quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Juízes – O Libertador

Cristo na Bíblia Juízes – O Libertador Depois que Josué conquistou a terra da promessa e a dividiu entre as doze tribos de Israel e depois que faleceu aquela geração de líderes conquistadores, o povo de Deus entrou num período de decadência espiritual, moral e civil. Esse período de altos e baixos na vida de Israel durou aproximadamente quatro séculos. Ainda esse período pode ser sintetizado em quatro palavras: pecado, opressão, arrependimento, libertação. O povo pecava, Deus o punia através de povos fronteiriços de Israel. O povo se arrependia e Deus levantava libertadores que livravam o povo, que foram os juízes. Uma frase é celebre como lema desse período: “Naqueles dias não havia rei em Israel e cada um fazia o que achava bom aos seus olhos”. Foram quatorze os juízes desse período (Otoniel, Eúde, Sangar, Débora/Baraque, Gideão, Tola, Jair, Jefté, Ibsã, Elom, Abdom, Sansão, Eli e Samuel), sendo doze identificados no livro de Juízes e dois no livro de 1 Samuel (Eli, Samuel). A exceção de Tola, Jair, Ibsã, Elom, Abdom e Eli, todos os outros foram juízes usados por Deus para libertar o seu povo da opressão de estrangeiros e julgar o povo em suas demandas. Esses juízes libertadores simbolizavam a Cristo em dois importantes papeis: o de libertar o povo da escravidão provocada pelo pecado e de julgar os seus atos no cotidiano de suas vidas. Assim como os juízes libertaram o povo da opressão e da punição por causa do pecado, Jesus, o grande libertador, liberta o seu povo do poder, do domínio e da presença do pecado e julga os atos individuais praticados por ele. No evangelho de João nos é dito que o pecado escraviza o homem (Jo 8.34). É-nos dito ainda que Jesus é o grande libertador que liberta o seu povo do pecado: “e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” Jo 8.32. “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente, sereis livres” Jo 8.36. Em Colossenses 1.13 nos é dito que Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do filho do seu amor. No Apocalipse 1.5 encontramos que Jesus com o seu sangue nos libertou de nossos pecados. A poderosa obra realizada por Cristo na cruz liberta o homem da condenação e do poder do pecado. Jesus também, como juiz que é, julga os atos praticados pelos crentes no cotidiano de suas vidas. O apóstolo Paulo tinha consciência disso quando disse: “Mas, quando julgados, somos disciplinados pelo Senhor,..." (1 Co 11.32). Paulo ainda disse que todos nós iremos comparecer diante do tribunal de Cristo para darmos conta de nossa mordomia (Rm 14.10-12). Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

Josué – O Príncipe do Exército do Senhor

Cristo na Bíblia Josué – O Príncipe do Exército do Senhor Ao longo da história do povo de Deus, O Senhor graciosamente se revelou em algumas ocasiões através de um personagem enigmático chamado de o anjo do Senhor. Esse anjo não era um anjo comum, criado, e sim o próprio Deus em suas teofanias, ou seja, Deus aparecia aos seus servos escolhidos em forma humana. Esse anjo era o Senhor Jesus Cristo antes de sua encarnação. Por ser Deus, esse anjo era adorado e obedecido. Quando Moisés morreu, Deus nomeou Josué e o encarregou de conquistar a terra da promessa. Após a passagem do Rio Jordão que fora represado pelo poder de Deus, seguiu-se um preparo espiritual do povo (circuncisão e celebração da Páscoa) para a conquista da terra prometida por Deus a Abraão e sua descendência. As guerras que seriam travadas eram chamadas de as guerras do Senhor. O Senhor era o comandante do seu exército, as estratégias eram D`Ele, cabendo a Josué apenas obedecer, o que aconteceu, e a conquista da terra foi feita em três etapas: a campanha central, a campanha do sul e a campanha do norte. Trinta e uma cidades-estados foram conquistadas por Israel sob o comando supremo do Príncipe do Exército do Senhor. No contexto do preparo do povo para a conquista da terra, Josué teve o privilégio de ver o Príncipe do Exército do Senhor numa teofania, é o que relata Js 5.13-15. Nessa teofania, o Senhor Jesus apresentou-se a Josué como o comandante supremo do exército do Senhor. O texto nos diz que Josué ao receber a revelação de que estava diante de Deus, caiu por terra, prostrado, adorando-O e se dispondo a obedecer as Suas divinas orientações. Em diversas partes da Bíblia nos é revelado que o Senhor é varão de guerra. “O SENHOR é varão de guerra; SENHOR (IAVÉ) é o seu nome” Ex 15.3. “Quem é este Rei da Glória? O SENHOR forte e poderoso, o SENHOR poderoso na guerra” Sl 24.8. O Príncipe do Exército do Senhor representa Cristo, era o próprio Cristo que conquistou o Céu para nós. Ainda no livro de Josué, o próprio Josué é um tipo de Cristo no seu papel de fazer o povo de Deus possuir a terra da promessa – Jesus introduz a Igreja na terra prometida (o Céu). Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

A Questão do Divórcio (10.1-12)

Reflexões no Evangelho de Marcos A Questão do Divórcio (10.1-12) Em certa ocasião, quando Jesus estava na Judéia ensinando a uma multidão, aproximaram-se dele alguns fariseus, que lhe perguntaram se era lícito ao homem repudiar a sua mulher. Jesus perguntou a eles o que a lei mosaica dizia sobre o assunto, e eles responderam que ela permitia que o homem desse carta de divórcio a sua mulher. Essa reposta ensejou a Jesus explicar que Moisés fizera aquilo por concessão devido à dureza do coração do homem. Em seguida, o Senhor Jesus reinterpretando a lei, reporta-se ao princípio da criação quando o Criador uniu o primeiro casal e disse que a partir dessa união os dois seriam uma só carne, e diz que o que Deus ajuntou não o separe o homem. Em casa, respondendo aos seus discípulos, Jesus disse: “... Qualquer que deixar a sua mulher e casar com outra adultera contra ela. E, se a mulher deixar a seu marido e casar com outro, adultera” Mc 10.11,12. É bom lembrar que o adultério é coisa grave aos olhos de Deus e que na antiguidade era punido com a morte por apedrejamento. No texto correlato do Evangelho escrito por Mateus (Mt 19.9), o Salvador ensinou que o casamento pode ser desfeito pela parte inocente caso seu parceiro tenha tido relações sexuais fora do casamento. Mais na frente, o Espírito Santo usando Paulo complementa a questão sobre a dissolubilidade do matrimônio com a morte de um dos cônjuges (Rm 7.2,3), ou ainda por deserção irreversível, ou seja, o descrente não quiser viver com o crente por causa da fé em Cristo (1 Co 7.12-16). Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

Os Escândalos (9.42-50)

Reflexões no Evangelho de Marcos Os Escândalos (9.42-50) Continuando a sua conversa com os seus discípulos sobre a tolerância e a recompensa dada por Deus aos que ajudam a Igreja em suas necessidades, o Senhor Jesus os adverte sobre a questão do escândalo. Para o Senhor Jesus, o seu povo é um povo santo, destinado a serem luz e sal da terra, ou seja, a viver uma vida de santidade sem causar impacto negativo nas pessoas que não professam ainda a fé em Cristo. A advertência cabe também aos próprios discípulos, na convivência entre si. “E qualquer que escandalizar um destes pequeninos que creem em mim, melhor lhe fora que lhe pusessem ao pescoço uma mó de moinho, e que fosse lançado no mar” Mc 9.42. Continuando, o Senhor Jesus usa de fortes figuras de linguagem sobre amputar partes do corpo (cortar mão e pé e arrancar olho) se essas partes são instrumentos para a produção de escândalos, e dá a razão espiritual para isso: é melhor entrar aleijado no reino de Deus do que ser lançado no inferno com o corpo completo. Essas fortíssimas palavras do Senhor nos adverte sobre a seriedade da vida cristã, do tema viver em santidade diante de Deus, da Igreja e do mundo. Todos os pecados devem ser evitados pelos cristãos especialmente aqueles que escandalizam ou fazem os crentes mais frágeis se escandalizarem. Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Jesus ensina a tolerância e a caridade (Mc 9.38-41)

Reflexões no Evangelho de Marcos Jesus ensina a tolerância e a caridade (9.38-41) No texto em apreço, Marcos relata sobre um episódio em que um crente em Cristo expulsava demônios e que fora repreendido pelos discípulos do Senhor porque não fazia parte do colégio apostólico. O episódio fora relatado por João a Jesus que respondeu que não o proibissem de continuar com aquela obra e deu-lhe a razão para isso: “... porque ninguém há que faça milagre em meu nome possa logo falar mal de mim. Porque quem não é contra nós é por nós” Mc 9.39,40. Em seguida, Jesus falou sobre uma recompensa que será dada por Deus aquelas pessoas que forem misericordiosas para com os seguidores de Cristo. “Porquanto qualquer que vos der a beber um copo d`água em meu nome, porque sois discípulos de Cristo, em verdade vos digo que não perderá o seu galardão” Mc 9.41. Duas grandes lições podem ser extraídas do texto em questão: A primeira é aquela que fala sobre a tolerância e a segunda sobre a recompensa. Na primeira nos é ensinado que devemos ser tolerantes com aquelas pessoas que professam a fé em Cristo, mas que não fazem parte de nossa comunidade. Eles também são irmãos na fé. A segunda lição trata da recompensa que Deus dá aquelas pessoas que ajudam a Igreja do Senhor, principalmente em seus momentos de dificuldades. Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

Deuteronômio – O Profeta Prometido

Cristo na Bíblia Deuteronômio – O Profeta Prometido Quando Israel chegou à planície de Moabe, fronteira ao rio Jordão, depois de ter vencido a Seom rei dos amorreus e a Ogue rei de Basã, Moisés discursou (cinco discursos) perante a nação de Israel, repetindo a lei divina nos seus pontos essenciais. Num desses discursos que compõem o livro de Deuteronômio, ele profetizou que Deus iria levantar um profeta semelhante a ele, em que as Suas palavras seriam colocadas em sua boca, e quem não ouvisse a esse profeta seria responsabilizado por Deus (Dt 18.15-22). O profetismo em Israel começou, de fato, com o profeta Samuel. O profeta, chamado também de vidente, representava Deus diante do Seu povo. Os profetas bíblicos dividiam-se em profetas da palavra e profetas da escrita, sendo esses últimos os autores dos livros proféticos do A. T. (Isaías à Malaquias). No período do Novo Testamento havia uma expectativa no meio de Israel de um profeta que o Senhor iria enviar para ensinar a nação, a ponto de ela confundir João Batista com o profeta prometido em Deuteronômio: “És tu o profeta?” (Jo 1.21). Em Hebreus 1.1-3, nos é dito que Deus falou ao Seu povo, na antiguidade, pelos profetas, mas que nos últimos dias falou através do Seu Filho Jesus Cristo. Diversas pessoas reconheceram em Jesus um profeta. Senhor, vejo que és profeta, disse a mulher samaritana (Jo 4.19). (Veja ainda Lc 7.39; 13.33; 24.19; Mt 21.11). O povão também na época de Jesus o reconhecia como um profeta (Lc 7.16; Jo 6.14;7.40). No segundo discurso de Pedro em Atos (3.22,23) ele fez menção ao cumprimento profético em Jesus do que Moisés profetizara. O próprio Jesus tinha consciência de que era um profeta de Deus (Mc 6.4; Lc 13.33). Que Jesus era o profeta prometido em Deuteronômio não se tem dúvidas, pois ele mesmo disse que fora enviado pelo Pai e falara em Seu nome. (Jo 8.26,28,38,50). Quando da transfiguração de Jesus, Deus ordenou que os seus discípulos ouvissem O Seu Filho amado (Mc 9.7). Como profeta, Jesus falou sobre temas éticos, espirituais (sermões e parábolas) e escatológicos (segunda vinda, arrebatamento, tribulação, estado intermediário, juízo final e estado eterno.). Pr. Eudes L. Cavalcanti

