sábado, 16 de julho de 2011

Mas eis aqui estou vivo

No livro de Apocalipse encontramos logo no capítulo primeiro uma poderosa revelação do Cristo glorificado nos Céus. João o viu como um homem vestido de vestes cumpridas, cingido com um cinto de ouro, a cabeça coberta de cabelos alvíssimos, tendo os olhos como chama de fogo, os pés reluzentes como latão, a voz poderosa como o ruído de uma cachoeira, tendo na sua mão direita sete estrelas, da sua boca saía uma espada afiada, e o rosto brilhava como o sol na sua força. Quando viu essa visão gloriosa, João caiu aos pés do Senhor como morto, mas Jesus pôs a sua mão direita sobre ele e o confortou com a seguinte declaração: “Não temas; Eu sou o primeiro e o último; E o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno” Ap 1.17,18.

Essa visão do Cristo glorificado nos Céus, evidentemente, está cheia de simbolismo que não será objeto de explicação nesta reflexão. Iremos apenas nos ater a gloriosa declaração: “Mas eis aqui estou vivo para todo o sempre”.

Comecemos por se reportar ao evento histórico da morte e da ressurreição de Cristo. As Escrituras nos relatam que o Senhor Jesus morreu crucificado no monte Calvário. Relata também que ele foi sepultado num sepulcro cedido por um membro do Sinédrio judaico chamado José de Arimatéia, que era discípulo de Jesus, em oculto. Ainda, as Escrituras nos relatam, isto em todos os quatro evangelhos, que ao terceiro dia, Cristo ressuscitou vitorioso dentre os mortos, conforme profetizara em alguns momentos do seu ministério. Depois de ressurreto, o Senhor ainda esteve com os seus discípulos quarenta dias, falando do que se reportava ao reino de Deus. Em seguida, a Bíblia relata a sua ascensão aos Céus onde se assentou à direita de Deus, reassumindo a glória que tinha como o eterno Filho de Deus.

Para nós os cristãos a ressurreição de Cristo é o coroamento da obra redentora que ele veio realizar neste mundo. Sem a ressurreição de Cristo a sua morte perderia todo o sentido, pois o Senhor seria um Cristo morto, vencido, destruído pela força da fragilidade comum aos homens. Mas, graças a Deus que Cristo ressuscitou vitorioso dentre os mortos e está vivo, poderoso nos Céus. Lá, a destra do Pai, o Senhor continua exercendo o seu papel de sumo sacerdote, que começou com o grande sacrifício de Si mesmo na cruz. Agora ele vive intercedendo pela Igreja e essa poderosa intercessão é que nos mantém de pé diante de Sua augusta presença.

Amados, neste domingo, quando comemoramos a ressurreição de Cristo, regozijemo-nos e nos alegremos, pois, o nosso Salvador e Senhor está vivo nos céus, revestido de glória e de poder, controlando todas as coisas, mui especialmente aquelas que dizem respeito ao seu povo a quem remiu pelo poder do seu sangue derramado na cruz. “Mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno”.

Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

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