anjo ou extraterrestre. “Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e vede, pois um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho” Lc 24.39 (Veja ainda Mt 26.12; Jo 9.11; 19.5; Fp 2.7; Hb 10.5; 1 Jo 1.1).
e)                Natureza dicotômica: A estrutura completa do homem Jesus compunha-se de um corpo físico e uma alma imortal, chamada também de espírito, senão vejamos: “Por isso, entrando no mundo, diz: Sacrifício e oferta não quiseste, Mas corpo me preparaste” Hb 10.5 (Veja ainda  Mt 26.12,26-28). “Então lhes disse: A minha alma está cheia de tristeza até a morte; ficai aqui, e velai comigo” Mt 26.38 (Veja ainda Mc 14.34; At 2.27; Mt 27.50; Lc 23.46).


3)  Pelas limitações de sua natureza humana:
a)                Limitações físicas                                            
     Fadiga, Sono – “E estava ali a fonte de Jacó. Jesus, pois, cansado do caminho, assentou-se assim junto da fonte. Era isto quase à hora sexta” Jo 4.6; “E eis que no mar se levantou uma tempestade, tão grande que o barco era coberto pelas ondas; ele, porém, estava dormindo” Mt 8.24 (Veja ainda Mc 4.38; Lc 8.23,24);
    - Fome – “E, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome” Mt 4.2 (Veja ainda Mc 11.12; Jo 4.31);
    -  Sede – “Veio uma mulher de Samaria tirar água. Disse-lhe Jesus: Dá-me de beber” Jo 4.7 (Veja ainda Jo 19.28);
   - Dor física – “Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados”  Is 53.5 (Veja ainda Lc 22.44; Jo 19.1,2; 20.25);
-  Morte física – “E Jesus, clamando outra vez com grande voz, rendeu o espírito” Mt 27.50 (Veja ainda Mc 15.37; Lc 23.46; Jo 19.30; 1 Co 15.3;...).
b)           As limitações intelectuais
     O Senhor Jesus não nasceu sabendo tudo. O processo de crescimento intelectual dele foi comum aos outros seres humanos, senão vejamos:
     - Limitação de conhecimento – “Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos que estão no céu, nem o Filho, senão o Pai” Mc 13.32;
    - Capaz de crescer em conhecimento – “E crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens” Lc 2.52 (Veja ainda Lc 2.46);
     - Usava a observação para aprender – “E, vendo de longe uma figueira que tinha folhas, foi ver se nela acharia alguma coisa; e, chegando a ela, não achou senão folhas, porque não era tempo de figos”. Mc 11.13.
c)     Limitações espirituais
Como qualquer pessoa temente a Deus, Jesus também tinha as suas limitações espirituais, senão vejamos:
 Precisava conhecer as Escrituras – “E aconteceu que, passados três dias o acharam no templo, assentado no meio dos doutores, ouvindo-os, e interrogando-os” Lc 2.46.
-  Para cumprir o seu ministério ele orava e jejuava – “E, levantando-se de manhã, muito cedo, fazendo ainda escuro, saiu, e foi para um lugar deserto, e ali orava” Mc 1.35 (Veja ainda Mt 4.2; Hb 5.7);
-   Dependia do Espírito Santo – “E, logo que saiu da água, viu os céus abertos, e o Espírito, que como pomba descia sobre ele”  Mc 1.10 (Veja ainda Mt 3.16; Lc 4.18,19; 11.20; At 10.38; Hb 1.9;...).


A Natureza Divina do Redentor

      O Senhor Jesus era, é e sempre será verdadeiro Deus, possuindo uma natureza divina comprovadamente identificada nas Sagradas Escrituras, senão vejamos:

1)  Pelos nomes divinos dados a Jesus
a)  Deus, possuidor de todos os atributos da Deidade – “E Tomé respondeu, e disse-lhe: Senhor meu, e Deus meu!” Jo 20.28 (Veja ainda Rm 9.5; Hb 1.8; 2 Pe 1.1; 1 Jo 5.20);
b)    Verbo ou Logos – “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus” Jo 1.1 (Veja ainda Jo 1.14; 1 Jo 1.1; Ap 19.13);
c)     Filho de Deus, gerado pelo Pai desde os tempos eternos – “Proclamarei o decreto: o SENHOR me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei” Sl 2.7 (Veja ainda Mt 16.16; 27.54; Mc 1.11; Lc 1.35; Jo 1.49; 20.31; At 13.33; Rm 1.4; Hb 1.5; 5.5; 1 Jo 5.20);
d)   Santo, separado dos pecadores – “E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus” Lc 1.35 (Veja ainda At 3.14; Hb 7.59; Ap 3.7);
e)    SENHOR, dono de todas as coisas, dos seres vivos, soberano absoluto – “E de onde me provém isto a mim, que venha visitar-me a mãe do meu Senhor?” Lc 1.43 (Veja ainda Lc 2.11; Jo 13.13,14; At 4.33; 7.59; Fp 2.11).
f)      Messias ou Cristo significa ungido de Deus – “E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” Mt 16.16 (Veja ainda Jo 1.41; 4.25,26; 20.31);
g)   Primeiro e Último, Alfa e Ômega – “E ele é a cabeça do corpo, da igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a preeminência” Cl 1.17 (Veja ainda Ef 1.9,10; Ap 1.8,17; 22.13).

2)    Pelos cultos tributados a Cristo - as pessoas cultuavam a Cristo e Ele aceitava esses cultos. Em diversas ocasiões nos Evangelhos, as pessoas se aproximavam de Cristo reverenciando-O e prestando culto como se a Deus fosse e Ele o aceitava – “Então aproximaram-se os que estavam no barco, e adoraram-no, dizendo: És verdadeiramente o Filho de Deus” Mt 14.33 (Veja Mt 15.25; 28.17; Lc 17.15,16; 24.52; Jo 9.38; Hb 1.6).

3)   Pelos atributos divinos naturais possuídos por Cristo:
a)             Onipotência -  “Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez” Jo 1.3 (Veja ainda Hb 1.10; Mt 28.18; Jo 5.19; Cl 2.9).
b)             Onisciência -  “E não necessitava de que alguém testificasse do homem, porque ele bem sabia o que havia no homem” Jo 2.25 (Veja ainda Jo 18.4; Mc 2.7,8; Jo 21.17; Ap 2.23; 2,9,13,19; 3.1,8,15).
c)               Onipresença – “Ora, ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do homem, que está no céu” Jo 3.13 (Veja ainda Mt 18.20; Sl 139.7-10; Ap 2.1).
d)             Eternidade – “E como um manto os enrolarás, e serão mudados. Mas tu és o mesmo, E os teus anos não acabarão” Hb 1.12 (Veja ainda Hb 1.5; Jo 8.58; Is 9.6; Mq 5.2; Hb 1.11; Ap 1.8).
e)             Imutabilidade – “Jesus Cristo é o mesmo ontem, e hoje, e eternamente” Hb 13.8 (Veja ainda Hb 1.12).

4)  Pelos atributos divinos morais possuídos por Cristo:
a)                      Amor – “Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos” Jo 15.13 (Veja ainda Jo 13.1; Ap 1.5); Ef 5.2.
b)                    Verdade – “Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim” Jo 14.6 (Veja ainda Jo 8.32,36; Ap 3.7,14; Jo 1.14).
c)                       Santidade -  “Porque nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores, e feito mais sublime do que os céus” Hb 7.26 (Veja ainda Jo 8.46; Ap 3.7; 1 Pe 2.22; 1 Jo 3.3,5).
d)                    Justiça – “Amaste a justiça e odiaste a iniquidade; por isso Deus, o teu Deus, te ungiu Com óleo de alegria mais do que a teus companheiros” Hb 1.9 (Veja ainda Sl 119.137; 145.17; Is 53.9; At 17.31; 1 Jo 2.1; Ap 19.11).

5)  Pelos atos poderosos atribuídos a Cristo:
a)             Criador do universo -  “Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele” Cl 1.16 (Veja ainda Jo 1.3,10;  Hb 1.2)
b)             Preservador de todas as coisas – “E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele” Cl 1.17 (Veja ainda Hb 1.3).
c)              Perdoador de pecados Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça” 1 Jo 1.9 (Veja ainda Mc 2.5,10; Lc 7.48; Jo 8.10,11; Ap 1.5).
d)             Doador da vida eterna – “E dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão” Jo 10.28 (Veja ainda Jo 4.14; Ef 2.1,5; Jo 17.2).
e)             Ressuscitador de mortos (Espirituais e Físicos) – “Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora, e agora é, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem viverão” Jo 5.25.  “Não vos maravilheis disto; porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação” Jo 5.28,29 (Veja ainda  Jo 11.43,44; Lc 6.14,15; Mc 5.35-42).
f)               Autoridade sobre a natureza – “E ele, despertando, repreendeu o vento, e disse ao mar: Cala-te, aquieta-te. E o vento se aquietou, e houve grande bonança” Mc 4.39 (Veja ainda Mc 6.48-50; Mt 21.19).
g)             Juiz dos vivos e dos mortos – “Porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do homem que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dentre os mortos” At 17.31 (Veja ainda 2 Tm 4.1; Jo 5.22; Mt 25.31,32; Rm 14.10; 2 Co 5.10).
6)   Pela associação do nome de Jesus, o Filho com a Deidade
a) Com o nome do Pai e o nome do Espírito Santo – “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” Mt 28.19 (Veja ainda  2 Co 13.13; Jo 14.23; 10.30; Tg 1.1; Jo 14.1; Ap 7.10; 5.13; 2 Pe 1.2).
b)   A identificação de Jesus com  Jeová da Antiga Dispensação      
       (Sl 102.24-27 =  Hb 1.10-12;         Is 40.3,4 =  Lc 1.68,69,76; Jr 17.10 =  Ap 2.23; Is  60.19 = Lc 2.32; Is 6.9,10 = Jo 12.38-41; Is 8.13,14 = 1 Pe 2.7,8; Ez 34.11,12 =  Lc 19.10). Estes e outros textos identificam Iavé (Jeová aportuguesado) da Antiga Dispensação como o Jesus do Novo Pacto. Javé, Iavé, Jeová (o SENHOR), palavra hebraica é o mesmo Kyrios (Senhor), palavra grega usada para referenciar a pessoa do Senhor Jesus Cristo no Novo Testamento.