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Números – A Rocha Ferida

Cristo na Bíblia Números – A Rocha Ferida Depois da nação de Israel ser organizada no Sinai (construção do Tabernáculo, instituição do sacerdócio, entrega da Lei e organização do exército), o povo de Deus levantou acampamento e foi em direção da terra da promessa. As diretrizes dadas por Deus foram observadas rigorosamente. As doze tribos de Israel marchavam sob as bandeiras de quatro tribos líderes (Judá, Rubem, Efraim e Dã). Quando acampados, o tabernáculo era instalado no centro e as tribos em volta. Quando da ordem divina para a caminhada o acampamento era desmontado e levado pelos levitas. Na caminhada, a arca da aliança ia à frente do exército. Sobre o povo de Deus, de dia estava uma nuvem e de noite uma coluna de fogo, para que o povo pudesse caminhar de dia e de noite, segundo a vontade de Deus. A nuvem e a coluna de fogo falam também de Cristo, uma como sombra e a outra como luz. A caminhada para Canaã durou trinta e nove anos, devido à incredulidade do povo quando se instalara em Cades Barnéia, próxima a fronteira de Canaã, no episodio do relatório dos doze espias. Na caminhada houve muitos problemas (murmurações, rebeliões contra Moisés, inclusive dos seus irmãos Miriã e Arão e, principalmente, através de Coré, Datã e Abirão, o episódio com o profeta adivinho Balaão, etc). Quando Israel saiu do Egito, depois da passagem do Mar Vermelho, o povo não tinha água para beber e Deus mandou Moisés ferir uma rocha e dela brotou água que dessedentou a sede do povo (Ex 17.1-7). Na caminhada para Canaã, após o tempo no Sinai, em determinado lugar, o povo não tinha o que beber e houve murmuração contra Moisés. Após buscar a orientação divina, Moisés, com raiva do povo, feriu a rocha e dela brotou água que saciou a sede deles. Por causa de sua desobediência, pois Deus mandara que ele falasse a rocha e não que a ferisse, ele perdeu a benção de entrar em Canaã. A rocha representava a Cristo e não deveria ser ferida duas vezes, pois Ele seria ferido uma única vez, na cruz. Paulo disse que Jesus era a rocha que dera água para saciar a sede espiritual do povo, e que o acompanhara na caminhada em demanda de Canaã (1 Co 10.4). Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

O Maior no Reino dos Céus (9.33-37)

Reflexões no Evangelho de Marcos O Maior no Reino dos Céus (9.33-37) Numa de suas idas à Cafarnaum, o Senhor Jesus observou que os seus discípulos vinham discutindo acaloradamente. Em sua casa naquela cidade, Jesus perguntou o que eles discutiam pelo caminho, e eles receosos ficaram em silêncio e não deram resposta ao que o Mestre perguntara. Como Jesus sabia como Deus que era o que eles discutiam egoisticamente (quem seria o maior no Reino de Deus), aproveitou o ensejo para ensinar-lhe que no Reino de Deus, quem quisesse ser o maior fosse o menor, e quem quisesse ser o primeiro fosse o último, dando-lhes uma expressiva lição sobre humildade. Em seguida, Jesus tomou uma criancinha em seus braços e disse para eles: “Qualquer que receber uma destas crianças em meu nome a mim me recebe; e qualquer que a mim me receber recebe não a mim, mas ao que me enviou” Mc 9.37. Com estas palavras o Senhor Jesus estava dizendo para eles que ao invés do sentimento egoísta que enchia os seus corações, eles deveriam ter um coração sensível, amoroso, receptivo para receber a todos em seu nome, inclusive as criancinhas. Nesta mesma passagem bíblica, o Senhor Jesus revelou a grande verdade da profunda união que ele tinha com o Pai Celeste, a ponto de dizer que quem O recebe, recebe ao Pai que o enviou. Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Levítico – O Sacrifício Expiatório

Cristo na Bíblia Levítico – O Sacrifício Expiatório Depois da saída do Egito, o povo de Deus aquartelou-se na planície defronte ao monte Sinai e lá ficou por onze meses onde foi construído o Tabernáculo, instituído o sacerdócio levita, entregue a Lei e organizado o exército. A lei entregue por Deus a Israel dividia-se em três partes: a lei moral, a lei civil e a lei cerimonial. A lei cerimonial disciplinava o culto que deveria ser oferecido a Deus (os oficiantes, os tipos de ofertas, as festividades. etc). Dentre as festividades encontrava-se o Dia do Perdão (Yom Kippur), que era o dia em que se oferecia sacrifício pelos pecados da nação. O livro de Levítico é riquíssimo em tipos e figuras representando a Cristo e a sua obra. O Dia da Expiação tinha como objetivo remover a culpa do pecado do povo através de sacrifício de sangue, purificando-o por mais um ano. Nesse ritual os israelitas choravam e afligiam a sua alma; o sumo sacerdote oferecia um novilho e dois bodes (um bode simbolizava a expiação, e o outro levava sobre si as iniquidades do povo). Esse ritual tipificava a Cristo, que expiou todos os nossos pecados pagando o seu preço e os levando sobre si. O bode para o qual os pecados eram transferidos e abandonado no deserto é o que nós chamamos de bode expiatório, que leva a culpa dos outros. No Novo Testamento, os dois bodes do Dia do Perdão figuram a Cristo nos textos: “Nessa vontade é que temos sido santificados mediante a oferta do corpo de Jesus Cristo, uma vez por todas” Hb 10.10. “Jesus, porém, tendo oferecido, para sempre, um único sacrifício pelos pecados, assentou-se à destra de Deus” Hb 10.12. (Veja ainda Hb 10.14). Pedro também falou sobre o assunto: “Carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados...” 1 Pe 3.24. A obra sacrificial simbolizada por essa festividade também fora profetizada por Isaías (53.3,4): “Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos”. Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

De novo Jesus prediz a sua morte e ressurreição (9.30-32)

Reflexões no Evangelho de Marcos De novo Jesus prediz a sua morte e ressurreição (9.30-32) No texto em questão, Jesus passava pela Galiléia e não queria que ninguém o soubesse. Nessa caminhada, o Senhor fez pela segunda vez a revelação do objetivo maior da sua vinda a este mundo que era oferecer a sua vida em sacrifício pelos pecados, e sua consequente ressurreição. A primeira vez que Jesus falou sobre esse doloroso assunto foi logo após a declaração de Pedro pelo Espírito Santo de que ele era o Messias (Cristo) prometido nas escrituras do Antigo Testamento. Naquela ocasião, Pedro fora repreendido por Jesus por tentar demovê-Lo da cruz (Mc 8.31-33). Na segunda revelação, a que é objeto desta reflexão, os discípulos ao ouvirem as solenes palavras de Jesus calaram-se, mesmo tendo dúvidas quando e como isso aconteceria. Olhando o programa redentor, entendemos que para resolver o problema do pecado do homem estava previsto que o Filho de Deus viria a este mundo, encarnaria, concebido pelo Espírito Santo no ventre da bendita virgem Maria, nasceria em Belém da Judéia, seria criado na Galiléia (Nazaré), exerceria um ministério de cura e libertação bem como de ensino, e que seria preso, condenado, morto, sepultado, mas ao terceiro dia ressuscitaria dos mortos. A morte e a ressurreição de Cristo é o ápice do programa redentor. Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

A Cura de um Jovem Possesso (9.14-29)

Reflexões no Evangelho de Marcos A Cura de um Jovem Possesso (9.14-29) Nessa parte do Evangelho, Marcos relata um incidente que aconteceu após a transfiguração do Senhor. O texto diz que um homem desesperado procurou os discípulos de Jesus e pediu que eles expulsassem um demônio que fazia o seu filho mudo, e eles não puderam. O pai do jovem descreve o lastimável estado dele quando o espirito maligno se manifestava. “e este, onde quer que o apanha, lança-o por terra, e ele espuma, rilha os dentes e vai definhando” v18. “e muitas vezes o tem lançado no fogo e na água, para o matar;...” v22. Depois de censurar a multidão por causa de sua incredulidade o Senhor mandou que Lhe trouxessem o jovem e ali em sua presença o demônio se manifestou, mas Jesus o repreendeu e o expulsou e o jovem ficou liberto. Antes da expulsão do demônio, o pai do jovem perguntou a Jesus se Ele poderia fazer alguma coisa, e se pudesse que o ajudasse. Aí Jesus respondeu com as celebres palavras: “Tudo é possível ao que crê” v23. Quando da expulsão do demônio o jovem ficou caído como morto, mas Jesus o tomou pela mão e o levantou. Em particular os discípulos perguntaram a Jesus porque eles não puderam expulsar o demônio. Jesus respondeu que naquele jovem estava uma casta de demônios e só com oração e jejum ela poderia ser expulsa. Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

A Transfiguração (9.2-13)

Reflexões no Evangelho de Marcos A Transfiguração (9.2-13) Seis a oito dias depois de Jesus desafiar a multidão sobre a necessidade de se levar a sério o discipulado, Ele conduziu a Pedro, Tiago e João (os dois filhos de Zebedeu) a um alto monte da Galiléia e lá se transfigurou diante deles - o seu rosto resplandeceu como o sol e as suas vestes tornaram-se brilhosas como a neve. O texto de Marcos e dos outros Sinóticos (Mateus e Lucas) nos dizem que apareceram Moisés e Elias que falavam com Jesus sobre o que estava preste a acontecer em Jerusalém. Pedro, de tão entusiasmado que ficou, chegou a propor a Jesus a construção de três cabanas: uma para Moisés, uma para Elias e a outra para Ele. Em seguida, Marcos revela que a voz de Deus foi ouvida no monte testificando do Seu Filho, dizendo: “Este é o meu Filho amado; a Ele ouvi”. De repente, diz Marcos, Moisés e Elias desapareceram e eles não viram mais a ninguém, senão só a Jesus. Ao descer do monte, Jesus ordenou que não se divulgasse o que fora visto até que a sua morte e ressurreição acontecessem. Depois os três discípulos perguntaram a Jesus sobre Elias que veria primeiro, conforme a profecia de Malaquias 4.5. Em resposta, Jesus identificou Elias com João Batista que já viera. Mais tarde Pedro (2 Pe 1.16-18) comentou sobre a glória de Cristo revelada na transfiguração. Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

CRISTO NA BÍBLIA: Gênesis – A Semente da Mulher

Cristo na Bíblia Gênesis – A Semente da Mulher O Senhor Jesus Cristo é o personagem principal de toda a Bíblia, é o ponto central de todo o programa redentor. A Bíblia, a revelação especial de Deus, revela a Cristo de forma progressiva. Nela Jesus é revelado através de profecias, tipos, figuras, instituições, relatos históricos e declarações teológicas. Pretendemos pela graça divina enfocar esse grande tema, identificando Cristo em cada livro ou grupos de livros da Bíblia, de forma sucinta, e começaremos com Gênesis. A primeira profecia referente à Cristo encontra-se em Gênesis 3.15 onde nos é dito que a semente da mulher esmagaria a cabeça da serpente, e em contrapartida a serpente lhe feriria o calcanhar. Essa profecia foi dada a Adão no Éden após a queda de nossos primeiros pais. O Redentor do ser humano seria um homem nascido de mulher que venceria o tentador, mas teria que sofrer por isso (morrer). Isso se cumpriu em Cristo conforme Paulo revela em Gl 4.4 e Cl 2.14,15. A segunda profecia acerca de Cristo encontra-se em Gn 12.1-3, onde encontramos Deus prometendo a Abraão que em sua descendência seriam benditas todas as famílias da terra. Deus falara que o Redentor seria da descendência do patriarca Abraão. Paulo disse que essa descendência era Cristo (Gl 3.16). A terceira profecia acerca de Cristo encontra-se em Gn 49.10, quando Jacó abençoava os seus filhos no leito de morte. Ele disse a Judá, o seu quarto filho, que o cetro (objeto símbolo de reinado) não se apartaria de Judá e que esse reinado seria dado a Siló, um dos nomes atribuídos ao futuro Rei Messias que viria e governaria os povos. Além dessas profecias diretas acerca do Redentor vindouro encontramos nesse livro uma série de tipos e figuras que representam a Cristo nos episódios registrados como, por exemplo, a morte de animais no Éden de cujas peles Deus fez vestimentas para cobrir a nudez do primeiro casal. Vemos ainda a questão da oferenda cruenta feita por Abel que tanto agradou a Deus. Temos ainda a arca que foi o instrumento de salvação de Noé e de sua família da destruição pelo dilúvio. Vemos também “o sacrifício de Isaque” que aconteceu em figura, que representa Deus sacrificando o Seu Filho Jesus na cruz, conforme dito em Hb 11.17-19. Temos ainda Melquisedeque que tipificava a Cristo como Rei Sacerdote; José é outro tipo de Cristo sendo vendido por seus irmãos e sendo o provedor do seu povo, e assim por diante. Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

