Instruções Básicas
para
Preparação ao Batismo
(Revisada
e Ampliada)
Rev. Eudes
Lopes Cavalcanti
Instruções Básicas
para
Preparação ao Batismo
Rev. Eudes
Lopes Cavalcanti
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
A elaboração desta apostila tem como objetivo principal fornecer as
Igrejas Evangélicas Congregacionais, como também, a outro grupo evangélico que
assim desejar, um material sucinto que facilite o trabalho dos professores das
classes de catecúmenos e, ao mesmo tempo, proporcionar aos alunos uma melhor
compreensão dos assuntos estudados na sua preparação ao batismo.
Nessa
obra de preparação ao batismo, faz-se necessário que as informações básicas
sobre a doutrina cristã sejam repassadas aos batizandos de forma tal que os
mesmos ao se submeterem ao batismo o façam de maneira consciente.
Queira
o Todo-Poderoso Deus abençoar este trabalho visto que o mesmo é feito com a
intenção de facilitar o trabalho da Igreja de nosso Senhor Jesus Cristo, e ao
mesmo tempo glorificar o Seu santo Nome.
I - A
BÍBLIA SAGRADA
1. Conceito
Chama-se
Bíblia o conjunto de 66 livros inspirados por Deus, aceitos pela Igreja
Evangélica como única regra de fé e prática do cristão.
2. A Divisão da Bíblia
A
Bíblia Sagrada divide-se em duas grandes partes: O Antigo e o Novo Testamento.
A
Palavra Testamento, relacionada à Bíblia Sagrada, significa Pacto ou Aliança.
3. Classificação dos livros da Bíblia
Classificamos
os livros da Bíblia Sagrada da seguinte maneira:
a) Antigo Testamento (39 livros)
a) Pentateuco (Os livros da Lei) - Gênesis,
Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio.
b)
Os Livros Históricos - Josué, Juízes,
Rute, 1 Samuel, 2 Samuel,
1 Reis, 2 Reis, 1 Crônicas, 2 Crônicas, Esdras, Neemias e
Ester.
c)
Os Livros Poéticos - Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes e Cantares.
d) Os
Livros Proféticos - Isaías, Jeremias, Lamentações, Ezequiel e Daniel (Profetas
Maiores); Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque,
Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias (Profetas Menores).
Os
títulos Profetas Maiores e Profetas Menores não têm nada haver com a
importância do profeta nem com a sua mensagem e sim com a quantidade de
capítulos e versículos dos livros, bem como quanto ao tempo de ministério do
profeta no meio do povo de Israel.
b) Novo Testamento (27 livros)
a) os Evangelhos - Mateus, Marcos, Lucas e João (Os
três primeiros são chamados de Evangélicos Sinóticos, pois os relatos são
semelhantes).
b) O
Livro Histórico - Atos dos Apóstolos.
c)
As Cartas Paulinas - Romanos, 1 Coríntios, 2 Coríntios, Gálatas, Efésios,
Filipenses, Colossenses, 1 Tessalonicenses, 2 Tessalonicenses, 1 Timóteo, 2 Timóteo, Tito e Filemon.
(As cartas à Timóteo, Tito e Filemom são chamadas de cartas pastorais).
d)
A Carta aos Hebreus.
e)
As Epístolas Gerais - Tiago, 1 Pedro, 2 Pedro, 1 João, 2 João, 3 João e Judas.
f) O livro da Revelação - Apocalipse.
4. A Inspiração da Bíblia
Por
inspiração da Bíblia queremos dizer que Deus, na pessoa do Espírito Santo,
influenciou de maneira sobrenatural os autores dos livros das Sagradas
Escrituras, fazendo assim com que os seus relatos se convertessem em autênticos
registros da verdade revelada.
Assim
sendo, toda a Bíblia foi inspirada por Deus Verbal (2 Pe 1.20,21) e Plenariamente
(2 Tm 3.16).
Por
Inspiração Verbal, queremos dizer
que a influência do Espírito Santo foi além da direção dos pensamentos,
chegando até a seleção das palavras usadas para transmitir a mensagem que foi
registrada nos escritos originais.
Por
Inspiração Plenária, queremos dizer
que todas as palavras da Bíblia, desde a primeira do livro de Gênesis até a
última do livro de Apocalipse, foram inspiradas por Deus.
5. A Inerrância da Bíblia
Na
Bíblia, em seus autógrafos originais, não se encontram erros, devido ter sido
toda ela inspirada por Deus. Deus foi o autor do texto sagrado, os escritores
foram inspirados e supervisionados por Ele, para que registrassem as verdades
inspiradas pelo próprio Deus. “Buscai no livro do Senhor e lede; nenhuma dessas
coisas falhará, nem uma nem outra faltará; porque a sua própria boca o ordenou,
e o seu espírito mesmo as ajuntará” Is 34.16. “sabendo primeiramente isto: que
nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação; porque a profecia
nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus
falaram inspirados pelo Espírito Santo” 2 Pe 1.20,21.
5. Autoria e Tempo de Preparo da Bíblia
A Bíblia foi escrita por mais ou menos 40
escritores de diversos matizes culturais, num período de aproximadamente
dezesseis séculos. O mais antigo escritor de livro da Bíblia foi Moisés e o
mais recente, o apóstolo João.
6 - As Línguas Originais
O Velho Testamento foi escrito em quase sua
totalidade em hebraico a língua dos judeus, exceto pequenos trechos escritos em
aramaico (Ed 4.8-6.18; 7.12-26; Dn 2.4-7.28; Jr 10.11), a língua comercial da
época. O Novo Testamento foi escrito em sua totalidade na língua grega (grego
koinê = popular).
7 - O Personagem Central da Bíblia
O
Senhor Jesus Cristo é o personagem central da Bíblia. Jesus é identificado nos
livros das Sagradas Escrituras através de tipos, de figuras, de símbolos, de
instituições, de profecias diretas, de sua biografia e dos escritos dos seus
apóstolos.
Vejamos a identificação de Jesus em cada livro da Bíblia Sagrada:
Gênesis - A Semente da Mulher
Êxodo - O Cordeiro Pascoal
Levítico - O Sacrifício Expiatório
Números - A Rocha
Deuteronômio - O Profeta Prometido
Josué - O Príncipe do Exército do Senhor
Juízes - O Libertador
Rute - O Parente Remidor
1 e 2 Samuel, 1 e 2 Reis e 1 e 2 Crônicas - O Rei de Israel
Esdras e Neemias - O Restaurador
Ester - O Advogado
Jó - O Redentor que Vive
Salmos - Tudo em todos
Provérbios - A Sabedoria Divina
Eclesiastes - A Razão Suprema do
Viver
Cantares - O Amado
Isaías... Malaquias - O Messias
Os Evangelhos (Mateus... João) - O Cristo
Atos dos Apóstolos - O Espírito
As Epístolas (Romanos... Judas) - A Cabeça da Igreja
Apocalipse - O Alfa e o Ômega
II - O
PECADO
1 - Conceito
a) “Pecado é qualquer falta de
conformidade com a Lei de Deus, ou a transgressão dessa Lei”;
b) Pecado
é tudo aquilo que falamos, pensamos ou praticamos que não esteja de acordo com
a vontade de Deus revelada em Sua Palavra.
2 – A Origem do Pecado
a) No Céu - O pecado teve origem no Céu, entre os anjos de Deus, quando Lúcifer,
o querubim ungido, rebelou-se contra o Criador, sendo expulso do Céu juntamente
com um terço dos anjos que o seguiu (Is 14.12-17; Ez 28.11-19; Ap 12.3,4).
b) Na Terra - O pecado surgiu na terra quando os nossos primeiros pais, Adão e Eva,
desobedeceram à ordem dada por Deus e comeram, por instigação do Diabo, do
fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal (Gn 2.16,17; 3.1-6,17).
3 - As Consequências do Pecado de Adão
O
pecado dos nossos primeiros pais trouxe para eles e para todos os seus
descendentes a morte, conforme Deus tinha dito (Gn 2.16,17).
A morte, que é o salário do pecado (Rm 6.23), tem
três dimensões, a saber:
a) Morte Espiritual - É a destituição no homem da glória de Deus. É a
separação do homem de Deus, desde a sua concepção (Rm 3.23; Ef 2.1; Cl 2.13; Jo
5.24).
b) Morte Física - É a separação da parte espiritual (alma ou
espírito) da parte material (corpo) (Gn 3.19; 35.18; Ec 12.7; Tg 2.26).
c) Morte Eterna - É a eterna separação do homem e Deus. Ela
acontece quando a pessoa morre fisicamente estando morto espiritualmente, isto
é, separado de Deus, sem o perdão de seus pecados e sem a salvação de sua alma
que só pode ser proporcionada por nosso Senhor Jesus Cristo (2 Ts 1.9; Dn 12.2; Mt 10.28; 25.41; Lc
16.22; Ap 20.15).
4 – A Abrangência do Pecado
a) Corrupção Total da
Natureza Humana.
O
pecado atingiu o ser humano em sua totalidade - o seu corpo, a sua alma ou o
seu espírito (Is 1.4-6; Rm 7.15-20; Mt 15.18-20; Sl 51.5; Ef 2.3).
b) Propagação Universal
O
pecado propagou-se em todos os seres humanos, através de Adão e Eva. Isso quer
dizer que a raça humana é uma raça pecadora; pois o homem traz, desde quando
nasce, o germe do pecado em seu coração (Rm 3.9-19,23; 5.12,17,18; Sl
51.5).
5- A Hediondez do Pecado
O pecado é hediondo porque provoca as seguintes
coisas:
a) Fere a Santidade de Deus
Deus
é um Ser Puro, Santo, Imaculado e exige de suas criaturas morais (o homem e a
mulher) santidade de vida. Qualquer pecado do ser humano fere frontalmente a
santidade divina (Lv 19.2; 20.7; 1 Pe
1.15,16; Is 6.3).
b) Destrói no Homem a Imagem
de Deus
O
pecado descaracteriza o homem deformando a imagem de Deus, com a qual foi
criado (Gn 1.26,27; Rm 3.23; Ef 4.17-19,22).
c) Escraviza o homem
O
homem foi feito por Deus uma criatura livre, mas o pecado se assenhoreou dele e
o fez seu escravo (Jo 8.34; Rm 6.16; 7.14; Cl 1.13).
d) Condena o Homem a Perdição
Eterna
O
pecado, por causa de suas consequências, leva o homem à perdição eterna, caso
não receba a salvação através de Jesus Cristo. “O salário do pecado é a
morte...” Rm 6.23. Veja ainda Rm 5.12;
Ez 18.4,20; Tg 1.15.
III –
CRISTO, O REDENTOR
Para salvar o homem da perdição
eterna, Deus enviou o seu Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, a este mundo para
morrer na cruz a fim de salvar o pecador da condenação imposta pelo pecado. É
de suma importância que o crente conheça o Salvador enviado por Deus, de acordo
com aquilo que é revelado pelas Escrituras. Assim sendo, descobrimos que na
pessoa do Senhor Jesus Cristo podem ser identificadas duas naturezas distintas:
uma humana e a outra divina. Essas naturezas são unidas numa única pessoa, sem
a perda de suas propriedades peculiares (união hipostática). Os atos praticados
por Cristo foram atos pessoais onde em certas ocasiões a natureza humana era
evidenciada, e em outras ocasiões a natureza divina. O Senhor Jesus é ao mesmo
tempo Divino-Humano. É o Deus-Homem. A união hipostática aconteceu por ocasião
da Sua Encarnação, quando o Verbo se fez carne, conforme revelado no Evangelho
de João 1.1,14 e na carta de Paulo aos
Filipenses 2.6,7.
