A
cidade de Filadélfia foi fundada por um homem chamado Átalo Segundo, em 140
a.C. Átalo tinha um irmão chamado Eumenes, ambos tinham o sobrenome Filadelfo,
e por amor ao seu irmão deu a cidade o nome de Filadélfia, que significa amor
fraternal. Essa cidade, atual Alasehir na Turquia, pelo fato de ter sido
fundada próxima a uma área vulcânica era suscetível à ocorrência de terremotos,
inclusive houve um deles que quase a destruiu, mas foi reconstruída com o
auxilio do imperador romano Tibério que doou dinheiro para a sua reconstrução e
a isentou de tributos, e como gratidão a cidade construiu um templo em sua homenagem.
Por causa do constante perigo que corria, as suas portas eram continuamente
abertas para evacuar a população quando da ocorrência de possíveis terremotos. Quando
Jesus disse que tinha colocado uma porta aberta diante da Igreja, os irmãos de
Filadélfia sabiam, por experiência própria, da importância de uma porta aberta, por onde havia escape diante do perigo iminente.
Quanto o Senhor Jesus fez a análise da
vida interna daquela Igreja não encontrou nenhum ponto negativo que precisasse
de uma reprimenda.
O Senhor Jesus se apresentou aquela Igreja como
aquele que é Santo e Verdadeiro e que tem a chave e a autoridade para abrir e
fechar. “E ao anjo da igreja que está em
Filadélfia escreve: Isto diz o que é santo, o que é verdadeiro, o que tem a
chave de Davi, o que abre, e ninguém fecha, e fecha, e ninguém abre”. Ap 3.7. Com essa declaração, o Senhor quis
dizer que Ele é santo, puro, prefeito, e que é a verdade absoluta, nele não há
mentira nem falsidade. Quis dizer também que só Ele tem a autoridade real para
abrir e fechar e a porta que Ele abre ninguém fecha, e a que Ele fecha ninguém
abre, pois é Senhor, Rei, Soberano e
todas as coisas obedecem ao Seu comando.
Ao analisar a vida interna da Igreja,
Jesus identifica a fidelidade da Igreja em
guardar a Palavra de Deus e em não negar o Seu precioso nome diante de uma
sociedade corrompida pelo pecado, inclusive diante da oposição que os judeus
faziam ao progresso do Evangelho em Filadélfia. “Eu sei as tuas obras; eis que diante de ti pus uma porta aberta, e
ninguém a pode fechar; tendo pouca força, guardaste a minha palavra e não
negaste o meu nome. Eis que eu farei aos da sinagoga de Satanás (aos que se
dizem judeus e não são, mas mentem), eis que eu farei que venham, e adorem
prostrados a teus pés, e saibam que eu te amo. Como guardaste a palavra da
minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre
todo o mundo, para tentar os que habitam na terra” Ap 3.8-10. Na análise
que Jesus fez, Ele revela que a Igreja é amada por Ele e que a guardaria na
hora da tribulação que se aproximava. Os irmãos pré-tribulacionistas
interpretam esse texto dizendo que a Igreja será arrebatada (guardada,
removida) antes de se instalar a Grande Tribulação. Outros acham que guardar
nesse texto significa preservar durante.
Em seguida, Jesus faz uma advertência a
Igreja de sua volta iminente e que ela deveria guardar o que tinha recebido de
Deus para que não perdesse a recompensa, que Deus dará aos seus servos fiéis. “Eis que venho sem demora; guarda o que tens,
para que ninguém tome a tua coroa” Ap 3.11.
Depois Jesus fez uma promessa ao vencedor
nesses termos: “A quem vencer, eu o farei
coluna no templo do meu Deus, e dele nunca sairá; e escreverei sobre ele o nome
do meu Deus e o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu,
do meu Deus, e também o meu novo nome”. Ap 3.12. O redimido pelo sangue do
Cordeiro receberá bênçãos extraordinárias derivadas da vida eterna, simbolizadas
no texto como “coluna do templo de Deus, que não será removida”, “o nome de
Deus, da santa cidade, o nome de Jesus será gravado na vida do redimido”.
Finalizando, Jesus, como faz nas sete
cartas, adverte para que se dê ouvidos ao que Espírito Santo estar dizendo a
Igreja, através das mensagens dessas cartas. “Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas” Ap
3.13.
Pr. Eudes Lopes Cavalcanti.
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