Este blog veicula reflexões bíblicas feitas pelo Reverendo Eudes Lopes Cavalcanti
quinta-feira, 14 de dezembro de 2017
APOCALIPSE - CRISTO, O ALFA E O ÔMEGA
CRISTO NA BÍBLIA (Pr. Eudes)
APOCALIPSE
- CRISTO, O ALFA E O ÔMEGA
O livro de Apocalipse foi escrito pelo apóstolo
João no final de sua vida. Esse livro foi escrito num estilo literário
conhecido como linguagem apocalíptica, onde a mensagem é apresentada através de
símbolos, visões, profecias, figuras de linguagem, etc. Ele foi escrito para
consolar a Igreja de Cristo que estava sofrendo perseguições pelo império
romano que, na época, o imperador (César) reivindicava adoração como se Deus
fosse. Isso era inaceitável para a Igreja que só tinha como objeto de adoração
o Deus triúno. Alguns teólogos reformados veem esse livro como algo muito
esmerado, que conta a história da Igreja (o mesmo período) sete vezes, desde a
primeira vinda de Cristo até a consumação que se dará na sua Segunda Vinda,
sendo que nessas sete seções os acontecimentos vão sendo revelados numa ordem
crescente até chegar a sua consumação ou ao seu clímax. O número sete, nesse
livro, ocupa papel preponderante, significando ele a coisa completa, em sua
plenitude (sete igrejas, sete anjos, sete espíritos, sete selos, sete
trombetas, sete taças, etc). Assim sendo, por exemplo, o livro foi destinado a
sete da Ásia Menor da época, mas é para toda a Igreja do Senhor em todas as
épocas e em todos os lugares. O Senhor Jesus no Apocalipse é revelado logo no
capitulo um como o Supremo Juiz do universo. Nos capítulos dois e três ele é
revelado como Deus onipresente e soberano Senhor que domina sobre a Igreja e
anda no meio dela. No capítulo cinco ele é revelado como o único digno de abrir
o livro e desatar os seus sete selos, ou seja, ditar o ritmo da história, pois
foi morto e com o seu sangue comprou para Deus o Pai, pessoas de todas as
tribos, línguas, povos e nações e as fez reis e sacerdotes espirituais. No
capitulo seis é Jesus quem controla a história com a abertura dos selos. Ele é
revelado também nesse livro como o Filho varão que vai reger a terra. O
capitulo dezenove, explicitamente, fala sobre a Segunda Vinda do Senhor Jesus
acompanhado pelos seus anjos para punir os inimigos da Igreja (o dragão e as
duas bestas) e dar a Igreja um final feliz. Ele ainda é revelado como o Alfa e
Ômega (a primeira e a última letra do alfabeto grego), como o Princípio e o
Fim, ou seja, tudo é dEle, é por Ele e para Ele, glória, pois, eternamente a
Ele.
