quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

O pedido de Tiago e João (Mc 10.35-45)

Reflexões no Evangelho de Marcos O pedido de Tiago e João (Mc 10.35-45) Na continuação do seu relato, Marcos revela um dos quadros mais difícil de digerir que foi o egoísta pedido de dois dos apóstolos de Jesus mais próximos, os irmãos Tiago e João. Veja o relato: “E aproximaram-se dele Tiago e João, filhos de Zebedeu, dizendo: Mestre, queremos que nos faças o que pedirmos. E ele lhes disse: Que quereis que vos faça? E eles lhe disseram: Concede-nos que, na tua glória, nos assentemos, um à tua direita, e outro à tua esquerda” Mc 10.35-37. Se esse pedido foi feito logo após a solene revelação de que o Mestre amado iria ser traído, sofrer agruras e morto por crucificação, foi de uma infelicidade sem par, revelando uma insensibilidade tremenda em relação ao drama que estava preste a acontecer. No entanto, Jesus não leva em consideração a insensibilidade deles, apenas faz-lhes uma observação e uma pergunta. A observação foi que eles não sabiam o que pediam e a perguntou foi se estavam dispostos a beber o cálice que ele beberia e ser batizado com o batismo que ele sofreria, e eles responderam que sim. Pois bem, Tiago sofreu o martírio por Herodes Agripa e João sofreu agruras na ilha de Patmos, aprisionado que fora por causa do evangelho, cumprindo-se as palavras de Jesus que eles beberiam o cálice e seriam batizados com o batismo do sofrimento. Como era de se esperar, quando o restante do colégio apostólico tomou conhecimento da manobra dos dois irmãos para conseguir no reino futuro a supremacia sobre eles, revoltou-se contra eles e se não fora a pronta intervenção do Senhor tinha havido uma ruptura no grupo apostolar constituído por Jesus. O Senhor aproveitou o ensejo para ensinar-lhe que o reino espiritual é diferente do reino deste mundo. “... antes, qualquer que, entre vós, quiser ser grande será vosso serviçal. E qualquer que, dentre vós, quiser ser o primeiro será servo de todos” Mc 10.43,44. Concluindo, o Senhor Jesus lhes deu uma lição de altruísmo: “Porque o Filho do Homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos” Mc 10.45. Eudes Lopes Cavalcanti

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