Creio em Deus Pai, Todo-poderoso, Criador do Céu e
da terra. Creio em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor, o qual foi concebido por obra do Espírito Santo;
nasceu da virgem Maria; padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos, foi crucificado,
morto e sepultado; ressurgiu dos mortos ao terceiro dia; subiu ao Céu; está
sentado à direita de Deus Pai Todo-poderoso, donde há de vir para julgar os
vivos e os mortos. Creio no Espírito Santo; na Santa Igreja Universal; na
comunhão dos santos; na remissão dos pecados; na ressurreição do corpo; na vida
eterna. Amém.
Dando continuidade ao estudo do Credo Apostólico no que se refere à
Cristologia, neste boletim iremos tratar do senhorio de Cristo, conforme
professa o Credo: Creio em Jesus, seu
único Filho, nosso Senhor.
Aprouve ao Conselho da Santíssima Trindade determinar que o Filho de
Deus fosse designado Senhor de tudo e de todos. “Saiba, pois, com certeza toda a
casa de Israel que a esse Jesus, a quem vós crucificastes, Deus o fez Senhor e
Cristo” At 2.36. “Foi para isto que morreu Cristo, e tornou a viver, para ser
Senhor, tanto dos mortos, como dos vivos” Rm 14.9.
A
palavra Senhor nas Sagradas Escrituras quando se refere a Cristo não tem a
conotação de nossa língua que é um tratamento respeitoso a quem é casado e tem
idade avançada, e sim é uma referência a quem tem direitos sobre os seres
humanos (direito de criação e redenção) e sobre todo o restante da criação
(direito de criação).
No Antigo
Testamento duas palavras são utilizadas como Senhor quando se refere ao Deus
Verdadeiro: Adonai, que significa aquele
que é dono e governador de todos os homens
e Yavé que significa a mesma
coisa de Adonai acrescido de que Yavé trata graciosamente com os seus servos,
ou seja, Yavé é o Deus que é dono e governador de todos os homens, e que os
trata com graça e misericórdia.
Na leitura do Antigo Testamento quando
encontramos Senhor (S maiúsculo) é porque no original é Adonai. Quando encontramos SENHOR (todas as letras
maiúsculas) é porque traduz Yavé.
No
Novo Testamento a palavra utilizada como Senhor quando se refere a Cristo é
Kyrios que significa a mesma coisa de Yavé do Antigo Testamento. Jesus é o
Kyrios do Novo Testamento ou o Yavé do Antigo Testamento.
No
hino cristológico encontrado em Filipenses, Paulo após tratar do estado da
humilhação de Cristo, trata do Seu estado de exaltação e nesse estado é
enfatizado o Senhorio de Cristo. “Pelo
que também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o
nome; para que nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e
na terra, e debaixo da terra, e toda a língua confesse que Jesus Cristo é o
Senhor, para glória de Deus Pai” Fp 2.9-11.
O Senhorio de
Cristo no Novo Testamento é patenteado em diversos textos. Ele é identificado
como Senhor do Universo e especialmente Senhor da Sua Igreja. “O qual está a destra de Deus, tendo
subido ao céu; havendo-se-lhe sujeitado os anjos, e as autoridades, e as
potências” 1 Pe 3.22. “Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque eu
o sou” Jo 13.13. Isto quer dizer que Cristo tem o domínio e o controle de
todas as coisas. Ele é o Senhor do Universo. No Apocalipse, por exemplo, Cristo
é reconhecido como Rei dos reis e Senhor dos senhores (Ap 19.16), estando-lhes
sujeitas todas as coisas. Ele está
escrevendo a História. Ele é quem desata
os sete selos do livro de Apocalipse (Ap 5; 6; 8.1) onde se encontra delineado o
programa de Deus para a humanidade e para a Igreja entre a primeira e a segunda
vinda de Cristo.
No
que se refere à Igreja, o povo de Deus da nova dispensação, nada acontece na
vida dos seus servos sem o consentimento do Senhor da Igreja ou mesmo sem uma
ordem expressa sua. “E sabemos que todas
as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles
que são chamados por seu decreto” Rm 8.28.
Assim
sendo, professemos de coração a
nossa fé em Cristo, curvemo-nos diante de Sua soberania, submetamo-nos as Suas diretrizes e O sirvamos
de coração, pois Jesus Cristo é o Adonai e o Yavé do Antigo Testamento e o Kyrios do Novo Testamento. Essa é uma das
razões porque Paulo cantou: “Que diremos
pois a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós?” Rm 8.31.
Pr. Eudes L. Cavalcanti
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