IV - A SALVAÇÃO


1 - Conceito
         É a manifestação da graça de Deus, através de Jesus Cristo, na vida de uma pessoa, salvando-a da perdição eterna, quando ela, arrependida, num ato voluntário de fé aceita e crê em Jesus como seu único, suficiente e eterno Salvador.

2 - A Concepção da Salvação
            A salvação do pecador perdido foi concebida pelo conselho da Santíssima Trindade, segundo o eterno propósito de Deus em Cristo Jesus, antes da fundação do mundo (1 Pe 1.18-20;  Ef 1.3-5; 3.8-12; At 4.26-28; Ap 13.8).

3 - O Fundamento da Salvação
            A salvação do pecador perdido está  fundamentada no grandioso amor que Deus tem pelas suas criaturas morais. Esse amor, que é um dos atributos morais da Deidade, é o amor sacrificial, desinteressado, não circunstancial. É o amor eterno que Deus nos tem em Cristo Jesus (Jo 3.16; Rm 5.8; Gl 2.20; 2 Ts 2.16; 1 Jo 4.8-10,16,19; Ap 1.5).

4 - A Realização do Ato Salvífico
            A salvação foi realizada por nosso Senhor Jesus Cristo, Filho Eterno de Deus, que veio a este mundo em carne e ofereceu a sua preciosa vida em sacrifício na cruz do Calvário, para salvar da perdição eterna que pesava sobre o homem por causa de seus pecados. Para autenticar o ato Redentor feito pela Sua morte, Jesus ressuscitou dentre os mortos pelo poder de Deus (Jo 3.16; 1 Tm 1.15; 2.5; Hb 5.9; 7.25; 1 Co 15.3,4; Ef 1.5-7; Cl 1.13,14; At 4.12).

5 - O Oferecimento Gratuito da Salvação
            Deus em Cristo Jesus oferece, gratuitamente, a salvação a todos os pecadores perdidos. A salvação é um dom gratuito de Deus ao homem (Rm 6.23; Tt 2.11; Is 55.1-3; Jo 7.37; Mt 11.28-30; Ef 2.8; Ap 22.17).

6 - A Apropriação da Salvação
            Para apropriar-se da salvação dois passos são exigidos ao ser humano por Deus: o primeiro é o arrependimento e o segundo  é a fé (Mc 1.15; At 2.38; 3.19; Ef 2.8).
           a) Arrependimento - Deus exige que o ser humano, para receber dele o perdão, arrependa-se de seus pecados, isto é, reconheça a sua condição de pecador perdido aos olhos do Todo-Poderoso e tome a firme decisão de abandonar a vida pecaminosa (Lc 15.17-20; 18.13; 24.47; At 17.30,31; Mc 1.15).                                                                                                                                                     
           b) A fé (Crer em Jesus) - O outro passo que deve ser tomada é o passo da fé. A salvação oferecida, gratuitamente, por Deus ao pecador perdido, deve ser recebida pela fé. O pecador, arrependido, deve aceitar e crer em Jesus como seu único, suficiente e eterno Salvador (Mc 1.15; Mc 16.15,16; Ef 2.8; At 16.31; Rm 5.1; 10.8-11; Gl 2.16; 3.11).

7 - O Alcance da Salvação
            Assim como o pecado atingiu toda a estrutura do ser humano (corpo, alma ou espírito), assim também, a salvação alcança o homem integralmente. Para um grande mal, o maior dos remédios. A Bíblia diz em 1 Ts 5.23: “E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Co 15.53,54; 5.4,5; Lc 1.46,47).
            - Para o corpo a salvação garante a glorificação (Fp 3.20,21: 1 Co 15.50-54) .
            - Para a alma ou espírito a salvação proporciona o perdão (Ef 4.32; 1 Jo 2.12) e  a vivificação (Ef 2.1,2,5; Rm 6.11).


8 - A Posse da Salvação
            A salvação é gozada neste mundo, a partir do momento em que a pessoa arrependida crer em Jesus como seu Salvador pessoal, e tem um prolongamento por toda a eternidade através da vida eterna dada por Deus  (Jo 5.24; 3.16; 6.47; Lc 23.43; 1 Jo 5.11,12).

9 - As Bênçãos Decorrentes da Salvação
            Grandes são as bênçãos decorrentes da salvação, senão vejamos:
           a) Perdão dos pecados - No ato da conversão, todos os pecados da pessoa são perdoados pelo poder do sangue de Jesus. “E ele (Jesus) é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro.” 1 Jo 2.2. (Ef 4.32; Cl 2.13; 3.13; Mt 9.2; 1 Jo 2.12; Sl 32.1).
         b) Justificação - No ato da conversão a pessoa é declarada justificada diante de Deus pela imputação da justiça ou méritos de Cristo. “Tendo em vista a manifestação da sua justiça no tempo presente, para ele mesmo ser justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus” Rm  3.26. (Rm 3.24,28; 5.1,9; 8.30,33; Tt 3.7).
        c) Redenção - Quando da conversão, a pessoa é resgatada da escravidão do pecado e do poder do Diabo e transportada, espiritualmente, para o Reino da Luz, graças ao poder redentor do sangue de Jesus derramado na cruz do Calvário. “Sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo” 1 Pe 1.18,19. (Rm 3.24; 1 Co 1.30; Ef 1.7; Cl 1.14; Hb 9.12; 1 Co 6.20; 7.23).
          d) Regeneração - No ato da conversão, a pessoa é regenerada, transformada em uma nova criatura, nascendo de novo pela instrumentalidade do Espírito Santo. “Não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, que ele derramou sobre nós ricamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador.” Tt 3.5,6. (Jo 3.3; 1 Pe 1.3,23; 2 Co 5.17).
         e) Adoção - Quando a pessoa é convertida ela é adotada por Deus como filho, passando a gozar, a partir daí, dos direitos e privilégios inerentes a essa nova relação estabelecida com o Pai Celestial. Isso implica também na responsabilidade que recai sobre o crente de viver conforme o Evangelho de Cristo. “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome.” Jo 1.12. (Rm 8.15; Gl 4.5-7; Ef 1.5; 1 Jo 3.1,2).
         f) Reconciliação - No ato da salvação, a pessoa é reconciliada com Deus por intermédio de Jesus Cristo, desfazendo-se, assim, a inimizade que existia entre Deus e o homem por causa do pecado. “Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra da reconciliação.” 2 Co 5.18,19. (1 Tm 2.5; Rm 5.10,11; Ef 2.12-19; Cl 1.20; Hb 9.15; 12.24).
          g) Santificação - No ato da conversão, a pessoa é purificada de seus pecados numa ação instantânea da graça de Deus. Isso é chamado de Santificação Posicional. Daí por diante o crente tem que se esforçar para manter o seu coração puro diante de Deus. Chama-se essa fase da santificação de Experimental. “Aquele que nos ama, e, pelo seu sangue, nos libertou dos nossos pecados.” Ap 1.5. (1 Jo 1.9; 1 Co 6.11; Hb 10.10,29; 1 Ts 4.3,7; 5.23).
            h) Glorificação - No programa de Deus, em relação à Igreja, há uma bênção futura para todos os crentes, que é a redenção ou glorificação do corpo. Isso quer dizer que todos os salvos, quando do arrebatamento da Igreja, terão os seus corpos glorificados, habilitando-os, assim, a viverem para sempre com o Senhor. “Pois a nossa pátria está nos Céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, o qual transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da sua glória, segundo a eficácia do poder que ele tem de até subordinar a si todas as coisas.” Fp 3.20,21. (Rm 8.17,30; Cl 3.4; 1 Pe 5.1; 1 Jo 3.2; Ef 5.27; 1 Co 15.53-57).

V - A SANTIFICAÇÃO


1 - Conceito
            a) “Santificação é a obra da livre graça de Deus, pela qual somos renovados no homem interior, segundo a imagem de Deus, e habilitados a morrer cada vez mais para o pecado e viver para retidão.”
            b) “Santificação é aquela operação graciosa e contínua do Espírito Santo pela qual ele purifica o pecador da contaminação do pecado, renova toda a sua natureza à imagem de Deus, e o habilita a praticar boas obras.”