Louis Berkhof, em seu Manual de
Doutrina Cristã, comentando o assunto, disse: “Há somente uma pessoa no
Mediador, e essa pessoa é o imutável Filho de Deus. Na encarnação, Ele não se
mudou numa pessoa humana, nem adotou uma pessoa humana. Simplesmente assumiu a
natureza humana, que não se tornou uma personalidade independente, mas se
tornou pessoal na pessoa do Filho de Deus. Sendo uma só pessoa
divina que possuía a natureza divina desde a eternidade, assumiu uma natureza
humana, e agora tem as duas naturezas. Depois de assumir uma natureza humana a
pessoa do Mediador não é apenas divina, mas divino-humana; é agora o
Deus-homem. É um só indivíduo, mas possui todas as qualidades essenciais tanto
da natureza humana como da divina”.
A Natureza Humana do Redentor
Jesus
era verdadeiramente homem, com todas as limitações humanas, mas sem pecado – “O
qual, nos dias da sua carne, oferecendo, com grande clamor e lágrimas, orações
e súplicas ao que o podia livrar da morte, foi ouvido quanto ao que temia.
Ainda que fosse Filho, aprendeu a obediência, por aquilo que padeceu” Hb 5.7,8.
A prova da natureza humana de Jesus é evidenciada:
1) Pelos
nomes humanos dados a Jesus:
a)
Jesus (Joshua, Josué), que significa salvador era um nome comum encontrado em
Israel – “E dará à luz um filho e chamarás o seu nome JESUS; porque ele salvará
o seu povo dos seus pecados”. Mt 1.21 (Veja ainda Mt 1.25; Lc 1.31; 2.21).
b)
Filho do
Homem – Expressão comum
usada no livro do profeta Ezequiel. Esse foi um dos nomes mais usado por Jesus
e fala da sua humanidade perfeita. Fala também do personagem escatológico que
veria implantar o reino de Deus no coração dos homens. “Digo-vos que depressa
lhes fará justiça. Quando, porém, vier o Filho do homem, porventura achará fé
na terra?” Lc 18.8 (Veja ainda Sl 8.4; Lc 19.10; Jo 1.50,51);
c)
Nazareno - natural da cidade de Nazaré. Jesus nasceu em
Belém da Judéia, mas foi criado na cidade de Nazaré, na Galiléia. – “E chegou,
e habitou numa cidade chamada Nazaré, para que se cumprisse o que fora dito
pelos profetas: Ele será chamado Nazareno” Mt 2.23 (Veja ainda Mt 21.11; Jo
1.45; At 2.22; 10.38);
d)
Profeta - a atividade profética era uma atividade peculiares a homens escolhidos por Deus – “E a multidão
dizia: Este é Jesus, o profeta de Nazaré da Galiléia” Mt 21.11 (Veja ainda Mc
6.4; Lc 7.16; Jo 4.19; 6.14);
e)
Filho do
Carpinteiro, Carpinteiro - profissão que Jesus
exercia em Nazaré – “Não é este o filho do carpinteiro? e não se chama sua mãe
Maria, e seus irmãos Tiago, e José, e Simão, e Judas?” Mt 13.55 (Veja ainda Mc
6.3);
f)
Cristo Jesus, homem - nome esse referenciado por Paulo, o apóstolo –
“Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo
homem” 1 Tm 2.5.
2) Pela
sua ascendência, desenvolvimento, forma e composição humanos:
a)
Nascido da Virgem Maria – Jesus teve uma ascendência humana, natural só por
parte de Maria, sua mãe. Em relação a José marido de Maria a sua ascendência é
legal e não natural, pois Jesus foi gerado no ventre de Maria pelo Espírito
Santo, não havendo a intervenção de José. “Mas, vindo a plenitude dos tempos,
Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei” Gl 4.4 (Veja
ainda Gn 3.15; Is 7.14; Mt 1.18; Lc
1.30-32).
b)
Descendente da casa real de Davi – Davi, o homem segundo o coração de Deus, deu
origem a uma dinastia da qual nasceria o Messias, o Cristo. “Acerca de seu
Filho, que nasceu da descendência de Davi segundo a carne” Rm 1.3 (Veja ainda
Mt 1.6,16; Lc 1.32; 2.4; 3.23,31,32; At 13.22,23).
c)
Crescimento e desenvolvimento naturais – Após a sua concepção que foi sobrenatural, a
gestação e o crescimento do Senhor Jesus foram naturais. “E o menino crescia, e
se fortalecia em espírito, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre
ele” Lc 2.40 (Veja ainda Is 53.2; Lc 2.46,52).
d)
Forma corporal humana – Jesus era
um homem na acepção da palavra, com um corpo físico bem definido e uma alma
imortal. Não era nenhum anjo ou extraterrestre. “Vede as minhas mãos e os meus
pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e vede, pois um espírito não tem carne nem
ossos, como vedes que eu tenho” Lc 24.39 (Veja ainda Mt 26.12; Jo 9.11; 19.5;
Fp 2.7; Hb 10.5; 1 Jo 1.1).
e)
Natureza dicotômica: A estrutura completa do homem Jesus compunha-se
de um corpo físico e uma alma imortal, chamada também de espírito, senão
vejamos: “Por isso, entrando no mundo, diz: Sacrifício e oferta não quiseste,
Mas corpo me preparaste” Hb 10.5 (Veja ainda
Mt 26.12,26-28). “Então lhes disse: A minha alma está cheia de tristeza
até a morte; ficai aqui, e velai comigo” Mt 26.38 (Veja ainda Mc 14.34; At
2.27; Mt 27.50; Lc 23.46).
3) Pelas
limitações de sua natureza humana:
a)
Limitações físicas
– Fadiga, Sono – “E estava ali a fonte de
Jacó. Jesus, pois, cansado do caminho, assentou-se assim junto da fonte. Era
isto quase à hora sexta” Jo 4.6; “E eis que no mar se levantou uma tempestade,
tão grande que o barco era coberto pelas ondas; ele, porém, estava dormindo” Mt
8.24 (Veja ainda Mc 4.38; Lc 8.23,24);
- Fome – “E, tendo jejuado quarenta dias
e quarenta noites, depois teve fome” Mt 4.2 (Veja ainda Mc 11.12; Jo 4.31);
- Sede
– “Veio uma mulher de Samaria tirar água. Disse-lhe Jesus: Dá-me de beber” Jo
4.7 (Veja ainda Jo 19.28);
- Dor física – “Mas ele foi ferido por
causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; o
castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos
sarados” Is 53.5 (Veja ainda Lc 22.44;
Jo 19.1,2; 20.25);
- Morte física – “E Jesus, clamando outra
vez com grande voz, rendeu o espírito” Mt 27.50 (Veja ainda Mc 15.37; Lc 23.46;
Jo 19.30; 1 Co 15.3;...).
b)
As
limitações intelectuais
O Senhor Jesus não nasceu sabendo tudo. O
processo de crescimento intelectual dele foi comum aos outros seres humanos,
senão vejamos:
- Limitação
de conhecimento – “Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos que
estão no céu, nem o Filho, senão o Pai” Mc 13.32;
- Capaz de crescer em conhecimento – “E
crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os
homens” Lc 2.52 (Veja ainda Lc 2.46);
- Usava
a observação para aprender – “E, vendo de longe uma figueira que tinha
folhas, foi ver se nela acharia alguma coisa; e, chegando a ela, não achou
senão folhas, porque não era tempo de figos”. Mc 11.13.
c) Limitações espirituais
Como
qualquer pessoa temente a Deus, Jesus também tinha as suas limitações
espirituais, senão vejamos:
– Precisava
conhecer as Escrituras – “E aconteceu que, passados três dias o acharam no
templo, assentado no meio dos doutores, ouvindo-os, e interrogando-os” Lc 2.46.
- Para
cumprir o seu ministério ele orava e jejuava – “E, levantando-se de manhã,
muito cedo, fazendo ainda escuro, saiu, e foi para um lugar deserto, e ali
orava” Mc 1.35 (Veja ainda Mt 4.2; Hb 5.7);
- Dependia do Espírito Santo – “E, logo
que saiu da água, viu os céus abertos, e o Espírito, que como pomba descia
sobre ele” Mc 1.10 (Veja ainda Mt 3.16;
Lc 4.18,19; 11.20; At 10.38; Hb 1.9;...).
A Natureza Divina do Redentor
O Senhor Jesus era, é e sempre será
verdadeiro Deus, possuindo uma natureza divina comprovadamente identificada nas
Sagradas Escrituras, senão vejamos:
1) Pelos
nomes divinos dados a Jesus
a) Deus, possuidor de todos os atributos da Deidade – “E
Tomé respondeu, e disse-lhe: Senhor meu, e Deus meu!” Jo 20.28 (Veja ainda Rm
9.5; Hb 1.8; 2 Pe 1.1; 1 Jo 5.20);
b)
Verbo ou Logos – “No princípio era
o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus” Jo 1.1 (Veja ainda Jo 1.14;
1 Jo 1.1; Ap 19.13);
c)
Filho de
Deus, gerado pelo Pai desde os tempos eternos –
“Proclamarei o decreto: o SENHOR me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei”
Sl 2.7 (Veja ainda Mt 16.16; 27.54; Mc 1.11; Lc 1.35; Jo 1.49; 20.31; At 13.33;
Rm 1.4; Hb 1.5; 5.5; 1 Jo 5.20);
d) Santo, separado dos pecadores –
“E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a
virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso também o Santo, que
de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus” Lc 1.35 (Veja ainda At 3.14; Hb
7.59; Ap 3.7);
e) SENHOR,
dono de todas as coisas, dos seres vivos, soberano absoluto – “E de onde me
provém isto a mim, que venha visitar-me a mãe do meu Senhor?” Lc 1.43 (Veja
ainda Lc 2.11; Jo 13.13,14; At 4.33; 7.59; Fp 2.11).
f)
Messias ou Cristo significa ungido de
Deus – “E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus
vivo” Mt 16.16 (Veja ainda Jo 1.41; 4.25,26; 20.31);
g) Primeiro
e Último, Alfa e Ômega – “E ele é a cabeça do corpo, da igreja; é o princípio
e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a preeminência” Cl
1.17 (Veja ainda Ef 1.9,10; Ap 1.8,17; 22.13).
2)
Pelos cultos tributados a Cristo - as
pessoas cultuavam a Cristo e Ele aceitava esses cultos. Em diversas
ocasiões nos Evangelhos, as pessoas se aproximavam de Cristo reverenciando-O e
prestando culto como se a Deus fosse e Ele o aceitava – “Então aproximaram-se
os que estavam no barco, e adoraram-no, dizendo: És verdadeiramente o Filho de
Deus” Mt 14.33 (Veja Mt 15.25; 28.17; Lc 17.15,16; 24.52; Jo 9.38; Hb 1.6).
3) Pelos atributos divinos naturais possuídos por
Cristo:
a)
Onipotência - “Todas as coisas foram feitas
por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez” Jo 1.3 (Veja ainda Hb 1.10; Mt
28.18; Jo 5.19; Cl 2.9).
b)
Onisciência - “E não necessitava de que
alguém testificasse do homem, porque ele bem sabia o que havia no homem” Jo
2.25 (Veja ainda Jo 18.4; Mc 2.7,8; Jo 21.17; Ap 2.23; 2,9,13,19; 3.1,8,15).
c)
Onipresença
– “Ora, ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do homem,
que está no céu” Jo 3.13 (Veja ainda Mt 18.20; Sl 139.7-10; Ap 2.1).
d)
Eternidade – “E como um manto os enrolarás, e serão mudados. Mas tu és o mesmo, E
os teus anos não acabarão” Hb 1.12 (Veja ainda Hb 1.5; Jo 8.58; Is 9.6; Mq 5.2;
Hb 1.11; Ap 1.8).
e)
Imutabilidade – “Jesus Cristo é o mesmo ontem, e hoje, e eternamente” Hb 13.8 (Veja
ainda Hb 1.12).
