sábado, 26 de dezembro de 2015

Uma panorâmica sobre Hebreus

A carta aos Hebreus não identifica o seu autor, portanto é considerada uma epístola anônima. Pelo seu teor percebe-se que essa carta foi destinada, na época, aos crentes hebreus que estavam sendo tentadas a voltar para o judaísmo devido, dentre outras coisas, a perseguição que estava sedo movida contra os cristãos pelo império romano. Ainda pelo seu teor percebe-se que o autor da carta era profundamente versado nas Escrituras do Antigo Testamento devido citá-las com frequência no seu escrito. O tema central dessa epístola é a superioridade de Cristo e de sua obra sobre os anjos, os profetas e sobre os personagens principais centrais de Israel, tais como Moisés, Josué, Levi, Arão, etc, bem como sobre o culto do Antigo Testamento e dos que oficiavam nele. A palavra chave desse tema é “melhor”, que ocorre treze vezes. Essa carta tem as seguintes características especiais: 1) É o único livro que quanto a sua estrutura começa como um tratado, se desenvolve como um sermão e termina como uma carta (Orígenes); 2) É o único livro do Novo Testamento que desenvolve o conceito do ministério de nosso Senhor Jesus Cristo como Sumo Sacerdote; 3) Contém os mais variados aspectos da doutrina de Cristo (Cristologia), apresentando mais de vinte títulos de Cristo; 4) Contém o mais longo capitulo do Novo Testamento sobre a fé; 5) O livro contém as mais veementes advertências contra a apostasia da fé cristã. Quanto ao tema central de Hebreus (A superioridade de Cristo) nos é dito que Cristo é melhor do que os anjos e todos os mediadores do antigo concerto. Ele, Cristo, provê o melhor repouso, o melhor concerto, a melhor esperança; é o melhor sacerdote, autor da melhor expiação pelo sacrifício vicário, e faz as melhores promessas. O livro de Hebreus tem três divisões principais: 1) Jesus, o poderoso Filho de Deus é declarado a plena revelação de Deus à humanidade, superior aos profetas, aos anjos, a Moises e a Josué. Nessa divisão há uma solene advertência para o crente não cair depois de se tornar participante da graça divina (1.1-4.13); 2) Apresenta Jesus como o Sumo Sacerdote de nossa confissão, suas qualificações, caráter e ministério. Ainda nessa divisão há uma solene advertência para o crente não cair depois de se tornar participante da graça divina (4.14-10.18); 3) Contém uma admoestação enfática para os crentes perseverarem na salvação, na fé, no sofrimento e na santidade (10.19-13.17). A carta sermão aos Hebreus pode ser esboçada da seguinte maneira: I - O Argumento: Em se tratando de revelação - Cristo e a fé cristã sobrepujam o Judaísmo (Cristo é superior aos profetas, aos anjos, a Moisés e a Josué). Em se tratando da obra Medianeira - Cristo é superior em suas qualificações do sacerdócio, em seu caráter, em seu ministério (melhor santuário, melhor concerto, melhor sacrifício) (1.1-10.18); II – A Aplicação: Exortação à perseverança no âmbito da salvação, da fé da resignação e na santidade de vida (10.19-13.17). Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

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