sábado, 17 de agosto de 2019


               Comentando Atos dos Apóstolos
                  Introdução ao livro de Atos dos Apóstolos
 Atos dos Apóstolos é o livro histórico do N.T. Ele foi escrito por Lucas autor do Evangelho de Lucas, sendo Atos uma continuação do relato histórico da obra que o Senhor Jesus viera realizar neste mundo. Lucas, companheiro de Paulo em duas viagens  missionárias, escreveu Atos para fornecer a Teófilo, o mesmo destinatário do Evangelho de Lucas, o registro do começo da Igreja, a partir do dia de Pentecostes em Jerusalém e o seu crescimento em Israel e sua expansão pelo mundo gentílico, durante trinta anos. Olhando Atos de forma panorâmica vemos duas divisões, a saber: Uma, contemplando os capítulos 1 a 12, cujo enfoque é a igreja em Jerusalém como centro irradiador do Evangelho e Pedro como personagem principal. A outra do capítulo 13 a 28, enfocando como centro irradiador do Evangelho a igreja de Antioquia da Síria e cujo personagem principal é o apostolo Paulo.   As características de Atos são: 1) Ênfase na Igreja – Atos revela a origem da Igreja na sua expressão visível, a natureza da sua missão neste mundo, juntamente com alguns princípios que deve nortear o seu viver; 2) Ênfase no Espírito Santo - O Espírito de Deus é mencionado cinquenta vezes, conferindo a Igreja poder, dons espirituais e direção na execução da obra do Senhor; 3) Revela o teor verdadeiro da mensagem do Evangelho – boas novas de salvação através da morte e ressurreição de Cristo; 4) Ênfase na oração – a igreja primitiva dedicava-se  a oração perseverante, dando condições para que o Espírito Santo operasse nela e através dela; 5) Ênfase nos milagres e sinais que acompanhavam a pregação do Evangelho (cura de enfermidades, exorcismo, etc.); 6) Ênfase nas perseguições sofridas pela igreja através dos judeus descrentes e por outros inimigos do Evangelho; 7) Ênfase no ministério feminino – Atos revela Deus usando mulheres para abençoar outras vidas; 8) Ênfase na marcha vitoriosa da Igreja – barreira alguma nacional, religiosa, cultural ou racial, nem oposição ou perseguição puderam impedir o progresso do Evangelho. Merece destaque a descida do Espírito Santo sobre a Igreja no dia de Pentecoste. O Espírito desceu como que línguas de fogo sobre cada um deles, batizando-os e concedendo-lhes poder para testemunhar do Evangelho. A partir dali começa a Dispensação do Espírito, que se encerrará quando da segunda vinda do Senhor. 
Pr. Eudes Lopes Cavalcanti  



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