4) Pelos
atributos divinos morais possuídos por Cristo:
a)
Amor –
“Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus
amigos” Jo 15.13 (Veja ainda Jo 13.1; Ap 1.5); Ef 5.2.
b)
Verdade – “Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem
ao Pai, senão por mim” Jo 14.6 (Veja ainda Jo 8.32,36; Ap 3.7,14; Jo 1.14).
c)
Santidade
- “Porque nos convinha tal sumo
sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores, e feito mais
sublime do que os céus” Hb 7.26 (Veja ainda Jo 8.46; Ap 3.7; 1 Pe 2.22; 1 Jo
3.3,5).
d)
Justiça – “Amaste a justiça e odiaste a iniquidade; por isso Deus, o teu Deus,
te ungiu Com óleo de alegria mais do que a teus companheiros” Hb 1.9 (Veja
ainda Sl 119.137; 145.17; Is 53.9; At 17.31; 1 Jo 2.1; Ap 19.11).
5) Pelos
atos poderosos atribuídos a Cristo:
a)
Criador do universo - “Porque
nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e
invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam
potestades. Tudo foi criado por ele e para ele” Cl 1.16 (Veja ainda Jo
1.3,10; Hb 1.2)
b)
Preservador de todas as coisas – “E ele é antes de todas as coisas, e todas as
coisas subsistem por ele” Cl 1.17 (Veja ainda Hb 1.3).
c)
Perdoador de pecados – Se
confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados,
e nos purificar de toda a injustiça” 1 Jo 1.9 (Veja ainda Mc 2.5,10; Lc 7.48;
Jo 8.10,11; Ap 1.5).
d)
Doador da vida eterna – “E dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de
perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão” Jo 10.28 (Veja ainda Jo 4.14; Ef
2.1,5; Jo 17.2).
e)
Ressuscitador de mortos (Espirituais e Físicos) – “Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora,
e agora é, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem
viverão” Jo 5.25. “Não vos maravilheis
disto; porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua
voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que
fizeram o mal para a ressurreição da condenação” Jo 5.28,29 (Veja ainda Jo 11.43,44; Lc 6.14,15; Mc 5.35-42).
f)
Autoridade sobre a natureza – “E ele, despertando, repreendeu o vento, e disse
ao mar: Cala-te, aquieta-te. E o vento se aquietou, e houve grande bonança” Mc
4.39 (Veja ainda Mc 6.48-50; Mt 21.19).
g)
Juiz dos vivos e dos mortos – “Porquanto tem determinado um dia em que com
justiça há de julgar o mundo, por meio do homem que destinou; e disso deu
certeza a todos, ressuscitando-o dentre os mortos” At 17.31 (Veja ainda 2 Tm
4.1; Jo 5.22; Mt 25.31,32; Rm 14.10; 2 Co 5.10).
6) Pela associação do nome de Jesus, o Filho com
a Deidade
a) Com o nome do Pai e o nome do Espírito Santo – “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações,
batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” Mt 28.19 (Veja
ainda
2 Co 13.13; Jo 14.23; 10.30; Tg 1.1; Jo 14.1; Ap 7.10; 5.13; 2 Pe
1.2).
b) A identificação de Jesus com Jeová da Antiga Dispensação
(Sl 102.24-27 = Hb 1.10-12; Is
40.3,4 = Lc 1.68,69,76; Jr 17.10 = Ap 2.23; Is
60.19 = Lc 2.32; Is 6.9,10 = Jo 12.38-41; Is 8.13,14 = 1 Pe 2.7,8; Ez
34.11,12 = Lc 19.10). Estes e outros textos identificam Iavé (Jeová
aportuguesado) da Antiga Dispensação como o Jesus do Novo Pacto. Javé, Iavé,
Jeová (o SENHOR), palavra hebraica é o mesmo Kyrios (Senhor), palavra grega
usada para referenciar a pessoa do Senhor Jesus Cristo no Novo Testamento.
IV - A
SALVAÇÃO
1 - Conceito
É a manifestação da graça de Deus, através de Jesus
Cristo, na vida de uma pessoa, salvando-a da perdição eterna, quando ela,
arrependida, num ato voluntário de fé aceita e crê em Jesus como seu único,
suficiente e eterno Salvador.
2 - A Concepção da Salvação
A
salvação do pecador perdido foi concebida pelo conselho da Santíssima Trindade,
segundo o eterno propósito de Deus em Cristo Jesus, antes da fundação do mundo
(1 Pe 1.18-20; Ef 1.3-5; 3.8-12; At
4.26-28; Ap 13.8).
3 - O Fundamento da Salvação
A
salvação do pecador perdido está
fundamentada no grandioso amor que Deus tem pelas suas criaturas morais.
Esse amor, que é um dos atributos morais da Deidade, é o amor sacrificial,
desinteressado, não circunstancial. É o amor eterno que Deus nos tem em Cristo
Jesus (Jo 3.16; Rm 5.8; Gl 2.20; 2 Ts 2.16; 1 Jo 4.8-10,16,19; Ap 1.5).
4 - A Realização do Ato Salvífico
A
salvação foi realizada por nosso Senhor Jesus Cristo, Filho Eterno de Deus, que
veio a este mundo em carne e ofereceu a sua preciosa vida em sacrifício na cruz
do Calvário, para salvar da perdição eterna que pesava sobre o homem por causa
de seus pecados. Para autenticar o ato Redentor feito pela Sua morte, Jesus
ressuscitou dentre os mortos pelo poder de Deus (Jo 3.16; 1 Tm 1.15; 2.5; Hb
5.9; 7.25; 1 Co 15.3,4; Ef 1.5-7; Cl 1.13,14; At 4.12).
5 - O Oferecimento Gratuito da Salvação
Deus
em Cristo Jesus oferece, gratuitamente, a salvação a todos os pecadores
perdidos. A salvação é um dom gratuito de Deus ao homem (Rm 6.23; Tt 2.11; Is
55.1-3; Jo 7.37; Mt 11.28-30; Ef 2.8; Ap 22.17).
6 - A Apropriação da Salvação
Para
apropriar-se da salvação dois passos são exigidos ao ser humano por Deus: o
primeiro é o arrependimento e o segundo
é a fé (Mc 1.15; At 2.38; 3.19; Ef 2.8).
a) Arrependimento - Deus exige que o ser humano, para receber dele o
perdão, arrependa-se de seus pecados, isto é, reconheça a sua condição de
pecador perdido aos olhos do
Todo-Poderoso e tome a firme decisão de abandonar a vida pecaminosa (Lc
15.17-20; 18.13; 24.47; At 17.30,31; Mc 1.15).
b) A fé (Crer em Jesus) - O outro passo que deve ser
tomada é o passo da fé. A salvação oferecida, gratuitamente, por Deus ao
pecador perdido, deve ser recebida pela fé. O pecador, arrependido, deve
aceitar e crer em Jesus como seu único, suficiente e eterno Salvador (Mc 1.15;
Mc 16.15,16; Ef 2.8; At 16.31; Rm 5.1; 10.8-11; Gl 2.16; 3.11).
7 - O Alcance da Salvação
Assim
como o pecado atingiu toda a estrutura do ser humano (corpo, alma ou espírito),
assim também, a salvação alcança o homem integralmente. Para um grande mal, o
maior dos remédios. A Bíblia diz em 1 Ts 5.23: “E o mesmo Deus de paz vos
santifique em tudo; e todo o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados
irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Co 15.53,54;
5.4,5; Lc 1.46,47).
-
Para o corpo a salvação garante a glorificação (Fp 3.20,21: 1 Co 15.50-54) .
-
Para a alma ou espírito a salvação proporciona o perdão (Ef 4.32; 1 Jo 2.12)
e a vivificação (Ef 2.1,2,5; Rm 6.11).
8 - A Posse da Salvação
A
salvação é gozada neste mundo, a partir do momento em que a pessoa arrependida
crer em Jesus como seu Salvador pessoal, e tem um prolongamento por toda a eternidade
através da vida eterna dada por Deus (Jo
5.24; 3.16; 6.47; Lc 23.43; 1 Jo 5.11,12).
9 - As Bênçãos Decorrentes da Salvação
Grandes
são as bênçãos decorrentes da salvação, senão vejamos:
a)
Perdão dos pecados - No
ato da conversão, todos os pecados da pessoa são perdoados pelo poder do sangue
de Jesus. “E ele (Jesus) é a propiciação pelos nossos pecados e não somente
pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro.” 1 Jo 2.2. (Ef 4.32; Cl 2.13; 3.13; Mt 9.2; 1 Jo 2.12; Sl 32.1).
b) Justificação - No ato da conversão a pessoa é declarada
justificada diante de Deus pela imputação da justiça ou méritos de Cristo.
“Tendo em vista a manifestação da sua justiça no tempo presente, para ele mesmo
ser justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus” Rm 3.26. (Rm 3.24,28; 5.1,9; 8.30,33; Tt 3.7).
c) Redenção - Quando da conversão, a pessoa é resgatada da
escravidão do pecado e do poder do Diabo e transportada, espiritualmente, para
o Reino da Luz, graças ao poder redentor do sangue de Jesus derramado na cruz
do Calvário. “Sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou
ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos
legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o
sangue de Cristo” 1 Pe 1.18,19. (Rm 3.24; 1 Co 1.30; Ef 1.7; Cl 1.14; Hb 9.12;
1 Co 6.20; 7.23).
d) Regeneração - No ato da conversão, a pessoa é regenerada,
transformada em uma nova criatura, nascendo de novo pela instrumentalidade do
Espírito Santo. “Não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua
misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do
Espírito Santo, que ele derramou sobre nós ricamente, por meio de Jesus Cristo,
nosso Salvador.” Tt 3.5,6. (Jo 3.3; 1 Pe 1.3,23; 2 Co 5.17).
e) Adoção - Quando a pessoa é convertida ela é adotada por
Deus como filho, passando a gozar, a partir daí, dos direitos e privilégios
inerentes a essa nova relação estabelecida com o Pai Celestial. Isso implica
também na responsabilidade que recai sobre o crente de viver conforme o
Evangelho de Cristo. “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de
serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome.” Jo 1.12. (Rm
8.15; Gl 4.5-7; Ef 1.5; 1 Jo 3.1,2).
f) Reconciliação - No ato da salvação, a pessoa é reconciliada com
Deus por intermédio de Jesus Cristo, desfazendo-se, assim, a inimizade que
existia entre Deus e o homem por causa do pecado. “Ora, tudo provém de Deus,
que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da
reconciliação, a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o
mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou a palavra
da reconciliação.” 2 Co 5.18,19. (1 Tm 2.5; Rm 5.10,11; Ef 2.12-19; Cl 1.20; Hb 9.15; 12.24).
g) Santificação - No ato da conversão, a pessoa é purificada de
seus pecados numa ação instantânea da graça de Deus. Isso é chamado de
Santificação Posicional. Daí por diante o crente tem que se esforçar para
manter o seu coração puro diante de Deus. Chama-se essa fase da santificação de
Experimental. “Aquele que nos ama, e, pelo seu sangue, nos libertou dos nossos
pecados.” Ap 1.5. (1 Jo 1.9; 1 Co 6.11; Hb 10.10,29; 1 Ts 4.3,7; 5.23).
h) Glorificação - No programa de Deus, em relação à Igreja, há uma
bênção futura para todos os crentes, que é a redenção ou glorificação do corpo.
Isso quer dizer que todos os salvos, quando do arrebatamento da Igreja, terão
os seus corpos glorificados, habilitando-os, assim, a viverem para sempre com o
Senhor. “Pois a nossa pátria está nos Céus, de onde também aguardamos o
Salvador, o Senhor Jesus Cristo, o qual transformará o nosso corpo de
humilhação, para ser igual ao corpo da sua glória, segundo a eficácia do poder
que ele tem de até subordinar a si todas as coisas.” Fp 3.20,21. (Rm 8.17,30; Cl 3.4; 1 Pe 5.1; 1 Jo 3.2; Ef 5.27; 1
Co 15.53-57).
