Depois do conflito dos apóstolos com o Sinédrio
israelita, que foi apaziguado pela intervenção do rabino Gamaliel, o livro de
Atos registra a primeira dificuldade interna enfrentada pela comunidade de
crentes: “Ora, naqueles dias,
multiplicando-se o número dos discípulos, houve murmuração dos helenistas
contra os hebreus, porque as viúvas deles estavam sendo esquecidas na
distribuição diária”. At 6.1. Vemos no texto, que o primeiro problema
interno na Igreja foi uma espécie de descriminação: um grupo estava sendo mais
prestigiado do que o outro, isto na área da beneficência. Tal situação ensejou
a intervenção dos apóstolos para a solução do problema, que foi a instituição
do Diaconato, que seria escolhido pela Igreja em assembleia e consagrado para
tomar conta desse importante assunto. Os doze apóstolos traçaram o perfil
espiritual dessas pessoas, a saber: Homens de boa reputação, cheio do Espirito
Santo e de sabedoria. Os sete homens com esse perfil, escolhidos pela Igreja,
foram: “Estêvão, homem cheio de fé e do
Espírito Santo, Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Pármenas e Nicolau, prosélito
de Antioquia”. At 6.5. Depois de escolhidos pela Igreja, esses homens foram
consagrados ao ministério diaconal pela imposição das mãos dos apóstolos, que
lhes conferiu autoridade espiritual para exercer o Diaconato. A instituição do
Diaconato que iria gerenciar a beneficência da Igreja, permitiu que os apóstolos
se dedicassem a oração e ao ministério da Palavra (At 6.4). Escrevendo a
Timóteo (1 Tm 3.8-13), Paulo, pelo Espirito Santo, amplifica o perfil para o
Diaconato, a saber: Homens honestos, não
de língua dobre, não dado ao vinho, não cobiçoso, marido de uma só mulher, que
governe bem a seus filhos e a casa. O texto termina informando que a Igreja em
Jerusalém estava na época em continuo crescimento.
Pr. Eudes Lopes Cavalcanti
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