2 - Classificação
a)               Posicional (ocorrida no ato da conversão) Todo o salvo é chamado de santo ou de santificado em Cristo Jesus. (Rm 1.7; 1 Co 1.2; 2 Co 1.1; Ef 1.1; Fp 1.1; Cl 1.2; 1 Co 6.10,11).

        b) Experimental (um processo que nos acompanhará por toda a nossa existência terrena) (1 Ts 5.23; 3.13; Pv 4.18; Rm 12.1,2; Fp 1.29; Ef 2.21; 1 Pe 2.2; 2 Pe 3.18).

3 -  Abrangência da Santificação
            a) O Interior da Pessoa - Assim como o pecado tem origem no interior da pessoa, assim também a obra de santificação deve começar por aí, pois é do coração que procedem as saídas da vida. “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o coração, porque dele procedem as fontes da vida.” Pv 4.23.   (Mt 23.25,26; Mt 7.17-20; Sl 19.14; 1 Ts 5.23).
            b) O Exterior da Pessoa - A obra de santificação abrange também a vida exterior da pessoa, ou seja, os seus atos e as suas palavras. “Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.” Mt 5.16. (1 Ts 5.23; 1 Co 6.20; 1 Pe 1.15; Fp 2.15).

4 - Os Agentes da Santificação
            a) O Agente Divino - Deus, através da ação poderosa do Espírito Santo, é quem gera um viver santificado no salvo. “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade.” Jo 17.17. (1 Ts 5.23; Rm 1.4; Ef 5.26; 2 Ts 2.13; 1 Jo 1.7).
            b) O Agente Humano - o salvo também é responsável pela santificação de sua vida, colaborando assim com Deus na grande obra de um viver que agrade ao Senhor.  “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor.” Hb 12.14. (1 Ts 4.3,7; Js 3.5; 1 Pe 1.15; Ef 4.17-32).

5 - Os Recursos Usados para a Santificação    
      Deus, na sua graça, pôs a nossa disposição poderosos recursos para vivermos uma vida santificada, senão vejamos:
            a)        O Espírito Santo - A terceira pessoa da Santíssima Trindade, O Espírito Santo, nos foi dado por Deus também para trabalhar na área de santificação da vida. Ele habitando no crente, que é parte do plano de Deus na Dispensação da Graça, é o grande motivador de uma vida de santidade. “Porque os que se inclinam para a carne cogitam das coisas da carne; mas os que se inclinam para o Espírito, das coisas do Espírito.” Rm 8.5. (Rm 8.6; Gl 5.22,23; 5.16,17; Tg 4.4,5).
            b)       A Palavra de Deus - A Bíblia Sagrada é um dos poderosos instrumentos usados por Deus para santificar a vida do crente. “De que maneira poderá o jovem guardar puro o seu caminho? Observando-o segundo a tua palavra.” Sl 119.9. (Jo 17.17; Hb 4.12; Ef 5.26,27; 2 Tm 3.16,17).
c)     A Oração - A oração sincera, feita em nome de Jesus, é outro poderoso instrumento que Deus usa para santificar a vida da pessoa salva. “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca.” Mt 26.41.  (Ef 6.18; Lc 22.31,32; Tg 5.16; 1 Ts 5.17; Cl 4.2; Ef 3.14-20).
            d)      O Sangue do Senhor Jesus Cristo - O sangue de nosso Senhor Jesus Cristo foi derramado na cruz do Calvário para nossa eterna redenção e contínua purificação de nossos pecados. Há um glorioso poder purificador no sangue de Jesus. “Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.” 1 Jo 1.7. “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.” 1 Jo 1.9. (Ap 1.5; Hb 9.14; 13.12; 10.10,14).

6 - A Razão de Ser da Santificação
            a) Por Causa da Santidade de Deus - A santificação se faz necessária na vida do crente devido a um dos atributos morais de Deus, a Sua santidade. “... Como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver.” 1 Pe 1.15. (1 Pe 1.16; Lv 11.44; 19.2; 20.7; 1 Jo 3.3: Mt 5.48). 
            b) Por Causa da Glória de Deus - Nós, povo de Deus, temos uma grande missão neste mundo, que é glorificar o nome do Senhor nosso Deus, principalmente, com a nossa maneira de viver. “Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.” Mt 5.16. (1 Pe 2.12; Jo 15.8; 1 Co 6.20; 10.31; Fp 1.27).
            c) Por Causa da Necessidade de Sermos Usados por Deus - Nós fomos salvos para servir a Deus neste mundo. A Igreja é o instrumento usado por Deus para fazer as virtudes de nosso Senhor Jesus Cristo conhecidas de todos; e Ele só nos usar se vivermos uma vida de santificação. “Assim, pois, se alguém a si mesmo se purificar destes erros, será utensílio para honra, santificado e útil ao seu possuidor, estando preparado para toda boa obra.” 2 Tm 2.21. (Ez 22.30; Is 52.11; Is 6.5-8; Js 3.5).  


7 - A Santificação Plena (Perfeição)     
     A santificação plena que nós chamamos também de perfeição, no programa divino, é um ato futuro, e ocorrerá quando da segunda vinda de Jesus e o consequente arrebatamento dos crentes com corpos glorificados. “E, quando este corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir de imortalidade, então, se cumprirá a  palavra que está escrita: Tragada foi a morte pela vitória.” 1 Co 15.54. (1 Co 13.10,12; 15.47-53; Pv 4.18).

VI - A IGREJA


1 - O Significado da Palavra
         A palavra Igreja é de origem grega (Ekklesia) e significa grupo de pessoas tiradas para fora. A palavra Igreja ainda significa assembleia, pessoas reunidas para deliberarem sobre alguma coisa.

2 - Sua Fundação
            A Igreja na sua expressão visível foi fundada oficialmente no dia de Pentecostes, quando da descida do Espírito Santo sobre aqueles cento e vinte irmãos que estavam reunidos no Cenáculo (At 1.12-15; 2.1). Observemos que o Senhor Jesus, em Mateus 16.18, tinha dito que sobre aquela pedra (a afirmativa dita por Pedro - “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”) edificaria a Sua Igreja, o que de fato aconteceu a sua iniciação naquela festividade judaica. (At 2.1-4).

3 - Seu Alicerce
            A Igreja tem como alicerce a pessoa gloriosa do Senhor Jesus Cristo. Ele é a pedra angular, eleita e preciosa, na qual todo o edifício é construído. “Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que está posto, o qual é Jesus Cristo.” 1 Co 3.11. “Por isso, na Escritura se diz: Eis que ponho em Sião uma principal pedra angular, eleita e preciosa; e quem nela crer não será confundido. E assim para vós, os que credes, é a preciosidade; mas para os descrentes, a pedra que os edificadores rejeitaram, esta foi posta como a principal da esquina.” 1 Pe 2.6,7. “... Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo... sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do hades não prevalecerão contra ela.” Mt 16.16-18.

4 - Sua Natureza
            A Igreja é um organismo e ao mesmo tempo uma organização. Como organismo, a Igreja é o corpo imortal do Cristo vivo, sendo Ele mesmo a cabeça da Igreja. Dele flui a vida espiritual que mantém o organismo vivo. “Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, do qual o corpo inteiro bem ajustado, e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, efetua o seu crescimento para a edificação de si mesmo em amor”. Ef 4.15,16. Veja, ainda, Ef 1.22,23; 1 Co 12.12-27; Ef 5.23. Como organização, a Igreja é uma instituição local, criada por Deus, para que os seus membros, devidamente organizados em comunidade, possam juntos se edificar mutuamente, crescendo na graça e no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo.
            Pelo fato de a Igreja ser uma organização, o Senhor Jesus instituiu ministérios e ofícios dentro dela, para que ela tivesse um crescimento harmonioso. “E a uns pôs Deus na Igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro mestres, depois operadores de milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas”. 1 Co 12.28. “E Ele deu uns como apóstolos, e outros como profetas, e outros como evangelistas, e outros como pastores e mestres, tendo em vista o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do Corpo de Cristo”. Ef 4.11,12. Além dos ministérios acima, foram instituídos pelo Senhor, para auxiliar a administração da Igreja local, os ofícios de presbítero e de diácono, cabendo ao primeiro a atividade de auxiliar no governo espiritual e ao último a de beneficência. "Por esta causa te deixei em Creta para que pusesses em ordem as coisas restantes, bem como, em cada cidade, constituísses presbíteros, conforme te prescrevi.” Tt 1.5. “Mas, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do  Espírito e de sabedoria, aos quais encarregaremos deste serviço;” At 6.3.

5 - Sua Dimensão        
            A Igreja, em sua dimensão, divide-se em Igreja Universal ou Invisível, Igreja Militante e Igreja Local.
            a) A Igreja Universal ou Invisível - É aquela que já está formada no plano de Deus desde a eternidade. Esta Igreja é formada de todos os salvos, os do passado, os que estão vivos e aqueles que irão ainda se salvar na atual Dispensação. “Mas tendes chegado... a universal assembleia e igreja dos primogênitos arrolados nos céus...” Hb 12.22,23. (Ap 7.9; Jo 17.9,20,21; Ef 1.4,5).
            b) A Igreja Militante - É aquela que se encontra espalhada pelo mundo, em todas as Igrejas Locais e até fora delas, lutando pelo progresso do Evangelho. “Paulo... à Igreja de Deus que está em Corinto,... com todos os que em todo lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso”. 1 Co 1.1,2. (1 Pe 1.1,2; 2 Pe 1.1,2; Jd 1; Ap 1.11).

            c) A Igreja Local - É aquela Igreja organizada num determinado local, geograficamente falando, com todas as condições de funcionarem como uma entidade jurídica, segundo critérios estabelecidos na santa Palavra de Deus. “Dizendo: o que vês escreve em livro e manda às sete Igrejas: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia”. Ap 1.11 (Rm 1.7; 1 Co 1.2; Ef 1.1; Fp 1.1; Cl 1.1; 1 Ts 1.1).

