Este blog veicula reflexões bíblicas feitas pelo Reverendo Eudes Lopes Cavalcanti
quinta-feira, 14 de dezembro de 2017
APOCALIPSE - CRISTO, O ALFA E O ÔMEGA
CRISTO NA BÍBLIA (Pr. Eudes)
APOCALIPSE
- CRISTO, O ALFA E O ÔMEGA
O livro de Apocalipse foi escrito pelo apóstolo
João no final de sua vida. Esse livro foi escrito num estilo literário
conhecido como linguagem apocalíptica, onde a mensagem é apresentada através de
símbolos, visões, profecias, figuras de linguagem, etc. Ele foi escrito para
consolar a Igreja de Cristo que estava sofrendo perseguições pelo império
romano que, na época, o imperador (César) reivindicava adoração como se Deus
fosse. Isso era inaceitável para a Igreja que só tinha como objeto de adoração
o Deus triúno. Alguns teólogos reformados veem esse livro como algo muito
esmerado, que conta a história da Igreja (o mesmo período) sete vezes, desde a
primeira vinda de Cristo até a consumação que se dará na sua Segunda Vinda,
sendo que nessas sete seções os acontecimentos vão sendo revelados numa ordem
crescente até chegar a sua consumação ou ao seu clímax. O número sete, nesse
livro, ocupa papel preponderante, significando ele a coisa completa, em sua
plenitude (sete igrejas, sete anjos, sete espíritos, sete selos, sete
trombetas, sete taças, etc). Assim sendo, por exemplo, o livro foi destinado a
sete da Ásia Menor da época, mas é para toda a Igreja do Senhor em todas as
épocas e em todos os lugares. O Senhor Jesus no Apocalipse é revelado logo no
capitulo um como o Supremo Juiz do universo. Nos capítulos dois e três ele é
revelado como Deus onipresente e soberano Senhor que domina sobre a Igreja e
anda no meio dela. No capítulo cinco ele é revelado como o único digno de abrir
o livro e desatar os seus sete selos, ou seja, ditar o ritmo da história, pois
foi morto e com o seu sangue comprou para Deus o Pai, pessoas de todas as
tribos, línguas, povos e nações e as fez reis e sacerdotes espirituais. No
capitulo seis é Jesus quem controla a história com a abertura dos selos. Ele é
revelado também nesse livro como o Filho varão que vai reger a terra. O
capitulo dezenove, explicitamente, fala sobre a Segunda Vinda do Senhor Jesus
acompanhado pelos seus anjos para punir os inimigos da Igreja (o dragão e as
duas bestas) e dar a Igreja um final feliz. Ele ainda é revelado como o Alfa e
Ômega (a primeira e a última letra do alfabeto grego), como o Princípio e o
Fim, ou seja, tudo é dEle, é por Ele e para Ele, glória, pois, eternamente a
Ele.
Pr. Eudes Lopes Cavalcanti
segunda-feira, 4 de dezembro de 2017
CRISTO NA BÍBLIA - JUDAS (CRISTO COMO O JUIZ QUE JULGA O PECADO)
CRISTO NA BÍBLIA (Pr. Eudes)
JUDAS
- CRISTO COMO O JUIZ QUE JULGA O PECADO
Essa epistola foi escrita por Judas, irmão de Tiago
e meio irmão de nosso Senhor Jesus Cristo. Judas intencionava escrever sobre a
fé comum, talvez sobre algum tema doutrinário, mas mudou de ideia devido à
urgência de escrever essa carta para combater uma heresia que crescia na época
no meio da Igreja, que ensinava que o salvo pela fé em Cristo era uma pessoa
livre de qualquer lei, inclusive da lei de Cristo, portanto podia viver como quisesse
sem o controle do Espirito e sem a obediência aos mandamentos divinos, eles
eram antinominianos, palavra que significa contrários a lei. Judas qualificou
esses falsos mestres como vis, ímpios, que não tinham o Espirito, e os compara
a Caim (liberais), a Balaão (cobiçosos) e a Coré (rebeldes), personagens do
Antigo Testamento. A carta de Judas que
foi escrita, provavelmente, entre os anos 70 a 80 da era cristã, tem as
seguintes características: 1) é a carta que contém a mais veemente censura
contra os falsos mestres da época; 2) Usa ilustrações do juízo de Deus no
Antigo Testamento sobre três homens ímpios (Caim, Balaão e Coré); 3) Sob a
direção do Espirito o autor usa diversos escritos (As Escrituras do Antigo
Testamento, as tradições judaicas, e 2ª Pedro); 4) Contém uma das mais lindas
bênçãos do Novo Testamento: “Ora, àquele
que é poderoso para vos guardar de tropeçar e apresentar-vos irrepreensíveis,
com alegria, perante a sua glória, ao único Deus, Salvador nosso, por Jesus
Cristo, nosso Senhor, seja glória e majestade, domínio e poder, antes de todos
os séculos, agora e para todo o sempre. Amém!” Jd 24,25. Quanto à
Cristologia, Judas apresenta na sua doxologia (hino de louvor) Cristo como
nosso Senhor, Senhor da Igreja e também do universo. Em relação a Cristo como
Juiz que julga o pecado, Judas cita uma profecia proferida por Enoque, o sétimo
depois de Adão: “E destes profetizou
também Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo: Eis que é vindo o Senhor com
milhares de seus santos, para fazer juízo contra todos e condenar dentre eles
todos os ímpios, por todas as suas obras de impiedade que impiamente cometeram
e por todas as duras palavras que ímpios pecadores disseram contra ele” Jd
14,15. Judas atrela o juízo final à Segunda Vinda de Cristo em glória,
acompanhado dos anjos dos Céus. O Senhor Jesus, conforme revelado no capitulo 1 de Apocalipse, é o grande Juiz do universo. Julgará os homens e os anjos caídos . Todos irão comparecer diante dele para prestar contas de sua mordomia (tempo, vida e bens).
Pr. Eudes Lopes Cavalcanti
CRISTO NA BÍBLIA - 1ª, 2ª, 3ª JOÃO (O CRISTO QUE VEIO EM CARNE)
CRISTO NA BÍBLIA (Pr. Eudes)
1ª,
2ª, 3ª JOÃO - O CRISTO QUE VEIO EM CARNE
O apóstolo João escreveu cinco livros canônicos (O
Evangelho de João, 1ª, 2ª, 3ª João, e Apocalipse). No Evangelho, João enfatiza
Cristo como o Filho Unigênito de Deus. No Apocalipse, O Primeiro e o Ultimo, o
Alfa e o Ômega, e nas suas epístolas João enfatiza Cristo como o Deus
encarnado. João escreveu 1ª João para combater uma heresia que grassava na
Igreja da época sobre a pessoa de Cristo, que ensinava que Jesus não viera em
carne. Na sua 2ª carta João adverte a Igreja sobre os falsos mestres que
perambulavam pelas Igrejas na época, ensinando falsas doutrinas. Em 3ª João, o
autor sacro adverte a Igreja sobre uma liderança autocrática que presidia uma
das Igrejas locais da época, que estava sob a supervisão apostólica. O
Gnosticismo que João combatia era a mais perigosa heresia que rondava a vida
das Igrejas da época, ensinava que a salvação não era pela graça divina
mediante a fé em Cristo, e sim através dum conhecimento profundo oriundo de um
sincretismo que misturava doutrinas cristãs, paganismo e filosofia grega. Era
uma religião esotérica. Em relação à pessoa de Cristo, o Gnosticismo ensinava
que Ele não tinha um corpo físico, real, e sim uma aparência de corpo, ou seja,
Cristo não era humano e não era o Deus que encarnara. “Amados, não creiais em todo espírito, mas provai se os espíritos são de
Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo. Nisto
conhecereis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo
veio em carne é de Deus; e todo espírito que não confessa que Jesus Cristo veio
em carne não é de Deus; mas este é o espírito do anticristo, do qual já
ouvistes que há de vir, e eis que está já no mundo” 1 Jo 4.1-3. João ainda
combate com o seu Evangelho e com a sua primeira carta, cuja ênfase é na
deidade de Cristo, aquele ensinamento gnóstico que dizia que Jesus não era Deus
e sim um deus: “Nisto conhecemos que
estamos nele, e ele em nós, pois que nos deu do seu Espírito, e vimos, e
testificamos que o Pai enviou seu Filho para Salvador do mundo. Qualquer que
confessar que Jesus é o Filho de Deus, Deus está nele e ele em Deus”. 1 Jo
4.13-15. (Veja ainda Jo 20.31). Sobre a humanidade de Cristo, João disse que o
Verbo divino, o Deus Filho, se fez carne e habitou entre nós (Jo 1.14). E sobre
a deidade de Cristo, tanto o Evangelho de João como a 1ª carta de João diz que
Jesus é o Filho de Deus (Jo 1.1-3; 1 Jo 5.20). João ainda apresenta a Cristo na
sua humanidade como paradigma e modelo a ser imitado. “Aquele que diz estar nele, também deve andar como ele andou” 1 Jo
2.6.