V - A
SANTIFICAÇÃO
1 - Conceito
a) “Santificação é a obra da livre
graça de Deus, pela qual somos renovados no homem interior, segundo a imagem de
Deus, e habilitados a morrer cada vez mais para o pecado e viver para retidão.”
b) “Santificação é aquela operação
graciosa e contínua do Espírito Santo pela qual ele purifica o pecador da
contaminação do pecado, renova toda a sua natureza à imagem de Deus, e o
habilita a praticar boas obras.”
2 - Classificação
a)
Posicional (ocorrida no ato da conversão) Todo o salvo é chamado de santo ou de
santificado em Cristo Jesus. (Rm 1.7; 1 Co 1.2; 2 Co 1.1; Ef 1.1; Fp 1.1; Cl
1.2; 1 Co 6.10,11).
b) Experimental (um processo que nos
acompanhará por toda a nossa existência terrena) (1 Ts 5.23; 3.13; Pv 4.18; Rm
12.1,2; Fp 1.29; Ef 2.21; 1 Pe 2.2; 2 Pe 3.18).
3 - Abrangência da Santificação
a) O Interior da Pessoa - Assim como o
pecado tem origem no interior da pessoa, assim também a obra de santificação
deve começar por aí, pois é do coração que procedem as saídas da vida. “Sobre
tudo o que se deve guardar, guarda o coração, porque dele procedem as fontes da
vida.” Pv 4.23. (Mt 23.25,26; Mt 7.17-20; Sl 19.14; 1 Ts 5.23).
b) O Exterior da Pessoa - A obra de
santificação abrange também a vida exterior da pessoa, ou seja, os seus atos e
as suas palavras. “Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que
vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.” Mt 5.16. (1 Ts 5.23; 1 Co 6.20; 1 Pe 1.15; Fp 2.15).
4 - Os Agentes da Santificação
a) O Agente Divino - Deus, através da
ação poderosa do Espírito Santo, é quem gera um viver santificado no salvo.
“Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade.” Jo 17.17. (1 Ts 5.23; Rm
1.4; Ef 5.26; 2 Ts 2.13; 1 Jo 1.7).
b) O Agente Humano - o salvo também é
responsável pela santificação de sua vida, colaborando assim com Deus na grande
obra de um viver que agrade ao Senhor. “Segui a paz com todos e a santificação, sem a
qual ninguém verá o Senhor.” Hb 12.14. (1 Ts 4.3,7; Js 3.5; 1 Pe 1.15; Ef
4.17-32).
5 - Os Recursos Usados para a Santificação
Deus,
na sua graça, pôs a nossa disposição poderosos recursos para vivermos uma vida
santificada, senão vejamos:
a) O Espírito Santo - A terceira pessoa
da Santíssima Trindade, O Espírito Santo, nos foi dado por Deus também para
trabalhar na área de santificação da vida. Ele habitando no crente, que é parte
do plano de Deus na Dispensação da Graça, é o grande motivador de uma vida de
santidade. “Porque os que se inclinam para a carne cogitam das coisas da carne;
mas os que se inclinam para o Espírito, das coisas do Espírito.” Rm 8.5. (Rm
8.6; Gl 5.22,23; 5.16,17; Tg 4.4,5).
b) A Palavra de Deus - A Bíblia Sagrada é
um dos poderosos instrumentos usados por Deus para santificar a vida do crente.
“De que maneira poderá o jovem guardar puro o seu caminho? Observando-o segundo
a tua palavra.” Sl 119.9. (Jo 17.17; Hb 4.12; Ef 5.26,27; 2 Tm 3.16,17).
c) A Oração - A oração sincera, feita em nome de Jesus, é outro poderoso
instrumento que Deus usa para santificar a vida da pessoa salva. “Vigiai e
orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto,
mas a carne é fraca.” Mt 26.41.
(Ef 6.18;
Lc 22.31,32; Tg 5.16; 1 Ts 5.17; Cl 4.2; Ef 3.14-20).
d) O Sangue do Senhor Jesus Cristo - O
sangue de nosso Senhor Jesus Cristo foi derramado na cruz do Calvário para
nossa eterna redenção e contínua purificação de nossos pecados. Há um glorioso
poder purificador no sangue de Jesus. “Se, porém, andarmos na luz, como ele
está na luz, mantemos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, seu
Filho, nos purifica de todo pecado.” 1 Jo 1.7. “Se confessarmos os nossos
pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda
injustiça.” 1 Jo 1.9. (Ap 1.5; Hb 9.14; 13.12; 10.10,14).
6 - A Razão de Ser da Santificação
a) Por Causa da Santidade de Deus - A
santificação se faz necessária na vida do crente devido a um dos atributos
morais de Deus, a Sua santidade. “... Como é santo aquele que vos chamou, sede
vós também santos em toda a vossa maneira de viver.” 1 Pe 1.15. (1 Pe 1.16; Lv
11.44; 19.2; 20.7; 1 Jo 3.3: Mt 5.48).
b) Por Causa da Glória de Deus - Nós,
povo de Deus, temos uma grande missão neste mundo, que é glorificar o nome do
Senhor nosso Deus, principalmente, com a nossa maneira de viver. “Assim brilhe
também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e
glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.” Mt 5.16. (1 Pe 2.12; Jo 15.8; 1 Co 6.20; 10.31; Fp 1.27).
c) Por Causa da Necessidade de Sermos
Usados por Deus - Nós fomos salvos para servir a Deus neste mundo. A Igreja
é o instrumento usado por Deus para fazer as virtudes de nosso Senhor Jesus
Cristo conhecidas de todos; e Ele só nos usar se vivermos uma vida de
santificação. “Assim, pois, se alguém a si mesmo se purificar destes erros,
será utensílio para honra, santificado e útil ao seu possuidor, estando
preparado para toda boa obra.” 2 Tm 2.21. (Ez 22.30; Is 52.11; Is 6.5-8; Js 3.5).
7 - A Santificação Plena (Perfeição)
A
santificação plena que nós chamamos também de perfeição, no programa divino, é
um ato futuro, e ocorrerá quando da segunda vinda de Jesus e o consequente
arrebatamento dos crentes com corpos glorificados. “E, quando este corpo
corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir de
imortalidade, então, se cumprirá a palavra
que está escrita: Tragada foi a morte pela vitória.” 1 Co 15.54. (1 Co 13.10,12; 15.47-53; Pv 4.18).
VI - A
IGREJA
1 - O Significado da Palavra
A palavra Igreja é de origem grega (Ekklesia) e
significa grupo de pessoas tiradas para fora. A palavra Igreja ainda significa
assembleia, pessoas reunidas para deliberarem sobre alguma coisa.
2 - Sua Fundação
A
Igreja na sua expressão visível foi fundada oficialmente no dia de Pentecostes,
quando da descida do Espírito Santo sobre aqueles cento e vinte irmãos que
estavam reunidos no Cenáculo (At 1.12-15; 2.1). Observemos que o Senhor Jesus,
em Mateus 16.18, tinha dito que sobre aquela pedra (a afirmativa dita por Pedro
- “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”) edificaria a Sua Igreja, o que de
fato aconteceu a sua iniciação naquela festividade judaica. (At 2.1-4).
3 - Seu Alicerce
A
Igreja tem como alicerce a pessoa gloriosa do Senhor Jesus Cristo. Ele é a
pedra angular, eleita e preciosa, na qual todo o edifício é construído. “Porque
ninguém pode lançar outro fundamento, além do que está posto, o qual é Jesus
Cristo.” 1 Co 3.11. “Por isso, na Escritura se diz: Eis que ponho em Sião uma
principal pedra angular, eleita e preciosa; e quem nela crer não será
confundido. E assim para vós, os que credes, é a preciosidade; mas para os
descrentes, a pedra que os edificadores rejeitaram, esta foi posta como a
principal da esquina.” 1 Pe 2.6,7. “... Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo...
sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do hades não prevalecerão
contra ela.” Mt 16.16-18.
4 - Sua Natureza
A
Igreja é um organismo e ao mesmo
tempo uma organização. Como organismo, a Igreja é o corpo imortal
do Cristo vivo, sendo Ele mesmo a cabeça da Igreja. Dele flui a vida espiritual
que mantém o organismo vivo. “Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em
tudo naquele que é a cabeça, Cristo, do qual o corpo inteiro bem ajustado, e
ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte,
efetua o seu crescimento para a edificação de si mesmo em amor”. Ef 4.15,16.
Veja, ainda, Ef 1.22,23; 1 Co 12.12-27; Ef 5.23. Como organização, a Igreja é uma instituição local, criada por Deus,
para que os seus membros, devidamente organizados em comunidade, possam juntos
se edificar mutuamente, crescendo na graça e no conhecimento de nosso Senhor
Jesus Cristo.
Pelo
fato de a Igreja ser uma organização, o Senhor Jesus instituiu ministérios e
ofícios dentro dela, para que ela tivesse um crescimento harmonioso. “E a uns
pôs Deus na Igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em
terceiro mestres, depois operadores de milagres, depois dons de curar,
socorros, governos, variedades de línguas”. 1 Co 12.28. “E Ele deu uns como
apóstolos, e outros como profetas, e outros como evangelistas, e outros como
pastores e mestres, tendo em vista o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do
ministério, para edificação do Corpo de Cristo”. Ef 4.11,12. Além dos
ministérios acima, foram instituídos pelo Senhor, para auxiliar a administração
da Igreja local, os ofícios de presbítero e de diácono, cabendo ao primeiro a
atividade de auxiliar no governo espiritual e ao último a de beneficência.
"Por esta causa te deixei em Creta para que pusesses em ordem as coisas
restantes, bem como, em cada cidade, constituísses presbíteros, conforme te
prescrevi.” Tt 1.5. “Mas, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa
reputação, cheios do Espírito e de
sabedoria, aos quais encarregaremos deste serviço;” At 6.3.
5 - Sua Dimensão
A
Igreja, em sua dimensão, divide-se em Igreja Universal ou Invisível, Igreja
Militante e Igreja Local.
a) A
Igreja Universal ou Invisível -
É aquela que já está formada no plano de Deus desde a eternidade. Esta Igreja é
formada de todos os salvos, os do passado, os que estão vivos e aqueles que
irão ainda se salvar na atual Dispensação. “Mas tendes chegado... a universal
assembleia e igreja dos primogênitos arrolados nos céus...” Hb 12.22,23. (Ap
7.9; Jo 17.9,20,21; Ef 1.4,5).
b) A Igreja Militante - É aquela que se
encontra espalhada pelo mundo, em todas as Igrejas Locais e até fora delas,
lutando pelo progresso do Evangelho. “Paulo... à Igreja de Deus que está em
Corinto,... com todos os que em todo lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus
Cristo, Senhor deles e nosso”. 1 Co 1.1,2. (1 Pe 1.1,2; 2 Pe 1.1,2; Jd 1; Ap
1.11).
c) A Igreja Local - É aquela Igreja
organizada num determinado local, geograficamente falando, com todas as
condições de funcionarem como uma entidade jurídica, segundo critérios
estabelecidos na santa Palavra de Deus. “Dizendo: o que vês escreve em livro e
manda às sete Igrejas: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e
Laodicéia”. Ap 1.11 (Rm 1.7; 1 Co 1.2; Ef 1.1; Fp 1.1; Cl 1.1; 1 Ts 1.1).
6 - Sua Administração
Para
administrar a Igreja local, o Senhor instituiu os ofícios de Pastor,
Presbíteros e Diáconos, cabendo ao primeiro à superintendência geral do
trabalho, ao segundo a coadjuvância no governo espiritual da Igreja e ao
terceiro a administração das temporalidades da Igreja, especialmente a beneficência. Este é o
modelo bíblico de
administração da Igreja. “E ele mesmo deu uns para... pastores...” Ef
4.11. “Lembrai-vos dos vosso guias, os quais vos pregaram a Palavra de Deus; e,
considerando atentamente o fim da sua vida, imitai a fé que tiveram”. Hb 13.7.
