Creio em Deus Pai, Todo-poderoso,
Criador do Céu e da terra. Creio em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso
Senhor, o qual foi concebido por obra do Espírito Santo; nasceu da virgem
Maria; padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e
sepultado; ressurgiu dos mortos ao terceiro dia; subiu ao Céu; está sentado à
direita de Deus Pai Todo-poderoso, donde há de vir para julgar os vivos e os
mortos. Creio no Espírito Santo; na Santa Igreja Universal; na comunhão dos
santos; na remissão dos pecados; na ressurreição do corpo; na vida eterna.
Amém.
Neste boletim iremos tratar da assunção do
Senhor, conforme confessado pelo Credo Apostólico. Creio que Jesus “subiu ao Céu”.
Como
já foi dito, no estudo da Cristologia encontramos
uma área que contempla os Estados de Cristo (Humilhação – Encarnação,
sofrimento, morte e sepultamento; Exaltação – Ressurreição, ascensão,
entronização e segunda vinda), sendo, portanto, a ascensão do Senhor um dos
estágios do Estado de Exaltação de Cristo.
Segundo as Escrituras, o Deus verdadeiro é o Deus transcendente, ou
seja, habita num lugar fora do alcance do homem, e que é ao mesmo tempo o Deus
imanente, que interage com a sua criação.
Os
Céus é o lugar da habitação de Deus, o seu habitat natural. “Para ti que habitas nos Céus levanto os
meus olhos” Sl 123.1. A terra é o lugar da habitação do homem. “Os Céus são os céus do Senhor, mas a terra
deu-a ele aos filhos dos homens” Sl 115.16.
Para realizar a obra redentora, o Filho de Deus desceu dos Céus onde
habitava para a terra, o lugar onde o
ser humano habita. Na terra ele iria oferecer a sua preciosa vida em sacrifício
pelos pecados dos homens. “Porque eu
desci do Céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me
enviou” Jo 6.38.
Depois
de morrer na cruz do Calvário, Jesus foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia,
conforme previsto nas Escrituras. Depois
de sua ressurreição o Senhor Jesus ainda ficou na terra por um espaço de
quarenta dias, dando instruções aos seus discípulos, que teriam a incumbência
de testemunhar da sua gloriosa ressurreição. “Aos quais também, depois de ter padecido, se apresentou vivo, com
muitas e infalíveis provas, sendo visto por eles por espaço de quarenta dias, e
falando do que respeita ao reino de Deus” At 1.3.
A ascensão do Senhor deu-se depois de
quarenta dias de ressurreto, e o local foi em Betânia, próximo de Jerusalém.
Veja o relato bíblico sobre o assunto: “E
levou-os fora, até Betânia; e, levantando as suas mãos, os abençoou. E
aconteceu que, abençoando-os ele, se apartou deles, e foi elevado ao céu” Lc
24.50,51. O evangelista Marcos relata o fato, assim: “Ora o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu, e
assentou-se à direita de Deus” Mc 16.19. Novamente Lucas faz menção ao fato
da ascensão do Senhor no livro de Atos: “E
quando dizia isto, vendo-o eles, foi elevado as alturas, e uma nuvem o recebeu,
ocultando-o a seus olhos. E, estando com os olhos fitos no céu, enquanto ele subia,
eis que junto deles se puseram dois varões vestidos de branco, os quais lhes
disseram: varões galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que
dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o
vistes ir” At 1.9-11.
Em seu
ministério, o Senhor Jesus já vinha notificando aos seus discípulos que após
concluir a obra redentora voltaria para o lugar donde viera. “Que seria, pois, se vísseis subir o Filho
do homem para onde primeiro estava?” Jo 6.62. “Na casa de meu Pai há muitas
moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito; vou preparar-vos lugar” Jo
14.2. “Disse-lhe Jesus: não me detenhas, porque ainda não subi para meu Pai,
mas vai para meus irmãos e dize-lhes que eu subo para meu Pai e vosso Pai, meu
Deus e vosso Deus” Jo 20.17. No evangelho de João encontramos que o Senhor
tinha consciência de que iria voltar para o lugar donde viera, após a conclusão
da obra redentora. “Jesus, sabendo que o
Pai tinha depositado nas suas mãos todas as coisas, e que havia saído de Deus
ia para Deus” Jo 13.3.
Ao chegar aos
céus Jesus foi recebido pelo Pai e por toda a corte celestial, sendo celebrado
pela obra realizada, e assentou-se ao lado do Pai em seu trono de glória (Mc 16.19;
Ap 5.9).
Pr. Eudes Lopes Cavalcanti
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