quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

PREGAÇÃO PASTOR EUDES - 24/01/16 - O SACERDÓCIO UNIVERSAL DOS CRENTES

Uma panorâmica sobre 1ª João

João, apóstolo, escreveu cinco livros que fazem parte do Cânon do Novo Testamento: Evangelho de João, 1ª, 2ª e 3ª João e Apocalipse. Dentre os apóstolos ele, juntamente com Pedro, e seu irmão Tiago, gozaram de privilégios especiais junto ao Senhor Jesus Cristo como, por exemplo, presenciaram a transfiguração do Senhor, a ressurreição da filha de Jairo e a agonia do Salvador no Getsêmani. Os escritos de João foram os últimos escritos do Novo Testamento sendo a 1ª carta escrita entre os anos 85 a 95 d.C. A primeira epístola escrita por João, a exemplo das epístolas 2ª Pedro e Judas, teve como objetivo expor e combater os falsos ensinamentos que eram ministrados por falsos mestres que tinham convividos com as igrejas, mas que não estavam mais nelas; bem como exortar aos seus filhos na fé a manterem uma vida de santidade e de comunhão com Deus. O tema dessa carta gira em torno de dois conceitos: Verdade e Justiça. Nessa carta não são identificados os seus destinatários, nem também a sua autoria, mas é consenso dos estudiosos que foi escrita por João e que os destinatários estavam espalhados na Ásia Menor que na época estavam sob a supervisão apostólica de João. Essa carta tem as seguintes características especiais: 1) A carta define a vida cristã contrastando termos tais como luz e trevas, verdade e mentira, justiça e pecado, amor e ódio, amar a Deus e amar o mundo, filhos de Deus e filhos do diabo, etc; 2) É o único escrito do Novo Testamento que apresenta Jesus como advogado do crente junto ao Pai celestial; 3) Nessa carta não há citações do Antigo Testamento, baseando-se apenas no ensino do Senhor e dos seus apóstolos; 4) Quanto à Cristologia, a carta enfoca o combate da heresia gnóstica que negava a encarnação do Verbo divino e sua morte na cruz, sem tratar de sua ressurreição; 5) O estilo literário empregado por João é simples e reiterativo na medida que desenvolve certos termos importantes para o viver cristão tais como luz, verdade, crer, permanecer, conhecer, amor, justiça, testemunho, nascido de Deus e vida eterna. Quanto ao combate a heresia mais perigosa da época - o gnosticismo percebe-se, pela carta, que os gnósticos não acreditavam na humanidade de Cristo e entendiam que a salvação era produto de um conhecimento profundo acerca da divindade, desprezando assim a obra redentora realizada por Cristo na cruz do Calvário. No esboço de 1ª João, encontramos: 1) Uma introdução (1.1-4); 2) Ênfase na Comunhão com Deus (1.5-2.2). Nessa ênfase encontramos princípios da comunhão com Deus bem como a manifestação dessa comunhão; 3) Destaque para os filhos de Deus (2.29-3.18). Nesse destaque encontramos as características dos filhos de Deus e a confiança que eles têm da parte de Deus; 4) Ênfase no amor divino (4.7-5.3). Nessa ênfase encontramos a origem divina do amor, como compreender esse amor, a perfeição do amor e a obediência a esse amor; 5) As promessas de Deus (5.4-20) englobando a vitória sobre o mundo, a integridade do Evangelho, a vida eterna no Filho de Deus, a resposta à oração, e três grandes verdades (somos filhos de Deus; Jesus é o Filho de Deus; a vida eterna é uma dádiva de Cristo aos crentes); 6) A conclusão (5.21). Na conclusão João ordena aos crentes com a autoridade apostólica que lhe era peculiar a se guardarem dos ídolos. Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

