Este blog veicula reflexões bíblicas feitas pelo Reverendo Eudes Lopes Cavalcanti
terça-feira, 30 de abril de 2013
Uma decisão acertada
Na vida sempre nos
deparamos com situações difíceis ou fáceis que nos levam a tomar decisões.
Olhando para a
Bíblia observamos também que servos de Deus do passado, de vez em quando, enfrentavam
situações que requeriam uma decisão, dentre eles um grande servo de Deus,
Josué, que corajosa e publicamente declarou-a perante todo o povo de Deus,
inclusive de seus líderes.
Segundo a vontade
soberana de Deus coube a Josué, filho de Num, da tribo de Efraim, suceder a
Moisés, o grande líder do povo de Deus, e introduzir a Israel na terra da
promessa. Grandes foram as batalhas enfrentadas por aquele servo de Deus. A
terra foi conquistada e dividida entre as nove tribos e meia (duas tribos e
meia – Rubem, Gade e meia tribo de Manassés - já tinham recebido a sua herança
além do rio Jordão quando Moisés destruíra os reinos de Seom e de Og).
Estando Josué já velho, cansado de suas
lides ministeriais, sabendo que o povo de Deus sempre se inclinava ao erro,
convocou os líderes de Israel e todo o povo e, depois de fazer uma
recapitulação dos grandes feitos do Senhor, despede-se deles, dizendo: “...
Então Josué disse a todo o povo: Assim diz o Senhor Deus de Israel: ... Agora,
pois, temei ao Senhor, e servi-o com sinceridade e com verdade, e deitai fora
os deuses aos quais serviram vossos pais dalém do rio e no Egito, e servi ao
Senhor. Porém, se vos parece mal aos vossos olhos servir ao Senhor, escolhei
hoje a quem sirvais: se os deuses a quem serviram vossos pais, que estavam
dalém do rio, ou os deuses dos amorreus, em cuja terra habitais; porém eu e a
minha casa serviremos ao Senhor” Js
24.1-15.
Observem que nesse texto o povo de Deus ainda estava se envolvendo com
os deuses dos povos que foram destruídos tanto de um lado como do outro do Jordão
e também com os deuses do Egito. Diante
disso, Josué os desafia a servir somente ao Senhor, o Deus verdadeiro, o Deus
de Israel. Depois de confrontá-los Josué revela a decisão que tomara em sua
vida: “porém eu e a minha casa serviremos ao Senhor”.
Amados, servir a Deus é, antes de ser uma obrigação, um privilégio. Deus
para fazer as coisas não precisa de ninguém. Lembremo-nos de que Ele é
todo-poderoso capaz de fazer tudo sozinho, sem depender de ninguém, mas aprouve
a Ele, segundo a sua soberana vontade, dá o privilégio a Sua Igreja de
servi-Lo. Paulo disse que nós os crentes somos colaboradores de Deus. “Porque
nós somos colaboradores de Deus;...” 1 Co 3.9.
Assim sendo, devemos, como crentes em Cristo, procurar servir a Deus de
todo o nosso coração. A Bíblia orienta a Igreja a servir a Deus com um coração
sincero e com uma alma voluntaria (1 Cr 28.9), com alegria (Sl 100.2), com
fervor (Rm12.11), sempre de forma abundante (1 Co 15.58), sem esperar
recompensa nenhuma, apesar de Deus prometer recompensar aos seus servos fiéis
(1 Co 15.58).
Não seja irmão um mero assistente das coisas que acontecem no serviço do
Reino de Deus através do ministério da Igreja local, e sim um fervoroso
trabalhador. Siga o exemplo de Josué que tomou a decisão acertada nessa área,
desafiando todo o povo de Deus no seu tempo a fazer o mesmo.
Pr. Eudes Lopes Cavalcanti
Louvando a Deus
Nós seres humanos
fomos criados para viver para Deus. Por isso Ele nos fez conforme a Sua imagem
e semelhança “E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou;
macho e fêmea os criou” Gn 1.27. Na construção dessa imagem (Imago Dei) Deus
dotou o homem com atributos que o distingue do restante da criação: vontade,
inteligência e emoções, ou seja, faculdades que Deus as possui de forma
perfeita e plena, e que as compartilhou conosco em certa medida, que nos tornam
capazes de nos relacionarmos com Ele.