“Por esta causa te deixei em Creta para que pusésseis em ordem as coisas
restantes, bem como em cada cidade, constituísses presbíteros, conforme te
prescrevi”. Tt 1.5. “Mas, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa
reputação, cheios do Espírito e de sabedoria aos quais encarregaremos deste
serviço (beneficência). At 6.3. “Semelhantemente, quanto a diáconos, é
necessário que sejam irrepreensíveis, de uma só palavra...” 1 Tm 3.8.
7 - Sua Finalidade
A
Igreja foi fundada por Jesus Cristo com finalidades específicas, a saber:
a) Prestar culto a Deus - “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de
Deus, que apresenteis os vossos corpos por sacrifício vivo, santo e agradável a
Deus, que é o vosso culto racional.” Rm 12.1. “Por meio de Jesus, pois,
ofereçamos a Deus, sempre, sacrifício de louvor, que é o fruto de lábios que
confessam o seu nome.” Hb 13.15.
b) Edificar a vida espiritual dos seus
membros - “Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é
a cabeça, Cristo, de quem todo o corpo, bem ajustado e consolidado, pelo
auxílio de toda a junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu
próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor.” Ef 4.15,16 (1 Co
14.5,19,26; 2 Pe 3.18).
c) Anunciar o Evangelho - “E disse-lhes Jesus: Ide por todo o mundo e
pregai o Evangelho a toda criatura”. Mc 16.15. “Ide, portanto, fazei discípulos
de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”
Mt 28.19. (Lc 24.47; At 1.8).
d) Cuidar da Beneficência - “Ora,
naqueles dias, multiplicando-se o número dos discípulos, houve murmuração dos
helenistas contra os hebreus, porque as viúvas deles estavam sendo esquecidas
na distribuição diária. Então os doze convocaram a comunidade dos discípulos e
disseram: Não é razoável que nós abandonemos
a Palavra de Deus para servir às mesas. Mas, irmãos, escolhei dentre vós
sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos
quais encarregaremos deste serviço.” At 6.1-3. “Recomendando-nos somente que
nos lembrássemos dos pobres, o que também me esforcei por fazer.” Gl 2.10.
8 - Seu Futuro
O
futuro da Igreja é glorioso. Ela hoje aguarda pacientemente o dia em que,
segundo o propósito eterno de Deus, será revestida de glória, como noiva que é
do Cordeiro de Deus. “Quando Cristo,
que é a nossa vida,
se manifestar, então vós também
sereis manifestados com ele em
glória.” Cl 3.4. “E todos com
o rosto desvendado, contemplando,
como por espelho, a Glória do Senhor, somos transformados de glória em glória,
na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito.” 2 Co 3.18. “O qual
transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo de sua
glória, segundo a eficácia do poder que ele tem de até subordinar a si todas as
coisas.” Fp 3.21.
A Igreja
Congregacional
1. Suas Origens:
As
origens da Igreja Evangélica Congregacional remontam a Idade Média (século XVI
- 1501-1600), ao tempo da reforma religiosa ocorrida na Inglaterra, em
contraposição a tendência da época de uma Igreja centralizada, hierarquizada e
ditatorial. À princípio, o Congregacionalismo foi conhecido pelo nome de
Independentes”.
2. Conceito:
A
Igreja Congregacional é aquela “comunidade local, formada de crentes unidos
para a adoração e obediência a Deus, no testemunho público e privado do
Evangelho, constitui-se em uma Igreja completa e autônoma, não sujeita em
termos de Igreja a qualquer outra entidade senão à sua própria assembleia, e
assim formada é representação e sinal visível e localizado da realidade
espiritual da Igreja de Cristo em toda a terra”.
3. Seu Sistema de Governo:
O
sistema de governo congregacional é aquele em que a Igreja se reúne em
assembleias, para tratar de questões surgidas
no seu dia-a-dia e tomar decisões relacionadas ao desenvolvimento de
seus trabalhos.
As
assembleias da Igreja Congregacional têm a seguinte classificação:
a) Assembleia Ordinária - É aquela que
é convocada regularmente para decidir sobre assuntos corriqueiros da Igreja.
b) Assembleia
Extraordinária - É
aquela que é convocada extraordinariamente para tratamento de assuntos
urgentes, não previstos no seu dia-a-dia, e
que requer da Igreja uma solução rápida.
c) Assembleia Especial - É aquela convocada para a eleição de oficiais,
pastores e outros cargos eletivos da Igreja, bem como organização de
Congregação e de transformação de Congregações em Igrejas.
4 - Seus Oficiais:
A
Igreja Congregacional tem as seguintes categorias de Oficiais:
a) Pastor - é o Ministro do Evangelho
eleito pela Igreja para pastorear o rebanho de Deus, tendo cuidado dele, como
preceitua a Palavra de Deus. (At 20.28; 1 Pe 5.1-4).
b) Presbítero - é aquele oficial que é eleito pela Igreja para
auxiliar o Pastor no governo espiritual da Igreja local. (Tt 1.5-9; 1 Tm 5.17).
c) Diácono - é aquele oficial que é eleito pela Igreja para
ajudar no cuidado com as temporalidades da Igreja, especialmente dos crentes
necessitados (Beneficência). (At 6.1-6;
Fp 1.1).
5 - Sua Estrutura Eclesiástica:
Para
o funcionamento adequado da Igreja Congregacional, a seguinte estrutura
eclesiástica é utilizada: Na parte superior da estrutura estar a assembleia de
membros, órgão máximo. Logo abaixo vem o Pastorado que, por delegação, recebe
da assembleia poderes para gerir a parte eclesial da Igreja. Depois do Pastor
ou Pastores vem o corpo de Oficiais (órgão de assessoria), composto de
Presbíteros e Diáconos, cada um com atribuições específicas. Depois, seguem-se
os Departamentos e Congregações da Igreja e Pontos de Pregação quando houver.
6 - Sua Estrutura Administrativa:
Por
estrutura administrativa, entenda-se o funcionamento da parte ligada a área
patrimonial da Igreja (móveis, imóveis, pessoas sustentadas e/ou contratadas
pela Igreja, etc). No topo da estrutura aparece a assembleia, órgão máximo do
regime Congregacional. Logo abaixo se segue o Pastorado que, por delegação, é o
Presidente ex ofício (por força do
ofício) da Estrutura
Administrativa da Igreja.
Logo após, encontra-se a Diretoria do Patrimônio,
seguida dos Departamentos e Congregações
da Igreja.
VII – O BATISMO CERIMONIAL
1- Seu Significado
“É
uma manifestação externa de uma graça interna.”. É o testemunho público da fé que a pessoa tem
no Senhor Jesus Cristo.
2. Seu Simbolismo
O
Batismo Cerimonial com água simboliza a ação purificadora do sangue de Jesus
Cristo na vida do salvo, ou ainda, o lavar regenerador e renovador produzido
pelo Espírito Santo no pecador perdido
no ato da conversão. (Hb 9.13,14; Tt 3.5,6; 1 Pe 1.2; Ez 36.25).
3. A Sua Obrigatoriedade
O
Batismo Cerimonial é obrigatório porque é uma ordenança deixada por Jesus à Sua
Igreja. “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, BATIZANDO-OS em
nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo.” Mt 28.19 (At 2.38; 8.36-38;
10.47,48).
4. Formas de Batismo
Há
uma grande divergência no meio evangélico quanto à forma de administração do
batismo. As maiores polêmicas giram em torno da imersão e da aspersão. Nós
Congregacionais, batizamos por aspersão considerando que, na análise dos textos
bíblicos sobre o assunto, bem como na geografia da Terra Santa e no significado
do batismo cerimonial, a balança pende para o lado dessa forma de batismo,
senão vejamos:
a) É sabido que em Jerusalém, onde a Igreja começou a
existir e onde foram salvas três mil pessoas na pregação de Pedro, não existia
água corrente (o rio Jordão fica distante de Jerusalém e o Mar Mediterrâneo
muito mais ainda) e sim água em piscinas e poços artesianos. (Jo 5.2; 9.7).
b) As lideranças religiosas e políticas de Israel, na
época do início da Igreja, não tinham nenhuma simpatia pelo Cristianismo e
jamais permitiriam que suas escassas águas fossem usadas numa cerimônia não
aceita por eles. (At 4.1-3,17,18; 5.17,18,33,40; 7.57-59; 9.1,2).
c) Caso a liderança cristã conseguisse água para
encher um tanque, era impossível que
nele fossem batizados por imersão três mil pessoas. Provavelmente, quando
chegasse ao centésimo candidato ao batismo, fosse difícil introduzi-lo no
tanque, pois a água já não seria tão limpa, assim, a operacionalização do
batismo seria bastante complicada.
d) Lembremo-nos de que o significado do batismo é
purificação e não morte e ressurreição. Todos os atos de purificação na
religião judaica, instituída por Deus, e que nos seus cerimoniais tipificavam
ou simbolizavam a Cristo, eram realizados por aspersão (Hb 9.13; Lv 8.10,11;
9.18; Nm 8.6,7; Jo 2.6; Hb 9.19-22).
e) Outra coisa a considerar na opção pela aspersão, é
que os judeus que foram submetidos ao batismo realizado por João Batista (os
imersionistas têm-no como paradigma) não se submeteriam alegremente a ele se o
rito fosse feito por imersão, prática essa desconhecida nos rituais do culto
judaico. (Considerem que até os saduceus - membros do Sinédrio e os fariseus -
fervorosos observadores da Lei e extremamente legalistas procuraram o batismo
ministrado por João Batista). (Mt 3.4-7). Se o rito do batismo ministrado por
João fosse diferente daquele conhecido pelas autoridades e povo de Israel,
certamente, os judeus teriam João como falso profeta, o que dificultaria,
sensivelmente, o ministério do precursor de Cristo.
f) Os batismos cerimoniais, registrados no livro de
Atos, mostram que os mesmos foram realizados por aspersão, senão vejamos:
Paulo, ao ser batizado por Ananias, ficou de pé (At 9.18; 22.16); Os gentios
que estavam na casa de Cornélio, e que após a pregação de Pedro foram
batizados, certamente, o foram por aspersão, porque Pedro mandou que os
batizassem logo após terem aceitado a Jesus. (É muito improvável que já
estivesse um tanque preparado para tal ocasião). (At 10.47,48). Caso semelhante
aconteceu com o carcereiro de Filipos que foi batizado em sua casa, logo após a sua conversão, junto
com os seus. (At 16.32,33). O batismo de Lídia, vendedora de púrpura da cidade
de Tiatira, deu-se, provavelmente, num rio, mas isso não quer dizer que o mesmo
fosse por imersão, visto que foi Paulo ou Silas, ou mesmo Timóteo que a
batizou. Como Paulo era quem liderava, é muito improvável que ela tivesse sido
batizada por imersão, visto que ele o fora por aspersão. O batismo do eunuco,
oficial de Candace, rainha dos etíopes, registrado em At 8.36-39, foi realizado
ao pé de alguma água. As expressões “eis aqui água”, “desceram à água” e “saíram
da água”, não são conclusivas no que se refere
à imersão porque também podem se referir a um poço artesiano, a uma
cisterna, a um córrego ou mesmo a um rio que não tenha profundidade suficiente
para imergir alguém. Os batismos realizados em Samaria, registrados em At 8.12,
não dão nenhuma ideia de que foram por imersão ou aspersão. Podemos inferir
pelo que expomos acima, que os mesmos foram realizados por aspersão,
considerando que foram ministrados por um homem só e que eram muitas as pessoas
que foram batizadas. (Considerem aí, também, a questão da praticidade da
aspersão).
