sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Os pecados de Israel

     Deus, graciosamente, escolheu um povo em Abraão e deu a esse povo a grande revelação de que Ele era um Deus santo, puro e perfeito, e que para se conviver com Ele de forma harmoniosa o povo teria de viver em santidade de vida, e para isto deu-lhe  um código de ética sintetizado nos Dez Mandamentos.
   A aliança que Deus estabeleceu com Israel no Sinai foi quebrada, por parte do povo, em diversas ocasiões. Por misericórdia divina antes da punição maior estabelecida por Deus em sua aliança, que seria a expulsão do Seu povo da terra que Ele dera a Israel, Ele graciosamente levantou homens e mulheres, através do ministério profético,  para advertir a Israel no que se refere aos pecados cometidos pelo povo, especialmente pelos seus lideres.
   Os profetas de Israel dividem-se em profetas da palavra e profetas da escrita. Os profetas escritores foram aqueles que foram inspirados pelo Espirito Santo para produzir os dezessete livros que constam do Cânon Sagrado (Isaías a Malaquias). Esses profetas bem como os da palavra (Elias, Eliseu...) identificaram alguns pecados, que levariam Israel ao desterro bem como a destruição de Jerusalém e do templo do Senhor.
  Nesse artigo iremos identificar alguns desses pecados e comentá-los de forma sucinta.  Comecemos com a idolatria. A idolatria é a adoração de outro deus que não é o Deus dos Céus. Esse pecado fere o primeiro e o segundo mandamento do Decálogo “Não terás outros deuses diante de mim”. “Não farás para ti imagem de escultura”. O povo de Deus adorou aos deuses do Egito, aos deuses de Canaã e aos deuses das nações limítrofes a Israel (amonitas, moabitas e edomitas).
   Contextualizando esse pecado, ainda hoje muitos que professam a fé cristã colocam outros deuses em seus corações como, por exemplo, o dinheiro e o sexo.
   Outro    pecado   recriminado   pelos  profetas  foi  a imoralidade sexual, as relações sexuais fora do matrimônio, adultério, prostituição, etc. Esse pecado feria o sétimo mandamento que diz “Não adulterarás”. O sexo é uma benção de Deus para o ser humano. Foi o próprio Deus quem fez o ser humano com impulsos sexuais, mas Ele próprio estabeleceu uma instituição, que é o matrimonio, onde o sexo poderia ser usado com critério para a alegria dos cônjuges e para cumprir um propósito seu, a procriação.
     Ainda outro pecado que era praticado pelo povo de Deus, especialmente por aqueles que detinham o poder, foi a violência. Violência é tomar o que pertence aos outros contra a sua vontade, inclusive o bem maior do ser humano que é a vida. Esse pecado fere, dependendo do tipo de violência, a dois mandamentos: “Não matarás” e “Não furtarás”. Esse mesmo terrível pecado caracterizou a sociedade antediluviana, e que levou a sua destruição. A Bíblia diz que naquela época a terra encheu-se de violência. “A terra, porém, estava corrompida diante da face de Deus; e encheu-se a terra de violência” Gn 6.11.
    Outro pecado combatido pelos profetas dizia respeito à questão cultual. O culto nas eras pré-patriarcal e patriarcal era realizado com a edificação de um altar de pedras rusticas, conforme especificado por Deus. A partir da construção do tabernáculo e, posteriormente, do templo o culto deveria ser realizado dentro dele.  Muitos israelitas traziam animais cegos, aleijados, sarnentos para oferecer ao Senhor, isto com a conivência dos sacerdotes que eram os responsáveis pelo altar. Além disso, os profetas reclamaram de que os ofertantes não misturaram os seus sacrifícios com a obediência aos mandamentos de Deus.   
     Cultuar a Deus é uma obrigação do ser humano e pelo descaso dessa obrigação o homem será julgado e punido no Julgamento Final. O culto que deve ser prestado a Deus não é do jeito como o homem quer que seja feito. O próprio Deus estabeleceu a essência e a forma do culto. No que se refere à essência o culto deve ser oferecido a Deus com intensidade de coração e quanto à forma Ele deve ser feito conforme especificado por Deus em sua Palavra.      
                          Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

