segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Creio na Comunhão dos Santos

Creio em Deus Pai, Todo-poderoso, Criador do Céu e da terra. Creio em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor, o qual foi concebido por obra do Espírito Santo; nasceu da virgem Maria; padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado; ressurgiu dos mortos ao terceiro dia; subiu ao Céu; está sentado à direita de Deus Pai Todo-poderoso, donde há de vir para julgar os vivos e os mortos. Creio no Espírito Santo; na Santa Igreja Universal; na comunhão dos santos; na remissão dos pecados; na ressurreição do corpo; na vida eterna. Amém.
      Dando continuidade a reflexão sobre o Credo Apostólico, neste artigo iremos tratar sobre a comunhão dos santos. “Creio... na Comunhão dos Santos”.
     Antes de falarmos sobre comunhão iremos comentar um pouco sobre o que é um santo aos olhos de
Deus. Um santo, segundo as Escrituras, quando se refere ao cristão, quer dizer daquela pessoa que foi santificada pelos méritos de Cristo. Uma pessoa antes da conversão a Cristo vive na impiedade, sob condenação, mas quando é alcançada pela graça salvadora de Cristo ela é purificada de seus pecados e declarada santa, separada para Deus. “À igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados santos,...” 1 Co 1.2. “... E é o que alguns têm sido, mas haveis sido lavados, mas haveis sido santificados, mas haveis sido justificados em nome do Senhor Jesus, e pelo Espírito do nosso Deus” 1 Co 6.10,11. Assim sendo, todos os que sinceramente professam a fé em Cristo são santos, a Igreja na sua expressão universal, independente deles ter realizado alguma façanha extraordinária em sua vida cristã.
    A palavra comunhão, segundo o dicionário de língua portuguesa de Aurélio, dentre outras coisas, significa: “Ato ou efeito de comungar; participação em comum em crenças ou ideais; conjunto dos que comungam nas mesmas crenças ou opiniões”.
    Do ponto de vista bíblico, a comunhão dos santos consiste em que os salvos têm em comum  um mesmo Deus, um mesmo Salvador, uma mesma fé, um mesmo batismo e uma mesma esperança, e fazem parte de uma mesma Igreja, no caso a de natureza espiritual, a universal ou católica. “Há um só corpo e um só Espirito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; Um só Senhor, uma só fé, um só batismo; Um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos” Ef 4.4-6.
    Ainda segundo a Bíblia, a Igreja é comparada a um corpo humano com todos os seus membros interligados entre si e, consequentemente, ligados à cabeça, que é Cristo. Essa ligação que a figura nos remete é feita pela instrumentalidade do Espírito Santo. “Pois todos nós fomos batizados em um Espirito formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um Espirito” 1 Co 12.13. (Veja ainda Ef 4.15,16).
    Mas comunhão é ainda, de acordo com o ponto de vista teológico, uma convivência amistosa, pacífica, amorosa envolvendo todos aqueles que são de fato crentes em Cristo. O Salvador quando esteve aqui neste mundo deixou para a Igreja aquilo que disse ser um novo mandamento: “Um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis” Jo 13.34. Sendo assim, cada um de nós deve se esforçar para que essa amizade cristã não seja comprometida, pois é um mandamento expresso do Senhor que os crentes vivam em comunhão com Deus e com os seus irmãos na fé. Na Sua oração sacerdotal o Salvador intercedeu por nós o Seu povo, para que fossemos unidos, tivéssemos comunhão experimental  uns com os outros. “Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste” Jo 17.21.
   Aquelas pessoas que se dizem cristãs, mas que vivem provocando na Igreja discórdias, usando de subterfúgio e  maquinando o mal contra os seus irmãos na fé estão pecando contra Deus, ferindo a comunhão e a unidade da Igreja. “Se alguém diz: Eu amo a Deus, e aborrece a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual  viu, como pode amar a Deus, a quem não viu? E dele temos este mandamento: que quem ama a Deus, ame também a seu irmão” 1 Jo 4.20,21. (Veja ainda Pv 6.16-19).                 
Eudes Lopes Cavalcanti 

Nenhum comentário:

Simão, o mágico (At 8.9-13) No relato do texto em apreço, nos é apresentada a figura de um homem famoso na cidade de Samaria, onde De...