quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Uma panorâmica sobre Josué

Por causa do pecado de desobediência de Moisés, Deus não permitiu que ele introduzisse Israel na terra da promessa. (Nm 20.12). A responsabilidade de introduzir Israel em Canaã foi dada a Josué, conforme Deus já tinha determinado (Dt 31.7; Js 1.1-3). O livro de Deuteronômio nos apresenta Israel aquartelado na planície do Jordão se preparando para entrar em Canaã. Na época, nos diz o livro de Josué, o rio Jordão estava num período de cheia. Deus graciosamente represou o rio e o povo passou a pé enxuto, defronte de Jericó (Js 3.15,16) Antes de entrar na terra prometida foi feito um acordo com as duas tribos e meia, que se estabeleceram no lado oriental do Jordão (Transjordânia), de que os guerreiros dessas tribos acompanhariam o restante do exército para ajudá-los na conquista da terra. (Leia Números 32). Dois espias foram enviados por Josué para Jericó, e lá eles fizeram um acordo com Raabe, a prostituta, de livrá-la junto com a sua família da destruição que viria, porque ela os acolhera e os livrara dos seus perseguidores. Ainda antes de empreender a conquista da terra houve um preparo de natureza espiritual: a circuncisão da nova geração de guerreiros e a celebração da Páscoa. (Js 5). Na época da conquista, a terra de Canaã era densamente povoada. Nela habitavam cananeus, amorreus, jebuseus, heteus, girgaseus, heveus e fereseus. Nela havia trinta e uma cidades fortificadas, cada uma com o seu rei. (Leia Josué 12.7-24). Todas essas cidades foram conquistadas em três campanhas militares: centro, sul e norte. A primeira conquista de Israel foi a cidade de Jericó. Nessa conquista Deus ordenou que os soldados rodeassem a cidade uma vez por dia em silêncio. No sétimo dia Deus ordenou que a cidade fosse rodeada sete vezes. Na sétima vez as trombetas tocaram e o povo gritou e os muros de Jericó ruíram miraculosamente. Deus tinha dito que a cidade de Jericó estava sob anátema e nenhum despojo poderia ser requisitado pelos soldados, mas um deles chamado Acâ pegou do anátema e o escondeu em sua tenda. Por causa disso o povo de Deus teve dificuldade de conquistar a cidade de Ai. O pecado de Acã foi descoberto e ele recebeu a devida punição e o povo continuou a sua obra de conquista. Depois da conquista das duas primeiras cidades, em Siquém foi feita a leitura da Lei dada por Deus através de Moisés. Nessa leitura seis tribos ficaram em frente do monte Gerizim e seis defronte do monte Ebal, dizendo amém sobre as bênçãos oriundas da obediência e as maldições oriundas da desobediência, respectivamente. Numa das campanhas militares Deus operou um milagre que tem desafiado a ciência, que foi o sol e a lua serem detidos em sua marcha natural. Aquele dia foi um dia especial, relatado assim por Josué: “Então Josué falou ao Senhor,..., e disse na presença de Israel: Sol, detém-se sobre Gibeão, e tu, lua, sobre o vale de Aijalom. E o sol se deteve, e a lua parou, até que o povo se vingou de seus inimigos.... O sol, pois, se deteve no meio do céu, e não se apressou a pôr-se, quase um dia inteiro. E não houve dia semelhante a esse, nem antes nem depois dele, atendendo o Senhor assim à voz dum homem; pois o Senhor pelejava por Israel” Js 10.12-14 . Um episódio interessante aconteceu nessa época de conquista que foi a questão dos gibeonitas que enganaram a Josué e não foram destruídos por ele. Josué fez um acordo com eles pensando se tratar de um povo que não fazia parte da terra de Canaã. (Js 9.1-27). Depois da conquista da terra, que durou sete anos, houve a divisão da mesma entre as nove tribos e meia, pois as outras duas tribos e meia já tinham recebido o seu quinhão na Transjordânia. Cada tribo tinha a responsabilidade de acabar a limpeza da terra em seus territórios. Foi por isso que Josué disse que ainda faltava muita terra para conquistar. Há uma questão ética na conquista da terra que foi a destruição daquelas nações (homens, mulheres, jovens e crianças). Acontece que aquele povo tinha descido ao mais baixo nível moral e espiritual e Deus já os tinha condenado (Gn 15.16). Israel fora o instrumento humano que Deus usara para punir os pecados e limpar aquela terra das maldades dos habitantes de Canaã. Pr. Eudes Lopes Cavalcanti

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