Pr. Eudes Lopes Cavalcanti
CRISTO NA BÍBLIA - 2º PEDRO (O CRISTO QUE HÁ DE VIR)
CRISTO NA BÍBLIA (Pr. Eudes)
2º
PEDRO -
O CRISTO QUE HÁ DE VIR
Na sua primeira carta, Pedro enfatiza a obra
redentora de Cristo Jesus, realizada na cruz do Calvário. Nessa obra, Cristo
levou sobre si os pecados do seu povo, resgatando-o das garras do diabo e o
colocando numa posição exaltada no que se refere à área espiritual. Aos
cristãos dispersos no mundo de então, Pedro diz que eles eram o povo de Deus,
geração eleita, sacerdócio real e nação santa, e povo de propriedade exclusiva
de Deus (1 Pe 2.9). Na sua segunda carta, Pedro combate os falsos mestres que
negavam a segunda vinda do Senhor e a necessidade de se viver uma vida santa
baseada nas Sagradas Escrituras. Esses homens estavam no meio da igreja minando
a sua esperança no futuro escatológico do povo de Deus. Ao escrever essa carta,
Pedro visava encorajar aos irmãos a perseverarem numa vida de santidade e de um
contínuo crescimento em Cristo Jesus. A segunda carta de Pedro tem as seguintes
características: 1) contém uma das declarações mais contundentes da inspiração
das Escrituras; 2) contém informações escatológicas semelhantes à epístola de
Judas, que demonstra que o autor de Judas aproveitou as informações da segunda
carta de Pedro; 3) o capitulo três de 2ª Pedro é um dos grandes textos que
tratam da segunda vinda de Cristo, inclusive do consequente fim do mundo; 4)
Pedro cita Paulo como escritor inspirado por Deus. Falando sobre a segunda
vinda do Senhor, Pedro revela o plano de Deus para a terra e o universo que
habitamos quando trata do Dia do Senhor: “Virá,
entretanto, como ladrão, o Dia do Senhor, no qual os céus passarão com
estrepitoso estrondo, e os elementos se desfarão abrasados; também a terra e as
obras que nela existem serão atingidas”. 2 Pe 3.10. Em seguida, ele exorta os crentes a se
prepararem para esse grandioso evento, e diz o porquê disso: “Visto que todas essas coisas hão de ser
assim desfeitas, deveis ser tais como os que vivem em santo procedimento e
piedade, esperando e apressando a vinda do Dia de Deus, por causa do qual os
céus, incendiados, serão desfeitos, e os elementos abrasados se derreterão.”
2 Pe 3.11,12. Depois, Pedro fala sobre novos céus e nova terra como
consequência da renovação que Deus fará no universo, limpando-o da mancha do
pecado. (2 Pe 3.13).
Pr. Eudes Lopes Cavalcanti
sexta-feira, 10 de novembro de 2017
CRISTO NA BÍBLIA - 1ª PEDRO (CRISTO, O REDENTOR DA IGREJA)
CRISTO NA BÍBLIA (Pr.
Eudes)
1ª PEDRO - CRISTO,
O REDENTOR DA IGREJA
Pedro foi um dos três apóstolos mais achegados a Cristo (Pedro, Tiago e
João). Era um pescador e tinha uma sociedade pesqueira com Tiago e João, filhos
de Zebedeu. Como apóstolo achegado a Cristo, Pedro presenciou, juntamente com
os filhos de Zebedeu, acontecimentos na vida de Jesus que os outros não
presenciaram: A ressurreição da filha de Jairo, a transfiguração de Jesus no
monte, e a agonia mais intensa de Jesus no Getsêmani. Pedro escreveu duas
cartas canônicas (1ª e 2ª Pedro) aos irmãos dispersos pelo mundo de então. Na
sua primeira carta, ele anima os irmãos em Cristo que estavam sofrendo
perseguição por causa da fé em Cristo bem como na perspectiva do martírio, e
para isso apresenta Cristo como o exemplo de paciência diante da perseguição e
do sofrimento. Nessa carta, Pedro revela que, mesmo estando espalhados na Ásia
Menor, eles constituíam o povo de propriedade exclusiva de Deus, nação santa e
geração eleita, e anima-os a proclamarem as virtudes de nosso Senhor Jesus
Cristo. Esse povo fora resgatado da sua vã maneira de viver pelo sangue do
Cordeiro derramado na cruz do Calvário. “Sabendo
que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados
da vossa vã maneira de viver que, por tradição, recebestes dos vossos pais, mas
com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado,
o qual, na verdade, em outro tempo, foi conhecido, ainda antes da fundação do
mundo, mas manifestado, nestes últimos tempos, por amor de vós”. 1 Pe
1.18-20. O homem nasce escravizado pelo pecado e vive sob o seu domínio. Cristo
se manifestou para libertar o homem da escravidão do pecado e para isso ofereceu
a sua preciosa vida em sacrifício pelos pecados do seu povo. Com a sua morte na
cruz, Cristo resgatou da escravidão do pecado os que creem nele. Jesus é o
grande redentor. O preço que pagou para nos libertar da escravidão (domínio do
pecado), foi o seu precioso sangue derramado na cruz. “Aquele que nos ama, e em seu sangue nos lavou dos nossos peados” Ap
1.5. Paulo corrobora as palavras de Pedro, quando disse: “Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a remissão das ofensas,
segundo as riquezas da sua graça” Ef 1.7. (Leia ainda Cl 1.13,14).
Pr. Eudes Lopes Cavalcanti
sábado, 4 de novembro de 2017
CRISTO NA BÍBLIA - TIAGO (CRISTO, O SENHOR DA GLÓRIA)
CRISTO NA BÍBLIA (Pr.
Eudes)
TIAGO - CRISTO,
O SENHOR DA GLÓRIA
Tiago, irmão
do Senhor e pastor da Igreja em Jerusalém escreveu o livro canônico que leva o
seu nome. Ele escreveu aos judeus crentes espalhados no mundo de então, visando
encorajá-los a enfrentar as várias provações que estavam pondo aqueles irmãos à
prova. Essa carta também foi escrita para corrigir ideias erradas acerca da
natureza da fé cristã bem como para instruí-los sobre o resultado prático de
uma fé genuína em Cristo. A carta de Tiago trata de diversos temas relacionados
à vida cristã, como por exemplo: suportar com alegria as tribulações; resistir às
tentações; praticar a Palavra de Deus; o valor de uma fé viva; o cuidado com a
língua; o cuidado com a sabedoria humana à parte da divina; administrar as
riquezas; o valor e o poder da oração, etc. Por causa de sua ênfase na questão
do bom proceder, a carta de Tiago é comparada ao livro de Provérbios, pois
ambos espelham o caráter de um verdadeiro cristão, tendo Cristo como o
paradigma de uma vida que agrada a Deus. Essa carta ainda é comparada ao livro
de Amós por causa de sua ênfase em questões sociais. A carta de Tiago faz
quinze referências ao Sermão do Monte, proferido pelo Senhor Jesus Cristo no início
do seu ministério, e registrado por Mateus e Lucas. Quanto à Cristologia, Tiago
enfatiza a Jesus como o Senhor da glória, Deus glorioso, único objeto da fé
salvadora. Ele faz essa citação quando advertia aos seus leitores sobre a
questão de não se fazer acepção de pessoas, especialmente dentro da Igreja, discriminando-as
por causa de suas posições sociais (Tg 2.1-13). Tiago ainda fala sobre a
segunda vinda do Senhor e encoraja a Igreja a esperar com paciência esse grande
e glorioso dia. É bom lembrar que a segunda vinda do Senhor é um dos eventos
mais bem documentado de todo o Novo Testamento. A exceção de Filemom, 2 e 3
João, os outros livros tratam do assunto, direta ou indiretamente. Tiago também
enfatiza a Cristo como o grande Juiz do Universo que está à porta. Sabemos
pelas Escrituras que ao Senhor Jesus foi entregue todo o julgamento (Jo 5.22).
Jesus hoje é o advogado de todo aquele que nele crê e o aceita como Salvador e
Senhor. Quando de sua segunda vinda, Ele será o grande Juiz do universo diante
de quem todos comparecerão, no devido tempo, para dar conta de sua mordomia.
Dado a gravidade do assunto, Tiago exorta aos leitores a viver uma vida sem
queixas nem contendas, pois o Juiz está à porta (Tg 5.9).
Pr. Eudes Lopes Cavalcanti
sábado, 28 de outubro de 2017
ESTATUTO DA IGREJA EVANGÉLICA CONGREGACIONAL (ATUALIZADO)
ESTATUTO DA IGREJA EVANGÉLICA
CONGREGACIONAL DE ______________________
Capítulo
I
Da
Instituição, Natureza, Fins e Governo
Art.
1° - A Igreja Evangélica Congregacional de _____________, organizada
em -----------, com CNPJ ___________________ é uma entidade religiosa sem
fins lucrativos, com sede na cidade de ________________ , Estado de
______________, tendo como objetivos principais: celebrar cultos a Deus
em espírito e em verdade; edificar os crentes através do ministério das
Sagradas Escrituras; difundir o santo Evangelho de
nosso Senhor Jesus Cristo para salvação de pecadores; e cuidar dos
santos necessitados através do ministério da Beneficência.
Art.
2º - Esta Igreja compõe-se de ilimitado número de membros de ambos os
sexos, de qualquer nacionalidade e condição social, crentes em nosso
Senhor Jesus Cristo, e tem como única regra de fé e prática e fonte
de toda autoridade, as Sagradas Escrituras do
Velho e do Novo Testamentos e aceita como
síntese doutrinária a Confissão de Fé Congregacional da Aliança das
Igrejas Evangélicas Congregacionais do Brasil.
