domingo, 10 de maio de 2015

Uma panorâmica sobre Daniel

O livro de Daniel é o último dos livros chamados de profetas maiores. Em relação ao seu autor, Daniel, o mesmo foi levado cativo junto com outros jovens quando da primeira investida do exército babilônico contra o reino de Judá. Daniel na corte babilônica foi prestigiado devido ao dom espiritual de interpretação que Deus lhe dera. Em duas ocasiões Daniel se distinguiu porque solucionou, através do dom que Deus lhe dera, dois sonhos que Nabucodonosor tivera. A benção de Deus na vida de Daniel caiu sobre ele desde o momento em que ele resolveu viver uma vida de santidade no meio de um povo estrangeiro. No que se refere ao livro que escreveu, o mesmo pode ser dividido em duas partes distintas. A primeira parte vai do capitulo 1 a 6 e trata de um relato histórico. Nesse relato histórico encontramos primeiramente o testemunho de Daniel de como Deus o levara a Babilônia e a sua decisão de não se contaminar com as iguarias da corte babilônica. O outro fato registrado no livro é o sonho que Nabucodonosor tivera e que ninguém conseguira interpretar, mas que Daniel conseguiu com a ajuda divina. No capitulo três encontramos a história da estátua de ouro que Nabucodonosor construíra e da recusa deliberada de Sadraque, Mesaque e Abednego, jovens que vieram cativos com Daniel, em adorá-la. A fornalha de fogo ardente em que foram lançados não conseguiu destruir aqueles jovens, graças à presença do quarto homem (o Filho de Deus, teofania) na fornalha, tirando a força do fogo. No capítulo quatro encontramos o juízo de Deus sobre o soberbo rei Nabucodonosor fazendo com que ele, depois de sete anos, reconhecesse que o Altíssimo reinava sobre o universo. No capitulo cinco encontramos o juízo de Deus sobre o filho de Nabucodonosor, Belsazar, porque profanou os utensílios do templo de Jerusalém que foram levados para a Babilônia. No capitulo seis encontramos a famosa história de Daniel na cova dos leões. Devido a sua devoção a Yavé,Daniel foi pego numa armadilha preparada por homens invejosos devido a sua habilidade e fidelidade em tratar dos negócios do rei Dario, persa, a quem servia. Daniel foi jogado na cova dos leões, mas Deus estava lá para tapar a boca daqueles animais famintos. Os seus acusadores foram devorados no lugar de Daniel, como castigo pelos seus pecados. A segunda parte do livro de Daniel (capítulos 7 a 12) é chamada de parte profética porque nela encontramos revelado o futuro do povo de Deus em relação aos impérios mundiais (caldeu, persa, grego e romano), cada um desses impérios é representado em visões simbólicas: Caldeus – leão com asas de águia; persas – um urso tendo três costelas entre os seus dentes. Grego – um leopardo com quatro asas de ave nas costas; e os romanos – um animal terrível e espantoso com dentes de ferro e dez chifres. Essa profecia cumpriu-se admiravelmente na história. O livro também menciona o prolongado conflito entre os reinos dos Ptolomeus (Egito) e dos Seleucos (Síria), reinos esses originados pela divisão do império que Alexandre Magno construíra e que fora dividido entre os seus quatro generais após a sua morte. No capitulo nove, Daniel é impulsionado por Deus a orar por Israel, pois chegara o tempo do fim do cativeiro babilônico, que ocorreu no governo persa. Em resposta a oração de Daniel lhe é revelado uma profecia conhecida como As Setenta Semanas de Daniel. Nessa profecia é revelado o futuro de Israel a partir da ordem dada por Ciro para a reconstrução do templo e da cidade de Jerusalém. As semanas dessa profecia são semanas de anos (uma semana = sete anos). Portanto, essa profecia atinge um período de quatrocentos e noventa anos, desde Ciro até o Messias, Cristo. Uns acham que no cumprimento dessa profecia o relógio profético de Deus em relação a Israel parou na sexagésima nona semana de anos, para dá espaço para a Igreja, que é o mistério oculto que não fora revelado a Daniel. A última semana de Daniel (a septuagésima) terá o seu cumprimento no período tribulacional, após o arrebatamento da Igreja, quando Deus irá tratar com a nação de Israel. Outros acham que a profecia das setenta semanas já se cumpriu e o que está pendente é a segunda vinda de Cristo e a inauguração de seu governo sobre o mundo, o que é também profetizado por esse profeta. Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

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