O pecado deteriorou
a imagem de Deus no homem, mas não a destruiu, graças a Deus por isso. Em
Cristo essa imagem está sendo reconstruída, mas não só isso, mas também a imagem
de Cristo estar sendo refletida no cristão. “Mas todos nós, com cara
descoberta, refletindo, como um espelho, a glória do Senhor, somos
transformados de glória em glória, na mesma imagem, como pelo Espírito do
Senhor” 2 Co 3.18.
Essa transformação
operada pelo Espírito de Deus em nossas vidas nos habilita a adorarmos ao
Senhor de uma forma que Lhe seja agradável, isto quando essa adoração é feita
em espírito e em verdade.
Deus, através de sua
Palavra, determinou que os que cressem em Cristo se agrupassem e se
organizassem como igrejas locais para que se desincumbissem de quatro grandes
propósitos, a saber: adoração, edificação, proclamação e beneficência.
Quanto à adoração, ou seja, ao culto que se deve celebrar a
Deus o louvor é uma das suas partes componentes. Qualquer liturgia que se preze
não pode prescindir do louvor a Deus, quer através de cânticos congregacionais
e/ou através de conjuntos que são organizados para celebrar ao Senhor, ou através
de cantores solo.
A
nossa igreja tem sido contemplada por Deus com alguns conjuntos instrumentais e
vocais dentre eles o Conjunto Ebenézer que é composto só de mulheres, tendo a
liderança da irmã Adriana Meireles. Esse Conjunto tem sido uma benção no
ministério da III IEC/JPA, se apresentando regularmente nos cultos que celebramos ao Senhor nosso Deus.
Esse precioso Conjunto teve o seu início em 2004 sob a liderança do
Presb. Franklim José que hoje serve ao Senhor na Assembleia de Deus. Ainda o
Conjunto Ebenézer teve um grande impulso sob a liderança do Presb. Adelson
Alexandre que devido ter infartado não pode mais continuar na liderança do mesmo.
Deus graciosamente levantou a irmã Adriana para tomar conta do Conjunto o que
ela vem fazendo com muita propriedade e graça.
Hoje estamos celebrando ao Senhor pelos nove anos de existência do
Conjunto Ebenézer. Nessa celebração estamos oferecendo a Deus dois cultos de
ações de graças, sendo um pela manhã e o outro a noite, em ambos estará
pregando a Palavra de Deus a Missionária Edileusa Veras sobre o tema “Louvando
a Deus pela sua grandeza”, baseado no Salmo 150.2.
Neste dia toda a nossa Igreja se regozija no Senhor por mais um ano que
Ele graciosamente concede ao Conjunto Ebenézer. Rogamos a Deus que Ele dê saúde
e disposição a essas irmãs para que continuem servindo a Deus com alegria.
Pr. Eudes Lopes Cavalcanti
segunda-feira, 15 de abril de 2013
Ainda há terra para ser conquistada
Moisés foi usado
por Deus para libertar os filhos de Israel da escravidão egípcia. Ainda coube a
ele levar o povo, do Egito até as portas da terra que o Senhor prometera a
Abraão e sua descendência. Devido a uma falha sua Moisés não teve o privilegio
de entrar com o povo na terra da promessa, cabendo a Josué, seu sucessor, fazer
isso. Após a morte de Moisés Deus falou a Josué
dizendo: “Moisés, meu servo, é morto; levanta-te, pois, agora, passa este
Jordão, tu e todo este povo, à terra que eu dou aos filhos de Israel. Todo
lugar que pisar a planta do vosso pé, vo-lo tenho dado, como eu disse a Moisés...
Ninguém se susterá diante de ti, todos os dias da tua vida; como fui com
Moisés, assim serei contigo; não te deixarei nem te desampararei. Esforça-te e
tem bom ânimo, porque tu farás a este povo herdar a terra que jurei a seus pais
lhes daria” Js 1.2-6.
Após passar o
Jordão, graças a uma intervenção poderosa de Deus, os israelitas começaram a
obra de conquista. Trinta e um reis que lideravam as cidades estados de Canaã
foram subjugados, mas mesmo assim faltava ainda muita terra para ser
conquistada.
Nessa obra de
conquista podemos observar duas coisas: uma a soberania de Deus, e a outra a
responsabilidade humana. Deus dera a terra, pois a terra pertence ao Senhor, e
prometera guerrear pelo seu povo, mas cabia a cada israelita lutar com as armas
disponíveis para conquistar a terra.