Art.
3º - Esta Igreja só reconhece por sua cabeça o nosso Senhor Jesus
Cristo, e em matéria de culto, de doutrina, de disciplina e de
conduta, sua constituição é a Bíblia Sagrada, donde
emana toda a sua autoridade.
Art.
4º - Como forma de governo eclesiástico, esta igreja
usa o sistema Congregacional, onde seu órgão maior é a sua assembléia
de membros regularmente convocada que decide, como última instância, todas as
questões da comunidade.
Art.
5º - Esta Igreja funciona por tempo
indeterminado e é autônoma e soberana em
matéria administrativa, espiritual e disciplinar.
Art.
6º - Esta Igreja em matéria espiritual e doutrinária tem como seus representantes
diretos os oficiais Pastores e Presbíteros, conforme
a possibilidade de eleição dos mesmos, e no
que concerne as coisas temporais o seu
órgão gestor é o Departamento de Patrimônio, cuja diretoria é
eleita pela assembléia da Igreja, dentre os seus membros, bienalmente.
Parágrafo
Único - Essa diretoria ou administração executará as resoluções das
assembleias a ela afetas, e qualquer resolução que tomar será ad-referendum
das assembleias da Igreja.
Capítulo
II
Dos
membros – Seus Direitos, Deveres e Penalidades.
Art.
7º - A membrezia da Igreja é composta de todas as pessoas crentes em
nosso Senhor Jesus, de ambos os sexos, recebidas pelo batismo, ou por
transferência de outra igreja que professe os mesmos princípios básicos da fé
em Cristo. Farão parte da Igreja ainda os crentes recebidos por jurisdição,
independente de terem sido transferidos.
Parágrafo
Único – Os novos crentes serão admitidos à membrezia da Igreja através do
batismo por aspersão. Os admitidos através de transferência ou por jurisdição
mesmo se tiverem sido batizados por imersão não serão obrigados a se submeterem
ao batismo praticado pela Igreja.
Art.
8º - É vedado à aceitação de indivíduos autodeclarados que assumem
comportamentos contrários ao bem viver cristão e sua comunidade, quais sejam:
I
– os homossexuais; homoparental; lésbicas; bissexuais; transexuais; travestis;
e, transgêneros.
II
– união contínua publica, entre pessoas do mesmo sexo.
III
– os intersexuais, variação de caracteres sexuais incluindo cromossomos,
gônadas e/ou órgãos genitais que dificultam a identificação de um individuo
como totalmente feminino ou masculino. Se a pessoa consentir viver ordeiramente
com a finalidade sexual escolhida seguindo os preceitos das Sagradas
Escrituras, será um caso avaliado pelo Conselho de Oficiais da Igreja.
Art.
9º - A pessoa civilmente incapaz poderá
se tornar membro da igreja, através do batismo ou caso já tenha sido batizado
em outra igreja evangélica, se tiver a idade mínima de quinze anos.
§
1º – O exercício pleno da membrezia por parte da pessoa civilmente incapaz ou
relativamente incapaz terá restrições no que se refere a sua presença na assembléia
da igreja, não podendo ser arrolada como presente, votar, ser votada ou usar da
palavra. Essa restrição acabará quando ela adquirir a maioridade civil ou a
emancipação.
§
2º - O menor de idade só poderá ser recebido como membro mediante a
autorização, por escrito, do responsável legal por ele.
Art.
10 - Todo o membro em plena comunhão com esta igreja tem o privilégio de votar
e ser votado para alguma função dentro da mesma; usar da
palavra nas suas reuniões obedecendo à ordem regimentar;
apresentar propostas e discuti-las calmamente; participar
da Santa Ceia; comunicar ao Pastor ou aos Oficiais
qualquer ocorrência ou fato anormal referente à si
próprio ou a qualquer membro da Igreja, sendo este último caso
acompanhado de uma testemunha; e finalmente tomar parte em todas as reuniões da
comunidade.
Art.
11 - É dever de todo o membro da
Igreja participar do culto público e as
demais reuniões; comparecer a todas as assembleias;
exercer com zelo e lealdade os cargos que lhe forem confiados
por nomeação ou por eleição; contribuir
alegre e voluntariamente com o dízimo e ofertas
para a manutenção da Igreja; evitar por todos os meios
comentários impróprios, agressivos à Igreja, ao Pastor,
aos Oficiais ou a qualquer outro membro; acatar e respeitar o
Pastor, prestando-lhe as honras devidas próprias ao seu elevado cargo,
comparecer imediatamente ao Conselho de Oficiais da Igreja
(Pastores, Presbíteros e um representante do diaconato),
quando para isso for convidado e finalmente
promover pelo exemplo a boa ordem e a reverência no recinto sagrado.
Art.
12 - É passivo de pena o membro da Igreja
que se afastar da Confissão de Fé Congregacional, que
se opor à doutrina do
Espírito Santo, conforme exposta nas Sagradas
Escrituras, que relatar a quem quer que seja o que se
passar nas assembléias reservadas; que promover
escândalo; que cometer ato incompatível com os
sagrados preceitos do Evangelho, quer doutrinários ou morais.
Art.
13 - As penas disciplinares são assim classificadas:
§
1º - Censura eclesiástica, se houver acusação comprovada
contra qualquer membro de uma falta com certa gravidade. Esse tipo
de disciplina será aplicado pelo Conselho de Oficiais.
§
2º - Suspensão da comunhão por tempo determinado ou
indeterminado, quando provado que qualquer membro tenha cometido uma falta
grave que venha a escandalizar o Evangelho. Esse tipo de disciplina será aplicado
pelo Conselho de Oficiais e comunicado a assembleia da Igreja para registro em
ata.
§
3º - Exclusão ou eliminação no caso do disciplinado não se
mostrar arrependido do seu ato pecaminoso. A exclusão também
alcançará a quem apostatar da fé ou abandonar a Igreja por seis meses sem dar
satisfação à direção da mesma. Esse tipo de disciplina só será aplicado pela
Igreja reunida em assembléia.
§
4º - Tratando-se dos dois primeiros tipos de disciplina (censura eclesiástica e
suspensão de comunhão), se houver interesse do membro penalizado, ele pode
recorrer à assembleia de membros da Igreja.
Art.
14 – Uma vez sob disciplina máxima (exclusão) ou por desligamento voluntário os
membros perdem todos os direitos que antes tinham. E os membros faltosos objeto
de suspensão de comunhão terão os seus direitos suspensos até serem
reabilitados.
Parágrafo
Único- Os membros suspensos, excluídos ou eliminados, poderão ser
reabilitados à comunhão da Igreja e a todos os
demais privilégios como membros regulares, desde que dêem provas
concretas do seu arrependimento.
Art.
15 – Nenhum membro da Igreja será disciplinado sem a instauração de um processo
em que sejam arroladas testemunhas, e sem que seja dado ao acusado o amplo
direito de defesa e do contraditório.
Capítulo
III
Do
Patrimônio e Sua Administração.
Art.
16 - O Patrimônio da Igreja será constituído das contribuições feitas pelos
seus membros e congregados, por donativos, legados, móveis e imóveis,
títulos e apólices da dívida pública, juros e quaisquer outros rendimentos
permitidos pela legislação em vigor em nosso País.
Art.17
- A Diretoria do Patrimônio, órgão gestor da administração da Igreja, será
eleita bienalmente dentre os membros da Igreja em plena comunhão e
constará de Diretor, Vice Diretor, 1º e 2º Secretários e
Tesoureiro.
Art.18
- Aos administradores compete dirigir e zelar todos os negócios da Igreja,
concernentes ao seu patrimônio, dando conhecimento as assembleias de todos os
seus atos.
Art.19
- Os administradores do Patrimônio reunir-se-ão,
regularmente, em dias convencionados, sob a direção do Diretor,
para tomar conhecimento do estado das finanças da
Igreja; providenciar sobre os arranjos necessários à limpeza,
boa ordem e decência do recinto sagrado.
Parágrafo
Único – A Diretoria de Patrimônio deve arrolar, em livro apropriado, todos os
bens da igreja móveis e imóveis para controle e para prestar relatório quando
for pedido pela assembléia ou pelas autoridades do País.
Art.20
- A aquisição ou venda de imóveis só poderão ser feita
mediante prévio consentimento da Igreja, consoante preceitua o parágrafo
único do art. 6º deste Estatuto.
Art.21
– Por ocasião da assembleia ordinária da igreja, o tesoureiro da
Diretoria do Patrimônio apresentará um balancete financeiro à mesma.
§
1º - Os dízimos e as ofertas entregues a Igreja, depois de contabilizados,
serão depositados em conta corrente e/ou poupança num Banco a sua escolha, e
que será movimentada pelo Pastor da Igreja e pelo Diretor do Patrimônio ou pelo
tesoureiro na impossibilidade de um dos dois, sempre com assinaturas
conjuntas.
§
2º - O tesoureiro ficará de posse de um determinado valor a ser definido pela
Diretoria de Patrimônio para fazer face às pequenas despesas.
Art.
22 - O Pastor Titular da Igreja é o Presidente ex-ofício (por força do seu ofício)
da administração da mesma, cabendo-lhe a liderança também dos trabalhos de
natureza administrativa.
