sábado, 31 de maio de 2008

A Segunda Vinda do Senhor


No estudo da Teologia Sistemática encontramos, dentre outros temas, a Escatologia, ou seja, o estudo das Últimas Coisas ou a Doutrina das Últimas Coisas. Dentro do estudo da Escatologia encontramos diversos temas, como por exemplo: A Morte e o Estado Intermediário (Escatologia Individual), a Segunda Vinda do Senhor, a Grande Tribulação, o Arrebatamento da Igreja, o Reino Milenial, a Ressurreição Corporal, o Julgamento Final e o Estado Eterno (Escatologia Geral).
Neste artigo, abordaremos a Segunda Vinda de nosso Senhor Jesus Cristo que é o primeiro evento estudado pela Escatologia Geral. A Segunda Vinda de nosso Senhor Jesus Cristo é, dentro dos eventos escatológicos, o mais bem documentado da Bíblia. Em quase todos os livros do Novo Testamento temos pelos menos um registro desse glorioso evento. Três palavras foram usadas pelos escritores do Novo Testamento quando faziam referência a Segunda Vinda do Senhor: Parousia (1 Ts 3.13; 4.15; ...) que tem o sentido transliterado de presença, vinda, chegada; Apocalipse (1 Co 1.7; 2 Ts 1.6,7; 1 Pe 4.13; ...) que significa revelar; e Epifania (1 Tm 6.14; 2 Tm 4.8; Tt 2.13,14; ...) que significa aparecimento.
O Senhor Jesus, ao longo de seu ministério terreno, já vinha profetizando que depois que realizasse a obra redentora e voltasse ao Pai, aos Céus, voltaria a este mundo para buscar a Sua Igreja, que resgatara com o Seu precioso sangue. Em João 14.2, encontramos uma dessas profecias: "E, quando eu for e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para mim mesmo, para que, onde eu estiver, estejais vós também".
A segunda vinda do Senhor é o próximo grande evento escatológico tendo como conseqüência imediata o Arrebatamento da Igreja. O apóstolo Paulo escrevendo aos Tessalonicenses explica como acontecerá esse tão esperado evento: "Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor" 1 Ts 4.16,17.
A segunda vinda do Senhor Jesus tem algumas características que precisam ser conhecidas de todos: A primeira delas, é que será uma vinda pessoal. O texto de Tessalonicenses diz que o Senhor mesmo descerá dos céus. Em Atos 1.11 encontramos dois anjos dizendo aos discípulos do Senhor: "Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir". A segunda característica é que será uma vinda física, ou seja, o Senhor Jesus voltará com o corpo que ressuscitou dos mortos, dando ensejo para que todos O possam ver: "Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até os mesmos que o transpassaram; ..." Ap 1.7. "Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem; e todas as tribos da terra se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu,..." Mt 24.30. A terceira característica é que será uma vinda gloriosa. Jesus veio a primeira vez em humilhação, mas virá a segunda vez com poder e grande glória. "... e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória" Mt 24.30. " E, quando o Filho do Homem vier em sua glória, e todos os santos anjos, com ele, então, se assentará no trono da sua glória" Mt 25.31.
Quanto à data da Segunda Vinda não nos foi revelado nem pelo Senhor nem pelos Seus apóstolos. O Senhor Jesus disse que daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos nem o próprio Filho como homem sabia (Mt 24.36; 25.13; ...). É uma data de exclusiva competência de Deus. A Igreja não está autorizada a marcar a data da Segunda Vinda do Senhor. Todos que se aventuraram a datar a segunda do Senhor ficaram decepcionados, pois entraram numa área que não lhes competia e sim a Deus.
Quando a época da Segunda Vinda, em relação ao período tribulacional, existem pelos menos três posições escatológicas: O Pré-Tribulacionismo que ensina que a Segunda Vinda do Senhor e o conseqüente Arrebatamento da Igreja ocorrerá antes do estabelecimento da Grande Tribulação. O Meso -Tribulacionalismo que prega que a Segunda Vinda do Senhor e o conseqüente Arrebatamento, ocorrerão no meio do período tribulacional e o Pós – Tribulacionismo que ensina que a Segunda Vinda do Senhor ocorrerá logo após a Grande Tribulação.
Amados irmãos, a segunda vinda do Senhor Jesus é certa, preparemo-nos, portanto, para esse grande evento a fim de sermos achados por Ele em paz e em santidade.

