Comentando o Sermão do Monte
Os falsos profetas (Mt 7.1-29)
Dando
continuidade a reflexão nesta seção, o assunto
tratado é sobre “Os falsos profetas” (Mt 7.15-20).
O Senhor Jesus advertiu a sua Igreja e aos presentes a que se acautelassem dos
falsos profetas, que se apresentariam diante do povo como pessoas piedosas, mas
interiormente eram lobos devoradores. A lei mosaica já advertia a todos que os
falsos profetas surgiriam para enganar o povo, afastando-o de Deus. O povo fora
orientado como deveria ter a prova se um indivíduo era um falso profeta ou não.
A prova era se a profecia proferida se
cumpriria ou não (Dt 18.20-22). O Senhor Jesus ampliou, no Sermão do Monte, o
teste para se reconhecer um falso profeta, que era a conduta desse profeta, ou
frutos produzidos pela vida dele. O Senhor usou uma metáfora de uma arvore e
seus frutos. Ele disse que uma arvore boa, produz bons frutos e uma arvore má
produz maus frutos. O homem por natureza é mau. Quando o evangelho entra no
coração de alguém, ele produz uma transformação, uma mudança profunda, a ponto
de a Bíblia dizer que se alguém está em Cristo nova criatura é, as coisas
velhas já passaram, eis que tudo se fez novo (2 Co 5.17). O falso profeta nunca
nasceu de novo, portanto não poderia produzir bons frutos. É a árvore má que
produz maus frutos. Às vezes a falsa profecia parece-se com a verdade de Deus,
e aí é preciso o dom de discernimento para entender a questão. Foi o caso da
pitonisa de At 16.16-18.
Pr. Eudes Lopes Cavalcanti
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