Pr. Eudes Lopes Cavalcanti
segunda-feira, 4 de dezembro de 2017
CRISTO NA BÍBLIA - JUDAS (CRISTO COMO O JUIZ QUE JULGA O PECADO)
CRISTO NA BÍBLIA (Pr. Eudes)
JUDAS
- CRISTO COMO O JUIZ QUE JULGA O PECADO
Essa epistola foi escrita por Judas, irmão de Tiago
e meio irmão de nosso Senhor Jesus Cristo. Judas intencionava escrever sobre a
fé comum, talvez sobre algum tema doutrinário, mas mudou de ideia devido à
urgência de escrever essa carta para combater uma heresia que crescia na época
no meio da Igreja, que ensinava que o salvo pela fé em Cristo era uma pessoa
livre de qualquer lei, inclusive da lei de Cristo, portanto podia viver como quisesse
sem o controle do Espirito e sem a obediência aos mandamentos divinos, eles
eram antinominianos, palavra que significa contrários a lei. Judas qualificou
esses falsos mestres como vis, ímpios, que não tinham o Espirito, e os compara
a Caim (liberais), a Balaão (cobiçosos) e a Coré (rebeldes), personagens do
Antigo Testamento. A carta de Judas que
foi escrita, provavelmente, entre os anos 70 a 80 da era cristã, tem as
seguintes características: 1) é a carta que contém a mais veemente censura
contra os falsos mestres da época; 2) Usa ilustrações do juízo de Deus no
Antigo Testamento sobre três homens ímpios (Caim, Balaão e Coré); 3) Sob a
direção do Espirito o autor usa diversos escritos (As Escrituras do Antigo
Testamento, as tradições judaicas, e 2ª Pedro); 4) Contém uma das mais lindas
bênçãos do Novo Testamento: “Ora, àquele
que é poderoso para vos guardar de tropeçar e apresentar-vos irrepreensíveis,
com alegria, perante a sua glória, ao único Deus, Salvador nosso, por Jesus
Cristo, nosso Senhor, seja glória e majestade, domínio e poder, antes de todos
os séculos, agora e para todo o sempre. Amém!” Jd 24,25. Quanto à
Cristologia, Judas apresenta na sua doxologia (hino de louvor) Cristo como
nosso Senhor, Senhor da Igreja e também do universo. Em relação a Cristo como
Juiz que julga o pecado, Judas cita uma profecia proferida por Enoque, o sétimo
depois de Adão: “E destes profetizou
também Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo: Eis que é vindo o Senhor com
milhares de seus santos, para fazer juízo contra todos e condenar dentre eles
todos os ímpios, por todas as suas obras de impiedade que impiamente cometeram
e por todas as duras palavras que ímpios pecadores disseram contra ele” Jd
14,15. Judas atrela o juízo final à Segunda Vinda de Cristo em glória,
acompanhado dos anjos dos Céus. O Senhor Jesus, conforme revelado no capitulo 1 de Apocalipse, é o grande Juiz do universo. Julgará os homens e os anjos caídos . Todos irão comparecer diante dele para prestar contas de sua mordomia (tempo, vida e bens).
Pr. Eudes Lopes Cavalcanti
CRISTO NA BÍBLIA - 1ª, 2ª, 3ª JOÃO (O CRISTO QUE VEIO EM CARNE)
CRISTO NA BÍBLIA (Pr. Eudes)
1ª,
2ª, 3ª JOÃO - O CRISTO QUE VEIO EM CARNE
O apóstolo João escreveu cinco livros canônicos (O
Evangelho de João, 1ª, 2ª, 3ª João, e Apocalipse). No Evangelho, João enfatiza
Cristo como o Filho Unigênito de Deus. No Apocalipse, O Primeiro e o Ultimo, o
Alfa e o Ômega, e nas suas epístolas João enfatiza Cristo como o Deus
encarnado. João escreveu 1ª João para combater uma heresia que grassava na
Igreja da época sobre a pessoa de Cristo, que ensinava que Jesus não viera em
carne. Na sua 2ª carta João adverte a Igreja sobre os falsos mestres que
perambulavam pelas Igrejas na época, ensinando falsas doutrinas. Em 3ª João, o
autor sacro adverte a Igreja sobre uma liderança autocrática que presidia uma
das Igrejas locais da época, que estava sob a supervisão apostólica. O
Gnosticismo que João combatia era a mais perigosa heresia que rondava a vida
das Igrejas da época, ensinava que a salvação não era pela graça divina
mediante a fé em Cristo, e sim através dum conhecimento profundo oriundo de um
sincretismo que misturava doutrinas cristãs, paganismo e filosofia grega. Era
uma religião esotérica. Em relação à pessoa de Cristo, o Gnosticismo ensinava
que Ele não tinha um corpo físico, real, e sim uma aparência de corpo, ou seja,
Cristo não era humano e não era o Deus que encarnara. “Amados, não creiais em todo espírito, mas provai se os espíritos são de
Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo. Nisto
conhecereis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo
veio em carne é de Deus; e todo espírito que não confessa que Jesus Cristo veio
em carne não é de Deus; mas este é o espírito do anticristo, do qual já
ouvistes que há de vir, e eis que está já no mundo” 1 Jo 4.1-3. João ainda
combate com o seu Evangelho e com a sua primeira carta, cuja ênfase é na
deidade de Cristo, aquele ensinamento gnóstico que dizia que Jesus não era Deus
e sim um deus: “Nisto conhecemos que
estamos nele, e ele em nós, pois que nos deu do seu Espírito, e vimos, e
testificamos que o Pai enviou seu Filho para Salvador do mundo. Qualquer que
confessar que Jesus é o Filho de Deus, Deus está nele e ele em Deus”. 1 Jo
4.13-15. (Veja ainda Jo 20.31). Sobre a humanidade de Cristo, João disse que o
Verbo divino, o Deus Filho, se fez carne e habitou entre nós (Jo 1.14). E sobre
a deidade de Cristo, tanto o Evangelho de João como a 1ª carta de João diz que
Jesus é o Filho de Deus (Jo 1.1-3; 1 Jo 5.20). João ainda apresenta a Cristo na
sua humanidade como paradigma e modelo a ser imitado. “Aquele que diz estar nele, também deve andar como ele andou” 1 Jo
2.6.