Contextualizando o assunto, ou seja, trazendo-o para a experiência da
Igreja no plano espiritual, podemos constatar que Cristo, antítipo de Josué,
está realizando uma obra de conquista no coração de seus eleitos. Milhões já
foram alcançados, mas ainda o rebanho do Senhor não está completo. “Ainda tenho
outras ovelhas que não são deste aprisco; também me convém agregar estas, e
elas ouvirão a minha voz, e haverá um rebanho e um Pastor” Jo 10.16.
No plano espiritual, naquilo a que se refere aos que já creem em Cristo,
tudo já está resolvido. Eles foram conquistados por Cristo e o seu coração, que
é comparado a uma terra, já pertence ao Senhor, e Ele através de Seu Espírito
se estabeleceu nele. “E, porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o
Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai” Gl 4.6.
Agora trazendo essa experiência ao crente individual, o Espirito que
habita em cada um deles, começou uma obra de conquista que visa alcançar todos os
compartimentos da alma do homem redimido (inteligência, vontade e emoções).
Nessa obra poderosa do Espírito Ele quer que nós, ao contrário dos cananeus que
se opuseram e guerrearam contra Josué, nos submetamos humildemente ao seu
controle. Quando isso acontece o Espírito nos enche de Si, e nós passamos a
viver uma vida cristã abundante. “Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios
de água viva correrão do seu ventre. E isso disse ele do Espírito, que haviam
de receber os que nele cressem;...” Jo 7.38,39.
Você querido irmão que já professa a fé em Cristo não quer facilitar o
trabalho de conquista do Espírito em sua vida, em vez de resistir-Lhe (At 7.51),
de entristecê-Lo (Ef 4.30) ou mesmo de apagar (1 Ts 5.19) a Sua ação em sua
vida?
Pr. Eudes Lopes Cavalcanti
quarta-feira, 10 de abril de 2013
É tempo de reconstrução
Por causa dos
pecados de Israel os assírios devastaram o reino do Norte em 722 a.C. e pelos
pecados de Judá os babilônicos devastaram o reino do Sul em 586 a.C. O profeta
Jeremias profetizara que o cativeiro babilônico iria durar setenta anos (Jr
25.11,12). Ao se aproximar do final do cativeiro babilônico Deus despertou o
profeta Daniel para orar por uma obra de reconstrução. “No ano primeiro de
Dario, filho de Assuero, da nação dos medos, o qual foi constituído rei sobre o
reino dos caldeus, no ano primeiro do seu reinado, eu, Daniel, entendi pelos
livros que o número de anos, de que falou o Senhor ao profeta Jeremias, em que
haviam de acabar as assolações de Jerusalém, era de setenta anos. E eu dirigi o
meu rosto ao Senhor Deus, para o buscar com oração, e rogos, e jejum, e pano de
saco, e cinza” Dn 9.1-3.
Para realizar essa
obra de restauração Deus usou três homens, a seguir identificados: Zorobabel
para reconstruir o templo, Neemias para reconstruir os muros de Jerusalém e
Esdras para restaurar o culto. Na obra de reconstrução do templo os profetas
Ageu e Zacarias tiveram papel preponderante. Foram eles que profetizaram em
nome do Senhor animando os líderes Zorobabel governador e Josué sumo sacerdote
e ao povo em geral para que continuassem a obra de restauração mesmo com a
oposição dos adversários.
Graças à ação
poderosa de Deus usando aqueles piedosos homens a obra de reconstrução foi feita a contento. É interessante observar que a
obra de restauração começou com a reconstrução do templo, mesmo antes da
reconstrução dos muros, para que nele fossem realizados os cultos a Deus.
Primeiro a devoção depois a obrigação?
A Igreja é representada como um
edifício, uma construção. O Senhor da Igreja, Jesus Cristo, está realizando uma
obra de edificação continua agregando novas pedras vivas a essa construção (Jo
10.16) e também promovendo o seu crescimento espiritual. “Assim... sois... concidadãos
dos Santos e da família de Deus; edificados sobre o fundamento dos apóstolos e
dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina; no qual todo
o edifício, bem ajustado, cresce para templo santo no Senhor, no qual também
vós juntamente sois edificados para morada de Deus no Espírito” Ef 2.19-22.