CRISTO NA BÍBLIA: Êxodo – O Cordeiro Pascoal

Cristo na Bíblia Êxodo – O Cordeiro Pascoal O livro de êxodo relata no seu início o drama da descendência de Abraão no Egito e a sua libertação através da ação poderosa de Deus. Nesse livro encontramos o relato do nascimento, crescimento e chamada de Moisés para libertar o povo de Deus da escravidão egípcia. A Bíblia diz que Deus feriu o Egito com dez pragas, sendo a última a morte dos primogênitos. Para poupar o seu povo, Deus instruiu Moisés sobre o quê os israelitas deveriam fazer para escapar da destruição quando um anjo passasse sobre o Egito matando os seus primogênitos. A orientação consistia em que cada família separasse um cordeiro de um ano, sem defeito, macho, e o imolasse no crepúsculo da tarde de um determinado dia e passasse o seu sangue nos umbrais da porta das casas. O sinal do sangue nos umbrais das portas era a garantia de que o anjo da destruição não mataria os primogênitos dos israelitas que estivessem abrigados sob a casa marcada pelo sangue. Esse cordeiro que seria morto e cujo sangue seria uma segura proteção para o povo de Deus é um notável tipo de Cristo. Lembremo-nos de que no Novo Testamento nos é dito que João Batista, o precursor de Cristo, ao ver a Jesus que vinha ao seu encontro, disse: “... Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” Jo 1.29. João repete essa mesma mensagem na presença de dois de seus discípulos (Jo 1.36). Escrevendo aos coríntios, Paulo disse que Jesus é a nossa Páscoa (1 Co 5.7) (A Pascoa era uma festividade israelita que fora instituída como um memorial da libertação dos hebreus da escravidão egípcia). Além do Cordeiro Pascoal em Êxodo, o próprio Moisés representa a Cristo como o libertador do seu povo. Moisés libertou Israel da escravidão do Egito e o conduziu para a terra da promessa. Cristo nos libertou da escravidão do pecado e nos leva para o Céu (Cl 1.13). Ainda em Êxodo temos o maná que alimentou o povo no deserto. Cristo é o pão (maná) vivo que desceu do Céu e que dá vida aos homens. O Tabernáculo com as suas peças (o altar do holocausto, a pia de lavar, o candelabro de ouro, a mesa dos pães da proposição, o altar do incenso, e a arca da aliança) representam a Cristo e a sua obra. Ainda nesse livro, Arão representa a Cristo como sumo sacerdote, como o representante do homem diante de Deus. Jesus como sumo-sacerdote, na cruz intercedeu pelo seu povo e intercede ainda no Céu. Na cruz Ele foi o oficiante e a vítima oferecida a Deus em sacrifício para perdão dos pecados dos homens. Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Cada um deve levar a sua cruz (8.34-38; 9.1)

Reflexões no Evangelho de Marcos Cada um deve levar a sua cruz (8.34-38; 9.1) Depois da conversa íntima com os seus discípulos, o Senhor Jesus dirigiu-se a eles novamente e a uma multidão que chamara a si e revela a todos o que Ele esperava de seus seguidores, sobre o desprendimento que eles deveriam ter diante da vocação para segui-lo: “Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz e siga-me” Mc 8.34. Em seguida, Jesus falou sobre a devoção que os seus seguidores deveriam ter a Ele a ponto do martírio. “... qualquer que perder a sua vida por amor de mim e do evangelho, esse a salvará” Mc 8.35. Ainda nessa conversa Jesus revela o altíssimo valor da alma humana. “Pois que aproveitaria ao homem ganhar todo o mundo e perder a sua alma?” Mc 8.36. Depois, Jesus falou para eles sobre o seríssimo compromisso que o discípulo tem para com o seu Senhor, de não negar, por hipótese alguma, a fé cristã, pois se isso acontecesse quando Jesus viesse em sua glória se envergonharia dele. Depois Jesus revelou que dentre a multidão que o ouvia alguns não provariam a morte sem antes ter chegado o reino de Deus. Essa revelação de Jesus não quer dizer que a Segunda Vinda do Senhor aconteceria durante a vida daquela geração e sim que da grande maioria da multidão presente poucos experimentariam a salvação eterna. Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

A Confissão de Pedro (8.27-33)

Reflexões no Evangelho de Marcos A Confissão de Pedro (8.27-33) Nesse trecho do seu evangelho, Marcos relata um momento íntimo de Jesus com os seus discípulos onde Ele perguntou sobre o que eles tinham ouvidos falar dele. Eles disseram que uns diziam que Ele era João Batista que ressuscitara dos mortos, outros que Ele era Elias, e outros que Ele era um dos profetas de Israel. Aí Jesus perguntou o que eles discípulos achavam dele. Então Pedro tomando a palavra pelo grupo disse que Ele era o Cristo, o Messias prometido no Antigo Testamento. Em seguida Jesus os advertiu para não divulgarem isso entre o povo. Depois, Jesus revelou para eles a razão principal da sua vinda a este mundo, que fora oferecer a sua vida em sacrifício pela Igreja e para isso Ele seria morto na cruz, mas que ressuscitaria ao terceiro dia. Depois dessa revelação, Pedro o tomou à parte e tentou dissuadi-lo disso. Então Jesus o repreendeu na presença de todos, dizendo: “Retira-te de mim Satanás; porque não compreendes as coisas que são de Deus, mas as coisas que são dos homens” Mc 8.33. Desse episódio extraem-se as seguintes lições: 1) Só se pode confessar que Jesus é o Cristo pela ação do Espírito Santo. Mateus esclarece melhor esse assunto (Mt 16.15-17); 2) Mesmo em comunhão com Deus como Pedro estava é possível o crente ser usado pelo inimigo. Pedro tentou desviar Jesus da cruz, que era o principal motivo da vinda de Jesus a este mundo. Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

Cura dum cego de Betsaida (8.22-26)

Reflexões no Evangelho de Marcos Cura dum cego de Betsaida (8.22-26) Nesse trecho do seu evangelho, Marcos trata de um milagre realizado pelo Senhor Jesus em Betsaida, aldeia da Galiléia donde Pedro e André seu irmão eram naturais. Marcos relata que Jesus estava nessa aldeia e trouxeram-lhe um cego e os que o levaram pediram que lhe tocasse nos olhos e o curasse. O texto diz que Jesus o tomou pela mão e o tirou da aldeia e cuspindo nos olhos do cego impõe-lhe as mãos. Jesus perguntou ao cego se via alguma coisa e ele respondeu dizendo que via os homens como árvores andantes, ou seja, recuperara a visão, mas ela estava embaçada. Jesus tornou a tocar com as mãos nos olhos do cego e ele ficou totalmente restabelecido, vendo ao longe tudo e distintamente. Depois Jesus o despediu e mandou que ele não entrasse na aldeia. Interessante observar que esse é o único milagre que o Senhor Jesus realizou em duas etapas. Jesus fez duas coisas: primeiro cuspiu nos olhos do cego e impôs-lhe as mãos; depois tornou a por as mãos nos olhos dele. Desse episódio se extrai o seguinte: 1) A necessidade de levar as pessoas carentes a conhecer a Jesus, pois Ele tem poder para solucionar os seus problemas; 2) Não se deve querer ensinar a Deus como fazer as coisas. Deus é soberano faz as suas maravilhas como quer; 3) Não se deve pensar que o Senhor Jesus naquele momento não estava com a plenitude do Seu poder e precisou de dar outro comando para que o milagre acontecesse. O que aconteceu foi uma manifestação de sua plena liberdade de fazer as coisas como queria. Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

O Estado Eterno

As coisas que em breve devem acontecer (VII) O Estado Eterno O último tema tratado pela Escatologia Geral é o Estado Eterno, ou seja, a consumação de todas as coisas, quando tudo será definido e continuará sem alteração por toda a eternidade. O plano eterno de Deus em relação as suas criaturas morais tem início, meio e fim. A execução do plano começou quando da criação dos seres morais e continuará até a consumação, no futuro. Esse Estado Eterno contemplará os anjos, os homens e a Santíssima Trindade. Esse período se instalará logo após o Juízo Final, depois que o Senhor julgar os seres humanos e os anjos. A Bíblia nos fala deste assunto nestes termos: “Depois virá o fim, quando tiver entregado o reino a Deus, ao Pai, e quando houver aniquilado todo o império, e toda a potestade e força. Porque convém que reine até que haja posto a todos os inimigos debaixo de seus pés. Ora o último inimigo que a de ser aniquilado é a morte. Porque todas as coisas sujeitou debaixo de seus pés. ... E quando todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então também o mesmo Filho se sujeitará aquele que todas as coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos” 1 Co 15.24-28. A Bíblia diz que quando da consumação de todas as coisas os crentes com seus corpos glorificados estarão para sempre com o Senhor (1 Ts 4.17), gozando plenamente da beatitude eterna, daquelas coisas preparadas por Deus para eles antes da fundação do mundo (1 Co 2.9). Diz ainda a Bíblia que os descrentes padecerão eterna perdição, ante a face do Senhor e da glória do seu poder (2 Ts 1.9). Dos anjos diz a Bíblia que após o julgamento final o Diabo e seus anjos serão lançados no inferno quando, junto com os ímpios, serão atormentados para todo o sempre (Ap 20.10,15). Este mundo em que vivemos será destruído, purificado pelo fogo e Deus reorganizará as coisas criando novos céus e nova terra (2 Pe 3.7-13). No livro de Apocalipse (21.1-4) nos é dito o seguinte: “E vi um novo céu, e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. E eu, João, vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido. E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus. E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem prato, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas”. Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

O Juízo Final

As coisas que em breve devem acontecer (VI) O Juízo Final A Bíblia Sagrada nos revela que na consumação de todas as coisas o ser humano, todos eles, exceto a Igreja, irão se apresentar diante de Deus para dar conta de sua mordomia (suas ações, suas palavras, seus bens, enfim, de sua vida). (Ap 20.11,12; At 17.30,31). O Juízo Final é a grande ocasião pública quando o mundo inteiro estará reunido na presença de Deus (O Senhor Jesus Cristo) e o destino final de cada indivíduo será pronunciado publicamente pelo Supremo Juiz, e tem como objetivo primordial vindicar a justiça de Deus e promover a Sua glória. (Sl 9.7,8; 115.1; Ap 4.11;...). A primeira coisa a ser considerada no estudo deste tema é que Deus, por ser o criador do homem, tem o direito de exigir dele a responsabilidade pelos atos praticados nesta vida. A segunda coisa é que o ser humano, como criatura que é, é moralmente responsável pelos seus atos diante de Deus e deles dará contas no dia do Juízo Final. A doutrina do juízo final é embasada tanto pelas Escrituras do Antigo como do Novo Testamento (Sl 96.13; 98.9; Ec 3.17;...; At 17.31; Rm 2.16; 2 Ts 2.12; 1 Pe 4.5; Ap 11.18;...), sendo, portanto, uma doutrina bastante consolidada. No Juízo Final pressupõe-se que todos os seres humanos já terão morrido e ressuscitado com corpos especiais, capazes de suportar o castigo que será aplicado por Deus. (Dn 12.2; Jo 5.28,29). No Julgamento Final o Juiz será o Senhor Jesus Cristo. (At 17.31). A Igreja glorificada nos céus também tomará parte nesse julgamento. (1 Co 6.2,3). Os julgados serão condenados e banidos para sempre da presença de Deus, indo sofrer a punição eterna por causa do pecado, no inferno, lugar de sofrimento e dor. (2 Ts 1.9; Sl 9.17). Satanás e seus anjos serão, também, julgados no dia do Juízo Final, e serão lançados no inferno, que foi preparado para eles. (Mt 25.41). Tratando-se dos salvos, os seus pecados já foram julgados em Cristo na cruz do Calvário, sendo os mesmos perdoados e justificados pelos méritos do Salvador, não havendo mais condenação para eles. (Rm 8.1). Segundo a Bíblia, o único julgamento dos crentes é o referente à distribuição de galardões pelo serviço prestado ao Senhor (Rm 14.10; 1 Co 3.13,14; 15.58; 2 Co 5.10). O Julgamento da Igreja (nos céus durante o período tribulacional – na visão pré-tribulacionista; por ocasião do juízo final – na visão amilenista) é a grande ocasião em que a Igreja será recompensada pelas obras realizadas durante sua existência. (Rm 14.10-12; Mt 25.21). Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

A Ressurreição Geral

As coisas que em breve devem acontecer (V) A Ressurreição Geral No programa divino está previsto a ressurreição dos mortos, tanto de salvos como de perdidos. O ser humano foi criado por Deus com uma parte material (corpo) e uma parte imaterial (alma chamada também de espírito). (Gn 2.7). O pecado de nossos primeiros pais atingiu a alma e o corpo do ser humano (Rm 5.12). Ainda segundo o plano divino, o homem integral (corpo e alma) é responsável pelos seus atos morais praticados durante a sua existência neste mundo. O Evangelho promete para o homem, além da salvação de sua alma, a ressurreição do seu corpo, glorificado, quando da segunda vinda de Cristo (1 Ts 4.16). No capítulo 15 de 1ª Coríntios o apóstolo Paulo discorreu longamente sobre a ressurreição, com corpos glorificados, dos crentes falecidos. (1 Co 15.1-58). Escrevendo aos Filipenses Paulo disse que o corpo dos crentes será transformado num corpo semelhante ao corpo do Cristo ressurreto, com as mesmas propriedades (Fp 3.20,21). A doutrina da ressurreição corporal tem respaldo tanto no Antigo como no Novo Testamento. No Antigo Testamento encontramos o profeta Daniel falando sobre o assunto (Dn 12.2). No Novo Testamento o Salvador num de seus sermões tratou também da questão (Jo 5.28,29). O Espírito Santo revela no texto de 1ª Coríntios 15 que os crentes que estiverem vivos no dia da Segunda Vinda do Senhor, terão os seus corpos mortais revestidos de imortalidade, ou seja, glorificados. Isto quer dizer que tanto os mortos salvos ressuscitados como os salvos que estiverem vivos terão corpos glorificados, semelhantes. Sobre a ressurreição dos mortos não salvos a Bíblia não fala muito sobre o assunto. Infere-se que eles ressuscitarão com corpos especiais, capazes de suportar o juízo divino, e com esses corpos sofrerão eternamente. Falando sobre o juízo final, o autor de Apocalipse assim se expressou: “O restante dos mortos não reviveram até que se completassem os mil anos” (Ap 20.5). Discute-se sobre o assunto quando ocorrerá a ressurreição dos mortos. Uns dizem que a ressurreição geral ocorrerá ao mesmo tempo quando da segunda vinda do Senhor (amilenismo). Outros acham que a ressurreição de salvos e perdidos ocorrerá separada uma da outra por 1.000 anos (premilenismo). Observando o escopo geral da doutrina, é melhor pensar numa única ressurreição geral quando da segunda vinda do Senhor, seguindo-se o juízo final e o estado eterno. Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