5. Em que Nome Deve Ser Realizado? (A Fórmula Batismal)
O
Batismo Cerimonial deve ser realizado em nome do Pai, e do Filho e do Espírito
Santo, isto é, em nome da Santíssima Trindade, conforme ensinado por nosso
Senhor Jesus Cristo. (Mt 28.19).
6. Por Quem Deve Ser Administrado?
O
batismo cerimonial deve ser administrado por um Ministro Evangélico,
devidamente credenciado. (Mt 28.19; At 2.38; 8.38; 16.33; 1 Co 1.14,16).
7. Quem Deve Ser Batizado?
O
batismo deve ser administrado naquelas pessoas que creem no Senhor Jesus Cristo
como único e suficiente Salvador. “... Eis aqui água; que impede que eu seja
batizado? E disse Filipe: É lícito, se crês de todo o coração. E, respondendo
ele, disse: Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus... e Filipe o batizou”. At
8.36. Veja ainda, o caso do carcereiro que foi batizado após aceitar Jesus como
Salvador pessoal, registrado em At 16.30-33. (Veja ainda At 8.12,13).
8. Quando Deve Ser Administrado o Batismo?
O
Batismo deve ser administrado nos que creem, após uma pública profissão de fé.
“... E, respondendo ele (o eunuco), disse: Creio que Jesus Cristo é o Filho de
Deus... e (Filipe) o batizou.” At 8.37,38. (Rm 10.9,10; At 22.16; 16.30-33).
9. Sua Finalidade
O
batismo tem as seguintes finalidades:
a) Obedecer a uma ordem deixada por Jesus (Mt 28.19,20);
O Senhor Jesus deixou uma ordem para que os cressem
fossem batizados. Os crentes genuínos tem prazer em obedecer ao que Jesus
ordenou.
b) Testemunhar publicamente da nova vida do salvo (Rito inicial da fé
cristã). (At
8.36-39)
Quando da ocasião do batismo, o batizado está ritualmente
iniciando a sua fé cristã e testemunhando publicamente dela ao mundo.
c) Unir o crente a Igreja
local e visível (At
2.41).
O
Batismo Cerimonial une o crente a Igreja visível e local, habilitando-o a
participar da Ceia Memorial, bem como, atribuindo-lhe os direitos e as
responsabilidades inerentes a esta união. (Mt 28.19,20; At 2.41).
10. Suas Limitações
O
Batismo Cerimonial não salva nem complementa nada na salvação de alguém, isto
quer dizer que ele não tem poder salvífico. A salvação é uma dádiva de Deus
recebida unicamente pela fé em Jesus Cristo. (Ef 2.8; Rm 1.16,17; At 16.31). O
Batismo também não fará o crente mais santificado, nem mais forte, nem mais
abençoado. (Lc 23.42,43). Então, perguntaria alguém, por que batizar se o batismo não tem virtude salvadora nem
santificadora? A resposta a esta pergunta é simples: Batizamos as pessoas porque
Jesus mandou que os que cressem nEle fossem batizados.
VIII - A
CEIA DO SENHOR
1. O Seu Significado
É um símbolo memorial da morte redentora de nosso
Senhor Jesus Cristo. (1 Co 11.23-25; Lc 22.19,20).
2. A Sua Obrigatoriedade
Assim
como o Batismo é uma ordenança do Senhor Jesus para a Igreja, assim também o é
a Ceia do Senhor. “... Fazei isto... em memória de mim”. (1 Co 11.23-25; Lc
22.19,20).
3. Os Seus Elementos
Na
Ceia do Senhor devem ser usados apenas dois elementos: o pão e o vinho. Cada um
tem a sua representatividade específica. O pão simboliza o corpo de Jesus que
foi ferido, chagado na cruz em nosso lugar. O vinho representa o sangue de
Jesus que foi vertido em nosso favor para nossa eterna redenção e contínua
purificação de nossos pecados. (Mt 26.26-28; Mc 14.22-24; Lc 22.19,20; 1 Co
11.23,24; 1 Jo 1.7).
4. Os Seus Participantes
Só
devem participar da Ceia do Senhor aquelas pessoas crentes, batizadas e
filiadas a uma Igreja local e que estejam em comunhão com Deus e com a Igreja a que pertencem. (Mt
26.26,27; Mc 14.22,23; Lc 22.19,20; 1 Co 11.28).
5. A Sua Mensagem
Quando
a Ceia do Senhor é celebrada, são anunciadas duas grandes mensagens: Uma,
redentora, a morte de Jesus e a outra escatológica, a sua segunda vinda (1 Co
11.26).
6. Os Seus Resultados
Os
crentes são abençoados quando participam da Ceia do Senhor dignamente. Aqueles
que participam da Ceia sem discernir o seu significado ou tem cometido algum
pecado que não foi ainda confessado não recebem a benção do Senhor. “De modo que
qualquer que comer do pão, ou beber do cálice do Senhor indignamente, será
culpado do corpo e do sangue do Senhor”. 1 Co 11.27. “Pois quem come e bebe sem
discernir o corpo, come e bebe juízo para si.
Eis a razão porque há entre vós muitos fracos e doentes, e não poucos
que dormem”. 1 Co 11.29,30. “E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na
comunhão, no partir do pão e nas orações”. At 2.42,46.
IX - O
CULTO CRISTÃO
1. Conceito
O
culto cristão é uma reunião, de caráter espiritual, onde os membros e
congregados da Igreja se juntam para adorar o Deus Todo-Poderoso, fazer oração
ao Senhor e ouvir a pregação de Sua santa Palavra.
2. Os Tipos de Culto
São
os seguintes os tipos de cultos realizados por uma Igreja Congregacional:
a) Culto de Oração
– nesse culto a Igreja se reúne para fazer as suas preces ao Deus
Todo-Poderoso.
b) Culto Doutrinário – nesse culto a Igreja se reúne especificamente
para estudar as Sagradas Escrituras.
c) Culto
Público – nesse culto a Igreja se reúne para adorar a Deus e proclamar a
mensagem salvadora do Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo, no templo ou fora
dele.
3. As Partes Componentes do Culto
O
culto, geralmente, tem as seguintes partes componentes: uma oração
introdutória, um período de louvor, composto de cântico de hinos pela
congregação ou pelos conjuntos da Igreja, um período para a leitura e exposição
da Palavra de Deus, ofertório, um período para as pastorais (avisos), oração e
bênção final.
4. A Necessidade do Culto
O
culto foi instituído para glorificar a Deus e para atender uma necessidade
humana de adorar ao Criador na beleza de Sua Santidade. “Tributai ao Senhor a
glória devida ao seu nome, adorai o Senhor na beleza de sua santidade.” Sl
29.2. “Vinde, adoremos e prostremo-nos; ajoelhemos diante do Senhor, que nos
criou.” Sl 95.6. “Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em
espírito e em verdade”. Jo 4.24.
5. O Dever da Realização do Culto
Sendo
Deus santo, sublime e excelso e outros qualificativos igualmente gloriosos,
impõe-se ao ser humano o dever de prestar ao Todo-Poderoso o culto que lhe é
devido. “... Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a Ele darás culto.” Mt 4.10.
“Tributai ao Senhor, filhos de Deus, tributai ao Senhor glória e força.
Tributai ao Senhor a glória devida ao seu nome, adorai o Senhor na beleza da
santidade.” Sl 29.1,2.
6. As Bênçãos do Culto
O
culto sendo oferecido a Deus com sinceridade de coração traz bênçãos
incontáveis para a vida do cristão, como por exemplo: despertamento, renovação,
satisfação, exortação, edificação, consolação, etc. (At 2.42-47; 1 Co 14.26-31:
Sl 16.11).
X - O COMPROMISSO DO CRISTÃO COM A IGREJA
A Igreja é uma instituição divina, portanto,
sagrada, tanto na sua expressão universal como na sua expressão local.
Como já foi dito, a Igreja na usa expressão local é
composta por um grupo de salvos, organizados numa determinada localidade,
seguindo padrão neotestamentário, com seus pastores e oficiais (Fp 1.1; Tt1.5;
Mt 18.17;...).
À Igreja de Deus tem um ministério a realizar aqui no
mundo, contemplando as seguintes áreas: Cultuar a Deus (Sl 96.1-10; 95.1-7);
Edificar-se espiritualmente (Ef 2.20-22; 4.11-16), proclamar o Evangelho (Mc
16.15; Mt 28.18-20; Lc 24.47) e cuidar dos crentes necessitados (Gl 6.10; Hb
12.16; Rm 12.13). Esse é o grandioso ministério da Igreja que Deus colocou em
suas mãos para que fosse executado por todos os membros das igrejas locais
sendo, portanto, obrigação de todos se comprometerem com a obra de Deus. Além
dessas atribuições é bom lembrar que a Igreja também é uma organização através
da qual fluem as atividades mencionadas acima, e que os crentes também têm
compromisso com o seu funcionamento adequado, senão vejamos:
1 – É dever do crente em Cristo frequentar, assiduamente, as reuniões
da Igreja
A Igreja em sua dinâmica estabeleceu uma
programação da qual fazem parte as reuniões, os cultos que são as santas
convocações do Senhor, e sendo o dever de todos os crentes frequentá-los
regularmente ou assiduamente. Na Bíblia encontramos diversos textos que tratam
desse assunto: “Alegrei-me quando me disseram: vamos à Casa do Senhor” (Sl
122.1). (Veja ainda Sl 84.10; Hb 10.25). Devemos ser assíduos na assistência
aos trabalhos na Casa do Senhor como fazia uma irmã idosa do Novo Testamento: “E
estava ali a profetiza Ana, filha de Famuel, da tribo de Aser. Esta era já
avançada em idade, e tinha vivido com o marido sete anos, desde a sua
virgindade, e era viúva, de quase oitenta e quatro anos, e não se afastava do
templo, servindo a Deus em jejuns e orações, de noite e de dia”. Lc 2.36,37
A frequência assídua do crente às reuniões da
Igreja glorifica a Deus, promove o seu próprio crescimento espiritual, e lhe
dar a benção de usufrui da presença de Deus nas reuniões da Igreja (Mt 18.20).
2 – É dever de todo o crente contribuir financeiramente para a manutenção
da Igreja.
Sabemos
que todo e qualquer empreendimento, inclusive, a Igreja precisa de recursos
para a sua manutenção. É sabido que a Igreja não recebe subsídio do Estado
(federal, estadual ou municipal) para a sua manutenção.
Deus
por graça e misericórdia deu recursos aos seus filhos (Jo 3.27; Tg 1.17) para
manutenção sua e de sua família e também para a manutenção de sua obra, através
da Igreja local.
Tratando-se
da manutenção da obra do Senhor, através do ministério da Igreja local, o
Senhor estipulou dois tipos de contribuição: os dízimos e as ofertas.
a)
O dízimo do Senhor – Essa contribuição foi estipulada diretamente por
Deus. Deus nos dá 100% (o sustento completo) e ordena que devolvamos a ele
apenas 10% (o dízimo do Senhor) para o sustento do Seu trabalho. Deus prometeu em sua Palavra abençoar abundantemente
aos crentes fiéis nessa área. “Trazei todos os dízimos à Casa do tesouro para
que haja mantimento em minha casa e depois disso fazei prova de mim se não
abrir as portas dos céus e derramar sobre vós uma bênção que vos advenha maior
abastança” Ml 3.10.
b)
As ofertas – Deus determinou também que os crentes ofertassem, de acordo
com as suas posses, para a manutenção de Sua obra. Podemos classificar as
ofertas em ofertas voluntárias e ofertas alçadas. As ofertas voluntárias são
aquelas ofertas que são dadas pelo crente à Igreja de acordo com a sua
prosperidade. Essa oferta é dada espontaneamente sem ser uma resposta a algum
apelo que se faça na Igreja. As ofertas alçadas são aquelas que são solicitadas
aos membros da Igreja para atender a alguma necessidade especifica, como por
exemplo: construção, aquisição de algum bem etc.
