Pensava eu que “quem dá aos
pobres empresta a Deus” era um ditado popular. Lendo as Escrituras descobri que
essa máxima não é um ditado popular e sim uma palavra inspirada por Deus. ”Ao
Senhor empresta o que se compadece do pobre, e ele lhe pagará o seu benefício”
Pv 19.17.
Refletindo sobre a soberania de Deus, a
luz da Bíblia Sagrada, podemos constatar que Deus graciosamente concedeu bens
para que o homem vivesse a sua vida na face da terra. “... O homem não pode
receber coisa alguma, se lhe não for dada do céu”. A uns Deus deu muito e à
outros pouco. “O rico e o pobre se encontraram; a todos fez o Senhor” Pv 22.2.
Falando sobre quem tem e quem não tem ou
quem tem muito ou quem tem pouco, temos a dizer que a existência do pobre no mundo
é uma oportunidade que o Criador está dando a quem Ele deu recursos, para
exercer o ministério da misericórdia, ou seja, para compartilhar com quem não
tem os recursos que Deus graciosamente lhe deu.
A Bíblia ainda nos revela que tudo a Deus
pertence. “Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas;...” Rm
11.36. Nada é do homem, tudo é de Deus.
Somos apenas mordomo daquilo que é de Deus durante o tempo da nossa existência
na face da terra. Por essa mordomia iremos prestar contas a Deus no dia do
Juízo final.
No Antigo Testamento o interesse de Deus
pelos pobres é revelado através do mandamento a seguir identificado. “Quando
também segardes a sega da vossa terra, o canto do teu campo não segarás totalmente, nem as espigas
caídas colherás da tua sega. Semelhantemente não rabiscarás a tua vinha, nem
colherás os bagos caídos da tua vinha; deixá-los-ás ao pobre e ao estrangeiro.
Eu sou o Senhor, vosso Deus” Lv 19.9,10. (Veja ainda Lv 23.22; Ex 23.11; Dt 15.9-11).
Na Nova Aliança o bondoso Deus não deixou
esquecido esse assunto, muito pelo contrário, o tornou mais claro e incisivo,
pois instituiu na Igreja um ministério só para cuidar dessa área, que é o
ministério diaconal. “Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete varões de boa
reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos
sobre este importante negócio” At 6.3.
É-nos dito ainda no Novo Testamento sobre
o assunto, o que se segue: “Comunicai com os santos nas suas necessidades,
segui a hospitalidade” Rm 12.13. “E não
vos esqueçais da beneficência e comunicação, porque com tais sacrifícios Deus
se agrada” Hb 13.16. “Então, enquanto temos tempo, façamos bem a todos, mas
principalmente aos domésticos da fé” Gl 6.10. Observem que no texto de Gálatas
a prioridade da assistência social da Igreja é os irmãos em Cristo.
Há na Palavra de Deus uma promessa divina
de que aquilo que nós damos aos pobres será retribuído por Deus. ”Ao Senhor
empresta o que se compadece do pobre, e ele lhe pagará o seu benefício” Pv
19.17. Ainda outras promessas nessa área são encontradas no Salmo 41.1-3, que
diz: “Bem-aventurado é aquele que atende ao pobre; o Senhor o livrará no dia do
mal. O Senhor o livrará e o conservará em vida; será abençoado na terra, e tu
não o entregarás à vontade de seus inimigos. O Senhor o sustentará no leito da
enfermidade; tu renovas a sua cama na doença”.
Assim sendo, conclamamos a todos os membros
e congregados da nossa Igreja a se envolverem com esse ministério que tanto
agrada a Deus, como é dito em Hb 13.16, sendo um mantenedor mensal do Departamento
de Beneficência e orando para que Deus nos dê sempre superabundância de
recursos para essa obra.
Pr. Eudes Lopes Cavalcanti
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