Louvamos
a Deus por que Ele vela pelo seu povo e está sempre trabalhando em favor dele
visando uma obra de restauração. Foi assim com Israel e Judá no passado e assim
será com a Igreja que é o Seu povo na atual dispensação.
Às vezes, na sua história, as igrejas locais enfrentam crises, muitos
delas difíceis de serem administradas, mas graças a Deus que Ele sempre está
próximo delas conduzindo os seus em constantes triunfos.
Enfrentamos recentemente uma tempestade violenta que devastou parte da
nossa Igreja (finanças, membrezia, diretoria de Departamento e obra
missionária), mas por graça e por misericórdia Deus já começou uma obra de
restauração. O Espirito já começou a operar removendo a quem Ele quis remover e
já começou a soprar sobre a Igreja tirando de corações aqueles sentimentos
estranhos aos ensinamentos da santa Palavra de Deus.
Pr. Eudes Lopes Cavalcanti
segunda-feira, 1 de abril de 2013
A Beleza da Igreja
Escrevemos recentemente três artigos sobre
a Igreja do Senhor na sua expressão local. Escrevemos sobre a unidade da
Igreja, a preciosidade da Igreja e a autoridade da Igreja, e neste artigo iremos
discorrer sobre a beleza da Igreja.
No livro de Cantares
temos um versículo que figurativamente fala sobre a beleza da igreja de nosso
Senhor Jesus Cristo: “Quem é esta que aparece como a alva do dia, formosa como
a lua, brilhante como o sol, formidável como um exército com bandeiras?” Ct
6.10. É verdade que neste texto Salomão, extasiado, descreve a beleza de Sulamita, uma mulher, sua
amada, mas não temos dúvidas de que falava da Igreja do Senhor no plano
espiritual. Cristo, noivo da Igreja, a descreve do mesmo jeito com a mesma
intensidade, senão vejamos: No Apocalipse encontramos um texto que descreve a
beleza da Igreja do Senhor: “E eu, João, vi a Santa Cidade, a nova Jerusalém,
que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu
marido. E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus
com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus
estará com eles e será o seu Deus...” Ap 21.2-4. A carta de Paulo a igreja de Éfeso (5.27) fala também sobre a beleza da Igreja
do Senhor: “Para
a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa
semelhante, mas santa e irrepreensível”. Ainda no Apocalipse (7.9) encontramos
a beleza da Igreja revelada: “Depois destas coisas, olhei, e eis aqui uma
multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e
línguas, que estavam diante do trono e perante o Cordeiro,
trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos”.
Mas em que
consiste a beleza da Igreja, já que ela não tem uma aparência física? É bom
lembrar que estamos tratando de coisas espirituais. A beleza da Igreja
não está na grandiosidade do edifício em que ela se reúne nem na posição social
de seus membros, nem no lugar estratégico de sua localização física e sim no
homem interior regenerado pelo Espírito, na nova criatura nascida de Deus.
Mas ainda a beleza da Igreja no plano espiritual é observada porque ela
reflete a glória do seu Senhor, daquele que por ela deu a sua própria vida. Como
a lua reflete a luz do sol assim também a igreja reflete o fulgor de Cristo. “Mas
todos nós, com cara descoberta, refletindo, como um espelho, a glória do
Senhor, somos transformados de glória em glória, na mesma imagem, como pelo
Espírito do Senhor” 2 Co 3.18.
O
brilho da Igreja, ou a sua glória, ou ainda a sua beleza, se reflete na vida dos
seus membros, daqueles que professam a fé em Cristo quando eles vivem uma vida
de santidade, afastada do pecado em todas as suas manifestações. Observem que
na visão da igreja no Apocalipse ela é apresentada como que vestida de vestes
brancas que representa pureza, sem mancha, porque ela foi lavada e alvejada
pelo precioso sangue de Jesus, Seu Senhor.
O
grande desafio que temos como crentes individuais e, consequentemente, como
membros da igreja do Senhor é viver de tal maneira que a glória do Senhor da
Igreja reflita em nossas vidas, e isso acontece quando deixamos o Espirito controlar
os nossos sentimentos e ações.
Reflita
nisso caro irmão: você reflete em sua vida a beleza de Cristo? Os que lhe
cercam veem o brilho da glória de Cristo em sua vida ou o mau cheiro do homem
velho em sua vida os faz se afastarem dEle?
Pr. Eudes Lopes
Cavalcanti
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