Em
ambos os casos (dízimos e ofertas), as contribuições devem ser entregues ao
Senhor com um profundo sentimento de gratidão e amor à Casa do Senhor, pois
Deus ama ao que dá com alegria (2 Co 9.7).
Uma
das grandes provas de conversão genuína a Cristo é justamente “o abrir do
bolso” para atender as necessidades da Igreja. Veja o exemplo de Zaqueu quando
teve a experiência de conversão a Cristo (Lc 19.1-10, leia especialmente o
versículo 8).
3 – É dever de todo o crente engajar-se nos trabalhos da Igreja
Foi
dito na introdução desta seção que Deus deixou com a Igreja a responsabilidade
de servi-Lo. Esse serviço engloba as áreas da adoração a Deus (o culto), a
edificação espiritual dos salvos, a proclamação do Evangelho aos perdidos e a
assistência aos santos necessitados.
Essa
obra é uma obra gigantesca e necessita para executá-la do engajamento ou
comprometimento de todos aqueles que professam a fé em Cristo. É bom esclarecer
que essa obra é uma obra que deve ser realizada pela Igreja local,
transferindo-se assim para os seus membros esse dever, ou essa obrigação.
Fomos
chamados por Deus para servi-Lo. A Bíblia nos identifica como servos de Deus
(Rm 6.18,22). O serviço a Deus deve ser uma expressão de amor, gratidão, e
obediência do crente para com Deus e ele não deve ser feito de qualquer
maneira. O salmista disse que devemos servir ao Senhor com alegria (Sl 100.2).
Paulo disse que devemos servir a Deus com fervor (Rm 12.11) e que esse serviço
deve ser feito com firmeza, constância e abundância (1 Co 15.58).
Não
existe nada melhor neste mundo do que fazer a obra do Senhor, e nenhum crente
verdadeiro pode ficar alheio ao seu desenvolvimento. Isto deve ser prioridade absoluta
na vida do cristão, é a razão de ser de sua existência neste mundo. (Veja
Mateus 6.33; Fp 3.17-19).
4 – É dever de todo o crente obedecer às autoridades constituídas por
Deus dentro da Igreja.
Deus
pela soberana e livre vontade estabeleceu na Igreja ministérios para o
funcionamento ordeiro da mesma. De acordo com as Sagradas Escrituras
identificamos os ofícios de Pastor, Presbítero e diácono, cada um com uma área
delimitada de ação e com um perfil estabelecido pelo Senhor.
Ao
Pastor, Deus deu a liderança maior dentro da Igreja local. É dele a
responsabilidade de presidir ou dirigir a obra do Senhor através da Igreja que
está sob a sua responsabilidade. Ele é o anjo da Igreja responsável por ela
diante de Deus (Ap 2.1,8,12,18...). O pastor é uma dádiva à Igreja (Ef 4.11; Jr
3.15).
Os
Presbíteros foram estabelecidos por Deus na Igreja local para auxiliar o Pastor
no pastoreio das ovelhas do Senhor (At 20.28; 1 Pe 5.1-3), sob a liderança do
mesmo.
Os
diáconos foram também estabelecidos por Deus para cuidar das temporalidades da
Igreja, mui especialmente da beneficência (assistência aos santos necessitados)
(At 6.1-3).
Essas
lideranças estabelecidas por Deus têm autoridade na sua área de competência
dentro da Casa do Senhor. Devem ser honrados e respeitados, e assistidos mui
especialmente o Pastor ou Pastores pelo trabalho que executam (Hb 13.17,3; 1 Tm
5.17,18; 1 Ts 5.12,13).
XI - A
ORAÇÃO
1. A Importância da Oração
A
oração é de uma importância fundamental na vida do povo de Deus. Ela é
importante pelas seguintes razões:
a) Jesus a enfatizou - O Senhor Jesus não só enfatizou a oração ensinando,
mas sobre tudo a enfatizou praticando. Jesus como homem tinha uma vida de
intensa oração: “O qual, nos dias da sua carne, oferecendo, com grande clamor e
lágrimas, orações e súplicas ao que o podia livrar da morte, foi ouvido quanto
ao que temia.” Hb 5.7. Veja ainda Mt 14.23; 26.36; Mt 6.5-13; 7.7-11; 26.41.
b) Os Apóstolos a
enfatizaram - Os
apóstolos do Senhor Jesus enfatizaram muito o uso da oração, tanto praticando
quanto ensinando, principalmente, o apóstolo Paulo: “Orai sem cessar.” 1 Ts
5.17. Veja ainda Ef 6.18; Cl 4.2; Rm 1.12.
c) A Igreja Primitiva a enfatizou
- A Igreja Primitiva vivia literalmente de joelhos. No livro de Atos
encontramos poderosas reuniões de oração que muito levou Deus a abençoar
aqueles irmãos. “E, tendo eles orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos;
e todos foram cheios do Espírito Santo e anunciavam com ousadia a Palavra de
Deus.” At 4.31. Veja ainda: At 1.14; 2.1; 4.24; 12.5; 16.13; 20.36.
2) A Necessidade da Oração
O
uso constante e perseverante da oração faz-se necessário pelas seguintes razões:
a) Por causa da
tentação. O crente
deve orar porque existe um ser espiritual de terrível malignidade, que procura
por todos os meios desestabilizar a vida da pessoa, através da tentação. Mas,
não só por causa do Maligno, mas também por causa de nossa natureza pecaminosa
inclinada naturalmente ao pecado. (Mt 4.3; 1 Ts 3.5; Mt 6.13; 26.41; Tg 1.13-15).
b) Por causa do inimigo
do povo de Deus - A
Bíblia diz que os crentes têm um terrível adversário na pessoa de Satanás, e
que só em constante oração é que podemos vencê-lo, pelo poder de nosso Senhor
Jesus Cristo. (Mt 17.21; 1 Pe 5.8; Tg 4.7; Ef 6.10-18).
c) Para mantermos a
comunhão com Deus.
Nós, os salvos, fomos chamados para termos comunhão com Deus e com o Seu Filho
Jesus Cristo, isto pelo Espírito Santo. A oração, com certeza, vai nos ajudar
nesse propósito, pois ela é o único meio de nos comunicarmos com Deus. (At 2.42; 2 Co 13.13; 1 Jo 1.3;).
d) Para possibilitar a
operação de Deus no meio da Igreja. Todas as poderosas manifestações do poder de Deus, no seio da Igreja,
tiveram como mola propulsora a oração. Foi assim nos dias que antecederam ao
Pentecostes e em outras ocasiões após
esse evento. (At 1.14; 4.31; 8.14-17; 12.5-17).
3) As Dificuldades na Oração
a) Falta de perseverança. A falta de perseverança causa dificuldade no
atendimento as nossas orações. Deus pode responder de imediato as nossas
orações, mas, às vezes, Ele demora em fazê-lo, havendo, nesses casos,
necessidade de que se persevere em oração. (Lc 18.1; Cl 4.2; Rm 12.12; At 2.42;
Sl 40.1).
b) Falta de fé. A falta de fé é o maior impedimento as nossas
orações, pois um coração incrédulo não
será atendido por Deus. (Tg 1.6; Hb 11.6; Mt 17.19,20).
c) Pecado encoberto. Outra coisa
que causa impedimento as nossas orações é pecado cometido e não confessado ao
Senhor. (Is 59.1,2; 2 Cr 7.14; Pv 28.13; 1 Jo 1.9).
4) O Poder da Oração
a) Na vida espiritual. A oração produz crescimento na vida espiritual da
pessoa. (Gn 32.24-30; Ef 6.18; 2 Pe 3.18).
b) Na vida física. As enfermidades poderão ser curadas pelo poder da
oração (2 Rs 20.1-7; Mc 1.30,31; Tg 5.16).
c) Na vida material. A oração afeta positivamente a vida material da
pessoa, considerando que tudo em nossa vida deve ser apresentado a Deus em
oração. (1 Rs 3.3-13; 2 Cr 26.5; Fp 4.6).
5) A Resposta da Oração
a) Positiva - Deus pode responder as nossas orações com um
sim. (At 4.23-31; Mc 10.46-52; Jn 2.1,10).
b) Negativa - Às vezes,
o Senhor também responde as orações com um não. (2 Co 12.8,9; Dt 3.23-27; Gn
18.22-33).
c) Aguarde - Nem todas as orações são respondidas de
imediato. Às vezes demanda tempo para se ter uma resposta do Senhor, por isso
Ele manda que perseveremos em oração, vigiando nela com ações de graça. (Sl
40.1; 1 Tm 5.5: Cl 4.2; Rm 12.12; Lc 18.1).
6) Como Fazer Oração
a) De joelhos - O crente pode orar de joelhos, pois, na Bíblia
encontramos muitos exemplos de pessoas que se ajoelharam para orar. (1 Rs 8.54;
Lc 22.41; Dn 6.10,11; Gn 24.11-14; At 20.36; Ef 3.14).
b) Sentados - O crente também pode orar assentado. O Espírito
Santo foi derramado sobre a Igreja quando os irmãos estavam assentados, tudo
indica orando (At 2.1,2). (Ex 17.12).
c) Em pé - Orar em pé também é uma maneira de orar ao
Senhor, pois, na realidade, o que importa é que a oração parta de um coração
sincero e contrito diante de Deus. (Ex 17.8-11; 2 Rs. 20.1-3).
d) Deitado - Se a situação o exigir, principalmente por causa
de enfermidade, o crente pode orar ao Senhor deitado. “Já estou cansado do meu
gemido; toda a noite faço nadar a minha cama, molho o meu leito com as minhas
lágrimas” Sl 6.6.
7) Onde Fazer Oração
a) Na Igreja - A oração pode e deve ser feita no templo, junto
com os outros irmãos (At 1.13,14; 12.5; 4.23-31). (As Igrejas, geralmente, têm em
sua programação cultos de oração).
b) Em casa - Em casa também podemos e devemos orar ao Senhor,
a sós ou juntos como família. (Mt 6.6; Dn 6.10,11; 9.1-4).
c) Em qualquer lugar - O crente deve e pode orar ao Senhor em qualquer
lugar. (1 Tm 2.8; Gn 24.11-14,63).
8) A Credencial da Oração
A
grande e única credencial da oração aos olhos do Deus Todo-Poderoso é o
precioso nome de Jesus. Toda a oração deve ser feita em nome de Jesus, se não
for assim, não será aceita diante de Deus - (Jo 14.13,14; 16.23,24; 1 Tm 2.5;
Ef 2.18; Hb 10.19-22).
XII - A
CONTRIBUIÇÃO
Deus,
na Sua sabedoria infinita, instituiu um sistema de contribuição para que o Seu
trabalho se desenvolvesse adequadamente sem precisar de recursos oriundos de
outras fontes, a não ser dos seus filhos. O sistema divino de contribuição é
composto de Dízimo, Ofertas Alçadas e Ofertas Voluntárias.
1) O Dízimo
É
a décima parte daquilo que o cristão ganha e que deve ser entregue a Deus
através da Igreja (Casa de Deus), para que haja mantimento nela. (Ml 3.10).
a) O Dízimo antes da Lei - Antes de
Deus entregar a Lei a Moisés para que Israel fosse guiado por ela, já se
encontrava, no meio dos patriarcas, o salutar costume de dizimar, isto é, de
entregar aos representantes de Deus, aqui na terra, a décima parte do que
tinham ou recebiam por algum trabalho executado. Foi assim com Abraão, que deu
o dízimo a Melquisedeque, sacerdote do Deus Altíssimo (Gn 14.18-20).