As prioridades da vida de um cristão

O cristão deve priorizar na sua vida algumas coisas que, certamente, o farão um crente forte e vitorioso. São coisas antiqüíssimas, mas atualizadas e eficazes. Elas nos farão aproximar-se mais de Deus e receber dEle as bênçãos necessárias para sermos felizes neste mundo, e conseqüentemente, bênçãos para todos os que nos cercam. A ordem primeira, segunda etc., é só para efeito didático e não por importância considerando que todas são importantes aos olhos de Deus.
A primeira dessas prioridades é a oração. Há um poder extraordinário na oração sincera e perseverante. Tiago, o irmão do Senhor, disse em sua epístola: “... a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos” Tg 5.16. Os crentes vitoriosos foram aqueles que enfatizavam ao longo de sua vida a oração.
A segunda dessas prioridades é a leitura sistematizada e meditativa das Sagradas Escrituras. Tudo o que Deus queria que nós tomássemos conhecimento acerca do Seu ser, do Seu caráter, dos seus atributos e acerca de Sua vontade nos foi revelado em sua Palavra. A Revelação Especial começou com Genesis e completou-se com o livro de Apocalipse. Tudo o que foi escrito na Bíblia Sagrada foi inspirado por Deus. É por isso que Deus recomenda que busquemos a sua Palavra. “Não se aparte da tua boca o livro desta Lei; antes, medita nele dia e noite, para que tenhas o cuidado de fazer conforme tudo quanto está escrito; porque, farás prosperar o teu caminho e, então prudentemente te conduzirás” Js 1.8.
A terceira prioridade é uma vida de santificação. Nós fomos chamados para viver uma vida de santificação a fim de que glorifiquemos ao nosso Pai que está no Céu. Sobre o assunto nos diz a Bíblia: “Porque não nos chamou Deus para a imundícia, mas para a santificação”. I Ts. 4.7. Diz ainda a Bíblia Sagrada: “Mas como é Santo Aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda vossa maneira de viver” 1 Pe 1.15.
A quarta prioridade é uma vida de fé. Todas as bênçãos concedidas por Deus são recebidas pela fé. A fé é o segredo de uma vida vitoriosa. “Tudo é possível ao que crê”, disse Jesus. O escritor aos Hebreus disse: “Ora, sem fé é impossível agradar-lhe, porque é necessário que aquele que se aproximar de Deus creia que Ele existe e que é galardoador dos que o buscam” Hb 11.6.
A quinta prioridade é a obra de Deus. Fomos salvos para servir. Somos servos do Deus Altíssimo. Estamos neste mundo para fazer o trabalho do Senhor. Devemos servir ao Senhor com a vida, com o tempo e com os bens. Sobre o assunto escreveu o apóstolo Paulo: “Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na Obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor” 1 Co 15.58.
Priorizemos, amados, as coisas mencionadas acima e seremos bênçãos nas mãos do Senhor.

Vivendo na Plenitude do Espírito

Segundo o plano eterno de Deus, aprouve a Ele, de acordo com a Sua soberana vontade, conceder aos que crêem no Evangelho o Espírito Santo, a terceira pessoa da Santíssima Trindade. “Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios d`águas vivas correrão do seu ventre. E isto, disse ele, do Espírito que haviam de receber os que nele cressem;...” Jo 7.38,39. “Em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa”. Ef 1.13. Esse dom precioso do Espírito é uma realidade na vida da pessoa salva em Jesus e é a sua marca distintiva, pois a Bíblia diz que se alguém não tem o Espírito de Cristo esse tal não é dele (Rm 8.9).
Agora, amados, uma coisa é ter o Espírito Santo habitando dentro de nós e outra coisa é ser cheio do Espírito, e ainda outra coisa é viver sempre na plenitude desse Espírito.
A maior necessidade que temos como Igreja não é tanto de recursos financeiros, nem de bons planejamentos, nem de boas instalações, nem de boa localização estratégica do santuário e sim de vivermos uma vida na plenitude do Espírito Santo. A igreja primitiva gozava dessa bênção. No livro de Atos encontramos diversos textos que mostram que os líderes e os crentes em geral viviam cheios do Espírito Santo (At 2.4; 4.8,31; 6.5,8; 13.52; ...). Vale salientar que em At 13.52, o texto nos diz que os discípulos estavam transbordando de alegria e do Espírito Santo.
Amados, precisamos urgentemente dessa plenitude em nossas vidas. É preciso que entendamos que só podemos fazer a obra de Deus satisfatoriamente se estivermos cheios do Espírito Santo. “Sem mim nada podeis fazer”.
Mas perguntaria alguém: como posso ser cheio do Espírito Santo? No nosso entendimento, já que todos os crentes têm o Espírito Santo, essa plenitude ou esse enchimento está diretamente ligado à intensidade de nossa vida devocional, ou seja, a nossa vida de comunhão com Deus. Se nós, amados, confessarmos as nossas falhas ao Senhor e o buscarmos de todo o nosso coração através da Palavra de Deus e da oração certamente essa plenitude nos alcançará e viveremos uma vida cristã que realmente agrade a Deus.
“Enchei-vos do Espírito”. Ef 5.18