6 - Sua Administração
            Para administrar a Igreja local, o Senhor instituiu os ofícios de Pastor, Presbíteros e Diáconos, cabendo ao primeiro à superintendência geral do trabalho, ao segundo a coadjuvância no governo espiritual da Igreja e ao terceiro a administração das temporalidades da Igreja, especialmente a beneficência.  Este é o  modelo  bíblico  de  administração da Igreja. “E ele mesmo deu uns para... pastores...” Ef 4.11. “Lembrai-vos dos vosso guias, os quais vos pregaram a Palavra de Deus; e, considerando atentamente o fim da sua vida, imitai a fé que tiveram”. Hb 13.7. “Por esta causa te deixei em Creta para que pusésseis em ordem as coisas restantes, bem como em cada cidade, constituísses presbíteros, conforme te prescrevi”. Tt 1.5. “Mas, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria aos quais encarregaremos deste serviço (beneficência). At 6.3. “Semelhantemente, quanto a diáconos, é necessário que sejam irrepreensíveis, de uma só palavra...” 1 Tm 3.8.

7 - Sua Finalidade
            A Igreja foi fundada por Jesus Cristo com finalidades específicas, a saber:
         a) Prestar culto a Deus - “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis os vossos corpos por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.” Rm 12.1. “Por meio de Jesus, pois, ofereçamos a Deus, sempre, sacrifício de louvor, que é o fruto de lábios que confessam o seu nome.” Hb 13.15.
            b) Edificar a vida espiritual dos seus membros - “Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, de quem todo o corpo, bem ajustado e consolidado, pelo auxílio de toda a junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor.” Ef 4.15,16 (1 Co 14.5,19,26; 2 Pe 3.18).          
          c) Anunciar o Evangelho - “E disse-lhes Jesus: Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura”. Mc 16.15. “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” Mt 28.19. (Lc 24.47; At 1.8).
            d) Cuidar da Beneficência - “Ora, naqueles dias, multiplicando-se o número dos discípulos, houve murmuração dos helenistas contra os hebreus, porque as viúvas deles estavam sendo esquecidas na distribuição diária. Então os doze convocaram a comunidade dos discípulos e disseram: Não é razoável que nós abandonemos  a Palavra de Deus para servir às mesas. Mas, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais encarregaremos deste serviço.” At 6.1-3. “Recomendando-nos somente que nos lembrássemos dos pobres, o que também me esforcei por fazer.” Gl 2.10.

8 - Seu Futuro
            O futuro da Igreja é glorioso. Ela hoje aguarda pacientemente o dia em que, segundo o propósito eterno de Deus, será revestida de glória, como noiva que é do Cordeiro de Deus.  “Quando  Cristo,  que  é a  nossa vida,  se  manifestar, então vós também sereis manifestados  com  ele  em glória.” Cl 3.4. “E  todos  com  o  rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a Glória do Senhor, somos transformados de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito.” 2 Co 3.18. “O qual transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo de sua glória, segundo a eficácia do poder que ele tem de até subordinar a si todas as coisas.” Fp 3.21.

 A Igreja Congregacional


1. Suas Origens:
            As origens da Igreja Evangélica Congregacional remontam a Idade Média (século XVI - 1501-1600), ao tempo da reforma religiosa ocorrida na Inglaterra, em contraposição a tendência da época de uma Igreja centralizada, hierarquizada e ditatorial. À princípio, o Congregacionalismo foi conhecido pelo nome de Independentes”.

2. Conceito:
            A Igreja Congregacional é aquela “comunidade local, formada de crentes unidos para a adoração e obediência a Deus, no testemunho público e privado do Evangelho, constitui-se em uma Igreja completa e autônoma, não sujeita em termos de Igreja a qualquer outra entidade senão à sua própria assembleia, e assim formada é representação e sinal visível e localizado da realidade espiritual da Igreja de Cristo em toda a terra”.

3. Seu Sistema de Governo:
            O sistema de governo congregacional é aquele em que a Igreja se reúne em assembleias, para tratar de questões surgidas  no seu dia-a-dia e tomar decisões relacionadas ao desenvolvimento de seus trabalhos.
            As assembleias da Igreja Congregacional têm a seguinte classificação:

           a) Assembleia Ordinária - É aquela que é convocada regularmente para decidir sobre assuntos corriqueiros da Igreja.
         b) Assembleia Extraordinária - É aquela que é convocada extraordinariamente para tratamento de assuntos urgentes, não previstos no seu dia-a-dia, e  que requer da Igreja uma solução rápida.
         c) Assembleia Especial - É aquela convocada para a eleição de oficiais, pastores e outros cargos eletivos da Igreja, bem como organização de Congregação e de transformação de Congregações em Igrejas.

4 - Seus Oficiais:
            A Igreja Congregacional tem as seguintes categorias de Oficiais:
            a) Pastor - é o Ministro do Evangelho eleito pela Igreja para pastorear o rebanho de Deus, tendo cuidado dele, como preceitua a Palavra de Deus. (At 20.28; 1 Pe 5.1-4).

           b) Presbítero - é aquele oficial que é eleito pela Igreja para auxiliar o Pastor no governo espiritual da Igreja local.  (Tt 1.5-9; 1 Tm 5.17).
          c) Diácono - é aquele oficial que é eleito pela Igreja para ajudar no cuidado com as temporalidades da Igreja, especialmente dos crentes necessitados (Beneficência).  (At 6.1-6; Fp 1.1).

5 - Sua Estrutura Eclesiástica:
            Para o funcionamento adequado da Igreja Congregacional, a seguinte estrutura eclesiástica é utilizada: Na parte superior da estrutura estar a assembleia de membros, órgão máximo. Logo abaixo vem o Pastorado que, por delegação, recebe da assembleia poderes para gerir a parte eclesial da Igreja. Depois do Pastor ou Pastores vem o corpo de Oficiais (órgão de assessoria), composto de Presbíteros e Diáconos, cada um com atribuições específicas. Depois, seguem-se os Departamentos e Congregações da Igreja e Pontos de Pregação quando houver.

6 - Sua Estrutura Administrativa:
            Por estrutura administrativa, entenda-se o funcionamento da parte ligada a área patrimonial da Igreja (móveis, imóveis, pessoas sustentadas e/ou contratadas pela Igreja, etc). No topo da estrutura aparece a assembleia, órgão máximo do regime Congregacional. Logo abaixo se segue o Pastorado que, por delegação, é o Presidente   ex ofício (por força do ofício)   da   Estrutura  Administrativa da Igreja.  Logo  após,  encontra-se a Diretoria do Patrimônio, seguida  dos Departamentos e Congregações da Igreja.

   VII – O BATISMO CERIMONIAL


1- Seu Significado
            “É uma manifestação externa de uma graça interna.”.  É o testemunho público da fé que a pessoa tem no Senhor Jesus Cristo.

2. Seu Simbolismo
            O Batismo Cerimonial com água simboliza a ação purificadora do sangue de Jesus Cristo na vida do salvo, ou ainda, o lavar regenerador e renovador produzido pelo Espírito  Santo no pecador perdido no ato da conversão. (Hb 9.13,14; Tt 3.5,6; 1 Pe 1.2; Ez 36.25).

3. A Sua Obrigatoriedade
            O Batismo Cerimonial é obrigatório porque é uma ordenança deixada por Jesus à Sua Igreja. “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, BATIZANDO-OS em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo.” Mt 28.19 (At 2.38; 8.36-38; 10.47,48).

4. Formas de Batismo
            Há uma grande divergência no meio evangélico quanto à forma de administração do batismo. As maiores polêmicas giram em torno da imersão e da aspersão. Nós Congregacionais, batizamos por aspersão considerando que, na análise dos textos bíblicos sobre o assunto, bem como na geografia da Terra Santa e no significado do batismo cerimonial, a balança pende para o lado dessa forma de batismo, senão vejamos:
          a) É sabido que em Jerusalém, onde a Igreja começou a existir e onde foram salvas três mil pessoas na pregação de Pedro, não existia água corrente (o rio Jordão fica distante de Jerusalém e o Mar Mediterrâneo muito mais ainda) e sim água em piscinas e poços artesianos. (Jo 5.2; 9.7).