Capítulo
IV
Da
Departamentalização da Igreja
Art.
23 – As diversas atividades da Igreja serão executadas através de seus
departamentos devidamente organizados, que terão uma diretoria composta de
diretor, vice-diretor, secretário e tesoureiro.
Art.
24 – Cada segmento de pessoas dentro da Igreja (homens, mulheres, jovens,
adolescentes e crianças) fará parte do departamento correspondente que terá a
sua diretoria escolhida pelas pessoas do próprio segmento, exceto a do departamento
de crianças que será nomeada pelo Pastor da Igreja, ouvido o Conselho de Oficiais.
Parágrafo
Único – Os Departamentos que contemplam os segmentos de pessoas dentro da
Igreja, exceto o Departamento Infantil, terão um conselheiro nomeado pelo
Pastor da mesma.
Art.
25 – Os demais departamentos (Missões, Beneficência, Música, Contabilidade, Educação
Religiosa, e outros) terão a sua diretoria nomeada pelo Pastor da Igreja, ouvido
o Conselho de Oficiais da mesma.
Parágrafo
Único - As diretorias escolhidas serão apresentadas a Igreja para sua
homologação em assembleia.
Capítulo
V
Dos Oficiais da Igreja
Art.
26 -- São três as categorias de oficiais desta Igreja: Pastores, Presbíteros e
Diáconos.
Art.
27 -- Os Pastores são os oficiais chamados por Deus e consagrados para
exercerem o ministério pastoral segundo a graça divina. Para exercerem o
ministério nesta Igreja eles são eleitos conforme definido nos Arts. 41, 42 e 43, e empossados para o exercício de seu mandato.
Parágrafo
Único – Dentre os Pastores um será eleito como Pastor Titular que se
responsabilizará pela direção da Igreja em sua plenitude. O Pastor Titular
é o representante oficial da Igreja perante a Denominação a que a Igreja
pertence, perante as outras instituições e perante os órgãos governamentais.
Art.
28 -- O pastor titular será sustentado financeiramente pela Igreja que lhe
pagará mensalmente a título de prebenda no mínimo cinco salários mínimos
vigentes no País. Além disso, terá ele direito ao FGTM (8% sobre o salário
pastoral), férias, décimo terceiro salário e outros benefícios definidos pela
Denominação à qual a Igreja é filiada.
§
1º - Caso a igreja não tenha condições financeiras de atender o pastor conforme
explicitado no artigo em questão poderá haver uma negociação quanto ao seu sustento
pastoral. Assim que ela tiver condições de atender ao mínimo estipulado no
artigo em apreço deve fazê-lo, ou até mais, a critério da Igreja. .
§
2º - Os outros pastores que auxiliam o ministério terão, de acordo com as
possibilidades da Igreja, o seu sustento garantido, ficando a cargo da assembléia
da Igreja definir esse assunto.
Art.
29º - Os pastores da Igreja estão expressamente proibidos de oficiar casamentos
de pessoas do mesmo sexo dentro ou fora do santuário da Igreja.
Art.
30 -- Os Presbíteros são os oficiais eleitos pela Igreja para auxiliar o Pastor
Titular no governo da mesma, principalmente na área de pastoreio do
rebanho, cabendo-lhe o ministério da visitação, da oração pelos membros e
congregados da Igreja e o zelo pela doutrina, santidade e pureza da mesma.
Parágrafo
Único – O Pastor Titular poderá delegar aos Presbíteros a realização de
atos pastorais tais como celebrar a Ceia, impetrar a bênção apostólica após os
cultos da Igreja e realizar cerimônias fúnebres. Essa delegação contemplará aos
Presbíteros dirigentes das Congregações e Pontos de Pregação da Igreja e será
registrada em ata da assembléia.
Art.
31 -- Os Diáconos são os oficiais escolhidos pela Igreja para cuidar
especialmente dos crentes necessitados. Cabe ainda ao ministério diaconal zelar
pela boa ordem do culto, distribuir a Ceia do Senhor e outros serviços na Casa
do Senhor.
Art.
32 – Poderão ser eleitos oficiais da Igreja pessoas do sexo masculino, maior de
vinte e um anos de idade, que goze de boa reputação dentro e fora da mesma, e
que tenham vida piedosa e apego pela Igreja da qual é membro.
Parágrafo
Único – Os oficiais da Igreja, inclusive os Pastores, devem atender ao
perfil delineado nas Sagradas Escrituras (Diáconos - At 6.3; 1 Tm 3.8-10,12;
Pastores e Presbíteros – 1 Tm 3.2-7; Tt 1.6-9).
Art.
33 -- Os oficiais Pastores, Presbíteros e Diáconos se reunirão periodicamente
sob liderança do Pastor Titular para oração e avaliação do
desenvolvimento do trabalho do Senhor através do ministério da Igreja.
Parágrafo
Único – É vedada a reunião de oficiais sem a presença do Pastor
Titular da Igreja ou sem a sua autorização.
Art.
34 – Somente serão considerados oficiais efetivos da Igreja (pastores,
presbíteros e diáconos) aqueles que tiverem sido eleitos pela assembleia da
Igreja.
Capítulo
VI
Das
Assembleias da Igreja.
Art.
35 - As assembleias da Igreja são classificadas como ordinárias,
extraordinárias e especiais.
§
1º - Entende-se por assembléia ordinária a que é realizada
bimestralmente para tratar de assuntos corriqueiros da
Igreja.
§
2º - Entende-se por assembléia extraordinária a que é realizada em
qualquer época, para tratar de assuntos urgentes que exijam
uma decisão da Igreja.
§
3º - Entende-se por assembleias especiais as que
se realizam com a finalidade de eleger ou
destituir Pastores, Presbíteros e Diáconos, organizar igrejas,
e só poderão funcionar em primeira convocação com
no mínimo cinquenta por cento mais um dos membros em
atividade, e em segunda convocação, trinta minutos depois, com no mínimo trinta
por cento dos membros da Igreja.
Art.
36 - As assembleias ordinárias e extraordinárias
poderão funcionar até com um terço dos membros em
atividade, isto em primeira convocação. Na segunda convocação, trinta minutos
depois da primeira, funcionará com qualquer número de membros.
Art.
37 – Quando se tratar de aquisição ou venda de imóveis ou de outro assunto
qualquer que pela sua magnitude exija uma participação maior dos membros da
Igreja o quorum exigido é o mesmo de uma assembléia
especial.
Art.
38 - Todas as assembleias serão convocadas por editais que serão colocados nos
quadros de avisos e nos órgãos informativos da Igreja, além do anúncio no
púlpito e em suas reuniões.
Parágrafo
Único – Todas as assembleias terão o seu registro em livro de atas para
adquirirem os seus efeitos legais.
Art.
39 - Ao Pastor Titular compete convocar e presidir todas as assembleias,
na qualidade de presidente da comunidade. Nas suas impossibilidades ele
nomeará um Pastor Auxiliar para presidir as assembleias. Não tendo Pastor
Auxiliar, ele nomeará um dos Presbíteros em exercício para presidir as
assembleias. No impedimento do Pastor Titular e de Pastores Auxiliares, um
Presbítero, no exercício da função, do consenso do colegiado de Oficiais,
presidirá a assembleia, desde que esteja em consonância com a Denominação a que
esteja filiada.
Capítulo VII
Capítulo VII
Das
Eleições da Igreja
Art.
40 - Serão considerados eleitos, legalmente, para os diversos departamentos da
Igreja, os irmãos que obtiverem maioria simples de votos.
Parágrafo
Único - Se no primeiro escrutínio, havendo concorrência, o candidato não tiver
maioria simples de votos, proceder-se-á novo escrutínio, entre as duas pessoas
mais votadas.
Art.
41 - Os Pastores, Presbíteros e Diáconos serão
eleitos em assembléia especial convocada
exclusivamente para este fim, e só serão destituídos dos seus
cargos antes do término do mandato por assembléia da Igreja da mesma
natureza.
Art. 42 - Os
Oficiais Pastores, Presbíteros e Diáconos, serão eleitos para um mandato de
acordo com os respectivos ofícios na igreja
local por tempo indeterminado.Art. 43 - Só serão eleitos os Pastores e Oficiais que obtiverem no mínimo 2/3 (dois terços) de votos dos presentes na assembléia.
Capítulo VIII
Do
Conselho FiscaI
Art.
44 – Esta Igreja terá um Conselho Fiscal composto de três membros titulares e dois
suplentes que substituirão os titulares em suas ausências, eleitos pela assembléia
da Igreja de três em três anos, para fiscalizar a movimentação financeira da
mesma, sendo um deles escolhido por eles para ser o relator.
Parágrafo
Único - Os conselheiros não podem ser parentes dos gestores da Igreja
até 3º grau.
Art.
45 – Os conselheiros poderão a qualquer hora auditar todas as tesourarias das
diversas áreas da Igreja e responderão unicamente a assembléia da mesma.
Art. 46 –
Anualmente a movimentação financeira da Igreja será submetida à apreciação do
Conselho Fiscal para o seu parecer do exercício fiscal do ano anterior, junto à
primeira assembleia do anoCapítulo IX
Das Disposições
Gerais e Transitórias
Art.
47 - Além deste Estatuto, a Igreja poderá adotar um regimento interno
para a boa ordem de seus trabalhos regulares.