O Milênio

As coisas que em breve devem acontecer (IV) O Milênio Os profetas antigos previram um tempo em que Deus iria implantar um reino, através do Messias, onde imperasse a paz, a justiça e a prosperidade (Isaías 11; Dn 2.44; 7.13,14,27;...). Esse Messias seria da casa real de Davi (2 Sm 7.16). Os reinos do mundo nessa época passariam para controle do Messias (Dn 2.44; 7.13,14,27). Devido à reiterada ênfase nesse reino no Antigo Testamento, na época em que Jesus viveu havia uma grande expectativa por parte dos judeus quanto a sua implantação (At 1.6). A expressão Milênio vem de Apocalipse 20.1-6, onde há uma referência a um reino de mil anos, onde são mencionados a Igreja e o Cristo Rei. Os estudiosos bíblicos se dividem quanto à interpretação do Milênio: 1) Existem aqueles que interpretam o Milênio como um reino literal, cuja capital será Jerusalém e que o rei Jesus governará o mundo com a Igreja e que esse reino durará mil anos. Acreditam, eles, que a segunda vinda de Cristo inaugurará esse Reino – são os pré-milenistas; 2) Outros entendem que o Milênio é um período de tempo indeterminado em que as instituições sociais do mundo serão melhoradas, graças à ação do Evangelho, trazendo para as nações um período de paz, justiça e prosperidade nunca visto, e que a segunda vinda do Senhor dar-se-á logo após esse período – são os pós-milenistas; 3) Outros entendem que a mensagem de Apocalipse é apresentada de forma simbólica, portanto, não se pode entender o Milênio como um reino literal e sim de natureza espiritual, símbolo da vida perfeita dos crentes nos céus. Esse grupo diz ainda que o Milênio é o símbolo do reino de Cristo no coração dos crentes, fazendo-os gozar de paz com Deus, alegria e felicidade plena – são os amilenistas. Considerando que a mensagem do Apocalipse nos é apresentada de forma simbólica, e que a única referência a um reino de mil anos se encontra nele, é melhor optar pela linha amilenista por uma questão básica de coerência na interpretação desse precioso livro. Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

O Período Tribulacional

As coisas que em breve devem acontecer (III) O Período Tribulacional Antes de a Grande Tribulação ser tratada no Novo Testamento, os profetas antigos já faziam menção ao “grande e terrível dia do Senhor”, dia ou período de tempo esse em que a humanidade sofreria os terríveis castigos de Deus (Jl 2.31; Ml 4.5;...). O Senhor Jesus em seu sermão escatológico registrado em Mateus, Marcos e Lucas, falou sobre um período de tribulação para todos, o qual nunca aconteceu antes nem acontecerá depois dele, e que se não fora abreviado por causa dos escolhidos, ninguém escaparia. (Mt 24.21). Falando a Igreja de Filadélfia (Ap 3.10) o Senhor Jesus disse que a guardaria da hora da provação que haveria de vir sobre o mundo inteiro para provar os que habitam na face da terra. Esse Período Tribulacional corresponde aos juízos de Deus previstos no Apocalipse através das sete trombetas e das sete taças, como manifestação da ira de Deus sobre o mundo iníquo (Apocalipse 8 a 18). Na Escatologia discute-se se a Igreja irá passar pela Grande Tribulação ou não. Um grupo de teólogos acha que não, que ela será arrebatada antes da sua instalação – são os Pré-Tribulacionistas. Outros admitem que a Igreja seja arrebatada no meio da Grande Tribulação – são os Meso-Tribulacionistas, e ainda outros pensam que a Igreja irá passar pela Tribulação, mas que será preservada por Deus dos juízos derramados sobre todos – esses são os Pós-Tribulacionistas. Quanto ao tempo da Grande Tribulação, uns acham que ela já aconteceu no primeiro século da era cristã – são os Preteristas. Outros acham que ela aconteceu e está acontecendo ao longo da história – são os Historicistas e outros acham que ela será um acontecimento futuro – são os Futuristas. É melhor pensar que o período tribulacional é um período de tempo de intenso juízo sobre um mundo incrédulo e que não aconteceu ainda, apesar de Deus sempre ter tratado, ao longo da História, os pecados dos homens através de seus justos juízos, pois o Senhor Jesus disse que nunca aconteceu algo similar a esse período nem antes nem acontecerá depois dele. Quanto ao arrebatamento da Igreja, em relação ao período tribulacional, é melhor pensar que ele acontecerá após a Grande Tribulação, pois Paulo disse que a Segunda Vinda não ocorrerá sem antes vir a apostasia e a manifestação do anticristo, coisas essas previstas no período tribulacional (2 Ts 2.1-12). Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

O Arrebatamento da Igreja

As coisas que em breve devem acontecer (II) O Arrebatamento da Igreja No Seu programa eterno, Deus já determinou que o Senhor Jesus voltasse em glória a este mundo. Simultaneamente a Segunda Vinda do Senhor, ocorrerá o Arrebatamento da Igreja. As promessas do Arrebatamento da Igreja encontram-se em Jo 14.1-3, 1 Ts 4.16-19 e 2 Ts 2.1. Segundo o texto de 1 Tessalonicenses, quando da ocasião da Segunda Vinda do Senhor, os crentes falecidos irão ressuscitar com corpos glorificados e os crentes que estarão vivos naquela ocasião serão transformados. Todos os crentes ressuscitados, desde a primeira pessoa que foi salva neste mundo até ao dia da Segunda Vinda de Cristo, juntos com os crentes transformados (a Igreja completa, sem faltar ninguém), serão impulsionados pelo Espírito Santo para se encontrar com o Senhor Jesus nos céus atmosféricos e a partir daí estarão para sempre com o Senhor. Para efeito didático segmentamos o Arrebatamento da Igreja em três partes, a saber: a) A ressurreição em glória dos crentes falecidos – “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro” 1 Ts 4.16 (Veja ainda Dn 12.2; Jo 5.28,29; 1 Co 15.52); b) A transformação dos crentes vivos – “Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados; Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados” 1 Co 15.51,52 (Veja ainda Fp 3.21; 1 Ts 4.17); c) O encontro com o Senhor Jesus nos ares – “Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor” 1 Ts 4.17 (Veja ainda Jo 14.3; 2 Ts 2.1). Observem que nos textos citados o arrebatamento está intimamente ligado à segunda vinda do Senhor em glória. A Bíblia não fala de uma vinda secreta, sete anos antes da vinda em glória de Cristo, para arrebatar a Igreja, como inferem os dispensacionalistas, mas a liga diretamente à segunda vinda em glória como já dito acima. Também não haverá um arrebatamento parcial quando os que estiverem prontos serão arrebatados e os outros depois quando se prepararem. O arrebatamento contemplará a igreja toda e não parte dela. Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

A Segunda Vinda do Senhor

As coisas que em breve devem acontecer (I) A Segunda Vinda do Senhor O estudo da Teologia Sistemática tem uma área chamada de Escatologia - a Doutrina das Últimas Coisas. A Escatologia divide-se em duas partes: A Escatologia Individual que trata do futuro do individuo e que engloba dois temas: A morte e o estado intermediário; e a Escatologia Geral que trata do futuro de todos os indivíduos dentro do plano de Deus, e que engloba os temas: A segunda vinda do Senhor, o arrebatamento da Igreja, o período tribulacional, o milênio, ressurreição geral, julgamento final e o estado eterno. Neste artigo iremos tratar da Escatologia Geral, baseada na expressão que intitula este artigo, parafraseada do livro de Apocalipse, e nos deteremos na primeira coisa prevista no programa escatológico de Deus que é a segunda vinda do Senhor Jesus Cristo. A doutrina da segunda vinda do Senhor Jesus é uma das mais bem documentadas do Novo Testamento. Quase todos os livros tratam direta ou indiretamente do assunto (a exceção fica por conta dos livros de Filemom, 2 e 3 João). Essa vinda, segundo o Novo Testamento, será uma vinda pessoal, isto é, Cristo virá em pessoa mesmo. “Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus descerá do céu,...” 1 Ts 4.16; Será uma vinda física. Jesus virá com o mesmo corpo que ascendeu aos céus depois da sua ressurreição. “E lhes perguntaram: Varões galileus, por que estais olhando para os céus? Esse Jesus que dentre vós foi recebido no céu, virá do mesmo modo como para o céu o vistes ir” At 1.11; Será uma vinda visível. Todas as pessoas o verão. “Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; todos os povos da terra se lamentarão e verão o Filho do homem vindo sobre as nuvens do céu com poder e muita glória” Mt 24.30; Será uma vinda gloriosa. Jesus virá com o corpo glorificado e acompanhado dos anjos dos céus. “Então verão o Filho do homem vir nas nuvens, com grande poder e glória” Mc 13.26. Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

O fermento dos fariseus (8.10-21)

O fermento dos fariseus (8.10-21) Depois do relato da segunda multiplicação de pães, o evangelista Marcos registra uma nova travessia do Mar do Galileia feita por Jesus e seus discípulos. Numa daquelas cidades ou aldeias naquela parte da Galiléia, Jesus defrontou-se com os fariseus que o tentavam pedindo que lhes mostrasse um sinal dos céus, talvez um milagre, sem ter uma necessidade específica para ser atendida. Em resposta Jesus negou realizar algum sinal para satisfazer o capricho de um segmento religioso incrédulo e insolente, sem ter uma necessidade premente. Depois Jesus tornou a atravessar o Mar da Galiléia, esquecendo-se os seus discípulos de levarem pão. Em seguida os advertiu para que se guardassem do fermento dos fariseus e de Herodes. Eles sem entender o que o Senhor dizia, conversavam entre si pensando que se tratava do esquecimento por não levarem o suprimento de pães para a jornada. Foi quando Jesus os censurou por terem o coração endurecido e por não acreditarem no seu contínuo poder provedor das necessidades do seu povo. E para reforçar o seu argumento cita as duas multiplicações de pães realizadas e os que sobraram delas para alimentá-los. Desse episódio podemos extrair quão fracos eram eles e incapazes de viver uma vida de total confiança no Senhor mesmo tendo contemplado as maravilhas feitas pelo Senhor Jesus. Hoje, também, nós discípulos do Senhor temos dificuldades de compreender as coisas do reino de Deus se não tivermos o auxílio do Espírito do Senhor. Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

Segunda multiplicação dos pães (8.1-9)

Segunda multiplicação dos pães (8.1-9) A segunda multiplicação de pães deu-se do lado do Mar da Galiléia oposto ao da primeira multiplicação. Marcos começa o seu relato dizendo que estava junto de Jesus uma grande multidão e como não tinham o que comer o Senhor Jesus manifestou a sua preocupação com a situação junto aos seus discípulos, dizendo: “Tenho compaixão da multidão, porque há já três dias que estão comigo e não têm o que comer. E, se os deixar ir em jejum para casa, desfalecerão no caminho, porque alguns deles vieram de longe” Mc 8.2,3. No evangelho de Mateus como pano de fundo da segunda multiplicação de pães, nos é dito que a multidão tinha ido a Jesus para ser curada de seus males e ouvir a sua palavra (Mt 15.29—31). Depois dos discípulos apreensivos colocarem a dificuldade natural do momento, o Senhor perguntou-lhes quantos pães eles tinham e a resposta foi sete pães e alguns peixes. Como foi feito da primeira vez, Jesus mandou que a multidão se assentasse, e tomou os pães e os peixes, deu graças, partiu-os e os deu aos discípulos que distribuíram com a multidão, e todos comeram e se fartaram, e ainda sobraram sete cestos cheios de pedaços de pães. Marcos e Mateus nos relatam que foram quatro mil a quantidade de homens alimentados. Depois de se alimentarem, Jesus os despediu. Como na primeira multiplicação, podemos extrair como lição o extraordinário poder de que Jesus era possuidor, bem como a mensagem de cunho espiritual identificando Jesus como o Pão da Vida. Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

terça-feira, 6 de setembro de 2016

A Cura dum surdo e gago em Decápolis (7.31-37)