         b) As lideranças religiosas e políticas de Israel, na época do início da Igreja, não tinham nenhuma simpatia pelo Cristianismo e jamais permitiriam que suas escassas águas fossem usadas numa cerimônia não aceita por eles. (At 4.1-3,17,18; 5.17,18,33,40; 7.57-59; 9.1,2).
        c) Caso a liderança cristã conseguisse água para encher  um tanque, era impossível que nele fossem batizados por imersão três mil pessoas. Provavelmente, quando chegasse ao centésimo candidato ao batismo, fosse difícil introduzi-lo no tanque, pois a água já não seria tão limpa, assim, a operacionalização do batismo seria bastante complicada.
        d) Lembremo-nos de que o significado do batismo é purificação e não morte e ressurreição. Todos os atos de purificação na religião judaica, instituída por Deus, e que nos seus cerimoniais tipificavam ou simbolizavam a Cristo, eram realizados por aspersão (Hb 9.13; Lv 8.10,11; 9.18; Nm 8.6,7; Jo 2.6; Hb 9.19-22).
      e) Outra coisa a considerar na opção pela aspersão, é que os judeus que foram submetidos ao batismo realizado por João Batista (os imersionistas têm-no como paradigma) não se submeteriam alegremente a ele se o rito fosse feito por imersão, prática essa desconhecida nos rituais do culto judaico. (Considerem que até os saduceus - membros do Sinédrio e os fariseus - fervorosos observadores da Lei e extremamente legalistas procuraram o batismo ministrado por João Batista). (Mt 3.4-7). Se o rito do batismo ministrado por João fosse diferente daquele conhecido pelas autoridades e povo de Israel, certamente, os judeus teriam João como falso profeta, o que dificultaria, sensivelmente, o ministério do precursor de Cristo.
        f) Os batismos cerimoniais, registrados no livro de Atos, mostram que os mesmos foram realizados por aspersão, senão vejamos: Paulo, ao ser batizado por Ananias, ficou de pé (At 9.18; 22.16); Os gentios que estavam na casa de Cornélio, e que após a pregação de Pedro foram batizados, certamente, o foram por aspersão, porque Pedro mandou que os batizassem logo após terem aceitado a Jesus. (É muito improvável que já estivesse um tanque preparado para tal ocasião). (At 10.47,48). Caso semelhante aconteceu com o carcereiro de Filipos que foi batizado  em sua casa, logo após a sua conversão, junto com os seus. (At 16.32,33). O batismo de Lídia, vendedora de púrpura da cidade de Tiatira, deu-se, provavelmente, num rio, mas isso não quer dizer que o mesmo fosse por imersão, visto que foi Paulo ou Silas, ou mesmo Timóteo que a batizou. Como Paulo era quem liderava, é muito improvável que ela tivesse sido batizada por imersão, visto que ele o fora por aspersão. O batismo do eunuco, oficial de Candace, rainha dos etíopes, registrado em At 8.36-39, foi realizado ao pé de alguma água. As expressões “eis aqui água”, “desceram à água” e “saíram da água”, não são conclusivas no que se refere  à imersão porque também podem se referir a um poço artesiano, a uma cisterna, a um córrego ou mesmo a um rio que não tenha profundidade suficiente para imergir alguém. Os batismos realizados em Samaria, registrados em At 8.12, não dão nenhuma ideia de que foram por imersão ou aspersão. Podemos inferir pelo que expomos acima, que os mesmos foram realizados por aspersão, considerando que foram ministrados por um homem só e que eram muitas as pessoas que foram batizadas. (Considerem aí, também, a questão da praticidade da aspersão).

5. Em que Nome Deve Ser Realizado? (A Fórmula Batismal)
            O Batismo Cerimonial deve ser realizado em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo, isto é, em nome da Santíssima Trindade, conforme ensinado por nosso Senhor Jesus Cristo. (Mt 28.19).


6. Por Quem Deve Ser Administrado?
            O batismo cerimonial deve ser administrado por um Ministro Evangélico, devidamente credenciado. (Mt 28.19; At 2.38; 8.38; 16.33; 1 Co 1.14,16).

7. Quem Deve Ser Batizado?
            O batismo deve ser administrado naquelas pessoas que creem no Senhor Jesus Cristo como único e suficiente Salvador. “... Eis aqui água; que impede que eu seja batizado? E disse Filipe: É lícito, se crês de todo o coração. E, respondendo ele, disse: Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus... e Filipe o batizou”. At 8.36. Veja ainda, o caso do carcereiro que foi batizado após aceitar Jesus como Salvador pessoal, registrado em At 16.30-33. (Veja ainda At 8.12,13).

8. Quando Deve Ser Administrado o Batismo?
            O Batismo deve ser administrado nos que creem, após uma pública profissão de fé. “... E, respondendo ele (o eunuco), disse: Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus... e (Filipe) o batizou.” At 8.37,38. (Rm 10.9,10; At 22.16; 16.30-33).

9. Sua Finalidade
            O batismo tem as seguintes finalidades:
a)  Obedecer a uma ordem deixada por Jesus (Mt 28.19,20);
O Senhor Jesus deixou uma ordem para que os cressem fossem batizados. Os crentes genuínos tem prazer em obedecer ao que Jesus ordenou.
b)  Testemunhar publicamente da nova vida do salvo (Rito inicial da fé cristã). (At 8.36-39)
Quando da ocasião do batismo, o batizado está ritualmente iniciando a sua fé cristã e testemunhando publicamente dela ao mundo.
      c) Unir o crente a Igreja local e visível (At 2.41).
          O Batismo Cerimonial une o crente a Igreja visível e local, habilitando-o a participar da Ceia Memorial, bem como, atribuindo-lhe os direitos e as responsabilidades inerentes a esta união. (Mt 28.19,20; At 2.41).

10. Suas Limitações
            O Batismo Cerimonial não salva nem complementa nada na salvação de alguém, isto quer dizer que ele não tem poder salvífico. A salvação é uma dádiva de Deus recebida unicamente pela fé em Jesus Cristo. (Ef 2.8; Rm 1.16,17; At 16.31). O Batismo também não fará o crente mais santificado, nem mais forte, nem mais abençoado. (Lc 23.42,43). Então, perguntaria alguém, por que batizar se  o batismo não tem virtude salvadora nem santificadora? A resposta a esta pergunta é simples: Batizamos as pessoas porque Jesus mandou que os que cressem nEle fossem batizados.

VIII - A CEIA DO SENHOR


1. O Seu Significado
         É um símbolo memorial da morte redentora de nosso Senhor Jesus Cristo. (1 Co 11.23-25; Lc 22.19,20).

2. A Sua Obrigatoriedade
            Assim como o Batismo é uma ordenança do Senhor Jesus para a Igreja, assim também o é a Ceia do Senhor. “... Fazei isto... em memória de mim”. (1 Co 11.23-25; Lc 22.19,20).

3. Os Seus Elementos
            Na Ceia do Senhor devem ser usados apenas dois elementos: o pão e o vinho. Cada um tem a sua representatividade específica. O pão simboliza o corpo de Jesus que foi ferido, chagado na cruz em nosso lugar. O vinho representa o sangue de Jesus que foi vertido em nosso favor para nossa eterna redenção e contínua purificação de nossos pecados. (Mt 26.26-28; Mc 14.22-24; Lc 22.19,20; 1 Co 11.23,24; 1 Jo 1.7).

4. Os Seus Participantes
            Só devem participar da Ceia do Senhor aquelas pessoas crentes, batizadas e filiadas a uma Igreja local e que estejam em comunhão com  Deus e com a Igreja a que pertencem. (Mt 26.26,27; Mc 14.22,23; Lc 22.19,20; 1 Co 11.28).

5. A Sua Mensagem
            Quando a Ceia do Senhor é celebrada, são anunciadas duas grandes mensagens: Uma, redentora, a morte de Jesus e a outra escatológica, a sua segunda vinda (1 Co 11.26).

6. Os Seus Resultados
            Os crentes são abençoados quando participam da Ceia do Senhor dignamente. Aqueles que participam da Ceia sem discernir o seu significado ou tem cometido algum pecado que não foi ainda confessado não recebem a benção do Senhor. “De modo que qualquer que comer do pão, ou beber do cálice do Senhor indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor”. 1 Co 11.27. “Pois quem come e bebe sem discernir o corpo, come e bebe juízo para si.   Eis a razão porque há entre vós muitos fracos e doentes, e não poucos que dormem”. 1 Co 11.29,30. “E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações”. At 2.42,46.

IX - O CULTO CRISTÃO


1. Conceito
            O culto cristão é uma reunião, de caráter espiritual, onde os membros e congregados da Igreja se juntam para adorar o Deus Todo-Poderoso, fazer oração ao Senhor e ouvir a pregação de Sua santa Palavra.

2. Os Tipos de Culto
            São os seguintes os tipos de cultos realizados por uma Igreja Congregacional:
          a) Culto de Oração – nesse culto a Igreja se reúne para fazer as suas preces ao Deus Todo-Poderoso.
         b) Culto Doutrinário – nesse culto a Igreja se reúne especificamente para estudar as Sagradas Escrituras.
         c) Culto Público – nesse culto a Igreja se reúne para adorar a Deus e proclamar a mensagem salvadora do Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo, no templo ou fora dele.

3. As Partes Componentes do Culto
            O culto, geralmente, tem as seguintes partes componentes: uma oração introdutória, um período de louvor, composto de cântico de hinos pela congregação ou pelos conjuntos da Igreja, um período para a leitura e exposição da Palavra de Deus, ofertório, um período para as pastorais (avisos), oração e bênção final.

4. A Necessidade do Culto
            O culto foi instituído para glorificar a Deus e para atender uma necessidade humana de adorar ao Criador na beleza de Sua Santidade. “Tributai ao Senhor a glória devida ao seu nome, adorai o Senhor na beleza de sua santidade.” Sl 29.2. “Vinde, adoremos e prostremo-nos; ajoelhemos diante do Senhor, que nos criou.” Sl 95.6. “Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito  e em verdade”.  Jo 4.24.