domingo, 25 de maio de 2008

Coincidência ou Providência?

O livro de Ester, que é o último dos livros históricos do Antigo Testamento, tem uma particularidade interessante que é não se encontrar nele o nome de Deus. Esse livro repleto de eventos maravilhosos não consta o nome de Deus, mas, em tudo, se pode observar a Sua providência através dessa história.A providência divina começa a se evidenciar com a deposição de Vastir por desobediência ao seu esposo Assuero, rei da Pérsia, na época a maior potência do mundo. Depois, num concurso de beleza, quando a judia Ester (Hadassa) foi escolhida pelo rei Assuero para substituir a rainha deposta. Deus, na sua providência, estava colocando uma pessoa de sua confiança numa posição estratégica no reino persa para intervir num momento de perigo de extermínio do seu povo, arquitetado por um feroz inimigo.Depois, podemos observar a providência divina em que o primo de Ester, Mardoqueu, descobriu um complô contra o rei Assuero por parte de dois de seus servos. Mardoqueu denunciou o fato a Ester e o rei abortou o atentado mandando enforcar os dois servos rebelde. Mas o rei esqueceu-se de beneficiar aquele que lhe salvara a vida.Outro acontecimento interessante onde é evidenciada a providência de Deus foi quando o rei Assuero resolveu exaltar um dos seus príncipes chamado Hamã, que entrou em rota de colisão com os judeus, pois esse príncipe exigia que todas as pessoas se dobrassem diante dele, o que para um judeu era inadmissível, pois as Escrituras proibiam honrar a criatura mais do que ao Criador. Com ódio no coração, Hamã resolveu destruir não só Mardoqueu, mas também a todos de sua raça. Instigado por Hamã, o rei assinou um decreto em que todos os judeus que viviam sob o seu império fossem mortos. Nesse ínterim, o rei Assuero que tinha se esquecido do benefício que lhe fizera Mardoqueu, perdeu o sono numa de suas noites e ordenou que os seus escribas lhe trouxessem as crônicas do reino. Lendo-as, o rei foi levado pela providência divina a se lembrar do episódio acontecido, quando atentaram contra a sua vida, e perguntou que benefício fora feito a Mardoqueu por isso. Tendo uma resposta negativa, o rei Assuero ordenou a Hamã, inimigo de Mardoqueu e dos judeus, que desse a Mardoqueu as maiores honras pela sua atitude.Mas que ironia do destino: aquele que iria destruir os judeus foi obrigado pelo rei a honrar o seu inimigo. Mas, não tem nada de ironia do destino aí nem também coincidência, e sim a poderosa mão de Deus trabalhando em favor do seu povo, escrevendo a história. No final, Mardoqueu é elevado à segunda autoridade no reino da Pérsia, e Hamã enforcado na forca que preparara para Mardoqueu. Irmãos, Deus está no controle de todas as coisas. A Igreja é preciosa aos seus olhos e Ele está trabalhando em favor dela, através de Sua providência. “E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por seu decreto”.

Eudes Lopes Cavalcanti

Simão, o mágico (At 8.9-13) No relato do texto em apreço, nos é apresentada a figura de um homem famoso na cidade de Samaria, onde De...