Uma panorâmica sobre 2 Pedro

Na sua primeira carta Pedro teve como finalidade confortar a Igreja de nosso Senhor Jesus Cristo espalhada no Ponto, na Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia e também para orientá-la sobre diversas áreas do viver cristão, especialmente quanto a ser paciente em época de dificuldades. Na sua segunda carta, que teve os mesmos destinatários e que foi produzida entre os anos 66 a 68 depois de Cristo, próximo ao martírio daquele apóstolo, Pedro alertou aqueles amados irmãos que se precavessem contra os falsos mestres, membros de igrejas, que pululavam naquela época. Na primeira carta o perigo vinha de fora para dentro da Igreja através de perseguições; na segunda carta o perigo residia nos falsos ensinos ministrados por esses mestres, inclusive aqueles que negavam a segunda vinda do Senhor. A segunda carta escrita por Pedro, que tem por tema A Verdade de Deus e o Falso Ensino dos Homens, tem as seguintes características especiais: 1) A carta contém uma das mais importantes declarações acerca da inspiração, fidedignidade e autoridade das Sagradas Escrituras (1.19-21); 2) A carta, em seu capitulo 2, tem uma grande semelhança com a epístola de Judas no que refere ao combate aos falsos mestres; 3) O capítulo 3 dessa carta é um dos grandes capítulos da Bíblia que enfatiza a segunda vinda do Senhor; 4) A citação de Pedro nessa carta acerca dos escritos de Paulo os autentica e os coloca em pé de igualdade com as outras escrituras (3.15,16). Nessa carta Pedro, quando a escreveu, teve como objetivo; 1) Exortar os irmãos dispersos a buscarem com diligência a santidade de vida e o verdadeiro conhecimento de Cristo; 2) Desmascarar e repudiar a atividade traiçoeira dos falsos mestres que agiam nas Igrejas da Ásia Menor naquela época. No esboço dessa carta encontramos: Introdução: 1.1,2; I – O Verdadeiro Conhecimento da Fé Cristã (1.3-21). Nessa divisão encontramos O poder transformador do verdadeiro conhecimento de Deus; o crescimento espiritual progressivo do cristão; o testemunho do próprio apóstolo sobre a Palavra da Verdade; II – A Condenação dos Falsos Mestres (2.1-22). Nessa seção encontramos a obra maléfica dos falsos mestres; o juízo divino sobre eles; alguns sinais dos falsos mestres; e o perigo do desvio da verdade; III – A Certeza da Segunda Vinda do Senhor (3.1-18a). Nessa seção encontramos a negação da segunda vinda por parte dos falsos mestres; a certeza da Segunda Vinda proclamada pelo apóstolo; a exortação para viver aguardando a Segunda Vinda do Senhor. A carta termina com uma bênção impetrada pelo apóstolo Pedro. Quanto à Segunda Vinda, Pedro nessa carta esclarece que a mesma dará ocasião ao juízo final e a renovação dos céus e da terra. A terra e os céus como são vistos serão destruídos através do fogo e Deus fará novos céus e uma nova terra onde habita a justiça. “Mas os céus e a terra que agora existem pela mesma palavra se reservam como tesouro e se guardam para o fogo, até o Dia do Juízo e da perdição dos homens ímpios” 2 Pe 3.7. “Mas o Dia do Senhor virá como o ladrão de noite, no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra e as obras que nela há se queimarão” 2 Pe 3.10. Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Uma panorâmica sobre 1 Pedro

Pedro foi um dos discípulos mais achegados a Jesus juntamente com Tiago e João filhos de Zebedeu com os quais tinha uma sociedade pesqueira no Mar da Galiléia. Apesar de não ser um homem letrado mostrou-se um hábil escritor escrevendo duas cartas canônicas (1ª e 2ª Pedro). A sua primeira carta foi escrita entre os anos 60 e 63 da era cristã, tendo como secretário Silvano, o Silas aquele companheiro de Paulo em suas viagens missionárias. Pedro escreveu a sua primeira carta destinada aos irmãos espalhados no Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia, visando confortá-los em época de perseguição. A carta foi escrita para lembrar aos irmãos que deveriam olhar a vida cristã, mesmo em época de perseguição, com uma perspectiva celestial, e também para ministrar ensinamentos práticos sobre diversos temas da vida cristã. Essa carta tem as seguintes características especiais: 1) Juntamente com Hebreus e Apocalipse, a primeira carta de Pedro tem uma mensagem que gira em torno de uma perspectiva de uma severa perseguição por causa do Evangelho; 2) A carta contém, mais do que as outras epístolas, instruções de como o cristão deve se comportar diante do sofrimento por causa de perseguição; 3) a carta destaca que o crente em Cristo é um estrangeiro e peregrino neste mundo; 4) Ela destaca ainda o sofrimento do cristão por causa da perseguição contra o evangelho; 5) a carta destaca também muitos títulos do povo de Deus tirados do Antigo Testamento; 6) A carta ainda tem um dos textos de mais difícil interpretação do Novo Testamento que é o que diz que Jesus pregou aos espíritos em prisão, os quais em outro tempo foram rebeldes, nos dias de Noé” 1 Pe 3.19,10. Nessa carta, o apóstolo Pedro lembra aos irmãos coisas importantes para a vida cristã, senão vejamos: 1) que eles têm uma vocação gloriosa e uma herança nos Céus em Cristo Jesus (1.2-5); 2) que a fé e o amor dos cristãos estarão sempre à prova e purificação e isso redunda na glória de Deus (1.6-9); 3) que a grande salvação proporcionada por Cristo através do Evangelho estava predita nos profetas antigos (1.10-12); 4) que os crentes em Cristo devem viver uma vida santa, diferente do mundo posto no maligno onde vivem (1.13-21); que os crentes em Cristo são crianças espirituais que precisam do alimento da Palavra de Deus para o crescimento espiritual (2.1-3); 5) Que eles são pedras vivas que estão sendo edificados casas espirituais (2.4-10); 6) que eles são peregrinos e estrangeiros neste mundo (2.11,12); 7) que eles devem viver de modo honroso e humilde no trato com todas as pessoas durante a peregrinação neste mundo (2.13-3.21); 8) que eles devem seguir o exemplo de Cristo nas aflições (4.1-19); 9) que os anciãos da Igreja devem pastorear o rebanho do Senhor voluntariamente (5.1-4); 10) que os jovens e os crentes em geral devem viver em humildade e vigilância. A Carta termina com votos e saudações cristãs (5.10-14). Quanto ao texto de difícil interpretação (1 Pe 3.19,10), a melhor posição é aquela que ensina que Jesus, através do Espirito Santo, usando Noé pregou à geração antediluviana, àqueles espíritos que estavam aprisionados por causa do pecado. Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Uma Panorâmica sobre Tiago

