sexta-feira, 21 de março de 2014

Lembra-te do dia do sábado, para o santificar

1º - Não terás outros deuses diante de mim; 2º - Não farás para ti imagem de escultura; 3º - Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão; 4º -   Lembra-te  do dia do sábado, para o santificar; 5º - Honra a teu pai e a tua mãe; 6º - Não matarás; 7º - Não adulterarás; 8º - Não furtarás; 9º - Não dirás falso testemunho; 10º - Não cobiçarás.
    O quarto mandamento do Decálogo trata da proibição de se trabalhar no dia de sábado. “Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra, mas o sétimo dia é o sábado do Senhor, teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro que está dentro das tuas portas. Porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo que neles há e ao sétimo dia descansou; portanto, abençoou o Senhor o dia do sábado e o santificou.”. Ex 20.8-11.
   O mandamento começa com um chamado à lembrança de se deve guardar o dia de sábado. Em seguida encontramos a proibição de se trabalhar no dia de sábado e a extensão dessa proibição à própria pessoa, a seus filhos, servos, animais de carga e até aos estrangeiros que habitavam com o povo de Israel. Depois da proibição são dadas duas razões do porquê do mandamento (em seis dias o Senhor fez os céus e a terra e o mar e tudo que neles há; Deus abençoou e santificou o dia de sábado).

   Reportando-nos a criação podemos observar que Deus fez toda a sua obra em seis dias de vinte e quatro horas. No dia sétimo, o sábado, com a obra da criação acabada, diz a Bíblia que Deus descansou das obras criadas. Esta expressão descansar no dia de sábado não quer dizer que Deus se cansou com o trabalho que fizera. Lembremo-nos de que Deus é onipotente e tudo que fez foi com o poder de sua palavra. “Pela fé, entendemos que os mundos, pela palavra de Deus, foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente” Hb 11.3.
O tempo é uma dadiva de Deus ao homem que tem a sua vida limitada por ele. Deus  graciosamente dividiu o tempo em segundo, minuto (60 segundos), hora (60 minutos), dia (24 horas), semana (sete dias), mês (trinta dias em média), e ano (doze meses).
     A quebra do mandamento da guarda do sábado no mundo bíblico, especialmente no Antigo Testamento, atraia o juízo divino sobre o transgressor. (Veja Nm 15.32-36). Uma das razões do cativeiro babilônico foi a quebra do mandamento da guarda do sábado por parte do povo de Deus (Veja Jr 17.27; Ne 13.17,18). No Novo Testamento encontramos os judeus observando de forma legalista o dia do sábado, sendo por isso criticado pelo Senhor Jesus (Mt 12.9-14).
   O Senhor Jesus com a autoridade que tinha como Deus reinterpretou o mandamento da guarda do sábado dando-lhe a dimensão correta, esclarecendo o seu verdadeiro significado. O princípio do mandamento da guarda do sábado, segundo se extrai do que Jesus disse, é que do tempo semanal que Deus deu ao homem um dia deve ser reservado para descanso e adoração a Deus. ”E disse-lhes: O sábado foi feito por causa do homem, e não o homem, por causa do sábado. Assim, o Filho do Homem até do sábado é senhor” Mc 2.27,28.
   Outra questão relacionada ao assunto e que merece uma explicação é a guarda do domingo no mundo cristão. A explicação é a seguinte: Uma, é a que se refere ao princípio estabelecido do sábado, que é de que um dia da semana seja utilizado para descanso do homem e para adoração a Deus. A outra é que no domingo, o primeiro dia da semana, após o sábado, é comemorado o dia da ressurreição de  nosso Senhor Jesus Cristo. A Igreja primitiva se reunia no primeiro dia da semana (domingo) para realizar os seus cultos, inclusive, em duas ocasiões, com a presença física de Jesus. O fato da guarda do domingo e não da do sábado por parte da Igreja não consiste em transgressão, pois a mesma está sendo coerente com o principio estabelecido por Deus quanto ao sábado, e com a prática da Igreja apostólica. (Jo 20.1,19,26; At 20.7; 1 Co 16.2). 
   Contextualizando o assunto no que se refere a mandamento, transgressão e juízo, é importante observar que a regra continua a mesma. Não separar um dia da semana para descansar e adorar a Deus consiste em transgressão e que, com certeza, os infratores estão sob juízo divino.      
Pr. Eudes Lopes Cavalcanti 

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