5. O Dever da Realização do Culto
            Sendo Deus santo, sublime e excelso e outros qualificativos igualmente gloriosos, impõe-se ao ser humano o dever de prestar ao Todo-Poderoso o culto que lhe é devido. “... Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a Ele darás culto.” Mt 4.10. “Tributai ao Senhor, filhos de Deus, tributai ao Senhor glória e força. Tributai ao Senhor a glória devida ao seu nome, adorai o Senhor na beleza da santidade.” Sl 29.1,2.

6. As Bênçãos do Culto
            O culto sendo oferecido a Deus com sinceridade de coração traz bênçãos incontáveis para a vida do cristão, como por exemplo: despertamento, renovação, satisfação, exortação, edificação, consolação, etc. (At 2.42-47; 1 Co 14.26-31: Sl 16.11).

X - O COMPROMISSO DO CRISTÃO COM A IGREJA


A Igreja é uma instituição divina, portanto, sagrada, tanto na sua expressão universal como na sua expressão local.
Como já foi dito, a Igreja na usa expressão local é composta por um grupo de salvos, organizados numa determinada localidade, seguindo padrão neotestamentário, com seus pastores e oficiais (Fp 1.1; Tt1.5; Mt 18.17;...).
À Igreja de Deus tem um ministério a realizar aqui no mundo, contemplando as seguintes áreas: Cultuar a Deus (Sl 96.1-10; 95.1-7); Edificar-se espiritualmente (Ef 2.20-22; 4.11-16), proclamar o Evangelho (Mc 16.15; Mt 28.18-20; Lc 24.47) e cuidar dos crentes necessitados (Gl 6.10; Hb 12.16; Rm 12.13). Esse é o grandioso ministério da Igreja que Deus colocou em suas mãos para que fosse executado por todos os membros das igrejas locais sendo, portanto, obrigação de todos se comprometerem com a obra de Deus. Além dessas atribuições é bom lembrar que a Igreja também é uma organização através da qual fluem as atividades mencionadas acima, e que os crentes também têm compromisso com o seu funcionamento adequado, senão vejamos:

1 – É dever do  crente  em Cristo frequentar, assiduamente, as reuniões da Igreja

A Igreja em sua dinâmica estabeleceu uma programação da qual fazem parte as reuniões, os cultos que são as santas convocações do Senhor, e sendo o dever de todos os crentes frequentá-los regularmente ou assiduamente. Na Bíblia encontramos diversos textos que tratam desse assunto: “Alegrei-me quando me disseram: vamos à Casa do Senhor” (Sl 122.1). (Veja ainda Sl 84.10; Hb 10.25). Devemos ser assíduos na assistência aos trabalhos na Casa do Senhor como fazia uma irmã idosa do Novo Testamento: “E estava ali a profetiza Ana, filha de Famuel, da tribo de Aser. Esta era já avançada em idade, e tinha vivido com o marido sete anos, desde a sua virgindade, e era viúva, de quase oitenta e quatro anos, e não se afastava do templo, servindo a Deus em jejuns e orações, de noite e de dia”. Lc 2.36,37
A frequência assídua do crente às reuniões da Igreja glorifica a Deus, promove o seu próprio crescimento espiritual, e lhe dar a benção de usufrui da presença de Deus nas reuniões da Igreja (Mt 18.20).

2 – É dever de todo o crente contribuir financeiramente para a manutenção da Igreja.

            Sabemos que todo e qualquer empreendimento, inclusive, a Igreja precisa de recursos para a sua manutenção. É sabido que a Igreja não recebe subsídio do Estado (federal, estadual ou municipal) para a sua manutenção.
            Deus por graça e misericórdia deu recursos aos seus filhos (Jo 3.27; Tg 1.17) para manutenção sua e de sua família e também para a manutenção de sua obra, através da Igreja local.
            Tratando-se da manutenção da obra do Senhor, através do ministério da Igreja local, o Senhor estipulou dois tipos de contribuição: os dízimos e as ofertas.
a)    O dízimo do Senhor – Essa contribuição foi estipulada diretamente por Deus. Deus nos dá 100% (o sustento completo) e ordena que devolvamos a ele apenas 10% (o dízimo do Senhor) para o sustento do Seu trabalho. Deus prometeu em sua Palavra abençoar abundantemente aos crentes fiéis nessa área. “Trazei todos os dízimos à Casa do tesouro para que haja mantimento em minha casa e depois disso fazei prova de mim se não abrir as portas dos céus e derramar sobre vós uma bênção que vos advenha maior abastança” Ml 3.10.
b)               As ofertas – Deus determinou também que os crentes ofertassem, de acordo com as suas posses, para a manutenção de Sua obra. Podemos classificar as ofertas em ofertas voluntárias e ofertas alçadas. As ofertas voluntárias são aquelas ofertas que são dadas pelo crente à Igreja de acordo com a sua prosperidade. Essa oferta é dada espontaneamente sem ser uma resposta a algum apelo que se faça na Igreja. As ofertas alçadas são aquelas que são solicitadas aos membros da Igreja para atender a alguma necessidade especifica, como por exemplo: construção, aquisição de algum bem etc.
            Em ambos os casos (dízimos e ofertas), as contribuições devem ser entregues ao Senhor com um profundo sentimento de gratidão e amor à Casa do Senhor, pois Deus ama ao que dá com alegria (2 Co 9.7).
            Uma das grandes provas de conversão genuína a Cristo é justamente “o abrir do bolso” para atender as necessidades da Igreja. Veja o exemplo de Zaqueu quando teve a experiência de conversão a Cristo (Lc 19.1-10, leia especialmente o versículo 8).
           
3 – É dever de todo o crente engajar-se nos trabalhos da Igreja

            Foi dito na introdução desta seção que Deus deixou com a Igreja a responsabilidade de servi-Lo. Esse serviço engloba as áreas da adoração a Deus (o culto), a edificação espiritual dos salvos, a proclamação do Evangelho aos perdidos e a assistência aos santos necessitados. 
            Essa obra é uma obra gigantesca e necessita para executá-la do engajamento ou comprometimento de todos aqueles que professam a fé em Cristo. É bom esclarecer que essa obra é uma obra que deve ser realizada pela Igreja local, transferindo-se assim para os seus membros esse dever, ou essa obrigação.
            Fomos chamados por Deus para servi-Lo. A Bíblia nos identifica como servos de Deus (Rm 6.18,22). O serviço a Deus deve ser uma expressão de amor, gratidão, e obediência do crente para com Deus e ele não deve ser feito de qualquer maneira. O salmista disse que devemos servir ao Senhor com alegria (Sl 100.2). Paulo disse que devemos servir a Deus com fervor (Rm 12.11) e que esse serviço deve ser feito com firmeza, constância e abundância (1 Co 15.58).
            Não existe nada melhor neste mundo do que fazer a obra do Senhor, e nenhum crente verdadeiro pode ficar alheio ao seu desenvolvimento. Isto deve ser prioridade absoluta na vida do cristão, é a razão de ser de sua existência neste mundo. (Veja Mateus 6.33; Fp 3.17-19).

4 – É dever de todo o crente obedecer às autoridades constituídas por Deus dentro da Igreja.

            Deus pela soberana e livre vontade estabeleceu na Igreja ministérios para o funcionamento ordeiro da mesma. De acordo com as Sagradas Escrituras identificamos os ofícios de Pastor, Presbítero e diácono, cada um com uma área delimitada de ação e com um perfil estabelecido pelo Senhor.
            Ao Pastor, Deus deu a liderança maior dentro da Igreja local. É dele a responsabilidade de presidir ou dirigir a obra do Senhor através da Igreja que está sob a sua responsabilidade. Ele é o anjo da Igreja responsável por ela diante de Deus (Ap 2.1,8,12,18...). O pastor é uma dádiva à Igreja (Ef 4.11; Jr 3.15).
            Os Presbíteros foram estabelecidos por Deus na Igreja local para auxiliar o Pastor no pastoreio das ovelhas do Senhor (At 20.28; 1 Pe 5.1-3), sob a liderança do mesmo.
            Os diáconos foram também estabelecidos por Deus para cuidar das temporalidades da Igreja, mui especialmente da beneficência (assistência aos santos necessitados) (At 6.1-3).
            Essas lideranças estabelecidas por Deus têm autoridade na sua área de competência dentro da Casa do Senhor. Devem ser honrados e respeitados, e assistidos mui especialmente o Pastor ou Pastores pelo trabalho que executam (Hb 13.17,3; 1 Tm 5.17,18; 1 Ts 5.12,13).
           

XI - A ORAÇÃO


1. A Importância da Oração
            A oração é de uma importância fundamental na vida do povo de Deus. Ela é importante pelas seguintes razões:
           a) Jesus a enfatizou - O Senhor Jesus não só enfatizou a oração ensinando, mas sobre tudo a enfatizou praticando. Jesus como homem tinha uma vida de intensa oração: “O qual, nos dias da sua carne, oferecendo, com grande clamor e lágrimas, orações e súplicas ao que o podia livrar da morte, foi ouvido quanto ao que temia.” Hb 5.7. Veja ainda Mt 14.23; 26.36; Mt 6.5-13; 7.7-11; 26.41.
        b) Os Apóstolos a enfatizaram - Os apóstolos do Senhor Jesus enfatizaram muito o uso da oração, tanto praticando quanto ensinando, principalmente, o apóstolo Paulo: “Orai sem cessar.” 1 Ts 5.17. Veja ainda Ef 6.18; Cl 4.2; Rm 1.12.
       c) A Igreja Primitiva a enfatizou - A Igreja Primitiva vivia literalmente de joelhos. No livro de Atos encontramos poderosas reuniões de oração que muito levou Deus a abençoar aqueles irmãos. “E, tendo eles orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos; e todos foram cheios do Espírito Santo e anunciavam com ousadia a Palavra de Deus.” At 4.31. Veja ainda: At 1.14; 2.1; 4.24; 12.5; 16.13; 20.36.