Art.
48 - Os membros da Igreja responderão pelas
obrigações contraídas pela administração aprovadas ou
homologadas pelas assembleias.
Art.
49 - Caso a experiência mostre futuramente a necessidade de ser
reformado o presente Estatuto, só poderá acontecer isso em uma assembléia
especial convocada para essa finalidade.
Parágrafo
Único – Numa possível reforma deste Estatuto os Artigos constantes do
Capítulo I não poderão ser
alterados.
Art.
50 - Os casos omissos no presente Estatuto e no Regimento Interno se houver,
serão resolvidos pela Igreja em suas assembleias.
Art.
51 - Caso esta Igreja venha a se dividir, o seu patrimônio móvel, imóvel e
financeiro pertencerá à parte que continuar a apoiar e a praticar os princípios
congregacionais e as doutrinas expressas na Confissão de Fé Congregacional. Se
ambas as partes os aceitarem in totum, passará a pertencer àquela que
estiver com a maioria de votos na assembléia.
Paragrafo
Único – Para arbitrar a questão de uma possível divisão, esta Igreja se submete
a decisão da Denominação a que pertence. Se a Igreja não estiver ligada a
nenhuma Denominação, o árbitro será a Igreja que a organizou.
Art.
52 - Caso esta Igreja venha a dissolver-se por qualquer motivo, de sorte que
não restem doze membros, dentre eles um Presbítero e um
Diácono, que funcionem como Igreja regular,
todos os seus móveis, imóveis e disponibilidades
financeiras se reverterão em favor da ____________________________________________________.
Art.
53 - O presente Estatuto foi aprovado em assembléia especial
realizada em ............ e entrará em vigor a partir do seu registro no
Cartório correspondente, ficando revogadas todas as disposições em
contrário.
CRISTO NA BÍBLIA - HEBREUS (CRISTO, O SUMO SACERDOTE)
CRISTO
NA BÍBLIA (Pr. Eudes)
HEBREUS - CRISTO,
O SUMO SACERDOTE
A carta aos
Hebreus foi escrita para fortalecer a fé dos irmãos em Cristo oriundo do
judaísmo que viviam em Roma, e que estavam, por causa da perseguição ao Evangelho,
tentados a abandonar o Cristianismo e voltar ao Judaísmo. Nessa carta o autor
mostra que a atitude daqueles irmãos estava errada, pois o Cristianismo era
superior ao Judaísmo por ser ele o ápice do programa redentor em que o judaísmo
era a fase preparatória e o Cristianismo a fase consumada. Ainda o livro
apresenta uma galeria de heróis da fé para animar a vacilante igreja da época. Na
sua argumentação, o autor de Hebreus revela
que Cristo era superior aos antigos profetas, a Moisés, a Josué e até aos
próprios anjos e lhes apresenta a razão para isso: “O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua
pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo feito
por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da
Majestade, nas alturas; Hb 1.4. “feito tanto mais excelente do que os anjos,
quanto herdou mais excelente nome do que eles” Hb 1.30. Em seguida, o autor de Hebreus trata de outro
assunto relevante nessa relação Judaísmo x Cristianismo que é a questão do
sacerdócio e da obra realizada por esse segmento religioso de Israel. Hebreus
apresenta Cristo como o Sumo Sacerdote da nossa confissão, portanto superior a
Arão (primeiro sumo sacerdote israelita) por ser Ele da ordem de Melquisedeque.
“Assim, também Cristo não se glorificou a
si mesmo, para se fazer sumo sacerdote, mas glorificou aquele que lhe disse: Tu
és meu Filho, hoje te gerei. Como também diz noutro lugar: Tu és sacerdote
eternamente, segundo a ordem de Melquisedeque” Hb 5.5,6. A carta aos Hebreus,
complementando esse assunto, mostra que a obra realizada por Cristo na cruz foi
o grande e perfeito sacrifício pelos pecados, portanto superior aos sacrifícios
que os sacerdotes israelitas realizavam diariamente, inclusive aquele realizado
pelo sumo sacerdote no Dia da Expiação. “E
assim todo sacerdote aparece cada dia, ministrando e oferecendo muitas vezes os
mesmos sacrifícios, que nunca podem tirar pecados; mas este, havendo oferecido
um único sacrifício pelos pecados, está assentado para sempre à destra de Deus”
Hb 10.11,12. “Mas, vindo Cristo, o sumo
sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito tabernáculo, não feito
por mãos, isto é, não desta criação, nem por sangue de bodes e bezerros, mas
por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma
eterna redenção” Hb 9.11,12.
Pr. Eudes Lopes Cavalcanti
sexta-feira, 20 de outubro de 2017
CRISTO NA BÍBLIA - FILEMOM (CRISTO, O INTERCESSOR)
CRISTO
NA BÍBLIA (Pr. Eudes)
FILEMOM - CRISTO,
O INTERCESSOR
Dentre as
quatro cartas escritas por Paulo e conhecidas como cartas pastorais a de
Filemom é a menor. Paulo a escreveu quando de sua primeira prisão em Roma. O
teor da carta trata de uma intercessão feita pelo apóstolo em favor de um
escravo de Filemom que tinha fugido, mas que fora alcançado pela graça
redentora de Cristo na prisão onde Paulo estava. Certamente que depois de
convertido, Onésimo revelou a Paulo a sua condição de escravo e a quem
pertencia que era justamente a um servo de Deus por quem Paulo tinha um grande
apreço, e que fora alcançado para Cristo através do ministério daquele
apóstolo. Liberto Onésimo antes de Paulo, o apóstolo por questão de consciência
ética recomenda a Onésimo que se apresente diante do seu senhor Filemom e volte
a servi-lo, como era a praxe da época (a escravidão era comum no império romano
e todo potentado tinha escravos que lhe serviam). Só que duas coisas devem ser
observadas em relação a essa questão: Uma, geralmente, o escravo fujão quando
pego era condenado à morte; e a outra é que Onésimo agora era um cristão,
portanto filho de Deus, e irmão em Cristo, inclusive do seu senhor Filemom que
também professava a fé em Cristo. É por isso que Paulo intercede por Onésimo
junto a Filemom, pedindo a ele que por amor a Paulo que o ganhara para Cristo,
Filemom recebesse Onésimo não mais como escravo, mas como irmão caríssimo no Senhor.
“Porque bem pode ser que ele se tenha
separado de ti por algum tempo, para o retivesses para sempre, não já como
servo, antes, mais do que servo, como irmão amado, particularmente de mim
quanto mais de ti, assim na carne como no Senhor” Fm 15,16. Quanto a
Cristologia em Filemom, podemos extrair, por analogia, que assim como Paulo
intercedeu por Onésimo junto a Filemom, sendo ele escravo, inclusive disposto a
pagar o preço do dano causado por ele, assim Cristo intercedeu por nós na cruz,
pagando o preço de nossos pecados reconciliando-nos com Deus. “E tudo isso provém de Deus, que nos
reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo e nos deu o ministério da
reconciliação, isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não
lhes imputando os seus pecados, e pôs em nós a palavra da reconciliação” 2
Co 5.18,19. “A vós também, que noutro
tempo éreis estranhos e inimigos no entendimento pelas vossas obras más, agora,
contudo, vos reconciliou no corpo da sua carne, pela morte, para perante ele,
vos apresentar santos, e irrepreensíveis, e inculpáveis” Cl 1.21,22.
Pr. Eudes Lopes Cavalcanti
quarta-feira, 18 de outubro de 2017
CRISTO NA BÍBLIA - MATEUS (CRISTO, O REI DE ISRAEL)
CRISTO NA BÍBLIA (Pr. Eudes)
MATEUS – O CRISTO, O REI DE ISRAEL
Vimos que todos os livros do Antigo Testamento falaram sobre o Messias, direta ou indiretamente, através de profecias, instituições, tipos, figuras, etc. Entre o Antigo e Novo Testamento temos um período de quatrocentos anos quando Deus não falou através de profetas, conhecido como silêncio profético, ou período interbíblico. O Novo Testamento começa com o Evangelho de Mateus. Mateus fora um dos apóstolos e testemunha ocular de toda a vida ministerial de nosso Senhor Jesus Cristo. O seu livro, juntamente, com os evangelhos de Marcos e Lucas, são chamados de Evangelhos Sinóticos porque os relatos são similares. Os registros nesse Evangelho sobre o nascimento e infância de Jesus (anunciação do nascimento, nascimento, a fuga da família para o Egito para escapar da sanha assassina de Herodes o grande, e a sua volta para Nazaré onde seria criado), e da sua vida em Nazaré como carpinteiro, certamente Mateus o fez baseado em testemunhos de terceiros, pois só a partir da sua chamada para o apostolado é que ele passou a ser testemunha ocular dos fatos registrados em seu Evangelho. Esse Evangelho tem uma peculiaridade interessante que é apresentar Jesus aos judeus como o Rei de Israel, da casa real de Davi, o Rei Messiânico prometido no Antigo Testamento e para isso Mateus começa o seu Evangelho com uma genealogia de Jesus a partir de Abraão, tendo como ponto central o rei Davi e os seus descendentes até chegar a Cristo, filho de José, da casa de Davi. Quando Mateus pontua os fatos relevantes sobre a vida de Jesus sempre o faz dizendo: isso aconteceu para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta fulano de tal. Na biografia de Jesus, Mateus registrou o batismo de Jesus por João Batista, a sua unção pelo Espirito Santo, o famoso Sermão do Monte, as Parábolas do Reino, os milagres realizados por Cristo, o Sermão Escatológico, e ele fez um registro pormenorizado da semana final de Jesus culminando com a sua morte ignominiosa na Cruz do Calvário, sua gloriosa ressurreição e a grande comissão dada a Igreja para que pregasse o Evangelho, batizasse os novos conversos e os discipulassem, terminando o relato com a promessa de Jesus de que estaria sempre com eles.
