sexta-feira, 14 de março de 2014

Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão

1º - Não terás outros deuses diante de mim; 2º - Não farás para ti imagem de escultura; 3º - Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão; 4º -   Lembra-te  do dia do sábado, para o santificar; 5º - Honra a teu pai e a tua mãe; 6º - Não matarás; 7º - Não adulterarás; 8º - Não furtarás; 9º - Não dirás falso testemunho; 10º - Não cobiçarás.
    O terceiro mandamento do Decálogo trata da proibição de se mencionar levianamente o grande nome do Senhor, do Deus dos Céus. “Não tomarás o nome do SENHOR teu Deus, em vão; porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão”.
    Estudando as Sagradas Escrituras verificamos que no Antigo Testamento Deus é chamado pelos nomes de Yaweh (Yavé) o mais sagrado deles, Adonai, Shaddai, El, Elohim, Elyon. No Novo Testamento Deus é chamado de Theos, Kyrios, e de Pater. A exceção de Yaweh, os demais nomes foram dados pelos escritores inspirados. Em relação à Yaweh foi o próprio Deus quem se nomeou quando respondeu a pergunta de Moisés sobre qual seria o nome de quem o comissionara para tirar o povo de Israel do Egito. “EU SOU O QUE SOU” (Ex 3.14) disse Deus a Moisés. Essa expressão na língua original do Antigo Testamento (hebraico) expressa nos caracteres de nossa língua é o tetragrama YHWH onde foram colocadas vogais para facilitar a pronuncia, daí Yaweh (Iavé, Javé, Jeová). “Eu sou o SENHOR; este é o meu nome; a minha glória, pois, a outrem não darei, nem o meu louvor, às imagens de escultura” Is 42.8. (Em algumas versões usa-se a palavra SENHOR com letras maiúsculas significando Yavé).

   No contexto bíblico, um nome é geralmente significativo, representa a pessoa, seu caráter, seus atributos, seu oficio, enfim o seu ser. Por exemplo: quando Deus mudou o nome do segundo filho de Isaque, de Jacó para Israel, foi porque houve uma mudança no caráter daquele homem produzida pelo próprio Deus. “Então disse: Não te chamarás mais o teu nome Jacó, mas Israel; pois como príncipe lutaste com Deus e com os homens e prevaleceste” Gn 32.28. Quando Deus deu o nome de Jesus ao Seu Filho que encarnara foi porque ele salvaria o seu povo dos pecados deles. Jesus significa na língua grega, Salvador. “E ela dará à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados” Mt 1.21.
     A proibição de Deus no Decálogo para que não se pronunciasse o seu nome (YWHW) em vão é porque o seu nome representa o que Deus é, no caso, autoexistente, aquele que existe por si mesmo, sem depender de ninguém nem de nada, todo-poderoso, sublime, etc. “Redenção enviou ao seu povo; ordenou o seu concerto para sempre; santo e tremendo é o seu nome” Sl 111.9.
    Dizem que os escribas judeus levaram tão a sério esse mandamento que até quando copiavam os escritos sagrados e chegavam a esse nome, se lavavam cerimonialmente e trocavam a pena comum que usavam por uma pena de ouro, para grafar o nome de YWHW.
    No Novo Testamento nos é dito que o nome de Jesus é superior a qualquer outro nome dado entre os homens e anjos, e que toda a língua proclame a grandeza desse nome, para a glória de Deus Pai. “Pelo que também Deus o exaltou soberanamente e lhe deu um nome que é sobre todo o nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai” Fp 2.9-11.    Como Jesus é Deus, ao seu nome deve ser dada a glória que lhe é devido, conforme o Novo Testamento.
   Olhando para as Escrituras como um todo, podemos constatar que os nomes de Deus, sejam os identificados no Antigo Testamento ou no Novo Testamento, devem ser mencionados somente quando for celebrado “Engrandecei ao SENHOR comigo, e juntos exaltemos o seu nome” Sl 34.3. (Veja ainda At 19.17), invocado “Louvai ao SENHOR e invocai o seu nome; fazei conhecidas as suas obras entre os povos” Sl 105.1 (Veja ainda At 7.59), ou proclamado “Então, declararei o teu nome aos meus irmãos; louvar-te-ei no meio da congregação” Sl 22.22 (Veja ainda Lc 24.47).
  Isto posto, é considerada uma transgressão quando se pronuncia o nome de Deus em vão, conforme diz o Decálogo.                     Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

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