A Cura dum surdo e gago em Decápolis (7.31-37) Depois de relatar a expulsão de um demônio da filha da mulher siro-fenícia, Marcos relata a cura de um surdo gago acontecida numa das cidades de Decápolis, uma região a sudeste do Mar da Galiléia composta de dez cidades. O texto nos diz que um surdo e gago foi levado por algumas pessoas à presença de Jesus, que lhe pediram a cura dele. Marcos nos diz que o Senhor tirou-o do meio da multidão, meteu os dedos em seus ouvidos, cuspiu e tocou em sua língua e disse Effata, que quer dizer abre-te, e os seus ouvidos foram abertos e foi solta a prisão de sua língua e falava perfeitamente. Em seguida Jesus ordenou que não divulgasse o ocorrido, mas o curado não se conteve e divulgava a todos o que acontecera, gerando nos ouvintes um profundo sentimento de admiração, a ponto de dizerem que tudo o que Jesus fazia era bom. Nesse episódio podemos identificar algumas lições: 1) é necessário falar de Jesus as pessoas e levá-las a fé em Cristo. O surdo e gago foi levado à presença de Jesus; 2) O valor da intercessão. Os que levaram o homem a Jesus rogaram por ele; 3) Deus tem os seus métodos de realizar as suas maravilhas e não precisa de ninguém dizer como deve fazer. Os que levaram o homem pediram que Jesus impusesse as mãos sobre ele; 4) O grande poder de que Jesus é possuidor. A cura foi imediata após a liberação de sua palavra, Effata; 5) Jesus tinha aversão a publicidade. O curado recebeu a ordem de não divulgar a cura; 6) Tudo o que Deus faz é bem feito. Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

A Mulher Cananéia (7.24-30)

A Mulher Cananéia (7.24-30) Nessa seção do seu Evangelho, Marcos nos apresenta um episódio na vida do Salvador que aconteceu nos termos de Tiro e Sidom. Jesus estava hospedado numa casa e queria privacidade mas não conseguiu, pois uma mulher O procurou, desesperada, porque tinha uma filha que estava endemoninhada. O texto nos diz que a mulher era grega siro-fenícia, ou seja, uma gentia. Marcos nos diz que ela ouvindo falar de Jesus foi até Ele, e lançando-se aos Seus pés rogava-lhe que expulsasse o demônio de sua filha. O Senhor, para testar a sua fé, disse a ela: “... Deixa primeiro saciar os filhos, porque não convém tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos” Mc 7.27. Diante da humilhação da mulher e de sua insistência e fé, o Senhor disse-lhe: “... Por essa palavra, vai; o demônio já saiu de tua filha” Mc 7.29, e assim aconteceu, a criança foi libertada pelo poder de Jesus. Desse episódio podemos extrair algumas verdades, senão vejamos: Primeiro, a realidade da possessão demoníaca. As pessoas que não tem o Espírito, que não são seladas por Ele, estão suscetíveis de ser possuídas por demônios, o que não acontece com o crente, pois o lugar já está ocupado pelo Espírito de Deus (1 Jo 4.4). Segundo, o Senhor se manifestou para desfazer as obras do Diabo (1 Jo 3.8). O Senhor Jesus venceu o diabo na cruz e o expôs ao desprezo eterno. Todo o reino das trevas está submisso ao poderio de nosso Senhor Jesus Cristo. Terceiro, a súplica com fé sempre tem uma resposta positiva da parte de Deus (Mt 21.22). Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

A Tradição dos Anciãos (7.1-23)

A Tradição dos Anciãos (7.1-23) Nesse trecho do seu evangelho, Marcos trata de uma crítica que os escribas e fariseus de Jerusalém fizeram a Jesus porque os seus discípulos não lavavam as mãos antes de comer, citando como base para essa crítica uma tradição vigente no judaísmo. Essa crítica ensejou a Jesus chamá-los de hipócritas por desprezarem o mandamento divino e se apegarem as suas tradições e justificou a censura citando a profecia de Isaías (Is 29.13), que diz: “Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. Em vão, porém, me honram, ensinando doutrinas que são mandamentos de homens” Mc 7.6,7. Em seguida, Jesus acusou os líderes religiosos judeus de abandonarem as Escrituras e se apegarem as tradições (exigências maiores do que a Palavra de Deus exige), e chegou até a citar uma máxima existente na época que dizia que se um filho se consagrasse ao Senhor não teria mais nenhum compromisso com os seus pais, estaria livre de obedecer à lei divina que diz que os filhos devem amparar os seus pais na velhice. Depois, Jesus dirigiu-se a multidão em parábola dizendo que o que entra no homem não o contamina e sim o que sai dele. Interrogado pelos seus, sobre o significado da parábola, Jesus disse que o que entra no homem (o alimento) é processado e o que não serve mais é lançado fora, mas o que sai do homem sai do seu coração e é isto que o contamina, pois é lá que se processam as motivações que levam as ações pecaminosas, tais como adultério, prostituição, homicídio, furto, avareza, maldade, engano, dissolução, inveja, blasfêmia, soberba, etc. Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

Jesus anda por cima do mar (6.45-56)

Jesus anda por cima do mar (6.45-56) Depois de relatar a poderosa ação do Senhor Jesus multiplicando pães e peixes Marcos fala sobre um episódio na travessia do Mar da Galiléia. O texto diz que Jesus obrigou aos seus discípulos a embarcaram e irem para Betsaida, enquanto ele despedia a multidão. Depois de Jesus ter despedido a multidão retirou-se para um monte próximo e ali buscava a presença do Pai em oração. Sobrevindo a tarde, Jesus observou que os seus discípulos enfrentavam dificuldades no barco onde estavam porque o vento era contrário. Perto da quarta vigília da noite (quase três horas da madrugada) o Senhor foi ao encontro deles andando sobre as ondas do mar. Quando os discípulos viram isso gritaram de medo pensando que era um fantasma, mas logo Jesus os acalmou, identificando-se: Sou eu, não temais. Ao subir no barco o mar se aquietou e os discípulos ficaram maravilhados. O texto diz que os discípulos ainda estavam com o coração endurecido apesar de terem presenciado o milagre da multiplicação dos pães e dos peixes. Continuando no seu relato, Marcos diz que ao desembarcarem em Genesaré muitas pessoas se aproximaram de Jesus trazendo em leitos os doentes. Diz ainda Marcos que aonde Jesus chegasse, seja em cidade ou aldeia, traziam os enfermos e suplicavam que o Senhor os curasse. O texto sagrado nos diz que todos aqueles que tocavam em Jesus eram curados. Nesses relatos o evangelista enfatizou o poderoso ministério libertador de Jesus abençoando aos que cressem nele. Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

terça-feira, 30 de agosto de 2016

A Primeira Multiplicação dos Pães (6.30-44)

A Primeira Multiplicação dos Pães (6.30-44) Essa seção do evangelho de Marcos começa com um relato, feito pelos apóstolos, após cumprir o Seu mandado quando os enviou, dois a dois, para pregar o Evangelho (Mc 6.7-13), e com a ordem de Jesus para que descansassem um pouco devido ao trabalho que estavam tendo por causa da procura de pessoas pelo Mestre. Em seguida, Marcos discorre sobre uma multidão imensa que tinha ido à busca de Jesus. A preleção do Senhor prolongou-se e chegou numa hora inconveniente que foi a hora da refeição. Os discípulos aconselharam a Jesus a despedir a multidão, mas perplexos ficaram quando Ele disse que não era necessário eles irem, mas que os discípulos lhes dessem de comer. O Senhor perguntou-lhes quantos pães eles tinham e a resposta foi cinco pães e dois peixinhos. Daí Jesus ordenou que organizassem o povo em grupos de cinquenta e de cem. Depois Ele tomou em suas mãos os cinco pães e os dois peixes e os abençoou. Em seguida entregou aos discípulos os pães e os peixes para serem distribuídos com a multidão. No seu relato Marcos diz que todos comeram e se saciaram e que ainda sobraram doze cestos cheios de pedaços de pão e de peixe. O relato de Marcos termina informando que a multidão que comera pães e peixes tinha quase cinco mil homens. Nesse milagre Jesus é revelado como Deus Onipotente, com poder capaz de realizar coisas extraordinárias. Também no relato Ele é revelado como Deus provedor, capaz de atender as necessidades mais prementes do ser humano. Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

A Morte de João Batista (6.14-29)

A Morte de João Batista (6.14-29) Depois de relatar o episódio da ida de Jesus a Nazaré onde foi rejeitado pelos seus conterrâneos, Marcos faz o relato da morte de João Batista, o precursor de Cristo (Is 40.3,4; Ml 4.5,6). O texto relata que Herodes tivera conhecimento dos milagres que Jesus fazia e dissera que Jesus era João Batista que ressuscitara dos mortos e por isso operava maravilhas. A seguir Marcos faz o relato da morte de João Batista. Nesse relato ele diz que João estava preso por denunciar a vida adúltera de Herodes que vivia com a mulher de seu irmão Felipe, Herodias. Por causa dessa denúncia Herodias odiava a João Batista e queria matá-lo. A ocasião para o assassinato de João Batista chegara com o aniversário de Herodes quando Salomé, filha de Herodias, dançou diante dos convivas e agradou a Herodes que lhe prometeu dar-lhe até a metade do seu reino. Salomé consultou sua mãe e ela prontamente pediu a cabeça do Batista. A princípio Herodes não concordou, mas por causa de sua palavra dita em público não quis voltar atrás e autorizou a degolação de João, e a cabeça daquele servo de Deus foi trazida numa bandeja e dada a Salomé que por sua vez a deu a sua mãe. O texto termina com a informação de que os discípulos de João puseram o seu corpo num sepulcro. Podemos observar que chegara o final da carreira de João Batista, que ele cumprira o seu ministério, e que aprouve a Deus levá-lo a sua presença através do martírio. Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

Jesus Retira-se para Nazaré (6.1-13)

Jesus Retira-se para Nazaré (6.1-13) Depois de relatar a cura da mulher com o fluxo de sangue e a ressurreição da filha de Jairo, Marcos informa sobre a ida de Jesus à cidade de Nazaré onde fora criado. Nessa cidade Jesus dirigiu-se a sinagoga e ali ensinava. Os presentes ficaram admirados da sabedoria com que expunha as Escrituras e também pelos milagres que Jesus fazia. Perplexos diziam: não é este o carpinteiro, filho de Maria, e irmão de Tiago, e de José, e de Judas e de Simão? E não estão entre nós suas irmãs? Marcos nos diz que eles se escandalizaram nele. Isso deu ensejo a Jesus dizer que um profeta não tem honra em sua casa, nem no meio de seus parentes. Admirado pela incredulidade deles, Jesus não fez ali maravilhas e sim curou poucos enfermos. Depois desse incidente, Jesus saiu de Nazaré e comissionou os apóstolos, enviando-os de dois em dois para pregar, inclusive com autoridade sobre os espíritos malignos. Nessa comissão, Jesus disse-lhes que levassem somente o bordão, não levassem alforjes, nem pão, nem dinheiro, nem vestissem duas túnicas e fossem calçados. Disse-lhes ainda que quando chegassem numa casa e fossem acolhidos, dali não saíssem até terminar a obra. Os lares que não o recebessem nem aceitassem a sua mensagem, ao sair dali, sacudissem o pó de suas alparcas como testemunho contra eles. Disse Jesus que no dia do juízo o castigo para quem os rejeitassem seria mais rigoroso do que o castigo de Sodoma e Gomorra. O texto nos diz que eles pregaram o arrependimento, expulsaram demônios e curaram os enfermos. Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

PREGAÇÃO PASTOR EUDES - 28/09/16 - O DESAFIO DO CRENTE DE VIVER EM SANTIDADE

segunda-feira, 18 de julho de 2016

A Filha de Jairo – A Mulher que tinha um fluxo de sangue (5.21-43)

A Filha de Jairo – A Mulher que tinha um fluxo de sangue (5.21-43) Depois do episódio da expulsão de demônios em Gadara, Marcos nos apresenta dois fatos, um intercalado no outro, que foram os casos da ressurreição da filha de Jairo e a cura da mulher com um fluxo de sangue. O relato começa com a ida de Jairo, um dos principais da sinagoga, a presença de Jesus pedindo socorro para que ele curasse a sua filha que estava à beira da morte. Quando Jesus ia para a casa dele, acompanhado de uma multidão, uma mulher com uma hemorragia contínua aproximou-se dele e tocou em suas vestes e foi curada. Segundo o seu testemunho, ela dizia em seu coração que assim que tocasse nas vestes de Jesus ficaria curada, o que de fato aconteceu, sendo a sua fé elogiada por Jesus. Na continuação da ida de Jesus para a casa de Jairo, chegou a notícia de que sua filha falecera e que não precisava mais incomodar o Mestre. Ao ouvir isso, Jesus disse a Jairo: “Não temas, crê somente”. Ao chegar naquela casa os pranteadores já estavam em ação, e Jesus perguntou a todos por que estavam alvoroçados e choraram, pois a menina não estava morta e sim dormia, e todos riam dele. O senhor Jesus entrou no quarto da menina acompanhado de Pedro, Tiago e João e dos pais dela e, pegando a mão da menina, ordenou que ela se levantasse (Talita cumi) e assim aconteceu. A ressuscitação da menina deixou os presentes assombrados com grande espanto. Jesus ordenou que eles não divulgassem o fato, e que dessem de comer a menina. Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

segunda-feira, 11 de julho de 2016

PREGAÇÃO PASTOR EUDES 03/07/16 AS RAZÕES DO FRACASSO DE SANSÃO

O Endemoninhado Gadareno (5.1-20)