Pr. Eudes Lopes Cavalcanti
CRISTO NA BÍBLIA - TITO (CRISTO, A GRAÇA SALVADORA)
CRISTO NA BÍBLIA (Pr. Eudes)
TITO - CRISTO, A GRAÇA SALVADORA
Paulo escreveu treze cartas, nove a igrejas e quatro a obreiros companheiros e colaboradores seus de ministério (Timóteo, Tito e Filemom). Essas quatro cartas são chamadas de cartas pastorais, especialmente as cartas de Timóteo e Tito. Tito, o jovem colaborador de Paulo, era grego. Apesar de ser colaborador de Paulo não existe nenhuma referência a ele nas viagens missionárias mencionadas no livro de Atos dos Apóstolos. Paulo e ele pregaram o evangelho na ilha de Creta e Paulo o encarregou da continuidade do trabalho naquela ilha, conforme o texto de Tt 1.5. Paulo tinha um apreço muito grande por esse obreiro, pois o seu nome é citado por ele doze vezes (oito em 2º Coríntios, 02 em Gálatas, 01 em 1º Timóteo e 01 em Tito) sempre com boas referências. A carta a Tito teve o propósito de ajudar aquele obreiro na difícil tarefa de organizar a Igreja de Creta, bem como instrui-lo quanto aos seus deveres como pastor daquela Igreja. Na organização da Igreja de Creta a preocupação maior de Paulo era com a constituição de sua liderança eclesiástica, daí ele traçar o perfil do presbítero. Quanto a Cristologia em Tito, Paulo focaliza a questão da construção da Igreja por Cristo, que escolhe cuidadosamente as pedras espirituais que formam essa construção para a habitação de Deus em Espirito. Ainda em 2.13, Paulo enfatiza a bendita esperança que todo o salvo deve ter, que é a manifestação de Cristo em glória por ocasião de sua segunda vinda. “Aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus”. Paulo enfatiza ainda Cristo como o nosso Redentor e apresenta a sua segunda vinda como o grande motivador de uma vida de santidade, que tanto agrada a Deus. Em Tito 2.14, Paulo revela que Jesus deu-se a si mesmo para remir a Igreja de suas iniquidades, e para purificar para si um povo exclusivamente seu (a Igreja), zeloso de boas obras. No que se refere à redenção que há em Cristo Jesus, Paulo explica a sua operacionalização, que começa com o derramar do Espirito através de Cristo sobre o escolhido de Deus, regenerando a sua vida e o transformando numa nova criatura, através da ação desse mesmo Espirito (Tt 3.4-6). “Não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espirito Santo, que ele derramou sobre nós ricamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador”. Paulo ainda fala que os cristãos genuínos são justificados por graça e misericórdia, tornando-se assim herdeiros de Deus (Tt 3.7).
Pr. Eudes Lopes Cavalcanti
terça-feira, 10 de outubro de 2017
CRISTO NA BÍBLIA - 1,2 TIMÓTEO (CRISTO, O ÚNICO MEDIADOR)
CRISTO NA BÍBLIA (Pr. Eudes)
1,2 TIMÓTEO - CRISTO, O ÚNICO MEDIADOR
Paulo escreveu treze cartas, nove à igrejas e quatro à obreiros companheiros seus de ministério. Essas quatro cartas são chamadas de cartas pastorais, especialmente as cartas de Timóteo e a de Tito. Timóteo era um jovem crente filho de uma judia e de pai grego. Paulo, no início de sua segunda viagem missionária, ao chegar a Derbe e Listra toma conhecimento de um jovem crente que os irmãos davam bom testemunho dele e resolve chamá-lo para compor a sua equipe missionária. Timóteo cresceu muito na vida espiritual e ganhou a confiança de Paulo. Mais tarde Timóteo é designado por Paulo para tomar conta da igreja de Éfeso e lá serviu ao Senhor por um determinado tempo. Por natureza, Timóteo era um jovem tímido e que enfrentava frequentes enfermidades. As duas cartas que Paulo escreveu para ele visavam animá-lo no árduo ministério pastoral bem como orientá-lo em diversas questões atinentes a esse ministério. Quando da sua primeira carta a Timóteo, Paulo estava pregando o evangelho em liberdade, mas quando da segunda estava preso em Roma por causa do Evangelho. Muitas referências cristológicas são encontradas nesses dois livros canônicos, especialmente no primeiro, sendo uma delas aquela que revela Cristo como único mediador. “Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem, o qual se deu a si mesmo em preço de redenção por todos, para servir de testemunho a seu tempo” 1 Tm 2.5,6. O Senhor Jesus foi designado pelo Conselho da Santíssima Trindade para ser o único meio de interligar o homem a Deus, aliás, Ele já tinha dito isto quando disse que era o caminho, a verdade e a vida, e que ninguém viria ao Pai a não ser por ele (Jo 14.6). Cristo mediou na cruz a nossa terrível situação de inimigos de Deus por causa do pecado, e com o seu sacrifício tornou Deus favorável ao homem, pois pagou o preço da nossa divida contraída por causa do pecado. “... Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação” 2 Co 5.19. As bênçãos dos Céus descem para as pessoas em geral, especialmente sobre a Igreja, através de Cristo, e as nossas orações, louvores, enfim a adoração sobe aos Céus através de Cristo. “Portanto ofereçamos sempre por ele a Deus sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu nome” Hb 13.15. Essa poderosa mediação possibilitou a nossa reconciliação com Deus e tornou Deus favorável a nós.
Pr. Eudes Lopes Cavalcanti
CRISTO NA BÍBLIA - 1,2 TESSALONICENSES (CRISTO, O REI QUE VOLTA)
CRISTO NA BÍBLIA (Pr. Eudes)
1,2 TESSALONICENSES - CRISTO, O REI QUE VOLTA
A Igreja de Tessalônica foi fundada por Paulo na sua segunda viagem missionária. Como a estada dele naquela cidade foi rápida por causa de perseguição e ele não teve tempo de doutrinar a Igreja, viu-se na necessidade de escrever àquela Igreja manifestando a sua alegria pela obra da graça divina no meio deles e ao mesmo tempo para esclarecer-lhe certos assuntos doutrinários em especial a questão dos crentes falecidos e o futuro deles, o que ele fez na Primeira Carta aos Tessalonicenses. A revelação da verdade da segunda vinda do Senhor e a consequente ressurreição dos crentes falecidos e a transformação dos crentes vivos e o arrebatamento da Igreja, causou um impacto profundo na vida da Igreja a ponto de diversos irmãos se desfazerem de seus bens para esperar o Senhor na Igreja, devido ao entendimento deles da iminente vinda do Senhor. Tal desorganização na vida da Igreja chegou ao conhecimento de Paulo que escreveu a segunda carta aos tessalonicenses para disciplinar a questão. Sobre o assunto da segunda vinda do Senhor, Paulo disse: “Dizemos-vos, pois, isto pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem. Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor” 1 Ts 4.15-17. Nesse texto, Paulo enfatiza que o Senhor virá uma segunda vez, desta feita para buscar a Igreja ou arrebatá-la para si. E quando da segunda vinda, os crentes falecidos, desde o primeiro até o último, ressuscitarão dentre os mortos com corpos glorificados e os irmãos que estiverem vivos serão transformados num abrir e fechar de olhos e ambos, ressurretos e transformados, todos com corpos glorificados serão impulsionados pelo Espirito Santo para o céu atmosférico a fim de se encontrar com Jesus. Na segunda carta, Paulo revela os sinais da proximidade desse grande e glorioso dia, que são dois: 1) A apostasia; 2) A manifestação do Anticristo. “Ninguém, de maneira alguma, vos engane, porque não será assim sem que antes venha a apostasia e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição” 2 Ts 2.3. Na primeira carta Cristo vem para buscar a Igreja e na segunda Ele vem para julgar os ímpios e punir o Anticristo.