Uma panorâmica sobre Tiago Tiago, o autor da carta que leva o seu nome, era irmão de Jesus por parte de mãe. Era também uma das colunas da Igreja sendo pastor da Igreja em Jerusalém. A carta de Tiago é a primeira das epístolas chamadas epístolas gerais (as outras são 1 e 2 Pedro, 1, 2, 3 João e Judas) devido não ter sido endereçada a uma igreja local e sim aos cristãos espalhados no mundo antigo, chamados por ele de as doze tribos dispersas. Os historiadores bíblicos afirmam que essa carta é o primeiro livro escrito do Novo Testamento, escrita entre 45 a 47 d. C. O tema dessa epístola é “A Fé Manifestada pelas Obras” e foi escrita com os propósitos de encorajar os crentes em Cristo que enfrentavam perseguições por causa da fé; de corrigir a visão errada acerca da natureza da fé salvífica; e de exortar e instruir quanto ao resultado prático da fé em Cristo numa vida de retidão e da prática de boas obras. A epístola de Tiago tem as seguintes características especiais: 1) É muito provável que tenha sido o primeiro escrito inspirado do Novo Testamento; 2) Essa carta tem poucas referências Cristológicas, apenas duas, mas faz mais alusão aos ensinamentos de Jesus, especialmente do Sermão do Monte, do que qualquer outro livro do Novo Testamento; 3) Mais da metade dos versículos desse livro foi escrito em forma de mandamento, os verbos no modo imperativo; 4 ) É considerado o livro de Provérbios do Novo Testamento devido os seus ensinamentos serem voltados a um viver ético, que agrade a Deus; 5) Tiago é constatado, pelo estudo do livro, como um hábil observador do cotidiano da vida do povo da época bem como da perversidade natural do ser humano; 6) É o livro por excelência que correlaciona fé com boas obras, sendo essas últimas derivada da fé genuína; 7) O livro de Tiago é comparado por alguns estudiosos com o livro do profeta Amós devido a ênfase no tratamento da injustiça e desigualdades sociais. Olhando o livro de Tiago de forma panorâmica encontramos nele uma ampla variedade de temas relacionados à vida cristã autêntica, conforme se segue: Exortação aos crentes a suportarem com alegria as provações da vida (1.2-11); exorta-os a resistirem às tentações (1.12-18); exorta-os a serem praticantes da Palavra de Deus e não apenas ouvintes (1.19-27); exorta-os a demonstrarem com o viver uma fé viva e não praticarem uma religião vazia (2.14-26); Adverte-os solenemente contra o pecado da falta de controle da língua (3.1-12); Adverte-os a se acautelar de ser levado pela sabedoria carnal (3.13-16); Adverte-os de terem uma conduta pecaminosa (4.1-10); Adverte-os ainda do viver de forma presunçosa (4.13-17); Adverte-os também acerca do perigo de amarem a riqueza material (5.1-6). Tiago termina sua carta enfatizando a virtude da paciência, a oração perseverante, e o tratamento restaurador dos desviados da fé (5.7-20). Merece destaque nessa carta a questão da habitação do Espírito no interior do salvo e do ciúme do Espírito provocado pelo apego do crente ao mundo (Tg 4.4,5). Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

PREGAÇÃO PASTOR EUDES 03/01/16

Simão, o mágico (At 8.9-13) No relato do texto em apreço, nos é apresentada a figura de um homem famoso na cidade de Samaria, onde De...