O Endemoninhado Gadareno (5.1-20) No episódio da tempestade no Mar da Galileia acalmada por Jesus, os discípulos estavam indo para a margem oriental onde ficava a região de Decápolis. Ao saírem do barco logo se deparam com um homem possesso de espíritos malignos. A situação daquele homem era caótica. Segundo o texto bíblico ele vivia nos sepulcros, urrando feito bicho, ferindo-se com pedras e ninguém conseguia subjugá-lo, pois o prendiam com grilhões e cadeia, mas ele os despedaçava. O texto nos diz que ao ver Jesus, o homem cai diante dele em adoração. O demônio manifestou-se dizendo: que tenho eu contigo Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Jesus pergunta o nome do demônio e ele disse que era legião, porque eram muitos. Os demônios pediram a Jesus que os expulsava, que permitisse que eles entrassem numa manada de porcos que ali pastava. Jesus permitiu e os demônios saíram do homem e entraram nos porcos, que se precipitaram enlouquecidos por uma ribanceira no Mar da Galiléia. Os habitantes de Gadara, amedrontados, pediram a Jesus que saísse dali, mas o gadareno liberto pediu ao Senhor que permitisse O acompanhar, mas Jesus não concordou e sim o comissionou para anunciar aos seus o milagre que Deus fizera em sua vida. O texto sagrado nos diz que o testemunho do gadareno, dado na região de Decápolis, maravilhou a todos. Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

Jesus Acalma a Tempestade (4.35-41)

Jesus Acalma a Tempestade (4.35-41) Esse episódio deu-se no Mar da Galiléia, chamado também de Lago de Genesaré ou Mar de Tiberíades. É - nos dito, no texto em apreço, que o Senhor Jesus convidou aos seus apóstolos a passarem para o outro lado do Mar da Galiléia. No trajeto levantou-se um forte temporal de vento que agitou a agua do lago formando ondas que quase levaram o barco a pique. O texto nos diz que Jesus estava dormindo quando as ondas enchiam o barco, e que fora despertado pelos apóstolos que disseram: “... Mestre, não se te dá que pereçamos?”. Continuando o relato, Marcos nos diz que Jesus despertando do sono, repreendeu o vento, e disse ao mar: Cala-te, aquieta-te. E o vento se aquietou e houve grande bonança. (Mc 4.38,39). Na oportunidade, Jesus censurou brandamente os seus discípulos, dizendo: “Por que sois tão tímidos? Ainda não tendes fé”. Diante daquele poderoso milagre sobre a natureza os discípulos temerosos e extasiados exclamaram: “... Mas quem é este que até o vento e o mar lhe obedecem?” Mc 4.41. Nesse episódio podemos observar as duas naturezas do Redentor sendo evidenciadas: A natureza humana é evidenciada no sono que Jesus tivera. A divina, na poderosa ação controlando as forças da natureza quando o vento e o mar se aquietaram por Sua repreensão. Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

quinta-feira, 30 de junho de 2016

A Parábola do Grão de Mostarda (4.30-34)

A Parábola do Grão de Mostarda (4.30-34) No texto em apreço nos é informado que o Senhor Jesus profere a quarta parábola seguida do grupo mencionado pelo Evangelho de Marcos. A ênfase novamente nessa parábola é o reino de Deus. Agora Jesus o compara a uma semente de mostarda que naquela região era a menor de todas as sementes. Essa semente apesar de pequenina quando germina produz a maior de todas as hortaliças e nela se aninham as aves do céu. O reino de Deus comparado a essa semente, significa que na sua expressão terrena teria um começo pequeno, mas cresceria extraordinariamente, o que aconteceu no primeiro século da era cristã e continua crescendo no mundo inteiro. As aves que se aninham nessa hortaliça são as pessoas de todo o mundo que creem e aceitam o Rei desse reino e encontram nele um lugar para se abrigar, descansar, crescer, etc. Esse trecho do evangelho termina revelando uma parte do propósito de Deus em usar o método de ensino através de parábolas. “E com muitas parábolas tais lhes dirigia a palavra, segundo o que podiam compreender. E sem parábolas nunca lhes falava, porém tudo declarava em particular aos seus discípulos” Mc 4.33,34. Interessante observar que a interpretação das parábolas era feita em particular para os seus discípulos, cumprindo-se aquilo que Jesus disse: “... porque a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas a eles não lhes é dado”. Mt 13.11. Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

A Parábola da Semente (4.26-29)

A Parábola da Semente (4.26-29) Depois da parábola da candeia, o Senhor profere outra parábola, a da semente. Nessa parábola o reino de Deus é comparado a uma semente lançada à terra que, depois de semeada, por si mesma germina e cresce sem precisar do concurso do homem. Parece-me que nesta parábola o Senhor Jesus Cristo, além de apresentar o reino de Deus aos ouvintes, revela que cabe ao homem apenas semeá-lo, ou seja, divulgá-lo. Daí para frente o seu crescimento é consequência da ação do próprio Deus através do seu Espírito. Nessa parábola o Senhor ainda apresenta o ensino da consumação dos séculos, quando o trigo (os crentes em Cristo) será recolhido da terra e levado para a presença de Deus. No que refere ao Reino de Deus ou dos Céus é importante que entendamos que esse Reino revela o domínio universal de Deus sobre tudo e todos. Esse Reino adquire uma expressão visível com a encarnação do Verbo Divino. Ainda esse Reino é demonstrado pelas ações miraculosas realizadas por Jesus bem como pelos seus ensinamentos. Apesar de todas as criaturas estarem sob o controle desse Reino, os seus súditos são aqueles que reconhecem que são pecadores e que de coração acreditam no Rei desse Reino (Jesus) e O aceitam como Salvador e Senhor. Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

quarta-feira, 15 de junho de 2016

A Parábola da Candeia (4.21-25)

A Parábola da Candeia (4.21-25) Depois de proferir a parábola do semeador e explicar aos seus discípulos o motivo dele falar por parábolas ao povo em geral bem como o significado daquela parábola, o Senhor Jesus profere outra parábola bem pequena que engloba apenas um versículo: “E disse-lhes: Vem, porventura, a candeia para ser posta debaixo do cesto ou debaixo da cama? Não vem, antes, para se colocar no velador?” Mc 4.21. Em seguida o Senhor Jesus faz uma advertência relacionada a essa parábola, nestes termos: “Porque nada há encoberto que não haja de ser manifesto; e nada se faz para ficar oculto, mas para ser descoberto. Se alguém tem ouvidos para ouvir, que ouça.” Mc 4.22,23. Depois Jesus chama a atenção de todos sobre a questão do julgamento que se faz de outrem. “... Com a medida com que medirdes vos medirão a vós, e ser-vos-á ainda acrescentada” Mc 4.24. Essas palavras de Jesus nos fazem lembrar sobre o mandamento de não julgarmos uns aos outros, pois só Deus, o justo Juiz, é que tem condições de julgar a todos. Leia Tg 4.11,12. Quanto à lição da parábola, é bom observar que Jesus ensinou que os crentes nele são a luz do mundo, e que essa luz deve brilhar a fim de que Deus seja glorificado pelas boas obras realizadas por eles. Veja Mt 5.14-16. Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

A Parábola do Semeador (4.1-20)

A Parábola do Semeador (4.1-20) Nessa parte do seu evangelho, Marcos apresenta quatro parábolas proferidas por Jesus, sendo a primeira a parábola do semeador. Uma parábola é uma história tirada a partir do cotidiano da vida dos tempos de Jesus, que apresenta uma lição de cunho moral ou espiritual. Ainda a parábola era uma técnica didática usada pelos mestres de então. Na parábola do semeador é-nos apresentada uma semeadura em que uma parte da semente cai à beira do caminho, a outra cai entre pedregulhos, outra cai entre espinhos e a outra em boa terra. Nas três primeiras semeaduras não há produção de frutos. Só a semente que cai em boa terra é que produz frutos. Explicando a parábola em particular aos seus discípulos, Jesus disse que a semente é a palavra de Deus. O terreno chamado à beira do caminho é aquele coração que recebe a palavra, mas o maligno tira dele a semente. O terreno com pedregulhos é aquele coração que recebe a palavra com alegria, mas não a conserva de coração diante das dificuldades da vida cristã, sendo de pouca duração. O terreno com espinheiros é aquele coração que recebe a palavra, mas os cuidados e deleites da vida sufocam a palavra e ela não produz frutos com perfeição. A boa terra é aquele coração que recebe com fé a palavra e ela encontra guarida nele e produz fruto em abundância. Nessa parábola o Senhor ensinou que a pessoa que interioriza a Palavra de Deus produz muitos frutos para a glória de Deus. Pr. Eudes Lopes. Cavalcanti

PREGAÇÃO DO PASTOR EUDES - 05/06/16 - PRIVILÉGIOS E RESPONSABILIDADES DO CRISTÃO

sábado, 4 de junho de 2016

A Família de Jesus (3.31-35)

A Família de Jesus (3.31-35) Depois de relatar a crítica dos fariseus ao Senhor Jesus pelo fato dele está exercendo o seu poder na expulsão de demônios, Marcos nos apresenta um incidente em que a família de Jesus (mãe e irmãos) o procura para falar com ele quando ele estava ministrando numa casa em Cafarnaum. Marcos relata o episódio assim: “Chegaram, então, seus irmãos e sua mãe; e, estando de fora, mandaram-no chamar. E a multidão estava assentada ao redor dele, e disseram-lhe: Eis que tua mãe e teus irmãos te procuram e estão lá fora” Mc 3.31,32. Esse aviso deu ensejo ao Senhor Jesus ensinar uma grande lição sobre o valor da Igreja aos olhos de Deus. “E ele lhes respondeu, dizendo: Quem é minha mãe e meus irmãos? E, olhando em redor para os que estavam assentados junto dele disse: Eis aqui minha mãe e meus irmãos” Mc 3.33,34. Dessa situação se extrai a seguinte lição: os crentes em Cristo fazem parte de uma família, a família de Deus. Os laços que unem os membros dessa família são mais preciosos aos olhos de Deus do que os laços que os unem as suas famílias naturais. No que refere a família de Jesus, noutro relato Marcos fala sobre os seus componentes: Maria, sua mãe, os irmãos Tiago, Judas, José e Simão e irmãs, sem mencionar os nomes delas (Mc 6.3). Como não é mencionado o nome de José, esposo de Maria, tudo indica que ele já tinha falecido. Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

A Blasfêmia dos Escribas (3.20-30)

Reflexões no Evangelho de Marcos A Blasfêmia dos Escribas (3.20-30) Nesse trecho do seu evangelho, Marcos informa que o Senhor Jesus estava numa residência para onde afluiu uma grande multidão. Em seguida o evangelista informa que a família de Jesus, Maria e seus irmãos, ouvindo o que estava acontecendo naquela casa saíram para prendê-lo, porque achava que ele estava fora de si, devido Jesus está expulsando demônios. Em seguida, Marcos relata um comentário feito pelos fariseus que diziam que Jesus expulsava os demônios pela autoridade de Belzebul, o príncipe dos demônios. Isso deu ensejo ao Senhor proferir uma parábola que falava que Satanás não teria nenhum interesse de expulsar os demônios que estão sob o seu controle, pois assim o seu reino estaria dividido e um reino dividido não poderia subsistir. Ainda nessa parábola Jesus deixou bem claro que só quem pode expulsar demônios é quem tem poder para tanto (entrar na casa do valente, dominar o valente e espoliar a sua casa), e isso Ele tinha. Depois, Jesus trata sobre o pecado de blasfêmia contra o Espírito Santo, pecado esse que não se tem perdão. A blasfêmia contra o Espirito é a deliberada decisão de uma pessoa de não dá credito a obra realizada pelo Espírito, ou seja, a resistência de um indivíduo a ação do Espírito que quer levá-lo fé em Cristo. Esse é o único pecado para o qual não há perdão. É o famoso pecado para a morte falado por João (1 Jo 5.16). Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

sexta-feira, 13 de maio de 2016

A Escolha dos Doze (3.13-19)

A Escolha dos Doze (3.13-19) Depois de relatar a cura de um paralitico numa sinagoga e outras manifestações miraculosas de Jesus na cura de enfermos e expulsão de demônios, Marcos relata o precioso momento em que o Senhor Jesus escolheu os seus doze apóstolos. Essa escolha deu-se num monte da Galiléia. Marcos relata assim: “E subiu ao monte e chamou para si os que ele quis; e vieram a ele” Mc 3.13. Observa-se de imediato que essa escolha foi uma escolha soberana, da exclusiva vontade de Cristo, pois ele escolheu a quem ele quis. Em seguida o Senhor Jesus definiu a missão desses doze escolhidos, que foi: 1) estivessem junto dele; 2) pregassem o Evangelho; 3) expulsassem demônios. Depois Marcos identifica os doze escolhidos para o colégio apostólico: “Simão, a quem pôs o nome de Pedro; Tiago, filho de Zebedeu, e João, irmão de Tiago, aos quais pôs o nome de Boanerges, que significa: Filhos do trovão; André, e Filipe, e Bartolomeu, e Mateus, e Tomé, e Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu, e Simão, o Zelote, e Judas Iscariotes, o que o traiu” Mc 13.16-19. Observa-se que dentre esses homens alguns eram pescadores (Pedro, André, Tiago e João), outro coletor de impostos (Mateus), outro zelote (Simão), um grupo religioso radical de judeus. A escolha mais enigmática foi a de Judas Iscariotes que iria traí-Lo três anos depois, e Jesus sabia disso desde que o escolheu. Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