Encontramos também o patriarca Jacó dizimando (Gn 28.22). Esse abençoado
costume dos patriarcas foi, mais tarde, testificado pelo escritor da carta aos
Hebreus (7.6,9). No dízimo antes da Lei encontramos o princípio de dizimar
revelado.
b) O
Dízimo Durante a Lei - A Lei Mosaica estabeleceu, como obrigatório, o
dízimo para todos os israelitas. O Dízimo durante a Lei era entregue pelo povo
de Deus aos levitas e estes por sua vez entregavam o dízimo dos dízimos para
sustento daqueles que oficiavam no Tabernáculo (os sacerdotes). Os dízimos
serviam também para a manutenção do Templo, da casa de Deus. (Lv 27.30; Nm
18.21,24-26; Dt 14.22-29; 26.12-15; Ne 10.37,38; Ml 3.8-11). No dízimo durante
a Lei o princípio de dizimar tornou-se institucional para a nação israelita.
c) O
Dízimo Depois da Lei - (Dispensação da Graça) - A Lei e os profetas duraram
até João. Daí em diante, começou com Cristo outra Dispensação, a da Graça, onde
o cristão não é mais obrigado a guardar a Lei Mosaica, no que se refere às
partes cerimoniais e civis, chamado de Velho Concerto. Com relação ao dízimo,
como parâmetro de contribuição para os cristãos, encontramos uma palavra do
Senhor Jesus registrada em Mt 23.23 que trata do assunto: “Ai de vós, escribas
e fariseus, hipócritas porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho,
e tendes omitido o que há de mais importante na Lei, a saber, a justiça, a
misericórdia e a fé; estas coisas, porém, devíeis fazer estas coisas sem omitir aquelas”. Com estas
palavras, o Senhor Jesus ratificou o principio revelado aos patriarcas e
institucionalizado na Lei Mosaica e credenciou a continuidade da contribuição
do dízimo na atual Dispensação, como princípio divino de contribuição para o
sustento do seu trabalho. Veja ainda: Lc 11.42; Mt 22.21. O apóstolo Paulo
escrevendo aos cristãos de Corinto, em
sua segunda carta capítulo 3, fala sobre um tipo de contribuição que não fosse
pesada a nenhum dos membros da Igreja; fala, também, de igualdade na
contribuição. Qual é a contribuição em que todos participam de acordo com as suas posses, com
igualdade e que não é pesada a todos, senão o dízimo.
2. Ofertas Alçadas
São
aquelas ofertas levantadas para ocasiões especiais, atendendo a uma necessidade
específica da Igreja. Todos os crentes, no caso, são convocados a contribuírem
para um alvo definido. “Então disse o Senhor a Moisés: Fala aos filhos de
Israel que me tragam uma oferta alçada; de todo homem cujo coração se mover
voluntariamente, dele tomareis a minha oferta alçada”. Ex 25.1,2. (Veja ainda
os textos: Ex 35.4-9; Lv 6.12,13; Ne 13.31; 2 Co 9.1-5).
3. As Ofertas Voluntárias
São
aquelas contribuições voluntárias diferente do dízimo e das ofertas alçadas,
que são entregues à Igreja sem o objetivo específico de atender a alguma
necessidade ou a algum apelo. “Alguns dos chefes das casas paternas, unidos à
Casa do Senhor em Jerusalém, deram ofertas voluntárias para a Casa de Deus,
para edificarem no seu lugar.” Ed 2.68,69. Em Mateus 2.11, encontramos que os
três magos que vieram do Oriente, ofertaram voluntariamente a Jesus, quando
criança, ouro, incenso e mirra. Veja ainda: 2 Co 9.6-10; Lc 6.38; At 4.34-37.
CONCLUSÃO
Neste
trabalho, procuramos trazer informações sucintas sobre algumas doutrinas
básicas do Cristianismo, a fim de facilitar o trabalho dos irmãos que preparam os
candidatos ao batismo e, ao mesmo tempo, instruir os batizandos para que
compreendam a seriedade do passo que será dado, no que se refere à obediência
da ordenança do batismo deixada por nosso Senhor Jesus Cristo.
Vale
ressaltar que através deste trabalho, esperamos atender uma lacuna que existe
no meio Congregacional, no que se refere a um material para uniformizar o
preparo dos candidatos ao batismo.
Também
neste trabalho, fornecemos uma bibliografia, onde o instrutor da classe de
catecúmenos, ou mesmo os alunos, poderão encontrar um material mais substancial
para um aprendizado mais profundo das Sagradas Escrituras.
Esperamos
que as Igrejas façam bom uso deste material, considerando que o mesmo foi
preparado visando abençoar a Igreja do Senhor bem como a glorificação do nome
de Jesus Cristo, Mestre, Salvador e Senhor de nossas vidas.
BIBLIOGRAFIA
- BANCROFT, Emery H. Teologia Elementar. Trad. João Marques Bentes,
Imprensa
Batista Regular. São Paulo, 1966
- BERKHOF, Louis. Manual de Doutrina Cristã. Campinas. Luz para o Caminho Publicações, 1985.
- BERKHOF, Louis. Teologia Sistemática. Trad. Odayr Olivetti. Campinas. Luz para o
Caminho Publicações, 1990.
- CLARK, David S. Compêndio de Teologia Sistemática. Trad. Samuel Falcão. Casa
Editora Presbiteriana.
- DAGG, John L. Manual de Teologia. Editora Fiel, 1989.
- ERICKSON, Millard J. Introdução à Teologia
Sistemática. Trad. Lucy
Yamakami. Edições Vida Nova. São Paulo, 1997.
- GRUDEM, Wayne. Teologia Sistemática. São
Paulo: Edições Vida Nova, 1999.
- SHEDD, Russel P. Bíblia Vida Nova. Edições Vida Nova/Sociedade Bíblica do Brasil.
São Paulo, 1976.
APÊNDICE
PREPARAÇÃO DE CANDIDATOS AO BATISMO
(ROTEIRO DE
PERGUNTAS BÁSICAS)
1)
PERGUNTAR AO
CANDIDATO SE ELE REALMENTE TEM DESEJO POR SI MESMO DE SER BATIZADO. “E indo
eles caminhando, chegaram a um lugar onde havia água, e disse o eunuco: Eis
aqui água; que impede que eu seja batizado?” At 8.36
2)
PERGUNTAR AO CANDIDATO SE ELE TEM CONSCIÊNCIA DE
QUE É UM PECADOR AOS OLHOS DE DEUS. “E quando ele vier, convencerá o mundo do
pecado, da justiça e do juízo” Jo 16.8
3)
PERGUNTAR AO CANDIDATO SE ELE DE FATO CRÊ QUE JESUS
É O FILHO DE DEUS. “Estes, porém, estão escritos para que creiais que Jesus é o
Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” Jo 20.31
4)
PERGUNTAR AO CANDIDATO SE ELE CRÊ QUE O FILHO DE
DEUS, JESUS, VEIO EM CARNE (ENCARNOU). “Nisto conheceis o Espírito de Deus:
todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo
espírito que não confessa a Jesus não é de Deus; mas é o espírito do
anticristo, a respeito do qual tendes ouvido que havia de vir; e agora já está
no mundo”1 Jo 4.2,3
5)
PERGUNTAR AO
CANDIDATO SE ELE CRÊ QUE JESUS MORREU NA CRUZ DO CALVÁRIO E RESSUSCITOU DENTRE
OS MORTOS PARA SALVÁ-LO DA PERDIÇÃO ETERNA. “Porque Deus amou o mundo de tal
maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não
pereça, mas tenha a vida eterna”. Jo 3.16. “o qual foi entregue por causa das
nossas transgressões, e ressuscitado para a nossa justificação” Rm 4.25
6)
PERGUNTAR AO
CANDIDATO SE ELE JÁ ACEITOU A JESUS COMO O SEU ÚNICO E SUFICIENTE SALVADOR.
“Mas, a todos quantos o receberam, aos que creem no seu nome, deu-lhes o poder
de se tornarem filhos de Deus” Jo 1.12.“De sorte que foram batizados os que
receberam a sua palavra; e naquele dia agregaram-se quase três mil almas” At
2.41
7)
PERGUNTAR AO
CANDIDATO SE ELE CONFESSA A JESUS COMO SENHOR E QUE REALMENTE QUER VIVER PARA
GLÓRIA DELE NESTE MUNDO E NA ETERNIDADE.
“Porque, se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu
coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo” Rm 10.9.
“Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é lucro” Fp 1.21
DECLARAÇÃO
DE FÉ DO CANDIDATO AO BATISMO
Eu (fulano de
tal) candidato ao batismo, declaro diante de Deus e de Sua Igreja, com toda a
sinceridade do meu coração e inteira certeza de fé, que confirmo o que abaixo
está escrito, com base fundamentada nas Sagradas Escrituras:
1) Que a Bíblia
Sagrada é a santa Palavra de Deus, inspirada verbal e plenariamente e única
regra de fé e prática do crente em nosso Senhor Jesus Cristo;
2) Que Deus é o
único Deus verdadeiro, que subsiste em três pessoas distintas, o Pai, o Filho e
o Espírito Santo, possuidoras dos mesmos atributos e tendo a mesma essência;
3) Que Deus
enviou o seu único Filho, Jesus Cristo, a este mundo o qual esvaziou-se a si
mesmo, e tomou a forma humana, oferecendo-se a Si mesmo na cruz em sacrifício
pelos nossos pecados;
4) Que o Senhor
Jesus Cristo, depois de três dias de sepultado, ressuscitou dentre os mortos e
ascendeu aos Céus onde está entronizado a direita de Deus Pai;
5) Que o Senhor
Jesus Cristo é o Único Salvador do ser humano e Senhor de todo aquele que nEle
crê;
6) Que já
aceitei de todo o meu coração ao Senhor Jesus como Salvador Pessoal e creio
firmemente que Ele morreu pelos meus pecados e ressuscitou para a minha
justificação;
7) Que como
consequência dessa aceitação e dessa fé, nasci de novo e sou possuidor da vida
eterna, concedida por Jesus e que tenho certeza disso baseado na declaração das
Sagradas Escrituras e pelo testemunho interno do Espírito Santo;
8) Que quero
ser batizado porque desejo voluntariamente obedecer a ordem deixada pelo Senhor
Jesus que todo o crente seja batizado, crendo que o batismo não salva nem
tampouco ajuda na salvação de alguém, mas creio que todo aquele que é salvo
deve ser batizado com água em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo;
9) Que quero de
todo o coração ser batizado para ser membro da Igreja e servir ao Senhor
através dela com alegria e singeleza de coração;
10) Que aceito
a forma de batismo por aspersão, com água, em nome do Pai, e do Filho, e do
Espírito Santo, como a forma mais correta de batismo cerimonial, conforme
evidências bíblicas;
11) Que
reconheço a necessidade de viver uma vida separada para Deus, dando bom
testemunho como crente diante dos homens. Buscarei essa bênção através da
leitura da Bíblia, da assistência aos cultos e da oração;
12) Que de
acordo com as minhas posses contribuirei com o dízimo e ofertas, conforme
mandamento bíblico para o sustento do trabalho do Senhor;
13) Que me
sujeitarei a disciplina da Igreja, bem como obedecerei as suas autoridades
constituídas, enquanto estas estiverem de acordo com as Sagradas Escrituras.
João Pessoa, ____/__________/____________
_______________________________________
Assinatura do Candidato ao Batismo
DECLARAÇÃO DOS BATIZANDOS NO ATO DO BATISMO
1)
Confesso que sou um pecador aos olhos
de Deus.
2)
Creio de todo o meu coração que Jesus
Cristo é o Filho de Deus;
3)
Creio de todo o meu coração que o Senhor
Jesus Cristo morreu na cruz pelos meus pecados e ressuscitou para a minha
justificação.
4)
Confesso que já aceitei ao Senhor Jesus
Cristo como meu Salvador pessoal e Senhor da minha vida.
5)
Prometo fazer o que for possível para
viver uma vida de acordo com a vontade de Deus.
6)
Prometo servir a Deus através da
igreja que me acolheu, de acordo com os dons que Ele graciosamente me deu.
7)
Que Deus me ajude a cumprir esses
votos que faço em Sua presença e na presença de Sua igreja. Amém!