Pr. Eudes Lopes Cavalcanti
CRISTO NA BÍBLIA - COLOSSENSES (CRISTO, A ESPERANÇA DA GLÓRIA)
CRISTO NA BÍBLIA (Pr. Eudes)
COLOSSENSES – CRISTO, A ESPERANÇA DA GLÓRIA
Tudo indica que a Igreja de Colossos, cidade grega, próximo a Éfeso, foi fundada pelo ministério de longo alcance do apóstolo Paulo, que passou três anos em Éfeso, fazendo com que os habitantes da Ásia Menor tomassem conhecimento do Evangelho de Cristo (At 19.10; 20.31). Segundo os estudiosos bíblicos, Paulo nunca visitou aquela Igreja em suas viagens missionárias. Ele escreveu para os Colossenses a fim de combater uma heresia que grassava na Igreja, heresia essa que era cheia de sincretismo religioso, pois misturava ensinos bíblicos, tradições judaicas extrabíblicas e filosofias pagãs, que solapava a centralidade de Cristo. A carta também foi escrita com o propósito de realçar a pessoa e a obra de Cristo, e para revelar a verdadeira natureza da nova vida nEle. O Senhor Jesus nessa carta é retratado como a imagem do Deus Invisível, a plenitude da Deidade em forma corporal, humana, e o Criador de todas as coisas, visíveis e invisíveis, e a cabeça da Igreja e a fonte suficiente da nossa Salvação. Quanto a “Cristo em vós, esperança da gloria” (1.27) esse tema trata da habitação de Cristo no cristão genuíno através da pessoa do Espirito Santo. Essa habitação de Cristo no cristão condiciona todo o seu viver e se evidencia numa conduta cristã sadia que glorifique a Deus dentro do lar, da Igreja e no mundo. Paulo faz um apelo a Igreja de Colossos para que viva a vida cristã alicerçada na suficiência completa de Cristo, por ser esse o único meio para um progresso espiritual sadio, que redunde na glória de Deus bem como na expectativa de glória proveniente da habitação de Cristo na vida do crente, neste mundo e na eternidade.
Pr. Eudes Lopes Cavalcanti
terça-feira, 12 de setembro de 2017
CRISTO NA BÍBLIA - FILIPENSES (CRISTO, A RAZÃO DO VIVER)
CRISTO NA BÍBLIA (Pr. Eudes)
FILIPENSES – CRISTO, A RAZÃO DO VIVER
A Igreja na cidade de Filipos começou com a conversão da comerciante Lídia e sua família e a do carcereiro de Filipos e sua família, conforme relato de At 16.12-40, isto na segunda viagem missionária de Paulo. Um forte vinculo de amizade se desenvolveu entre o apóstolo e aquela Igreja, inclusive tornando-se ela uma parceira missionária do apóstolo enviando-lhe ajuda financeira várias vezes. Paulo escreveu essa carta quando estava prisioneiro em Roma, isso pelos idos de 63 d.C. Paulo ao escrever a carta aos Filipenses tinha como propósito: a) Manifestar a sua gratidão a Igreja pela ajuda que dera ao seu ministério apostólico; b) Informar sobre o seu estado pessoal, visto que estava preso por causa do Evangelho; c) Para fazer conhecido do Igreja o propósito de Deus em sua prisão em Roma; d) Para assegurar a Igreja que o mensageiro enviado por ela (Epafrodito), cumprira fielmente o seu papel; Para encorajar os membros da igreja a se esforçarem em conhecer melhor o Senhor que os resgatara, conservando a unidade, a humildade, a comunhão e a paz. Nessa carta encontra-se um dos mais belos hinos cristológicos de todo o Novo Testamento, que se encontra em Fp 2.5-11. Nesse hino encontramos revelados os estados de Humilhação e de Exaltação de Cristo. No Estado de Humilhação Paulo fala sobre a encarnação, os sofrimentos e a morte de Cristo, e no Estado de Exaltação Paulo fala sobre a ressurreição, ascensão e a entronização de Cristo. A Carta aos Filipenses ainda é, juntamente com 2 Coríntios, uma carta que mais revela o coração do apostolo aos gentios (carta autobiográfica). Sobre essa questão encontramos Paulo revelando, o que se segue: “Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho” Fp 1.21. Cristo, a suprema revelação do Pai, era o motivo principal da existência e ministério do apóstolo Paulo. Paulo o reconhecia como Deus a quem devia adoração, e Senhor a quem devia se submeter e fazer a sua vontade. E esse entendimento levava o apóstolo a consagrar plenamente a sua vida a Cristo e ao seu reino. Veja o que ele disse: “Mas o que para mim era ganho reputei-o perda por Cristo. E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas as coisas, e as considero como esterco, para que possa ganhar a Cristo” Fp 3.7. Essa epístola é chamada também a epístola da alegria, por isso Paulo convoca a Igreja a se alegrar com ele: “Regozijai-vos sempre no Senhor; outra vez vos digo, regozijai-vos”. Fp 4.4.
Pr. Eudes Lopes Cavalcanti
CRISTO NA BÍBLIA - EFÉSIOS (CRISTO, O CABEÇA DA IGREJA)
CRISTO NA BÍBLIA (Pr. Eudes)
EFÉSIOS – CRISTO, O CABEÇA DA IGREJA
O trabalho na cidade de Éfeso foi iniciado por Paulo em sua segunda viagem missionária (At 18.19-21) e consolidado na terceira viagem missionária (At 19.1-20.1). A carta aos Efésios foi escrita com o objetivo de revelar a grandiosidade do propósito redentor de Deus em Cristo Jesus. Ainda na carta, Paulo trata do viver cristão nas relações familiares e sociais no que se refere à vontade de Deus para uma convivência harmoniosa. A carta aos Efésios tem as seguintes características especiais: 1) A revelação da grande verdade teológica da redenção que há em Cristo Jesus, que é intercalada por duas orações do apóstolo; 2) A expressão “em Cristo” que é um dos temas tratados com mais frequências nas cartas paulinas (106 vezes), em Efésios é encontrada cerca de trinta e seis vezes; 3) Em Efésios é salientado o propósito e alvo eterno de Deus para a Igreja; 4) Há uma ênfase destacada no papel do Espírito Santo na vida cristã; 5) Efésios é tida como uma epístola gêmea de Colossenses pelo fato de apresentarem semelhanças em seus conteúdos e por terem sido escritas quase ao mesmo tempo. Na parte teológica da carta encontramos o mistério revelado por Deus através de Paulo que é de unir judeus e gentios num só corpo espiritual que é a Igreja, que está sendo edificada sobre o fundamento dos apóstolos e profetas e cuja pedra principal é o próprio Filho de Deus, o Senhor Jesus Cristo. Essa união é devido à poderosa obra realizada por Cristo na cruz, operacionalizada pela ação do Espírito Santo. Ainda quanto a Cristologia, dentre outras coisas, Paulo enfatiza que a Igreja é um corpo espiritual onde Cristo é o cabeça da mesma e os crentes são os membros desse corpo. “Antes, seguindo a verdade em caridade, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, do qual todo o corpo, bem ajustado e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, faz o aumento do corpo, para sua edificação em amor” Ef 4.15,16. Outra figura usada por Paulo, no que se refere à Cristologia, é a que revela que a Igreja é um edifício espiritual, nós os crentes somos as pedras dessa construção e o Senhor Jesus é o seu fundamento, a pedra de esquina. “Assim que já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos Santos e da família de Deus; edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina; no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para templo santo no Senhor, no qual também vós juntamente sois edificados para morada de Deus no Espírito” Ef 2.19-22.
Pr. Eudes Lopes Cavalcanti
CRISTO NA BÍBLIA - GÁLATAS (CRISTO, A GRAÇA MANIFESTA DE DEUS)
CRISTO NA BÍBLIA (Pr. Eudes)
GÁLATAS – CRISTO, A GRAÇA MANIFESTA DE DEUS
Antioquia da Pisídia, Icônio, Listra e Derbe compunham a região da Galácia onde Paulo e Barnabé fundaram igrejas na sua primeira viagem missionária. Depois de certo tempo, os irmãos dessas igrejas estavam sendo seduzidos pelo judaísmo, e tentados a abandonar a graça de Deus e procurar novamente a justificação pelas obras da lei. Os judaizantes tinham entrado forte nessas igrejas e tentado solapar a autoridade apostólica de Paulo, bem como a sua mensagem da justificação pela graça de Cristo através da fé. Eles diziam que Paulo não era um genuíno apóstolo de Cristo porque não fazia parte do grupo dos doze, e que a mensagem da salvação pela graça mediante a fé, pregada por Paulo, não era suficiente para salvar o homem, e sim que deveria ser acrescentada a ela a circuncisão e a observância da lei mosaica. Em defesa de sua tese (a salvação pela graça mediante a fé) Paulo argumenta que o cristão recebe o Espirito pela pregação da fé e não pelas obras da Lei, e diz ainda Paulo que pelas obras da Lei nenhuma carne será justificada diante de Deus. Paulo também usa o argumento de que Abraão, o patriarca hebreu, foi justificado pela fé na promessa de Deus e não pelas suas obras. Quanto à Cristologia, Paulo enaltece a obra expiatória de Cristo como ponto central do programa redentor e enfatiza que a justificação do pecador junto a Deus dar-se-á pela absorção, pela fé, dessa obra, que é a manifestação plena da graça de Deus. Paulo ainda argumenta que a lei não consegue mortificar as obras da carne, natural em todo o ser humano. Somente Jesus, através do seu Espirito, é que produz uma obra de transformação do homem e lhe concede a graça de produzir em seu viver o fruto do Espírito (amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança).