A Cura do homem que tinha uma das mãos mirrada (3.1-12)

A Cura do homem que tinha uma das mãos mirrada (3.1-12) No começo do capítulo três do seu evangelho, Marcos trata de um milagre realizado por Jesus numa sinagoga, provavelmente em Cafarnaum. Ali se encontrava um homem com uma das mãos mirrada. O texto diz também que os judeus estavam observando se o Senhor curaria num sábado. O Senhor Jesus graciosamente mandou que o homem se levantasse e ficasse no meio. Depois Jesus pergunta aos presentes se era lícito fazer o bem ou o mal num sábado. Devido ao silêncio deles Jesus, com profunda indignação pela dureza dos seus corações, ordenou que o homem estendesse a mão, e ele assim o fez e ela lhe foi restituída sã como a outra. Em vez dos fariseus se alegrarem pela bênção dada por Deus aquele homem, tomaram conselho entre si de como matariam a Jesus. Depois Marcos diz que o Senhor retirou-se com os seus discípulos para o mar da Galiléia, e que Jesus disse a eles que tivessem sempre disponível um barco para embarcar nele, devido as muitas pessoas que se aglomeravam e que se lançavam sobre ele esperando tocá-lo, pois tinham visto os milagres que fazia. O texto ainda diz que os endemoninhados prostravam-se diante dele, dizendo: Tu és o Filho de Deus, pelo que eram repreendidos pelo Senhor. Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

sábado, 30 de abril de 2016

Jesus é Senhor do Sábado (2.23-28)

Jesus é Senhor do Sábado (2.23-28) Depois de tratar a questão do jejum, o Senhor Jesus deparou-se com outro questionamento desta feita só pelos fariseus, que foi a questão da guarda do sábado. O texto relata que ao passar pelas searas os discípulos colhiam espigas de trigo num dia de sábado para comer. (É importante observar que na época qualquer pessoa que tivesse fome poderia entrar numa plantação de outrem e colher o necessário para comer. A lei mosaica autorizava isso). (Dt 23.25). Uns fariseus que acompanhavam Jesus em suas caminhadas censuraram o que os discípulos do Senhor faziam naquele sábado. Essa observação deu ensejo ao Senhor Jesus explicar o verdadeiro sentido do sábado, que fora feito por causa do homem, bem como revelar a sua autoridade como Deus sobre esse dia, e para isso aproveitou para citar um episódio do Antigo Testamento em que um preceito da lei mosaica fora violado por Davi e seus companheiros, que estavam com fome e comeram dos pães da proposição (consagrados ao Senhor) o que era privativo aos sacerdotes do Senhor. Essa questão do sábado irá acompanhar Jesus em quase todo o seu ministério a ponto dos judeus religiosos dizerem que Jesus não era de Deus porque fazia milagres nos dias de sábado. “Então alguns dos fariseus diziam: Este homem não é de Deus; pois não guarda o sábado...” Jo 9.16. Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

quinta-feira, 28 de abril de 2016

A Questão do Jejum (2.18-22)

A Questão do Jejum (2.18-22) Depois do relato da chamada de Levi para o ministério apostólico, Marcos trata de uma questão levantada pelos remanescentes discípulos de João Batista e os fariseus contra os discípulos do Senhor, pelo fato desses últimos não estarem observando o dia de jejum. (Naquela época alguns judeus religiosos observavam um dia de jejum na semana). Essa observação deu ensejo a Jesus dizer-lhes que os seus discípulos não tinham necessidade de observar essa tradição religiosa porque Ele estava ao lado deles suprindo-lhes as necessidades, e contou-lhe uma parábola que explicava isso, que foi a questão da presença do noivo e de seus amigos convidados para as núpcias. Enquanto o noivo, Jesus, estivesse presente, os convivas, seus discípulos, não tinham necessidade de jejuar, mas quando Ele, Jesus, não estivesse mais com eles, jejuariam (Mc 2.19,20). Para consolidar o seu posicionamento sobre essa questão, Jesus contou-lhes a parábola do remendo novo em pano velho e do vinho novo em odre velho, onde o novo não se adequaria ao velho, significando que os preceitos da tradição judaica cabiam na antiga dispensação, mas não se adequariam a nova vida de alegria e felicidade proporcionada pelo Evangelho de Cristo. Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

A Vocação de Levi (2.13-17)

A Vocação de Levi (2.13-17) Logo depois da cura do paralítico em Cafarnaum, Marcos fala sobre a vocação de um dos apóstolos de Jesus, Levi, conhecido também pelo nome de Mateus. O texto em apreço começa falando o ministério de ensino de Jesus. Em seguida mostra Jesus passando por uma coletoria e chamando de uma forma incisiva a Mateus, e a pronta resposta deste ao chamado do Mestre. “E, passando, viu Levi, filho de Alfeu, sentado na alfândega e disse-lhe: Segue-me. E, levantando-se, o seguiu” Mc 2.14. Em seguida, Marcos fala sobre um jantar oferecido por Mateus a Jesus e aos seus apóstolos, do qual participaram muitos colegas de profissão de Mateus. A presença de publicanos naquele jantar, levou os críticos de Jesus (escribas e fariseus) a censurá-lo, porque estava reunido e comendo, num momento particular, com publicanos e pecadores. A crítica dos fariseus e escribas ensejou a Jesus dá uma resposta que resume o foco do seu ministério como enviado de Deus: “E Jesus, tendo ouvido isso, disse-lhes: Os sãos não necessitam de médico, mas sim os que estão doentes; eu não vim chamar os justos, mas sim os pecadores” Mc 2.17. Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

quarta-feira, 6 de abril de 2016

O Paralítico de Cafarnaum (2.1-12)

Reflexões no Evangelho de Marcos O Paralítico de Cafarnaum (2.1-12) A cura de um paralítico em Cafarnaum deu-se quando Jesus estava naquela cidade e pregava a uma multidão que tinha ido até a casa onde ele estava. Diz o texto sagrado que o paralítico fora levado por quatro pessoas a presença de Jesus, mas devido à multidão que se aglomerava na entrada da casa, os quatro homens subiram ao eirado, fizeram uma abertura e baixaram o leito do paralítico onde Jesus estava. Para surpresa de todos, Jesus liberou uma palavra de perdão de pecados para o paralítico: “Filho, perdoados estão os teus pecados”. Aquelas palavras escandalizaram os escribas que estavam presentes, que diziam que o Senhor blasfemara, pois só Deus tinha o poder de perdoar pecados. Jesus que conhece corações perguntou o que era mais fácil: perdoar pecados ou curar a paralisia? Diante da mudez deles, Jesus com a sua autoridade divina disse ao paralítico: “A ti te digo: levanta-te, toma o teu leito, e vai para tua casa”. O texto sagrado diz que o paralítico levantou-se, colocou a sua cama na cabeça, e saiu dali. Os presentes não puderam se conter e glorificaram a Deus, dizendo: “Nunca tal vimos”. Nesse episódio, o Senhor Jesus manifestou o seu grande poder que Lhe é peculiar, como Deus que é de perdoar pecados e de curar enfermidades incuráveis. Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

A Cura dum leproso (1.40-45)

Reflexões no Evangelho de Marcos A Cura dum leproso (1.40-45) Em Cafarnaum deu-se também a cura de um leproso. Esse episódio é relatado por Marcos assim: “E aproximou-se dele um leproso, que, rogando-lhe e pondo-se de joelhos diante dele, lhe dizia: Se queres, bem podes limpar-me. E Jesus, movido de grande compaixão, estendeu a mão, e tocou-o, e disse-lhe: Quero, sê limpo! E, tendo ele dito isso, logo a lepra desapareceu, e ficou limpo” Mc 1.40-42. Nesse episódio podemos observar alguns detalhes: o leproso era proibido pela lei mosaica de se aproximar de uma pessoa sadia. Uma pessoa sadia não podia tocar num leproso, pois segundo essa mesma lei tornar-se-ia imundo. O fato de o Senhor Jesus estender a mão e tocar no leproso era um ato gracioso de Deus, principalmente quando lhe é dispensado a cura da lepra. A lei mosaica estipulava que uma vez contraída a lepra a pessoa era examinada pelo sacerdote e declarada imunda e era afastada do convívio social. Quando curada deveria voltar ao sacerdote e oferecer o que a lei estipulava para a purificação do leproso, foi por isso que Jesus mandou que ele fosse se mostrar ao sacerdote (Mc 1.44). O homem curado não conseguiu guardar o sigilo recomendado por Jesus o que dificultou sensivelmente o seu ministério, pois teve de se ocultar, não se mostrando publicamente. Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

A Cura da Sogra de Pedro (1.29-39)

Reflexões no Evangelho de Marcos A Cura da Sogra de Pedro (1.29-39) Depois de registrar a expulsão de um demônio feita por Jesus na sinagoga de Cafarnaum, Marcos mostra o episódio da cura da sogra de Pedro naquela mesma cidade. Jesus ao chegar à casa de Pedro encontra a sogra dele com uma febre muito alta. A pedido dos presentes, o Senhor graciosamente cura aquela mulher, que se levanta da cama curada e passa a servi-los. O texto enfocado não fica só na cura da sogra de Pedro, mas também informa outras curas de pessoas que eram trazidas a presença do Senhor bem como a libertação de muitos endemoninhados. Nessa obra de libertação de endemoninhados Jesus proibia que os demônios falassem, pois o conheciam e Ele não queria que eles testificassem de Sua deidade. Nesse mesmo texto, Marcos fala sobre a vida particular de oração de Jesus. “... e foi para um lugar deserto, e ali orava”. Depois dessa revelação, Marcos nos mostra uma das prioridades do ministério do Senhor que era a de pregar o Reino de Deus. “E ele lhes disse: Vamos às aldeias vizinhas, para que eu ali também pregue; porque para isso vim”. Em seguida, Marcos fala, resumidamente, dessa faceta do ministério do Senhor: “E pregava nas sinagogas deles por toda a Galiléia, e expulsava os demônios”. Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

A Cura do Endemoninhado em Cafarnaum (1.21-28)

Reflexões no Evangelho de Marcos A Cura do Endemoninhado em Cafarnaum (1.21-28) Nessa seção nos é apresentado por Marcos, em seu evangelho, um exorcismo feito por Jesus Cristo na cidade de Cafarnaum. A expulsão do demônio deu-se num dia de sábado em plena reunião na sinagoga. O Senhor Jesus, como judeu praticante fora aquela sinagoga no dia de sábado para participar dos serviços religiosos. Lá, diz-nos o texto, Jesus estava ensinando. É provável que com o impacto da Palavra de Deus o demônio tenha se manifestado. O texto diz-nos que ele exclamou: “Ah! Que temos contigo, Jesus nazareno? Vieste destruir-nos? Bem sei quem és: o Santo de Deus”. Sendo o espirito maligno repreendido por Jesus, saiu daquele homem clamando com alta voz. A expulsão do demônio levou os participantes daquela reunião a se admirarem pela doutrina pregada por Jesus e pelo poder de Deus manifestado por Ele. Algumas lições podem-se extrair do episódio: 1) a existência de demônios, anjos caídos que atormentam os homens sem Deus a ponto de possuí-los; 2) a vulnerabilidade do homem sem Deus diante desse propósito maligno de controlar a pessoa; 3) o poder extraordinário de nosso Senhor Jesus Cristo, capaz de libertar o homem das amarras do diabo, o chefe dos demônios. Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

Vocação dos primeiros apóstolos (1.14-20)

Reflexões no Evangelho de Marcos Vocação dos primeiros apóstolos (1.14-20) Essa seção do Evangelho de Marcos começa falando sobre a prisão de João Batista e o começo do ministério público do Senhor Jesus na Galiléia. Esse ministério é iniciado com a pregação da chamada aos homens ao arrependimento e a crença no Evangelho, as boas novas de salvação através de Cristo. Jesus também, na pregação que fizera, revela o cumprimento do tempo do irrompimento do Reino de Deus na terra através de Sua pessoa. Em seguida, o texto revela a chamada dos quatro primeiros apóstolos de Jesus Cristo: Pedro e seu irmão André, e os irmãos Tiago e João, todos pescadores no Mar da Galiléia. Pedro e André, na ocasião, estavam pescando e Tiago e João estavam consertando as redes de pesca. O chamado desses homens para o ministério apostólico foi incisivo e inequívoco, e a resposta também foi imediata e radical. Os quatro homens abandonaram os seus ofícios de pescadores e seguiram a Jesus com o intuito de estarem com Ele e de colaborarem com o seu ministério. No que se refere a Pedro e André, o Senhor Jesus revelou o que pretendia com eles: fazê-los pescadores de homens, e quanto aos irmãos Tiago e João o objetivo era o mesmo, mas o texto diz que o Senhor apenas os chamou sem dizer pra quê. Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