Tempo de Reconstrução

“Subi o monte, e trazei madeira, e edificai a casa; e dela me agradarei e eu serei glorificado, diz o Senhor”  Ag 1.8
   O Antigo Testamento está classificado em quatro grupos de livros: o Pentateuco, os livros históricos, os livros poéticos e os livros proféticos. Por sua vez os livros proféticos estão divididos em dois grupos: os profetas maiores (de Isaías a Daniel) e os profetas menores (de Oséias a Malaquias).  O livro de Ageu é o antepenúltimo livro do Antigo Testamento, ele, juntamente com Zacarias e Malaquias, são conhecidos como livros proféticos pós exilio, ou seja, aqueles profetas da antiga dispensação que profetizaram após o retorno dos israelitas do cativeiro babilônico.
   Para contextualizar a mensagem do profeta Ageu é preciso lembrar aos irmãos que, na época, o povo de Deus já tinha retornado, pelo menos uma parte dele, do cativeiro babilônico que durara setenta anos. Conforme o relato de Hanani, irmão de Neemias, o estado da cidade de Jerusalém era deplorável. A cidade fora destruída bem como o templo que Salomão construíra.
  Deus graciosamente levantara três homens para uma grande obra de reconstrução: Zorobabel (o templo), Neemias (a cidade) e Esdras (o culto).
  Zorobabel, autorizado por Ciro, conforme relato de Esdras, empreendeu o trabalho de reconstrução do templo: “Assim diz Ciro, rei da Pérsia: O Senhor, Deus dos céus, me deu todos os reinos da terra; e ele me encarregou de lhe edificar uma casa em Jerusalém, que é em Judá. Quem há entre vós, de todo o seu povo, seja seu Deus com ele, e suba a Jerusalém, que é em Judá, e edifique a Casa do Senhor, Deus de Israel; ele é o Deus que habita em Jerusalém”.  Ed 1.2,3.
   Mas, o trabalho de reconstrução teve uma paralização de aproximadamente quatorze anos devido à oposição dos samaritanos, isto levou a um grupo de israelita dizer que ainda não chegara o tempo de reconstruir o templo, e outro grupo dizia que o templo que seria reconstruído não seria nem igual nem teria o esplendor do erigido por Salomão. “Assim fala o Senhor dos Exércitos, dizendo: Este povo diz: Não veio ainda o tempo, o tempo em que a Casa do Senhor deve ser edificada” Ag 1.2.  “Quem há entre vós que, tendo ficado, viu esta casa na sua primeira glória? E como a vedes agora? Não é esta como nada em vossos olhos, comparada com aquela?” Ag 2.3.
   O profeta Ageu foi levantado por Deus para animar o povo a fazer a obra de reconstrução. “Assim diz o Senhor dos Exércitos: Aplicai o vosso coração aos vossos caminhos. Subi o monte, e trazei madeira, e edificai a casa; e dela me agradarei e eu serei glorificado, diz o Senhor” Ag 1.7,8.
    Antes de animar o povo, o profeta revelou uma reprimenda do Senhor por causa do pecado de indiferença em fazer a obra que Deus tinha determinado que deveria ser feita. “Veio, pois, a palavra do Senhor, pelo ministério do profeta Ageu, dizendo: É para vós tempo de habitardes nas vossas casas estucadas, e esta casa há de ficar deserta?” Ag 1.3,4.  Diz a Bíblia que o povo temeu e ouviu a voz de Deus e lançou-se a obra, concluindo-a.
    Contextualizando uma parte da mensagem do livro de Ageu para a Igreja da atualidade percebe-se que  o povo de Deus, geralmente, está imbuído do mesmo pensamento de que não é tempo de reconstrução do santuário de Deus, que é a vida do cristão. Uma grande quantidade de cristãos são crentes nominais, ou seja, não estão com a vida reconstruída, Jesus não é adorado, não é servido, nem é glorificado nelas.
     O santuário onde Deus hoje é adorado é a Igreja como organismo bem como os crentes individuais, pois nos é dito na Bíblia Sagrada que o interior do crente em Cristo é santuário de Deus. “Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” 1 Co 3.16. 
     Exortamos aqueles irmãos que só tem os olhos voltados para as coisas deste mundo, que é tempo de reconstrução, de mudança de foco, pois o Reino de Deus é prioridade absoluta, não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo.
                            Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

PREGAÇÃO PASTOR EUDES - 03/08/14

A Oração do Pai Nosso (A glória de Deus)

“Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome. Venha o teu Reino. Seja feita a tua vontade, tanto na terra como no céu. O pão nosso de cada dia dá-nos hoje. Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores. E não nos induzas à tentação, mas livra-nos do mal; porque teu é o Reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém”.
   Neste boletim iremos refletir sobre a glória de Deus, pois na oração do Pai Nosso nos é ensinado que a Deus  pertence a glória para sempre.
    Segundo o dicionário de Aurélio glória significa fama obtida por ações extraordinárias, grandes serviços à humanidade, etc. Significa  ainda celebridade, renome, brilho, esplendor,  honra e homenagem.
    As Sagradas Escrituras nos apresentam Deus como um ser glorioso, que excede em glória a tudo e a todos. “Bendito seja o Senhor Deus, o Deus de Israel, que só ele faz maravilhas. E bendito seja para sempre o seu nome glorioso; e encha-se toda a terra da sua glória! Amém e amém!” Sl 72.18,19. “Anunciai entre as nações a sua glória; entre todos os povos, as suas maravilhas. Porque grande é o Senhor e digno de louvor, mais tremendo do que todos os deuses” Sl 96.3,4.

   Deus é o único ser que tem glória por si mesmo e não depende de ninguém nem de nada para ser o que é de fato, o Deus glorioso. Tudo em Deus é absoluto, é perfeito, é pleno. Por exemplo: Deus é onipotente, tem todo o poder “Sendo, pois, Abrão da idade de noventa e nove anos, apareceu o Senhor a Abrão e disse-lhe: Eu sou o Deus Todo-poderoso; anda em minha presença e sê perfeito” Gn 17.1; Ele é onisciente, tem todo o conhecido, sabe de tudo “E não há criatura alguma encoberta diante dele; antes, todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele com quem temos de tratar” Hb 4.13; e é também onipresente, ou seja, está em todos os lugares do Seu domínio ao mesmo tempo “Para onde me irei do teu Espírito ou para onde fugirei da tua face? Se subir ao céu, tu aí estás; se fizer no Seol a minha cama, eis que tu ali estás também; se tomar as asas da alva, se habitar nas extremidades do mar, até ali a tua mão me guiará e a tua destra me susterá” Sl 139.7-10.
   A Bíblia ainda nos revela que Deus é o Criador de todas as coisas e essa criação glorifica o Seu grande e glorioso nome. “Os céus manifestam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos. Um dia faz declaração a outro dia, e uma noite mostra sabedoria a outra noite. Sem linguagem, sem fala, ouvem-se as suas vozes em toda a extensão da terra, e as suas palavras, até ao fim do mundo” Sl 19.1-4.
    Encontramos ainda em diversas partes da Bíblia Sagrada grandes manifestações de louvor e adoração a esse Deus glorioso, sempre em reconhecimento pelo que Ele é em si mesmo e pelo que Ele fez. “E ouvi a toda criatura que está no céu, e na terra, e debaixo da terra, e que está no mar, e a todas as coisas que neles há, dizer: Ao que está assentado sobre o trono e ao Cordeiro sejam dadas ações de graças, e honra, e glória, e poder para todo o sempre” Ap 5.13. “E olhei e ouvi a voz de muitos anjos ao redor do trono, e dos seres viventes, e dos anciãos; e era o número deles milhões de milhões e milhares de milhares, que com grande voz diziam: Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riquezas, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e ações de graças” Ap 5.11,12.
    Pelo fato de que a Deus é devida toda a glória, conforme um dos salmos, que diz: “Dai ao Senhor, ó famílias dos povos, dai ao Senhor glória e força. Dai ao Senhor a glória devida ao seu nome; trazei oferendas e entrai nos seus átrios. Adorai ao Senhor na beleza da santidade; tremei diante dele todos os moradores da terra” Sl 96.7-9, devemos como seres humanos e, principalmente, por sermos redimidos  tributar a Santíssima Trindade toda a glória, tanto com os nossos lábios, mas principalmente com um viver que agrade a Deus, a fim de que as pessoas que não O conhecem glorifiquem ao Senhor pelo que veem em nós. (Mt 5.16).       
Pr. Eudes Lopes Cavalcanti   

Simão, o mágico (At 8.9-13) No relato do texto em apreço, nos é apresentada a figura de um homem famoso na cidade de Samaria, onde De...