2) A Necessidade da Oração
            O uso constante e perseverante da oração faz-se necessário pelas seguintes razões:
           a) Por causa da tentação. O crente deve orar porque existe um ser espiritual de terrível malignidade, que procura por todos os meios desestabilizar a vida da pessoa, através da tentação. Mas, não só por causa do Maligno, mas também por causa de nossa natureza pecaminosa inclinada naturalmente ao pecado. (Mt 4.3; 1 Ts 3.5; Mt 6.13; 26.41; Tg 1.13-15).
         b) Por causa do inimigo do povo de Deus - A Bíblia diz que os crentes têm um terrível adversário na pessoa de Satanás, e que só em constante oração é que podemos vencê-lo, pelo poder de nosso Senhor Jesus Cristo. (Mt 17.21; 1 Pe 5.8; Tg 4.7; Ef 6.10-18).
        c) Para mantermos a comunhão com Deus. Nós, os salvos, fomos chamados para termos comunhão com Deus e com o Seu Filho Jesus Cristo, isto pelo Espírito Santo. A oração, com certeza, vai nos ajudar nesse propósito, pois ela é o único meio de nos comunicarmos com Deus.  (At 2.42; 2 Co 13.13; 1 Jo 1.3;).
        d) Para possibilitar a operação de Deus no meio da Igreja. Todas as poderosas manifestações do poder de Deus, no seio da Igreja, tiveram como mola propulsora a oração. Foi assim nos dias que antecederam ao Pentecostes  e em outras ocasiões após esse evento. (At 1.14; 4.31; 8.14-17; 12.5-17).


3) As Dificuldades na Oração
         a) Falta de perseverança. A falta de perseverança causa dificuldade no atendimento as nossas orações. Deus pode responder de imediato as nossas orações, mas, às vezes, Ele demora em fazê-lo, havendo, nesses casos, necessidade de que se persevere em oração. (Lc 18.1; Cl 4.2; Rm 12.12; At 2.42; Sl 40.1).
        b) Falta de fé. A falta de fé é o maior impedimento as nossas orações, pois um coração incrédulo  não será atendido por Deus. (Tg 1.6; Hb 11.6; Mt 17.19,20).
        c) Pecado encoberto. Outra  coisa que causa impedimento as nossas orações é pecado cometido e não confessado ao Senhor. (Is 59.1,2; 2 Cr 7.14; Pv 28.13; 1 Jo 1.9).

4) O Poder da Oração
         a) Na vida espiritual. A oração produz crescimento na vida espiritual da pessoa. (Gn 32.24-30; Ef 6.18; 2 Pe 3.18).
        b) Na vida física. As enfermidades poderão ser curadas pelo poder da oração (2 Rs 20.1-7; Mc 1.30,31; Tg 5.16).
       c) Na vida material. A oração afeta positivamente a vida material da pessoa, considerando que tudo em nossa vida deve ser apresentado a Deus em oração. (1 Rs 3.3-13; 2 Cr 26.5; Fp 4.6).

5) A Resposta da Oração
       a) Positiva - Deus pode responder as nossas orações com um sim. (At 4.23-31; Mc 10.46-52; Jn 2.1,10).
      b) Negativa -  Às vezes, o Senhor também responde as orações com um não. (2 Co 12.8,9; Dt 3.23-27; Gn 18.22-33).
      c) Aguarde - Nem todas as orações são respondidas de imediato. Às vezes demanda tempo para se ter uma resposta do Senhor, por isso Ele manda que perseveremos em oração, vigiando nela com ações de graça. (Sl 40.1; 1 Tm 5.5: Cl 4.2; Rm 12.12; Lc 18.1).

6) Como Fazer Oração
       a) De joelhos - O crente pode orar de joelhos, pois, na Bíblia encontramos muitos exemplos de pessoas que se ajoelharam para orar. (1 Rs 8.54; Lc 22.41; Dn 6.10,11; Gn 24.11-14; At 20.36; Ef 3.14).
      b) Sentados - O crente também pode orar assentado. O Espírito Santo foi derramado sobre a Igreja quando os irmãos estavam assentados, tudo indica orando (At 2.1,2). (Ex 17.12).
         c) Em pé - Orar em pé também é uma maneira de orar ao Senhor, pois, na realidade, o que importa é que a oração parta de um coração sincero e contrito diante de Deus. (Ex 17.8-11; 2 Rs. 20.1-3).
        d) Deitado - Se a situação o exigir, principalmente por causa de enfermidade, o crente pode orar ao Senhor deitado. “Já estou cansado do meu gemido; toda a noite faço nadar a minha cama, molho o meu leito com as minhas lágrimas” Sl 6.6.

7) Onde Fazer Oração
        a) Na Igreja - A oração pode e deve ser feita no templo, junto com os outros irmãos (At 1.13,14; 12.5; 4.23-31). (As Igrejas, geralmente, têm em sua programação cultos de oração).
        b) Em casa - Em casa também podemos e devemos orar ao Senhor, a sós ou juntos como família. (Mt 6.6; Dn 6.10,11; 9.1-4).
        c) Em qualquer lugar - O crente deve e pode orar ao Senhor em qualquer lugar. (1 Tm 2.8; Gn 24.11-14,63).

8) A Credencial da Oração
            A grande e única credencial da oração aos olhos do Deus Todo-Poderoso é o precioso nome de Jesus. Toda a oração deve ser feita em nome de Jesus, se não for assim, não será aceita diante de Deus - (Jo 14.13,14; 16.23,24; 1 Tm 2.5; Ef 2.18; Hb 10.19-22).

XII - A CONTRIBUIÇÃO


            Deus, na Sua sabedoria infinita, instituiu um sistema de contribuição para que o Seu trabalho se desenvolvesse adequadamente sem precisar de recursos oriundos de outras fontes, a não ser dos seus filhos. O sistema divino de contribuição é composto de Dízimo, Ofertas Alçadas e Ofertas Voluntárias.

1)  O Dízimo
            É a décima parte daquilo que o cristão ganha e que deve ser entregue a Deus através da Igreja (Casa de Deus), para que haja mantimento nela. (Ml 3.10).
            a) O Dízimo antes da Lei - Antes de Deus entregar a Lei a Moisés para que Israel fosse guiado por ela, já se encontrava, no meio dos patriarcas, o salutar costume de dizimar, isto é, de entregar aos representantes de Deus, aqui na terra, a décima parte do que tinham ou recebiam por algum trabalho executado. Foi assim com Abraão, que deu o dízimo a Melquisedeque, sacerdote do Deus Altíssimo (Gn 14.18-20). Encontramos também o patriarca Jacó dizimando (Gn 28.22). Esse abençoado costume dos patriarcas foi, mais tarde, testificado pelo escritor da carta aos Hebreus (7.6,9). No dízimo antes da Lei encontramos o princípio de dizimar revelado.
            b) O Dízimo Durante a Lei - A Lei Mosaica estabeleceu, como obrigatório, o dízimo para todos os israelitas. O Dízimo durante a Lei era entregue pelo povo de Deus aos levitas e estes por sua vez entregavam o dízimo dos dízimos para sustento daqueles que oficiavam no Tabernáculo (os sacerdotes). Os dízimos serviam também para a manutenção do Templo, da casa de Deus. (Lv 27.30; Nm 18.21,24-26; Dt 14.22-29; 26.12-15; Ne 10.37,38; Ml 3.8-11). No dízimo durante a Lei o princípio de dizimar tornou-se institucional para a nação israelita.
            c) O Dízimo Depois da Lei - (Dispensação da Graça) - A Lei e os profetas duraram até João. Daí em diante, começou com Cristo outra Dispensação, a da Graça, onde o cristão não é mais obrigado a guardar a Lei Mosaica, no que se refere às partes cerimoniais e civis, chamado de Velho Concerto. Com relação ao dízimo, como parâmetro de contribuição para os cristãos, encontramos uma palavra do Senhor Jesus registrada em Mt 23.23 que trata do assunto: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, e tendes omitido o que há de mais importante na Lei, a saber, a justiça, a misericórdia e a fé; estas coisas, porém, devíeis fazer estas coisas sem omitir aquelas”. Com estas palavras, o Senhor Jesus ratificou o principio revelado aos patriarcas e institucionalizado na Lei Mosaica e credenciou a continuidade da contribuição do dízimo na atual Dispensação, como princípio divino de contribuição para o sustento do seu trabalho. Veja ainda: Lc 11.42; Mt 22.21. O apóstolo Paulo escrevendo aos cristãos de  Corinto, em sua segunda carta capítulo 3, fala sobre um tipo de contribuição que não fosse pesada a nenhum dos membros da Igreja; fala, também, de igualdade na contribuição. Qual é a contribuição em que todos  participam de acordo com as suas posses, com igualdade e que não é pesada a todos, senão o dízimo.

