quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Uma panorâmica sobre Tito

A carta de Paulo a Tito é considerada uma carta pastoral porque foi destinada a um obreiro companheiro do apóstolo numa de suas viagens missionárias. Tito era um convertido gentio através do ministério de Paulo, e fora designado por Paulo para ser o obreiro da igreja de Creta. “Por esta causa te deixei em Creta, para que pusesses em boa ordem as coisas que ainda restam...” Tt 1.5. Paulo tinha a Tito como um companheiro fiel e capaz e o cita em suas cartas treze vezes, sempre fazendo menção elogiosa a ele. Quatro foram os motivos que levaram a Paulo a escrever a Tito, a saber: 1) Orientar a Tito a por em ordem as coisas que ficaram pendentes no ministério daquela igreja, especialmente a questão da eleição de presbíteros. “Por esta causa te deixei em Creta, para que pusesses em boa ordem as coisas que ainda restam e, de cidade em cidade, estabelecesses presbíteros, como já te mandei” Tt 1.5; 2) Ajudar as igrejas daquela Ilha a crescerem na fé, no conhecimento da verdade e em santidade; 3) silenciar os falsos mestres que frequentavam as igrejas; 4) solicitar a Tito vir a Paulo, quando fosse substituído na direção do trabalho por Ártemas ou Tíquico. Essa carta tem as seguintes características especiais: 1) A carta contém dois breves, mas profundos resumos da obra redentora realizada por Cristo na cruz do Calvário; 2) A igreja e o seu ministério devem estar edificados sobre firmes alicerces espiritual, teológicos e éticos; 3) Contém uma das duas listas no Novo Testamento (a outra encontra-se em 1 Timóteo) sobre as qualificações exigidas por Deus dos obreiros de uma igreja local. Olhando para a carta de forma panorâmica, encontramos quatro temas que merecem destaque: 1) As qualificações espirituais necessárias para os que são separados para o ministério na igreja (Tt 1.5-9); 2) O ensino da sã doutrina como prioridade no ministério didático da igreja e a repreensão aos falsos mestres (Tt 1.10-2.1); 3) A ênfase na obra redentora de Cristo, mesmo que apresentada de forma sucinta (2.11-14; 3.4-7); 4) A ênfase nos papéis exercidos pelos diversos segmentos da igreja (pessoas idosas tanto do sexo masculino como do feminino, das mulheres e homens jovens, e dos servos) (2.1-10); 5) A ênfase nas boas obras e numa vida de retidão como provas evidentes de uma genuína conversão a Cristo (Tt 1.16; 2.7,14; 3.1,8,14). No esboço da carta, encontramos: 1) a introdução (1.1-4); 2) As instruções sobre o estabelecimento de Presbíteros na Igreja onde se encontram qualificações pessoais e qualificações familiares (1.5-9); 3) Instruções à respeito de falsos mestres onde se encontram revelado o caráter e conduta deles, e uma repreensão a eles (1.10-16); 4) Instruções a respeitos dos diversos segmentos de pessoas, contendo orientações para idosos, jovens e servos (2.1-15); 5) Exortações às boas obras (3.1-11); 6) A conclusão com recomendações, saudações pessoais e a ministração de uma bênção “A graça seja com vós todos. Amém” (3.12-15). Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

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