Pr. Eudes Lopes Cavalcanti
CRISTO NA BÍBLIA - 2º PEDRO (O CRISTO QUE HÁ DE VIR)
CRISTO NA BÍBLIA (Pr. Eudes)
2º
PEDRO -
O CRISTO QUE HÁ DE VIR
Na sua primeira carta, Pedro enfatiza a obra
redentora de Cristo Jesus, realizada na cruz do Calvário. Nessa obra, Cristo
levou sobre si os pecados do seu povo, resgatando-o das garras do diabo e o
colocando numa posição exaltada no que se refere à área espiritual. Aos
cristãos dispersos no mundo de então, Pedro diz que eles eram o povo de Deus,
geração eleita, sacerdócio real e nação santa, e povo de propriedade exclusiva
de Deus (1 Pe 2.9). Na sua segunda carta, Pedro combate os falsos mestres que
negavam a segunda vinda do Senhor e a necessidade de se viver uma vida santa
baseada nas Sagradas Escrituras. Esses homens estavam no meio da igreja minando
a sua esperança no futuro escatológico do povo de Deus. Ao escrever essa carta,
Pedro visava encorajar aos irmãos a perseverarem numa vida de santidade e de um
contínuo crescimento em Cristo Jesus. A segunda carta de Pedro tem as seguintes
características: 1) contém uma das declarações mais contundentes da inspiração
das Escrituras; 2) contém informações escatológicas semelhantes à epístola de
Judas, que demonstra que o autor de Judas aproveitou as informações da segunda
carta de Pedro; 3) o capitulo três de 2ª Pedro é um dos grandes textos que
tratam da segunda vinda de Cristo, inclusive do consequente fim do mundo; 4)
Pedro cita Paulo como escritor inspirado por Deus. Falando sobre a segunda
vinda do Senhor, Pedro revela o plano de Deus para a terra e o universo que
habitamos quando trata do Dia do Senhor: “Virá,
entretanto, como ladrão, o Dia do Senhor, no qual os céus passarão com
estrepitoso estrondo, e os elementos se desfarão abrasados; também a terra e as
obras que nela existem serão atingidas”. 2 Pe 3.10. Em seguida, ele exorta os crentes a se
prepararem para esse grandioso evento, e diz o porquê disso: “Visto que todas essas coisas hão de ser
assim desfeitas, deveis ser tais como os que vivem em santo procedimento e
piedade, esperando e apressando a vinda do Dia de Deus, por causa do qual os
céus, incendiados, serão desfeitos, e os elementos abrasados se derreterão.”
2 Pe 3.11,12. Depois, Pedro fala sobre novos céus e nova terra como
consequência da renovação que Deus fará no universo, limpando-o da mancha do
pecado. (2 Pe 3.13).
Pr. Eudes Lopes Cavalcanti
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