2. Ofertas Alçadas
            São aquelas ofertas levantadas para ocasiões especiais, atendendo a uma necessidade específica da Igreja. Todos os crentes, no caso, são convocados a contribuírem para um alvo definido. “Então disse o Senhor a Moisés: Fala aos filhos de Israel que me tragam uma oferta alçada; de todo homem cujo coração se mover voluntariamente, dele tomareis a minha oferta alçada”. Ex 25.1,2. (Veja ainda os textos: Ex 35.4-9; Lv 6.12,13; Ne 13.31; 2 Co 9.1-5).

3. As Ofertas Voluntárias
            São aquelas contribuições voluntárias diferente do dízimo e das ofertas alçadas, que são entregues à Igreja sem o objetivo específico de atender a alguma necessidade ou a algum apelo. “Alguns dos chefes das casas paternas, unidos à Casa do Senhor em Jerusalém, deram ofertas voluntárias para a Casa de Deus, para edificarem no seu lugar.” Ed 2.68,69. Em Mateus 2.11, encontramos que os três magos que vieram do Oriente, ofertaram voluntariamente a Jesus, quando criança, ouro, incenso e mirra. Veja ainda: 2 Co 9.6-10; Lc 6.38; At 4.34-37.                                                          
                                                       





CONCLUSÃO

            Neste trabalho, procuramos trazer informações sucintas sobre algumas doutrinas básicas do Cristianismo, a fim de facilitar o trabalho dos irmãos que preparam os candidatos ao batismo e, ao mesmo tempo, instruir os batizandos para que compreendam a seriedade do passo que será dado, no que se refere à obediência da ordenança do batismo deixada por nosso Senhor Jesus Cristo.
            Vale ressaltar que através deste trabalho, esperamos atender uma lacuna que existe no meio Congregacional, no que se refere a um material para uniformizar o preparo dos candidatos ao batismo.
            Também neste trabalho, fornecemos uma bibliografia, onde o instrutor da classe de catecúmenos, ou mesmo os alunos, poderão encontrar um material mais substancial para um aprendizado mais profundo das Sagradas Escrituras.
            Esperamos que as Igrejas façam bom uso deste material, considerando que o mesmo foi preparado visando abençoar a Igreja do Senhor bem como a glorificação do nome de Jesus Cristo, Mestre, Salvador e Senhor de nossas vidas. 















BIBLIOGRAFIA


- BANCROFT, Emery H. Teologia Elementar. Trad. João Marques Bentes,
 Imprensa Batista Regular. São Paulo, 1966
- BERKHOF, Louis. Manual de Doutrina Cristã. Campinas. Luz para o  Caminho Publicações, 1985.
- BERKHOF, Louis. Teologia Sistemática. Trad. Odayr Olivetti. Campinas. Luz para o Caminho Publicações, 1990.
- CLARK, David S. Compêndio de Teologia Sistemática. Trad. Samuel Falcão. Casa Editora Presbiteriana.
- DAGG, John L. Manual de Teologia. Editora Fiel, 1989.
- ERICKSON, Millard J. Introdução à Teologia Sistemática. Trad. Lucy
 Yamakami. Edições Vida Nova. São Paulo, 1997.
- GRUDEM, Wayne. Teologia Sistemática. São Paulo: Edições Vida Nova, 1999.
- SHEDD, Russel P. Bíblia Vida Nova. Edições Vida Nova/Sociedade Bíblica do Brasil. São Paulo, 1976.
















APÊNDICE

PREPARAÇÃO DE CANDIDATOS AO BATISMO

(ROTEIRO DE PERGUNTAS BÁSICAS)

1)     PERGUNTAR AO CANDIDATO SE ELE REALMENTE TEM DESEJO POR SI MESMO DE SER BATIZADO. “E indo eles caminhando, chegaram a um lugar onde havia água, e disse o eunuco: Eis aqui água; que impede que eu seja batizado?” At 8.36
2)    PERGUNTAR AO CANDIDATO SE ELE TEM CONSCIÊNCIA DE QUE É UM PECADOR AOS OLHOS DE DEUS. “E quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo” Jo 16.8
3)      PERGUNTAR AO CANDIDATO SE ELE DE FATO CRÊ QUE JESUS É O FILHO DE DEUS. “Estes, porém, estão escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” Jo 20.31
4)    PERGUNTAR AO CANDIDATO SE ELE CRÊ QUE O FILHO DE DEUS, JESUS, VEIO EM CARNE (ENCARNOU). “Nisto conheceis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo espírito que não confessa a Jesus não é de Deus; mas é o espírito do anticristo, a respeito do qual tendes ouvido que havia de vir; e agora já está no mundo”1 Jo 4.2,3
5)     PERGUNTAR AO CANDIDATO SE ELE CRÊ QUE JESUS MORREU NA CRUZ DO CALVÁRIO E RESSUSCITOU DENTRE OS MORTOS PARA SALVÁ-LO DA PERDIÇÃO ETERNA. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. Jo 3.16. “o qual foi entregue por causa das nossas transgressões, e ressuscitado para a nossa justificação” Rm 4.25
6)     PERGUNTAR AO CANDIDATO SE ELE JÁ ACEITOU A JESUS COMO O SEU ÚNICO E SUFICIENTE SALVADOR. “Mas, a todos quantos o receberam, aos que creem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus” Jo 1.12.“De sorte que foram batizados os que receberam a sua palavra; e naquele dia agregaram-se quase três mil almas” At 2.41
7)     PERGUNTAR AO CANDIDATO SE ELE CONFESSA A JESUS COMO SENHOR E QUE REALMENTE QUER VIVER PARA GLÓRIA DELE NESTE MUNDO E NA ETERNIDADE.  “Porque, se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo” Rm 10.9. “Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é lucro” Fp 1.21



DECLARAÇÃO DE FÉ DO CANDIDATO AO BATISMO


Eu (fulano de tal) candidato ao batismo, declaro diante de Deus e de Sua Igreja, com toda a sinceridade do meu coração e inteira certeza de fé, que confirmo o que abaixo está escrito, com base fundamentada nas Sagradas Escrituras:
1) Que a Bíblia Sagrada é a santa Palavra de Deus, inspirada verbal e plenariamente e única regra de fé e prática do crente em nosso Senhor Jesus Cristo;
2) Que Deus é o único Deus verdadeiro, que subsiste em três pessoas distintas, o Pai, o Filho e o Espírito Santo, possuidoras dos mesmos atributos e tendo a mesma essência;
3) Que Deus enviou o seu único Filho, Jesus Cristo, a este mundo o qual esvaziou-se a si mesmo, e tomou a forma humana, oferecendo-se a Si mesmo na cruz em sacrifício pelos nossos pecados;
4) Que o Senhor Jesus Cristo, depois de três dias de sepultado, ressuscitou dentre os mortos e ascendeu aos Céus onde está entronizado a direita de Deus Pai;
5) Que o Senhor Jesus Cristo é o Único Salvador do ser humano e Senhor de todo aquele que nEle crê;
6) Que já aceitei de todo o meu coração ao Senhor Jesus como Salvador Pessoal e creio firmemente que Ele morreu pelos meus pecados e ressuscitou para a minha justificação;
7) Que como consequência dessa aceitação e dessa fé, nasci de novo e sou possuidor da vida eterna, concedida por Jesus e que tenho certeza disso baseado na declaração das Sagradas Escrituras e pelo testemunho interno do Espírito Santo;
8) Que quero ser batizado porque desejo voluntariamente obedecer a ordem deixada pelo Senhor Jesus que todo o crente seja batizado, crendo que o batismo não salva nem tampouco ajuda na salvação de alguém, mas creio que todo aquele que é salvo deve ser batizado com água em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo;
9) Que quero de todo o coração ser batizado para ser membro da Igreja e servir ao Senhor através dela com alegria e singeleza de coração;
10) Que aceito a forma de batismo por aspersão, com água, em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, como a forma mais correta de batismo cerimonial, conforme evidências bíblicas;
11) Que reconheço a necessidade de viver uma vida separada para Deus, dando bom testemunho como crente diante dos homens. Buscarei essa bênção através da leitura da Bíblia, da assistência aos cultos e da oração;
12) Que de acordo com as minhas posses contribuirei com o dízimo e ofertas, conforme mandamento bíblico para o sustento do trabalho do Senhor;
13) Que me sujeitarei a disciplina da Igreja, bem como obedecerei as suas autoridades constituídas, enquanto estas estiverem de acordo com as Sagradas Escrituras.

João Pessoa, ____/__________/____________

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Assinatura do Candidato ao Batismo


DECLARAÇÃO DOS BATIZANDOS NO ATO DO BATISMO



1)    Confesso que sou um pecador aos olhos de Deus.

2)    Creio de todo o meu coração que Jesus Cristo é o Filho de Deus;

3)    Creio de todo o meu coração que o Senhor Jesus Cristo morreu na cruz pelos meus pecados e ressuscitou para a minha justificação.

4)    Confesso que já aceitei ao Senhor Jesus Cristo como meu Salvador pessoal e Senhor da minha vida.

5)    Prometo fazer o que for possível para viver uma vida de acordo com a vontade de Deus.

6)    Prometo servir a Deus através da igreja que me acolheu, de acordo com os dons que Ele graciosamente me deu.

7)    Que Deus me ajude a cumprir esses votos que faço em Sua presença e na presença de Sua igreja. Amém!



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