sábado, 28 de dezembro de 2013

Creio no Juízo Final

Creio em Deus Pai, Todo-poderoso, Criador do Céu e da terra. Creio em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor, o qual foi concebido por obra do Espírito Santo; nasceu da virgem Maria; padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado; ressurgiu dos mortos ao terceiro dia; subiu ao Céu; está sentado à direita de Deus Pai Todo-poderoso, donde há de vir para julgar os vivos e os mortos. Creio no Espírito Santo; na Santa Igreja Universal; na comunhão dos santos; na remissão dos pecados; na ressurreição do corpo; na vida eterna. Amém.
      Continuando o estudo do Credo Apostólico, neste boletim iremos contemplar a questão do Juízo Final, pois o Credo diz que Jesus virá para julgar os vivos e os mortos. “... donde há de vir para julgar os vivos e os mortos...”.
    Deus ao criar o homem lhe deu uma responsabilidade moral e um código de ética para ser cumprido. Pelo fato de Deus  ter criado o homem tem direito sobre ele de exigir o cumprimento desse  código e o julgará de acordo com ele. “Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, e em todo o lugar, que se arrependam; Porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do varão que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dos mortos” At 17.30,31. (Veja ainda Ec 12.13,14).
   Esse grande julgamento ocorrerá imediatamente após a Segunda Vinda de Cristo, sendo ele o Juiz supremo desse tribunal. “E quando o Filho do homem vier em sua glória, e todos os santos anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória; E todas as nações serão reunidas diante dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes  as ovelhas; E porá as ovelhas a sua direita, mas os bodes a esquerda” Mt 25.31-33. 

      No livro de Apocalipse, João viu uma representação figurada do grande Juiz. Ele é descrito como tendo um vestido longo, cingido pelos peitos com um cinto de ouro, a sua cabeça e cabelos eram brancos como a neve e os seus olhos como chama de fogo. Os seus pés eram semelhante a latão reluzente e a sua voz como o ruído de uma cachoeira, o seu rosto era como o sol na sua força e da sua boca saía uma aguda espada de dois gumes (Ap 1.13-16; 19.15).
      Segundo o texto do sermão escatológico de Jesus citado, o julgamento final começará com o julgamento das ovelhas de Jesus, da Igreja. Paulo disse que todos nós (os crentes) iremos comparecer diante de Deus para dar conta de nossa mordomia. Entenda-se mordomia como algo pertencente a Deus e dado para ser administrado por nós, as ovelhas de Jesus (vida, tempo, bens e dons). “Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal” 2 Co 5.10.E, eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra” Ap 22.12. (Veja ainda 1 Co 3.11-15; Rm 14.10-12).    
     O julgamento da Igreja não é para condenação (Rm 8.1,2,31-39) e sim para recompensar os fiéis (Ap 11.18).     
     Com a Igreja julgada e devidamente recompensada, Jesus, o grande Juiz, irá tratar com os bodes (os não-salvos). Nessa fase do julgamento a Igreja estará ao lado do Senhor. “Não sabeis vós que os santos hão de julgar o mundo? Ora, se o mundo deve ser julgado por vós, sois porventura indignos e julgar as coisas mínimas?” 1 Co 6.2. Depois de julgar os ímpios e destiná-los a perdição eterna (Ap 20.11-15), o Senhor julgará os anjos caídos, inclusive Satanás, ainda com a presença da Igreja, Consigo. “Não sabeis vós que havemos de julgar os anjos?...” 1 Co 6.3. (Veja ainda 2 Pe 2.4; Jd 6).
   Para que o Julgamento Final tenha ocasião, faz-se necessário que todas as pessoas tenham morrido (Ap 19.17-21), exceto a última geração da Igreja que será arrebatada (1 Ts 4.17),  e ressuscitadas com os corpos com os quais viveram neste mundo, corpos especiais (ímpios) e corpos glorificados (os justos). “Não vos maravilheis disto; porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação” Jo 5.28,29. (Veja ainda Dn 12.2; Ap 20.5,11-13).
   Irmãos, temamos ao grande Juiz, preparemo-nos para esse grande dia, procurando viver conforme o código de ética entregue por Ele para ser  obedecido por todos.
                         Pr. Eudes Lopes Cavalcanti 

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