sexta-feira, 12 de julho de 2019



Comentando o Breve Catecismo de Westminster

PERGUNTA 12. Que ato especial de providência exerceu Deus para com o homem no estado em que ele foi criado? 
R. Quando Deus criou o homem, fez com ele um pacto de vida, com a condição de perfeita obediência: proibindo-lhe comer da árvore da ciência do bem e do mal, sob pena de morte. 
Ref. Gl 3.12; Gn 2.17.
Nosso Comentário: Deus criou o homem a sua imagem e semelhança, macho e fêmea o  criou. Deus preparou para o casal um jardim paradisíaco e o colocou nele para  cultivar e o guardar. Deus colocou no jardim à disposição do casal tudo que existia nele, exceto o fruto de uma árvore identificada pelo próprio Deus como a arvore do conhecimento do bem e do mal. Disse Deus ao casal poderia comer de todos os frutos das arvores do jardim do Éden, exceto do fruto da arvore do conhecimento do bem e mal porque, disse Deus, de uma maneira bem clara, que se isso acontecesse o homem morreria. A vida e a morte do homem estavam condicionadas, a partir daquele momento à obediência do homem ao mandamento divino.  Esse foi o teste que Deus fez com o homem para saber se ele o amava, mas do qualquer outra coisa, se o obedeceria ou não.  Esse teste era um pacto de vida ou morte com o homem. Se ele obedecesse viveria para sempre, mas também se desobedecesse traria sobre si, sobre sua mulher e sobre os seus descendentes a terrível sentença de morte como punição pelo pecado. A morte, que é uma separação,  nas suas dimensões espiritual, física e eterna, entraria no cenário humano se a desobediência se concretizasse, o que de fato, infelizmente, aconteceu.             
Pr. Eudes Lopes Cavalcanti


Comentando o Sermão do Monte

Os falsos profetas  (Mt 7.1-29)

Dando continuidade a reflexão nesta seção, o   assunto tratado é sobre “Os falsos profetas” (Mt 7.15-20). O Senhor Jesus advertiu a sua Igreja e aos presentes a que se acautelassem dos falsos profetas, que se apresentariam diante do povo como pessoas piedosas, mas interiormente eram lobos devoradores. A lei mosaica já advertia a todos que os falsos profetas surgiriam para enganar o povo, afastando-o de Deus. O povo fora orientado como deveria ter a prova se um indivíduo era um falso profeta ou não. A prova  era se a profecia proferida se cumpriria ou não (Dt 18.20-22). O Senhor Jesus ampliou, no Sermão do Monte, o teste para se reconhecer um falso profeta, que era a conduta desse profeta, ou frutos produzidos pela vida dele. O Senhor usou uma metáfora de uma arvore e seus frutos. Ele disse que uma arvore boa, produz bons frutos e uma arvore má produz maus frutos. O homem por natureza é mau. Quando o evangelho entra no coração de alguém, ele produz uma transformação, uma mudança profunda, a ponto de a Bíblia dizer que se alguém está em Cristo nova criatura é, as coisas velhas já passaram, eis que tudo se fez novo (2 Co 5.17). O falso profeta nunca nasceu de novo, portanto não poderia produzir bons frutos. É a árvore má que produz maus frutos. Às vezes a falsa profecia parece-se com a verdade de Deus, e aí é preciso o dom de discernimento para entender a questão. Foi o caso da pitonisa de At 16.16-18.                
 Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

sábado, 6 de julho de 2019


COMENTANDO O BREVE CATECISMO

PERGUNTA 11. Quais são as obras da providência de Deus?
R. As obras da providência de Deus são a sua maneira muito santa, sábia e poderosa de preservar e governar todas as suas criaturas, e todas as ações delas.
Ref. Sl 145.17; 104.10-24; Hb 1.3; Mt 10.29-30; Os 2.6.
Nosso Comentário: no comentário anterior dissemos que Deus criou todas as coisas visíveis e invisíveis pela palavra do Seu poder. Tudo foi criado por Ele e para Ele. Quando Deus criou todas as coisas não as abandonou e deixou que elas existissem aleatoriamente, muito pelo contrário, Ele as governa e dirige. Em relação aos corpos celestes Ele estabeleceu leis que os regem. Tratando-se dos seres vivos, a sábia, santa e poderosa providência de Deus os preservam. Veja o que diz a carta aos Hebreus sobre o assunto: “O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder,...” Hb 1.3. Nesse texto, é-nos dito que o Senhor que criou, sustenta a sua criação pela palavra do Seu poder, de maneira que nada acontece no universo sem a sua autorização, chegando a ponto de Jesus dizer que um passarinho não cai do seu voo sem autorização divina (Mt 10.29). Tratando-se da Igreja de Cristo, a providência de Deus é tão atuante que Paulo disse: “E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por seu decreto” Rm 8.28. A providência de Deus na vida de José, por exemplo, é notória. José disse que fora Deus, de fato, que o enviara ao Egito e não a traição de seus irmãos, e o colocara como o segundo mandatário daquele país (Gn 45.5,7,8). E todos sabem da história, da maneira como Deus trabalhou.      
PR. Eudes Lopes Cavalcanti          



COMENTANDO O SERMÃO DO MONTE
A Porta Estreita (Mt 7.13,14)
Dando continuidade a reflexão nesta seção, o   enfoque será na expressão “A Porta Estreita” (Mt 7.13,14). Nessa expressão o Senhor Jesus conclama os ouvintes a entrarem pela porta estreita para que possam ser salvos, porque a porta larga e espaçosa é o caminho da perdição, e disse Ele que poucos são os que são salvos, e a imensa maioria os perdidos. Mas, o que é essa porta estreita e o que é a porta larga e espaçosa? Olhando outros textos das Sagradas Escrituras, descobrimos que essa expressão nos fala sobre a salvação eterna que só pode ser concedida pelo próprio Deus através de Seu Filho José Cristo. O Senhor Jesus Cristo, conforme o programa divino, é o único meio através do qual o homem é salvo da perdição eterna. Ele disse em certa ocasião que Ele próprio era a porta: “Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens” Jo 10.9. Em certa ocasião, o apóstolo Pedro disse as autoridades religiosas de Israel que o Senhor Jesus é o único meio de salvação (At 4.12). Paulo escrevendo a Timóteo disse que há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, que é Jesus Cristo homem. (1 Tm 2.5).  Outra questão é quem são esses poucos e esses muitos. Os poucos que são salvos são aquelas pessoas escolhidas por Deus para esse propósito (At 13.48), e os muitos são os réprobos quanto à fé em Cristo, ou seja, os que rejeitam a salvação oferecida por Deus. 
Pr. Eudes Lopes Cavalcanti


Simão, o mágico (At 8.9-13) No relato do texto em apreço, nos é apresentada a figura de um homem famoso na cidade de Samaria, onde De...