O Batismo e Tentação de Jesus (1.9-13)

Reflexões no Evangelho de Marcos O Batismo e Tentação de Jesus (1.9-13) Nessa seção, Marcos apresenta o batismo de Jesus por João Batista no Rio Jordão. O Senhor Jesus como Deus encarnado tecnicamente não precisava ser batizado por João devido o batismo de João ser o batismo para o arrependimento e Jesus não precisava se arrepender de pecados porque não os tinha. Ele se submeteu ao batismo de João para credenciar o batismo daquele precursor, para cumprir a lei e para ser batizado por nós pecadores que precisávamos de arrependimento. Após o batismo de Jesus, o Espírito de Deus o unge para o seu ministério messiânico (Messias, o mesmo que Cristo significa o Ungido). Quando o Espírito é derramado sobre Jesus em forma de uma pombinha, Deus testifica audivelmente sobre a filiação divina de Jesus e do Seu prazer na vida de Seu Filho. Depois dessa gloriosa revelação, Marcos informa que Jesus foi levado pelo Espírito ao deserto para ser tentado pelo diabo. A tentação a que Jesus se submeteu aconteceu logo após os quarenta dias que passou em jejum e oração. Marcos não detalha os passos da tentação de Cristo como o faz os outros evangelhos sinóticos (Mateus e Lucas), apenas diz que ele foi tentado pelo Diabo, vivia entre feras e era servido pelos anjos. Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

PREGAÇÃO PASTOR EUDES 03/04/16 - O CORDEIRO NO TRONO

PREGAÇÃO DO PASTOR EUDES - 27/03/16

quinta-feira, 3 de março de 2016

João Batista (1.1-8)

Reflexões no Evangelho de Marcos João Batista (1.1-8) Marcos, o sobrinho de Barnabé, chamado no texto de Atos dos Apóstolos de João Marcos, começa o seu livro falando sobre o principio do Evangelho, as boas novas, de Jesus Cristo. Nesse primeiro versículo, Marcos revela as boas novas de salvação através de nosso Senhor Jesus Cristo e o apresenta como o Filho de Deus, evidentemente que encarnado. Em seguida, Marcos, fala sobre o cumprimento de uma profecia feita por Isaías (Is 40.3) relacionada ao precursor de Cristo, ou seja, aquele que fora designado por Deus para preparar o caminho para o ministério do Senhor Jesus, João Batista. Depois Marcos descreve sucintamente o ministério do precursor de Cristo: Pregava o arrependimento e batizava os que aceitavam a sua mensagem. Em seguida Marcos descreve a indumentária e os hábitos alimentares daquele servo de Deus, similar aos do profeta Elias, o tisbita. Veste de pele de camelo, um cinto de couro sobre os lombos, comendo gafanhotos e mel silvestre. Depois Marcos mostra João Batista anunciando a vinda do Messias, e a sua própria indignidade diante da pureza e grandeza dEle, revelando que Ele, o Messias, o Filho de Deus, Jesus Cristo, batizaria com o Espírito Santo os crentes nEle, no início da fé. Pr. Eudes L. Cavalcanti

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Uma panorâmica sobre Apocalipse

O livro de Apocalipse foi escrito pelo apóstolo João quando ele se encontrava preso por causa do Evangelho na ilha de Patmos, isto em 95 d.C. O Apocalipse foi escrito para confortar a Igreja que estava sofrendo perseguição por causa do Evangelho na época de Domiciano, imperador romano, que exigia adoração de seus súditos, algo que a Igreja não aceitava. Devido a sua linguagem altamente simbólica o livro não é de fácil interpretação. Existem pelos menos quatro escolas de interpretação desse livro: A idealista que vê o livro como revelador de princípios que envolvem a luta do bem contra o mal; a Preterista que ensina que os acontecimentos do livro são passados, pendente apenas a segunda vinda do Senhor e a consumação final; a Historicista que ensina que os acontecimentos do livro se cumpriram e estão se cumprindo na história da Igreja; e a escola Futurista que prega que apenas os três primeiros capítulos pertencem à história da Igreja e o restante está para acontecer depois dela. O Apocalipse, como o próprio nome significa, é uma revelação do Senhor Jesus Cristo, destinada às sete igrejas existentes, na época, na Ásia Menor: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia, e para a Igreja em todas as épocas. Apocalipse começa apresentando o Senhor Jesus como o grande Juiz do Universo (1). Depois O livro mostra sete cartas destinadas às igrejas citadas (2,3). Nessas cartas encontramos uma apresentação do Senhor Jesus, tirada da visão do capítulo primeiro; uma análise da vida interna da Igreja revelando pontos positivos e negativos; uma advertência do Senhor a igreja; e uma promessa ao vencedor. Depois o livro revela Deus no seu trono de glória com um livro selado por sete selos (4) e no capitulo seguinte (5) o Cordeiro de Deus é apresentado como aquele que é digno de abrir o livro e desatar os seus sete selos. À medida que os selos são abertos por Jesus um acontecimento importante na história ocorre (6). Depois o livro apresenta o toque de sete trombetas e o derramar de sete taças, todas essas trombetas e taças representam juízo de Deus punindo uma humanidade ímpia e rebelde (7-11). O livro também apresenta os quatro formidáveis inimigos da Igreja, a saber: o dragão (Satanás), a besta que sai do mar (o Anticristo), a besta que sai da terra (o Falso Profeta) e a prostituta (Babilônia = o mundo). Esses inimigos combatem contra a Igreja, mas são vencidos pelo Cordeiro, quando de Sua segunda vinda (12-19). O livro ainda mostra o julgamento desses inimigos e o seu destino eterno, bem como de todos aqueles que não foram lavados no sangue do Cordeiro (20). O livro termina com a apresentação de um cenário paradisíaco, de felicidade eterna, para aqueles que professam a fé em Cristo, que viverão para sempre com o Senhor. O mundo, como o vemos hoje, será destruído pelo fogo, e a Igreja (a Nova Jerusalém) viverá num novo céu e numa nova terra (21,22). A mensagem do Apocalipse em síntese é a seguinte: Vocês (a Igreja) que estão sofrendo, tenham paciência, pois o Senhor virá e punirá os inimigos de vocês e dará a todos um final feliz. Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

PREGAÇÃO PASTOR EUDES, 21/02/16

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Uma panorâmica sobre Judas

O penúltimo livro do Novo Testamento tem o nome de Judas. Esse Judas era filho de José e Maria, portanto meio irmão do Senhor Jesus. Ele se identifica na carta que escreveu como Judas irmão de Tiago, fazendo isso para dar mais credibilidade ao seu escrito, citando como referência Tiago por ser este seu irmão pastor da Igreja de Jerusalém. Essa carta que tem o tema Batalhar pela Fé foi escrita, aproximadamente, entre os anos de 70 e 80 da era cristã para os mesmos destinatários das cartas de Pedro. Judas escreveu essa carta com duas finalidades: 1) Advertir aos crentes sobre a grave ameaça dos falsos mestres e sua influência destruidora nas igrejas da época; 2) Conclamar a todos os crentes genuínos a batalhar pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos. Quanto aos falsos mestres e seus ensinos, Judas escreveu para combatê-los no que se refere à posição deles abertamente antinomiana (ensino que enfatizava que a salvação pela graça permitia ao salvo viver uma vida de pecado sem sofrer a consequências dos mesmos). Esses falsos mestres rejeitavam ainda a revelação divina acerca da pessoa e da natureza do Senhor Jesus. Esses erros doutrinários causaram um estrago nas igrejas da época, dividindo-as quando a questão da fé e da conduta da vida cristã. Judas descreve esses falsos mestres como “ímpios (vs 15) e que “não têm o Espirito” (vs 19). Olhando essa carta de forma panorâmica podemos perceber que logo após a saudação feita, Judas revela que tinha a intenção de escrever sobre a salvação comum, mas que por causa do estrago que as heresias estavam fazendo nas igrejas resolvera abordar esse tema, visando preservar a pureza do Evangelho. Judas acusa os mestres apóstatas de impureza sexual, de serem liberais como Caim, cobiçosos como Balaão, rebeldes como Coré, arrogantes, enganosos, sensuais e causadores de divisões no meio do povo de Deus. Judas ainda afirma que o julgamento divino com certeza cairia sobre eles no devido tempo, ilustrando esse juízo com seis fatos acontecidos na vida desses homens citados no Antigo Testamento (vs 6 a 11). Os juízos divinos que caíram sobre os personagens citados serviriam de exemplo para os que viviam laborando em erros doutrinários. A carta de Judas tem as seguintes características: 1) Contém a mais veemente incriminação do Novo Testamento contra os falsos mestres, chamando a atenção de toda a Igreja sobre o gravíssimo perigo das heresias que combatem a fé cristã; 2) Contém uma descrição tríplice de três julgamentos divinos tirados do Antigo Testamento; uma descrição tríplice dos falsos mestres; e três exemplos de homens ímpios do Antigo Testamento (Caim, Balaão e Coré); 3) Traz informações sobre três escritos, dois canônicos (as Escrituras do A. T. e a carta de 2ª Pedro) e outro sem ser canônico (as tradições judaicas); 4) Revela, como 2ª Pedro, a queda de parte dos anjos e o consequente juízo sobre eles; 4) Contém uma das mais belíssimas bênçãos do N. T. Quanto ao ensino errado no meio da Igreja, esse foi o motivador da escrita de praticamente todos os escritos apostólicos. Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

PREGAÇÃO PASTOR EUDES - 07/02/16 - A IMPORTÂNCIA DA ORAÇÃO NO PROCESSO DE SANTIFICAÇÃO DO CRISTÃO

Uma panorâmica sobre 3ª João

Como já foi dito, no Novo Testamento encontramos cinco livros escritos por João: o Evangelho de João, 1ª, 2ª e 3ª João e Apocalipse. A terceira carta de João é destinada a um irmão em Cristo que pertencia a uma das igrejas da Ásia Menor da época. Naquela época havia muitos obreiros itinerantes que pregavam a Palavra de Deus. Criou-se uma cultura evangélica naquele tempo de hospedar esses obreiros em suas viagens missionárias, sendo Gaio, o destinatário da 3ª carta de João, um deles por quem o apóstolo nutria uma estima especial. Vejamos o que João disse desse irmão: “Porque muito me alegrei quando os irmãos vieram e testificaram da tua verdade, como tu andas na verdade. Não tenho maior gozo do que este: o de ouvir que os meus filhos andam na verdade. Amado, procedes fielmente em tudo o que fazes para com os irmãos e para com os estranhos, que em presença da igreja testificaram da tua caridade, aos quais, se conduzires como é digno para com Deus, bem farás” vs 3-6. No texto acima, João expressa a sua alegria pelo testemunho que muitos davam da integridade de Gaio bem como do seu apoio a essa obra de acolhida aos servos do Senhor que eram missionários e que viviam pregando nas localidades, sem sustento financeiro. Depois, João faz referência ao líder de uma das igrejas da época chamado Diótrefes que era soberbo e que não aceitava a autoridade apostólica de João, difamando o venerável servo do Senhor, e, proibindo a membrezia da Igreja a não receber os missionários itinerantes nem lhe dar acolhida, chegando até a expulsá-los da Igreja. “Tenho escrito à igreja; mas Diótrefes, que procura ter entre eles o primado, não nos recebe. Pelo que, se eu for, trarei à memória as obras que ele faz, proferindo contra nós palavras maliciosas; e, não contente com isto, não recebe os irmãos, e impede os que querem recebê-los, e os lança fora da igreja” vs 9,10. Nessa carta João faz referência a outro servo de Deus chamado Demétrio que, tudo indica, fazia parte da igreja que Diótrefes procurava ter o primado, no qual todos deviam se espelhar, devido a sua integridade e o seu amor pela obra do Senhor. “Todos dão testemunho de Demétrio, até a mesma verdade; e também nós testemunhamos; e vós bem sabeis que o nosso testemunho é verdadeiro” v 12. No término da carta João manifesta a esperança de visitar Gaio para falar-lhe à viva voz, talvez sobre a precária situação da Igreja sob a liderança de um líder autocrático, completamente fora do propósito de Deus. Infelizmente no meio do povo de Deus sempre se encontrou pessoas desprovidas do temor a Deus ocupando cargo de liderança na Igreja do Senhor. Essas pessoas não aceitam pastoreio, acham-se o máximo, autossuficientes, e que estragam a obra do Senhor. No Novo Testamento Paulo se queixou de Himeneu, Fileto, Alexandre (João na carta em apreço queixou-se de Diótrefes), pessoas que seguiram o mesmo padrão de comportamento de Coré, Datã, Abirão, Absalão, lideres do Antigo Testamento, maus exemplos que o povo de Deus não deve se espelhar. Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

Simão, o mágico (At 8.9-13) No relato do texto em apreço, nos é apresentada a figura de um homem famoso na cidade de Samaria, onde De...