sexta-feira, 5 de setembro de 2014

A Igreja de Éfeso (Ap 2.1-7)


      O trabalho evangélico na cidade de Éfeso foi fundado por Paulo em sua terceira viagem missionária. Esse  trabalho também recebeu a colaboração, em seu inicio, de um obreiro chamado Apolo.
     A Igreja de Éfeso era tão importante aos olhos de Deus que a ela foram destinadas duas cartas canônicas, uma escrita por Paulo e a outra do próprio Jesus, Senhor da Igreja, usando a instrumentalidade de João.
     Como já foi dito no boletim anterior, as cartas do Apocalipse tem quatro partes em comum, que são:   Uma apresentação do Senhor Jesus a Igreja, tirada da visão do capitulo primeiro; 2) Uma análise da vida espiritual da Igreja, identificando pontos positivos e negativos; 3) Uma advertência feita a Igreja pelo seu Senhor sobre a necessidade de abandonar o pecado e voltar-se para Ele; 4) Uma promessa do Senhor ao vencedor.
    Para essa Igreja, o Senhor Jesus se apresentou como aquele que tem em sua mão direita as sete estrelas e que anda no meio dos sete castiçais de ouro. “Escreve ao anjo da igreja que está em Éfeso: Isto diz aquele que tem na sua destra as sete estrelas, que anda no meio dos sete castiçais de ouro” Ap 2.1. (Os dois símbolos desse texto são interpretados pelo próprio Jesus que disse que as estrelas são os sete anjos das sete Igrejas, e que os sete castiçais são as sete Igrejas). Essa apresentação de Jesus a Igreja de Éfeso revela que Ele é o Senhor da mesma e que os pastores e presbíteros que governam a Igreja estão em suas mãos. Quer dizer também que Jesus, como Deus onipresente que é, vive também no meio das Igrejas locais, observando a sua boa ordem como revelado no versículo seguinte.

    Na parte seguinte Jesus revelou que conhecia a vida íntima daquela Igreja bem como a dos seus membros em particular. “Eu sei as tuas obras”. Nesse texto é   revelado outro atributo de Deus que é a sua onisciência, que é aquela capacidade peculiar que Deus tem de conhecer profundamente tudo e todos.
     São ainda revelados os pontos positivos daquela Igreja que são: trabalho, paciência na tribulação, discernimento espiritual, pureza moral  e doutrinal. “Eu sei as tuas obras, e o teu trabalho, e a tua paciência, e que não podes sofrer os maus; e puseste à prova os que dizem ser apóstolos e o não são e tu os achaste mentirosos; e sofreste e tens paciência; e trabalhaste pelo meu nome e não te cansaste” Ap 2.2,3. “Tens, porém, isto: que aborreces as obras dos nicolaítas, as quais eu também aborreço” Ap 2.6 .
     O Senhor Jesus também revelou aquela Igreja o seu ponto negativo que era a perda  de sua devoção a Ele. “Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor” Ap 2.4. A Igreja já não amava a Cristo como no início de sua organização. Já não era aquela Igreja revelada na carta que Paulo escrevera para ela,  e isso era um pecado grave diante de Deus.
     Em seguida, Jesus fez uma solene advertência a Igreja que voltasse a praticar as primeiras obras, ou seja, a ter uma vida espiritual sadia onde a devoção a Cristo ocupasse o primeiro lugar. “Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres” Ap 2.5. O perigo que essa Igreja corria, caso não se arrependesse, era o da sua descaracterização como Igreja evangélica. O Senhor ameaçou retirar dela o seu castiçal (remover o seu brilho, a sua luz). Seria uma comunidade dirigida apenas pelos homens e não pelo Espírito do Senhor como é o propósito de Deus.
     Por fim, Jesus faz uma promessa ao vencedor, aquele que permanecesse fiel, que ouvisse a voz do Espirito que fora dado para viver dentro  dos crentes individuais e no meio da Igreja, que seria a plenitude da benção do Evangelho: “Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da vida que está no meio do paraíso de Deus” Ap  2.7.
    Irmãos, aprendamos as lições extraídas da carta à Igreja de Éfeso e procuremos manter vivo o primeiro amor, ou seja,  priorizando em tudo o Senhor e o Seu Reino (Mt 6.33).             
Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

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