sábado, 19 de julho de 2008

Pecadinho, Pecado, Pecadão?


Muita gente acha que existe uma gradação quando se trata do pecado, ou seja, existem pecados pequeninhos, pecados mais ou menos e pecados graves, mas não é isto que as Sagradas Escrituras nos ensinam. Na Teologia encontramos uma definição de pecado que, a nosso ver, está em consonância com as Escrituras: “Pecado é qualquer falta de conformidade com a lei de Deus ou a transgressão dessa lei”. Observem que nesse conceito uma palavra se destaca para aquilo que queremos mostrar que é a palavra “qualquer”. Para Deus a desobediência a qualquer de seus mandamentos constitui-se pecado. Seja matar, roubar, adulterar ou a não obediência da mulher ao seu marido ou ainda a não obediência dos filhos aos seus pais. É tão grave aos olhos de Deus a pessoa tomar o nome de Deus em vão como falar mal de seu irmão ou ainda deixar de fazer aquilo que Deus ordenou em sua Palavra como, por exemplo, pregar o Evangelho, ser cheio do Espírito Santo,...

Considerando a santidade de Deus, a sua pureza plena, qualquer coisa que pensamos, praticamos ou deixamos de fazer que vá de encontro a Sua Palavra isto é uma afronta ao caráter santo de Deus. “Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal, e a vexação não podes contemplar” Hc 1.13

No Antigo Testamento, certos pecados eram punidos com a morte como, por exemplo, matar alguém, adulterar, profanar o sábado, blasfemar do nome de Deus, etc., Não se punia com a morte os pecados de roubar, de não entregar o dízimo do Senhor, casar-se com estrangeiras, etc., não porque fosse espiritualmente menos grave do que os outros, pois, espiritualmente, pecado sempre foi pecado e uma vez cometido gera a morte (Tg 1.15). Para Deus tudo aquilo que vá de encontro a sua Palavra, fere a sua santidade, magoa o seu coração, constitui-se grave pecado aos seus olhos.

A pena máxima visava purificar o povo de Israel e facilitar a sua convivência com Deus e de uns com os outros. Convém também explicar o tal pecado para a morte que a Bíblia diz que não orássemos por ele (1 Jo 5.16). Esse tipo de pecado é cometido pelo falso crente, por aquele que abandona a fé cristã, por aquele que ainda está morto espiritualmente. Há ainda o pecado que não tem perdão, a blasfêmia contra o Espírito Santo (Mt 12.31,32). Esse pecado é a resistência do ímpio à ação do Espírito, que quer levá-lo a fé em Cristo, é a recusa deliberada do indivíduo em acreditar que Jesus é o Salvador, desprezando assim aquilo que é mais caro aos olhos de Deus.

Pensemos, agora, irmãos, um pouco naquilo que aparentemente são pequenos deslizes, mas, que são pecados e entristecem ao Espírito Santo, como por exemplo: a língua ferina, a avareza, a prepotência, não respeitar os ministros do Senhor, tratar os outros mal, guardar ira no coração, não entregar corretamente o dízimo do Senhor, não consagrar a vida a obra de Deus, etc. Isso tudo se constitui pecado e impede uma ação poderosa de Deus no meio da Igreja. São essas e outras as “raposinhas” que destroem a vinha do Senhor.

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