Creio em Deus Pai, Todo-poderoso,
Criador do Céu e da terra. Creio em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso
Senhor, o qual foi concebido por obra do Espírito Santo; nasceu da virgem
Maria; padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e
sepultado; ressurgiu dos mortos ao terceiro dia; subiu ao Céu; está sentado à
direita de Deus Pai Todo-poderoso, donde há de vir para julgar os vivos e os
mortos. Creio no Espírito Santo; na Santa Igreja Universal; na comunhão dos
santos; na remissão dos pecados; na ressurreição do corpo; na vida eterna.
Amém.
Continuando o estudo do Credo Apostólico,
neste boletim iremos contemplar a questão do Juízo Final, pois o Credo diz que
Jesus virá para julgar os vivos e os mortos. “... donde há de vir para julgar os vivos e os mortos...”.
Deus ao criar o homem lhe deu uma
responsabilidade moral e um código de ética para ser cumprido. Pelo fato de Deus
ter criado o homem tem direito sobre ele
de exigir o cumprimento desse código e o
julgará de acordo com ele. “Mas Deus, não
tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, e em
todo o lugar, que se arrependam; Porquanto tem determinado um dia em que com
justiça há de julgar o mundo, por meio do varão que destinou; e disso deu
certeza a todos, ressuscitando-o dos mortos” At 17.30,31. (Veja ainda Ec
12.13,14).
Esse grande julgamento ocorrerá
imediatamente após a Segunda Vinda de Cristo, sendo ele o Juiz supremo desse
tribunal. “E quando o Filho do homem vier
em sua glória, e todos os santos anjos com ele, então se assentará no trono da
sua glória; E todas as nações serão reunidas diante dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas; E porá as ovelhas a sua direita,
mas os bodes a esquerda” Mt 25.31-33.
No livro de Apocalipse, João viu uma representação figurada do grande
Juiz. Ele é descrito como tendo um vestido longo, cingido pelos peitos com um
cinto de ouro, a sua cabeça e cabelos eram brancos como a neve e os seus olhos como chama de fogo. Os seus pés
eram semelhante a latão reluzente e a sua voz como o ruído de uma cachoeira, o
seu rosto era como o sol na sua força e da sua boca saía uma aguda espada de
dois gumes (Ap 1.13-16; 19.15).
Segundo
o texto do sermão escatológico de Jesus citado, o julgamento final começará com
o julgamento das ovelhas de Jesus, da Igreja. Paulo disse que todos nós (os
crentes) iremos comparecer diante de Deus para dar conta de nossa mordomia.
Entenda-se mordomia como algo pertencente a Deus e dado para ser administrado
por nós, as ovelhas de Jesus (vida, tempo, bens e dons). “Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que
cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal” 2
Co 5.10. “E, eis que cedo venho, e o
meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra” Ap 22.12. (Veja
ainda 1 Co 3.11-15; Rm 14.10-12).
O
julgamento da Igreja não é para condenação (Rm 8.1,2,31-39) e sim para recompensar
os fiéis (Ap 11.18).
Com
a Igreja julgada e devidamente recompensada, Jesus, o grande Juiz, irá tratar
com os bodes (os não-salvos). Nessa fase do julgamento a Igreja estará ao lado
do Senhor. “Não sabeis vós que os santos
hão de julgar o mundo? Ora, se o mundo deve ser julgado por vós, sois
porventura indignos e julgar as coisas mínimas?” 1 Co 6.2. Depois de julgar
os ímpios e destiná-los a perdição eterna (Ap 20.11-15), o Senhor julgará os
anjos caídos, inclusive Satanás, ainda com a presença da Igreja, Consigo. “Não sabeis vós que havemos de julgar os anjos?...”
1 Co 6.3. (Veja ainda 2 Pe 2.4; Jd 6).
Para
que o Julgamento Final tenha ocasião, faz-se necessário que todas as pessoas
tenham morrido (Ap 19.17-21), exceto a última geração da Igreja que será
arrebatada (1 Ts 4.17), e ressuscitadas com
os corpos com os quais viveram neste mundo, corpos especiais (ímpios) e corpos
glorificados (os justos). “Não vos
maravilheis disto; porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros
ouvirão a sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e
os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação” Jo 5.28,29. (Veja
ainda Dn 12.2; Ap 20.5,11-13).
Irmãos,
temamos ao grande Juiz, preparemo-nos para esse grande dia, procurando viver
conforme o código de ética entregue por Ele para ser obedecido por todos.
Pr.
Eudes Lopes Cavalcanti
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