Pr. Eudes Lopes Cavalcanti
sexta-feira, 1 de setembro de 2017
quinta-feira, 24 de agosto de 2017
CRISTO NA BÍBLIA - 1, 2 CORÍNTIOS (CRISTO, O CENTRO DA MENSAGEM PAULINA)
CRISTO NA BÍBLIA - 1, 2 CORÍNTIOS – CRISTO, O CENTRO DA MENSAGEM PAULINA (Pr. Eudes)
Corinto era uma das maiores cidades da Grécia antiga. A Igreja em Corinto fora fundada por Paulo em sua segunda viagem missionária durante os dezoito meses que trabalhou nela juntamente com Áquila e Priscila (At 18.1-18). O fervoroso Apolo também trabalhou naquela cidade na ausência de Paulo (At 19.1). Aquela Igreja era composta de judeus e gentios, sendo esse último grupo bem maior do que o primeiro. Com o crescimento da Igreja surgiram problemas que foram administrados por Paulo através de duas cartas destinadas a ela num curto intervalo de tempo uma da outra. Paulo escreveu a primeira carta para administrar problemas que a Igreja enfrentava, e que fora informado pela família de Cloé (1 Co 1.11). Esses problemas giravam em torno de divisões dentro da Igreja, litígios entre irmãos, questões morais, éticas e doutrinárias. Isso maculava a santidade da Igreja. Para solução desses problemas Paulo, pelo Espírito Santo, estabeleceu dois princípios que iriam nortear a Igreja de Corinto bem como a Igreja do Senhor em todos os tempos. O primeiro princípio revela a Igreja como o Corpo de Cristo, portanto indivisível. O segundo princípio revela o correto proceder de uma pessoa unida espiritualmente com Cristo, como membro do corpo. Paulo escreveu a segunda carta aos Coríntios com as seguintes finalidades: a) Encorajar a maioria da igreja que lhe era fiel, como seu pai espiritual; b) Contestar e desmascarar os falsos apóstolos que distorciam a sua mensagem e enfraqueciam o seu apostolado em Corinto; c) Repreender a minoria daquela comunidade que fora seduzida pelos falsos obreiros, opositores de Paulo. Quanto à Cristologia, temos Cristo como a cabeça do corpo, a Igreja. Os crentes estão ligados espiritualmente uns aos outros formando o corpo e esse por sua vez ligado a Cristo que é a cabeça da Igreja. Outra questão Cristológica tem haver com Cristo como as primícias da ressurreição. No programa divino o corpo dos crentes na ressurreição final será semelhante ao corpo ressurreto de Cristo. Cristo as primícias e depois dele, a Igreja. Quando isso for concretizado cumprir-se-á a palavra que está escrita: “Tragada foi a morte na vitória”. Ainda merece destaque a mensagem da pregação apostólica centrada no Cristo crucificado, que era escândalo para os judeus e loucura para os gentios. Paulo dizia que Cristo é o poder de Deus e sabedoria de Deus. Dizia ainda Paulo que Cristo era para a Igreja: sabedoria, justiça, santificação e redenção.
Pr. Eudes Lopes Cavalcanti
CRISTO NA BÍBLIA - ROMANOS (CRISTO, A JUSTIÇA DE DEUS)
CRISTO NA BÍBLIA (Pr. Eudes)
ROMANOS – CRISTO, A JUSTIÇA DE DEUS
A Igreja de Roma não foi fundada por nenhum dos apóstolos do Senhor Jesus. Talvez tenha sido fundada por alguns irmãos alcançados pelo Evangelho no dia Pentecostes em Jerusalém. Não se tem notícia pelas Escrituras de que Pedro tenha sido bispo de Roma. A carta aos Romanos é a mais teológica das cartas que Paulo escreveu. Ela foi escrita provavelmente em 57 d.C. e o tema dela é A Revelação da Justiça de Deus. Paulo a escreveu através do amanuense (secretário) Tércio. O duplo propósito que levaram Paulo a escrever a Igreja de Roma, foi: 1) Notificar àquela Igreja, por escrito, o teor do evangelho que pregava há vinte e cinco anos; 2) Corrigir um problema gerado por atitudes erradas dos crentes judeus para com os crentes gentios e vice versa. Nessa carta Paulo mostra que tanto judeus quanto gentios eram pecadores aos olhos de Deus, e que não havia diferença alguma entre um grupo e outro, tendo em vista que todos eram pecadores. Ainda nessa carta que, no caso, era a essência da mensagem que pregava, Paulo ensina que a justificação do pecador dar-se-ia através dos méritos de Cristo na cruz, através da fé e não das obras da Lei. “O justo pela sua fé viverá”, sendo esse um dos dogmas da Reforma Protestante. O capítulo oito dessa carta enfoca a vida no Espirito e suas benesses. Nos capítulos nove, dez e onze é tratada a questão judaica, ou seja, o mistério da rejeição dos judeus a Cristo e o seu futuro no programa divino. Quanto a Cristologia, o seu ponto central é a questão da justiça de Deus. O pecador ofendeu a Deus devido ao pecado de origem. Deus por causa de seus atributos de santidade e justiça tinha que punir o pecador, mas de acordo com o seu imensurável amor pelo homem, Ele planejou e executou um plano no qual o seu próprio Filho encarnaria e daria a sua vida em favor do pecador perdido. A justiça e o amor de Deus são revelados na cruz de Cristo. Por um lado Cristo pagou pelos pecados dos outros, satisfazendo plenamente a justiça divina, e por outro lado esse sacrifício foi um ato demonstrativo do amor de Deus pelos perdidos. A justiça de Cristo é imputada pela fé ao pecador arrependido. Cristo, nossa justiça. (1 Co 1.30).
Pr. Eudes Lopes Cavalcanti
CRISTO NA BÍBLIA - ATOS (ESPÍRITO DE CRISTO)
CRISTO NA BÍBLIA (Pr. Eudes)
ATOS – O ESPÍRITO DE CRISTO
Depois do evangelho de João, encontramos no cânon sagrado o livro de Atos dos Apóstolos. Esse livro, como o do Evangelho de Lucas, foi escrito pelo médico Lucas, companheiro de Paulo em suas duas últimas viagens missionárias. O livro de Atos tem como principais personagens humanos os apóstolos Pedro (Atos 1 a 12) e Paulo (13-28). Esse livro registra a história da Igreja durante os seus primeiros trinta anos. O grande fato que marca esse livro é a descida do Espirito Santo sobre a Igreja no dia de Pentecostes, inaugurando-a na sua expressão visível, militante. Dois centros de irradiação do Evangelho são identificados no livro de Atos. O primeiro é Jerusalém e depois Antioquia da Síria. Desses dois lugares o Evangelho se espalhou por todo o mundo de então através dos apóstolos e missionários. No que se refere à Cristologia, é bom lembrar que o Espirito Santo, eternamente procedente do Pai e do Filho, é o parácleto enviado por Cristo como seu representante para estar sempre com a Igreja consolando, edificando e exortando o povo de Deus, dando-lhe poder para testemunhar, e dons espirituais para promover a sua edificação espiritual. “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre; O Espirito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco, e está em vós. Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós” Jo 14.16-18. Pelo texto acima podemos entender que o Espírito foi enviado a este mundo como representante de Cristo. A sua ação através da Igreja visa à glorificação de Cristo. “Todavia digo-vos a verdade, que vos convém que eu vá; porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós, mas se eu for, enviar-vo-lo-ei”. Jo 16.7. “Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu, e vo-lo há de anunciar” Jo 16.14. É-nos dito, também, que o Espirito veio para guiar a Igreja na verdade da Palavra de Deus, ensinar e revelar a Cristo, No programa redentor Cristo habita no interior do salvo através da presença do Espirito Santo, que é recebido no ato da conversão à Cristo. (1 Co 12.13; Ef 1.13). Em Atos o Espirito Santo dirige a Igreja e a usa poderosamente para a expansão do Reino de Deus. “Cristo em vós, a esperança da glória”.
Pr. Eudes Lopes Cavalcanti
sexta-feira, 28 de julho de 2017
As Aparições do Cristo Ressurreto (Mc 16.9-20)
Reflexões no Evangelho de Marcos
As Aparições do Cristo Ressurreto (Mc 16.9-20)
O Senhor Jesus morreu na cruz, foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia conforme o programa redentor. Depois de ressurreto, o Senhor ascendeu aos céus e assentou-se a destra de Deus, mas antes de sua ascensão, que aconteceu quarenta dias depois de ressurreto, Jesus apareceu com o corpo glorificado aos seus discípulos tirando-lhes todas as dúvidas sobre a sua ressurreição. O Evangelho de Marcos termina com um relato sucinto das aparições de Jesus, senão vejamos: Primeiramente ele apareceu a Maria Madalena, que anunciou de imediato aos onze apóstolos que, segundo Marcos, não acreditaram nela. Depois apareceu a dois discípulos no caminho de Emaús, relato esse pormenorizado por Lucas em seu evangelho. O testemunho desses dois também não foi acreditado pelos onze. “Finalmente apareceu aos onze, estando eles assentados juntamente, e lançou-lhes em rosto a sua incredulidade e dureza de coração, por não haverem crido nos que o tinham visto já ressuscitado”. Mc 16.14. Continuando, diz-nos ainda Marcos, o Senhor deu-lhes a grande comissão: “E disse-lhes: Ide por todo o mudo, pregai o evangelho a toda a criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado” Mc 16.15,16. Em seguida o Senhor revelou-lhes alguns sinais que acompanhariam a pregação do Evangelho por eles. “E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas; pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão”. Terminando o seu evangelho, Marcos diz que Jesus ascendeu aos céus, assentou-se a destra de Deus, e que Ele cooperava com a pregação do Evangelho confirmando-a com os sinais citados.
Eudes Lopes Cavalcanti
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