sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Não terás outros deuses diante de mim

1º - Não terás outros deuses diante de mim; 2º - Não farás para ti imagem de escultura; 3º - Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão; 4º -   Lembra-te  do dia do sábado, para o santificar; 5º - Honra a teu pai e a tua mãe; 6º - Não matarás; 7º - Não adulterarás; 8º - Não furtarás; 9º - Não dirás falso testemunho; 10º - Não cobiçarás.
    No primeiro mandamento do Decálogo encontramos uma declaração onde nos é revelada a existência de um único Deus verdadeiro, e que esse Deus deve ser, e somente ele, adorado, servido e glorificado pelas suas criaturas, tendo em vista ser Ele também o Criador de todas as coisas.
    As Sagradas Escrituras nos revelam ainda que esse  Deus verdadeiro é o Espirito puríssimo, autoexistente, onipotente, onisciente, onipresente, infinito, imutável em seu ser, e possuidor de outros qualificativos maravilhosos.
    Esse Deus Uno, segundo a Escritura, é também Triúno, ou seja, é único em essência, mas subsiste em três pessoas distintas uma das outras, Pai, Filho e Espirito Santo, possuidoras dos mesmos atributos, tanto naturais (auto existência, onipotência, onisciência, onipresença, ...) como morais  (amor, verdade, justiça e santidade).
    Ainda as Escrituras nos mostram que esse Deus revelado é um ser pessoal, tendo inteligência, vontade e emoções.
   Ainda segundo a Bíblia Sagrada esse Deus é revelado através das obras da criação (revelação natural) e especialmente através das Escrituras (revelação especial). Na primeira classe da revelação é mostrado a sua deidade e o seu poder e por isso todas as criaturas, tanto de natureza espiritual como de natureza material, devem reverenciá-lo, adorá-lo e servi-lo. Através da revelação especial é revelado sobre esse Deus o seu ser, os seus atributos, o seu caráter e a sua soberana vontade.

    Aos seres humanos é dado, de forma clara e objetiva, o mandamento de que o único objeto de adoração e devoção é o Deus verdadeiro revelado nas Escrituras.
  Três religiões no mundo declaram-se monoteístas, que creem num só Deus: o Judaísmo, o Islamismo e o Cristianismo. As religiões que creem na existência de vários deuses são chamadas de politeístas.
    Das três religiões que professam a crença num único Deus, só o Cristianismo é que professa a fé num Deus Triúno, único em essência, mas subsistindo na Trindade Santa: Pai, e Filho e Espírito Santo.
       Das duas vertentes do Cristianismo no mundo ocidental (Evangélica e Católica Romana) só o segmento evangélico está livre do politeísmo, já que o Catolicismo quando elevou Maria a posição de deusa, que recebe adoração e veneração por parte dos fiéis, tornou-se politeísta, mesmo sem reconhecer e declarar isto.
     Olhando para o contexto histórico do Decálogo, constatamos que a revelação da existência de um único Deus verdadeiro e o dever do homem de se curvar diante desse Deus em adoração, foi porque os israelitas iriam entrar na terra de Canaã onde habitavam sete nações que adoraram diversos deuses (Baal, Aserá, Dagom,  Moloque, etc), e Deus não queria que o Seu povo se desviasse da crença num único Deus e se curvasse em adoração àqueles que não são de fato o Deus dos Céus.
    Satanás, o fomentador das falsas religiões, quando tentou o Senhor Jesus na área mais sensível,  apresentou-se a si mesmo como um deus e ofereceu a Cristo a sugestão de que se ele o adorasse iria conseguir fama e glória neste mundo. A resposta do Senhor baseada nas Escrituras, foi: “Então, disse-lhe Jesus: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a ele servirás” Mt 4.10.
   Contextualizando o que o primeiro mandamento diz para a vida da Igreja, o crente deve ter cuidado para não colocar no seu coração nada nem ninguém que venha ocupar o lugar que só pertence a Deus, como por exemplo: a família (marido, ou mulher, ou filhos), o dinheiro, a profissão, a posição social, enfim as coisas deste mundo, pois isso provoca ciúmes em Deus e causa-Lhe desprazer em relação aos que procedem assim. “Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus. Ou cuidais vós que em vão diz a Escritura: O Espírito que em nós habita tem ciúmes?” Tg 4.4,5.                    
Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

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